Prédios
O líquido de São Paulo está no bruto do asfalto, no cinza dos prédios, na altura dos andares, no rosto das pessoas que reclamam com sua alma as incertezas. O líquido, para Bauman, é a perda da forma.
Sob o vasto céu do cerrado,
Brasília se ergue majestosa,
Com seus monumentos e seus prédios,
E sua história grandiosa.
O sol queima forte durante o dia,
Mas as nuvens trazem um alento,
Um respiro de frescor e vida,
Que ameniza o calor intenso.
No céu de Brasília, a possibilidade
Se manifesta em cada esquina,
Com tantas culturas e origens,
Convivendo em harmonia e sina.
Mas mesmo com toda essa beleza,
A saudade às vezes bate forte,
Dos tempos que já se foram,
E que não voltam mais, tristemente.
Porém, Brasília é uma cidade resiliente,
E sempre encontra uma maneira de seguir,
Com o coração aberto e a mente alerta,
Para o que o futuro possa trazer, sem medo de ir.
Assim, o cerrado continua a florescer,
E as nuvens a se formar e desvanecer,
Enquanto Brasília continua a ser,
Uma cidade de possibilidades, pronta a viver.
BOA VIAGEM
Caminho no calçadão
Praia de Boa Viagem
Prédios arranham o céu
Eu admiro a paisagem
Tomando água de coco
Sem passar nenhum sufoco
Cai a tarde de passagem
As artes postais que
pediam basta de guerra
foram recusadas em prédios
públicos na Argentina,
Fiquei muito perplexa
quando soube da notícia.
No meio da praça cada
arte foi parar como
alma exposta no varal
graças ao esforço sem
igual da artista coerente
com a soberania pátria
sobre as ilhas Malvinas.
A América Latina vem
sendo rodeada por
detestáveis sombras
e o interminável
pesadelo de olhos
abertos de todo o Haiti:
(Não é exclusivo daí,
é sobre tudo o quê
se avizinha sobre nossas vidas).
Todos estamos sitiados
por relapsos,
e como isso dói daqui.
Deixo tudo isso registrado
nestes versos latino-americanos
enquanto o tempo passa
e vejo a partida do velho tupamaro,
a injustiça operante contra
paisanos, uma tropa e um General,
e toda a nossa região mergulhada num interminável caos e desgraça.
E ainda há de se consertar um mapa,
e quero que você saiba que noGuadacapiapu-tepui
os meus versos latino-americanos
com intimidade ali transitam
e nos outros onze tepuis habitam.
Flores em Paris
Perambula
Carros
Prédios
Avenidas
Observa
Homens
Janelas
Ruas
Para
Mulheres
Portas
Ruelas
Senta
Crianças
Arcos
Praças
Respira
Bolas
Pontes
Parques
E as flores!
Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.
Que os pais são os nossos alicerces, eu já sabia. É como o alicerce dos prédios no Japão: por mais que nossa estrutura balance em virtude de terremotos e que todo o seu interior se sacuda, sua estrutura é impecável.
"O Vazio Silencioso"
Na cidade onde os prédios parecem tocar o céu e as ruas ecoam de passos solitários, há uma história que se desenrola em meio ao desamor. Não é uma narrativa de lágrimas derramadas em noites solitárias, mas sim um relato silencioso de corações que se afastaram sem alarde. Em um café aconchegante, onde o aroma do café recém-coado mistura-se com a melodia suave de um piano ao fundo, duas almas perdidas encontraram-se, não por acaso, mas por um capricho do destino. Ele, com seu sorriso contido e olhos que guardavam segredos não ditos, e ela, com sua aura de mistério e uma tristeza velada nos cantos dos lábios. O encontro foi casual, como muitos outros na cidade movimentada, mas algo na maneira como trocaram olhares fugazes indicava que ali havia algo mais profundo. Conversas se iniciaram, histórias foram compartilhadas, mas entre as palavras havia um abismo, um vazio que nenhum deles ousava preencher. Eles dançaram ao redor do desamor, mantendo uma distância segura, como se temessem o que aconteceria se permitissem que seus corações se aproximassem demais. A cada encontro, o silêncio entre eles crescia, preenchendo o espaço com uma melancolia sutil. Até que um dia, sem aviso prévio, eles se despediram com um abraço frio e palavras vazias. Não houve lágrimas, não houve gritos, apenas um entendimento mútuo de que o desamor já havia se instalado entre eles, como uma sombra persistente. E assim, eles seguiram caminhos separados, perdidos em suas próprias névoas de desilusão. No café aconchegante, o piano continuou a tocar suas melodias, enquanto as cadeiras vazias testemunhavam o desfecho silencioso de uma história de desamor, onde o vazio era a única certeza.
Sério que eles acharam que iam ficar de boas ocupando os prédios? Pedindo no Zé delíveri, no Aifúdi e recebendo mesadinha?
Há quem se encante pelas grandes cidades, com sua imponência, seus prédios que tocam o céu e a agitação incessante que preenche cada instante. Eu, porém, encontro alma no campo na simplicidade que acalma, na beleza silenciosa da criação e no sutil afago de Deus, revelado no toque sereno da brisa em meu rosto.
Meu Desejo, Meu Sistema
Se eu tivesse um recurso,
não ergueria muros, nem prédios altos.
Eu compraria um pedaço de chão,
onde o céu pudesse dormir comigo.
Não sonho com domótica,
nem com a pressa das avenidas,
mas com o cheiro de terra molhada
e a conversa das folhas ao vento.
Queria um sítio não de fuga,
mas de reencontro.
Onde as frutas amadurecem com o tempo
e não com o código de barras.
Onde o galo me acordasse,
e a fome fosse saciada
com o que as minhas mãos tocassem:
milho, couve, mel silvestre.
Queria ouvir o canto das aves,
e não os alertas do celular.
Queria cochilar no embalo das árvores,
não no zumbido das máquinas.
Sonho com um lugar onde eu possa pertencer
e não apenas funcionar.
Onde viver não seja resistir,
mas florescer.
E se um dia o mundo voltar pra si,
quero estar ali
plantando, colhendo,
e sendo só...
ser.
Mas construíram torres com fios e luz,
prometeram o paraíso em telas,
a palavra virou dado,
o afeto notificação.
Chamaram de avanço,
mas esqueceram os passos de quem varria o chão,
de quem atendia com voz quente
e sorriso invisível no balcão.
As máquinas chegaram.
Tão velozes, tão eficientes,
mas frias,
jamais perguntarão como foi seu dia.
A inteligência é artificial,
mas a ausência é real.
O robô trabalha sem descanso,
mas ninguém pergunta
quem perdeu o sono e o salário.
A utopia foi vendida em pacotes de dados,
mas não coube no prato de quem sonhava
com um mundo menos duro.
E enquanto os donos do código brindam no alto,
lá embaixo,
um silêncio automático responde ao desemprego:
"Desculpe, não entendi sua solicitação."
Talvez, num futuro apocalipse, essas ruínas revelem que esses prédios foram construídos não pra impor a vontade da maioria, nem a vontade de Deus. Mas pra proteger o que é vulnerável da força bruta.
Não há cristