Prosa Poetica
ÁFRICA PERDIDA
Ah! mamãe África
Tu és a prosa, és a lírica
És o berço da humanidade
És o túmulo da verdade
Te perdes facilmente
Te encontras num instante
És a escolhida
Princípio da vida
O Céu te desenhou
Deus te beijou
Mesmo assim ainda sofres
Guardas segredos nos cofres
Que vaidade a minha imaginar que posso ser bela,
Para te conquistar,
escrevendo versos, sem prosa..
Mostrando todo o meu sentimento, assim, ao vivo e a cores,
on line,
Que absurdo eu imaginar que posso te mostrar
itinerários, para saber onde possa me encontrar.
Que loucura eu pensar, que um dia você iria me querer,
Mas o que sinto é verdade, não nego,
eu me apaixonei, e tudo o que sou, e o que tenho
não é o suficiente para você me querer..
Mas fui alguém que quis por um a noite
apenas,
uma mulher.
Dois nasce de um mais um.
Por isso nunca seremos..
..
NARRAR
Vaguear em prosa e versos,
E a capanga carregada.
Cumbuca desliza solta,
E a boca, o vento sopra.
Este clã de tantas letras,
Balada que vem de longe.
São cercas e amarração,
E sem o lá...eu vivo só.
Poema que engole a rima,
Aborta palavras magras.
E o gole desse prazer,
Faz de mim um viajor.
Escravo de certas linhas,
Amarrado nesse tronco.
E o livro, por sí...fala;
E faz o povo pensar.
Acho que em minhas veias corre um sangue cheio de letrinhas .Letras que se misturam em versos ,prosas e poesia.E essas letrinhas se transformam em um pouco de mim...
Sem pretenção alguma me perco e acabo me encontrando,descubro o que guardo lá no fundo e tento então trazer à tona parte do que sinto.
Deixar fluir a voz do sentimentos ao ponto do extravazamento,e esse transbordar é capaz de produzir em mim um êxtase.
ALMAS FECHADAS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Poetas fazem poesias. Em prosa ou verso. Em formas e fôrmas de poemas, crônicas, contos e artigos, porém sempre poesias. Em seus escritos, falam do que sentem ou pensam. Falam também do que pensam ou sentem que os outros sentem ou pensam. Escrevem sobre terceiros na primeira pessoa, e sobre si mesmos na terceira, sabedores de que tanto faz.
Jamais pretenda saber o que atormenta, entristece ou alegra um poeta, por meio de seus escritos. Não diga nem a si próprio que você o conhece como a palma da mão, mesmo que seja um cigano. As linhas de um poeta estão todas n´alma, e poetas têm as almas fechadas. Isso pode ser lido nas fachadas expostas em seus olhos blindados de poesia.
"PROSA EM POESIA"
Somos e seremos sempre cúmplices
Na vida e no amor
Juntos ao pé da lareira olhamos da janela
Cai com força a chuva lá fora, uma ventania
A tempestade acordou o meu corpo
Sinto as pernas a tremer, acendemos a lareira
O meu coração torce pela vitória do amor, feita em paixão
Abrimos uma garrafa de vinho, sentados a lareira
Conversamos sobre a vida como uma prosa
Feita ou tirada dum livro, a chuva continua lá fora
E nos agarrados e inebriados sentimos
A sede do amor em forma de poesia.
(...)"Desculpas peço agora
em verso e prosa,
À tristeza e ao mal querer.
Planta morta,
No jardim da minha vida
não aflora.
Em minha poesia
tristeza existe,
sentimento ausente ,
Que ainda assim,
Tanto teimo em escrever.
Ahhh pobre tristeza...
Tenho pena de ti.
Caminhas apressada
e não te aproximas de mim.
A felicidade reina soberana
em meu viver.
Peço-lhe sinceras desculpas,
Mas não me há tempo
pra sofrer..."
POESÍA,PROSA, POETA
Para escrever poesia, é preciso ler poesia e saber onde se encontra a essência dessa forma de expressão.
A poesia é uma linha cercada de palavras por todos os lados.
O poeta é um homem que trabalha com poema com o suor do seu rosto, com o sentimento, um homem que tem fome literário como qualquer um.
Poesia é um texto literário, em prosa ou em verso, que se caracteriza pela linguagem sugestiva, conotativa, metafórica, figurativa, criativa, inusitado, etc...
Vou cantar a vida em versos e prosas, vou me vestir de rosas e me fazer toda prosa para conquistar teu coração.
Vou mudar a cor dos céus para vermelho, cor dos teus lábios carnudos que eu sonho em beijar.
Escreverei poesía nos livros de história e matemática para que as gerações vindouras possam compreender a relação entre a poesía e o amor.
Assim como Jesus transformarei água não em vinho, mas, sim em champanhe para celebrar nos poros da noite a beleza do terceto até ao soneto.
Canto as dores
Canto o riso,
Canto as flores, o mar.
Sou canto em versos
Prosa,
Sou pedaços em cantos
Sou em todo canto pedaços.
Pois, pois...ensinaste-me
Que quando se quer
Susbstitui
Arranja-se jeitos de jeito
Valeu,
Aos cegos precisa-se
Mostrar o caminho
Onde pisar
Em que não pisar.
Detalhes [Sobre ela]
As vezes ela era ventania.
As vezes doce.
As vezes amarga.
As vezes prosa.
As vezes poesia.
As vezes sonho.
As vezes tormento.
As vezes mulher.
As vezes menina.
As vezes solidão.
As vezes companhia.
As vezes guerra.
As vezes paz.
As vezes cores.
As vezes sabores.
As vezes desarranjo.
As vezes decência.
Ela era falha, mais ela é um raio de sol surgindo em meio as nuvens de um dia nublado.
Ela era pequena, mais os sonhos dela à tornavam pura imensidão.
Ela era flores brotando na minha alma.
Ela aprendeu a buscar a liberdade, quando descobriu o calor intenso da vida.
Ela sempre foi simplicidade com uma dose de afeto, e sua maior grandeza era a gratidão.
Gosto de prosa, gosto de falar, de caminhar e sorrir - não quer me ouvir ?
Gosto de poesia ou ela gosta de mim, sempre juntas estamos...assim...
Gosto do sol, da alvorada e do arrebol...
Gosto da rosa, do jardim, da natureza sem fim,
sou assim, assim...leve e solta como notas de brisa pela amplidão,
só que ainda não consegui tocar nenhuma melodia em seu coração...
Sou poeta-escritor, entre os meus melhores livros de prosa destaco o Moralista e Ensaio sobre a loucura, são livros que desconstroem ilusões, não são confortos para almas deprimidas.
Edito revistas e jornais há muitos anos, sempre com o foco na divulgação de autores nacionais, sou editor, realizo projetos não sou vendedor de sonhos. Sem nenhuma alusão a Augusto Cury é claro, pois como escritor Augusto é um ótimo psicanalista.
Suas tesses são superficiais, mas são importantes para literatura médica, como tratamento psicológico, mas como literatura são tão ruins como as de Paulo Coelho.
Não é à toa que ambos vivem discutindo quem é melhor ilusionista, quem vende mais livros, coisas desta natureza.
Em uma breve prosa lírica com ela, os devaneios das minhas lembranças comendam e me arrebatam a sanidade:
Ela: Tu és um bom homem,
Eu: Nunca hei de ser.
Ela: Tu és cheio de valiosos talentos,
Eu: Talentos pelos quais tenho apetência memorativa.
Ela: E estes teus sentimentos tão belos,
Eu: Relativos ao meu egoísmo e a minha individualidade.
Ela: Você se desmitifica no intuito de me afastar?
Eu: A minha real natureza é ser opositor a qualquer valor que eu tenha.
Ela: Teus defeitos nunca superarão tuas qualidades como ser,
Eu: Tu foi enganada pelas minhas palavras, cega está.
Ela: Eu lhe amo,
Eu: Eis que ser normal é a meta dos fracassados!
Ela: Então esquece que um dia lhe pertenci de corpo e alma,
Eu: Não se aflija, vou lembrar que tentou me converter em um homem melhor, nem tudo foi em vão, adeus.
O AMOR
O amor é uma mentira
Bem contada em verso e prosa
Por poetas, loucos e bêbados
Tolos inventores de estórias.
O amor é ilusão da escória
Que da sarjeta espera ter notado
Seu sonho de receber uma rosa
De quem só espinhos lhe atira.
Por isso é que o ódio impera
Pois é sentimento de verdade
Tendo a todos como arautos
Que vivem a fazer guerra
Por dinheiro, honra ou vaidade
E venerando Marte em seus autos.
Dois Dedos De Prosa
De repente!
Me vejo tão só…
E começo a tocar a solidão!
A solidão dos meus dias
sem você…
E o vizinho emocionado.
Bate à minha porta!
Quer saber
porque tocar
a solidão…
Se os meus dedos,
Tocam tão bem as emoções
nos corações das pessoas.
Quando em versos…
Criam sonhos!
Inventam rimas.
E me diz atencioso,
e ao mesmo tempo
admirado de mim:
_Não se deixa só…
Não sou o seu amor…
Mas estou aqui,
para dois dedos de prosa!
escrevendo no livro da vida
sou poesia e não prosa
sou verso e não estrofe
sou ponto e não acento
sou palavra e não frase
sou assim sem crase
sou eu sem gramática
sou narração enfática
sou assim bem dramática
sou eu sem paixão
sou assim bem histérica
sou eu sem coração
sou eu bem eclética
sou eu sem perdão
totalmente sem noção!!!
Conjugação do verbo AMOR
Sem prosa e nem rima
Mas com uma certa dor no coracao
Eu não entendo
Tu pressentes
Ele não sente
Nós não compreendemos
Vós não ressentíeis
Eles mentem...
Eu não queria
Tu não pretendias
Ele não esquecia
Nós não tentaríamos
Vós não pensaríeis
Eles não intuiriam...
Eu lamentava
Tu reclamavas
Ele não tolerava
Nós não acatávamos
Vós revoltáveis
Eles não tentavam...
Eu chorei
Tu não envolveste
Ele não resolveu
Nós não absolvemos
Vós não se movestes
Eles não absorveram...
Eu resistirei
Tu não insistirás
Ele não persistirá
Nós não consentiremos
Vós não assistireis
Eles não facilitaram...
E depois de tanto conjugar
Quero ver por em prática
A conjugação do (se) amar
A quem, sem ter noção
De que ela(e) possa não retribuir
Todo amor destinado
E vira obstinação
Por parte de quem não aprendeu
A conjugação da vida
E deixou aberta a ferida
Que dilacerou o coracao!!!
SONETO EM PROSA DE AMOR
Relato com zelo, o soneto que faço
Numa prosa de amor, que encanta
Pois, colhe-se poética quem planta
Afeto, apreço e sentimental passo
Então, nele tem o apaixonado laço
Para descativar do nó da garganta
Que, assim, é uma alegria e tanta
Ter na melodia o doce compasso
A paixão a sussurrar e aprazendo
Em sentimentos que vão dizendo
Na poesia que a sedução conduz
Ah soneto, o poema para ser feito
De amor, amor tem que ser eleito
Em mimo que nos nomeia e seduz
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 fevereiro, 2022, 11’10” – Araguari, MG
UMA PROSA SOBRE FERNANDO PESSOA
Fernando Pessoa foi um lunático, visionário, sem dúvida um esquizofrênico consciente, inofensivo e adorável. Homem subterrâneo, viveu isolado, entre aquilo que ele era e aquilo que desejava ser. Tinha, como eu, todos os sonhos do mundo. Não se achava especial, apenas superior a todos os seus contemporâneos.
Para suportar o peso do mundo inventou outros mundos, outro universo, onde ele podia facilmente se livrar do mundo real, ou pelo menos daquele opressivo em que todos vivem, onde se acham normais, pessoas comuns que se casam, têm filhos, bebem e fornicam, sem muita preocupação com arte ou metafisica.
Fernando não teve um grande amor, pelo menos não foi correspondido, por isso achava que o amor era uma perda de tempo, uma ilusão que causa muito sofrimento e dor.
Eu sou visionário, como ele, mas tenho um amor correspondido, tive filhos, publiquei mais que ele em vida. Tenho bons e maus hábitos, similares aos dele. Gosto de vinho, de café e de solidão para pensar e escrever. Sou músico, ele não foi. Vivo em uma época fascinante com muitas facilidades e distrações que poderiam muito bem me desviar do meu objetivo cósmico-divino, e com isso me diminuir, no que diz respeito ao talento do qual fui dotado. Tenho a obrigação, assim como ele de contribuir com a evolução da humanidade, no que tange ao desenvolvido cultural e espiritual do homem.
Portanto, não isento-me dessa responsabilidade, cada artista deve entender qual é sua missão, seu papel no mundo.
Não se faz necessário ser erudito, estudar em grandes faculdade, coisa que Fernando não fez, ora por não desejar isso, ora por não corresponder aos critérios exigidos na sua época. Ele poderia ter se formado em letras, mas percebeu que sabia muito mais do que seus instrutores, foi isso que lhe permitiu produzir tanto, pois sua formação intelectual era algo incomum pata qualquer mortal, ele já tinha ajuntado todo cabedal de conhecimento suficiente para compor sua obra. Este conhecimento oriundo dos livros, os quais ele lia com uma velocidade espantosa. Chegou ao ponto de dizer que não havia mais nada de interessante para ler, foi quando percebeu que era hora de observar mais a natureza e as atitudes dos homens, para completar sua magistral obra.
Eu penso assim como ele, que já li tudo que valia a pena, rejeitei, como ele a instrução formal de uma faculdade de jornalismo, onde aprendi algo muito significativo, o que é estudar. É saber ler, saber escolher o que ler... Abandonei, como ele a faculdade para me dedicar ao meu oficio, escrever, produzir conhecimento.
Fernando teve muita preocupação com o mito; leia-se Deus, religião, espiritualidade, às vezes ia muito fundo nesta busca, outra hora retrocedia e negava tudo, mesmo que por intermédio de outros, com seus heterônimos. A verdade é que ele mesmo não cria em nada além da vida, e muitas vezes duvidou de que a vida de fato fosse real, se perdia em delírios de que a vida devia ser uma grande ilusão.
De qualquer forma ele foi único a definir o mito, de forma poética e filosófica resumiu o mito e toda metafisica em uma frase: “O Mito é um nada que é tudo.”
Fernando Pessoa, mesmo não crendo em metafísica, nem em vida em outro lugar, continua vivo, e escrevendo com a mente e as mãos de muitos autores em todo o mundo.
Quem mais escreveu com a sapiência e astúcia de Fernando Pessoas, foi José Saramago. Saramago deu sequência à obra dele, boa parte do que produziu teve influência direta da mente criativa de Fernando Pessoa. Se você não sabe do que estou falando, leia este livro do Saramago. O Ano da morte de Ricardo Reis, contudo só vai inferir completamente o que eu afirmo se for capaz de se aprofundar nas obras dos dois autores portugueses geniais.
Evan do Carmo
CORPO E ALMA DA POESIA
Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente
E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG
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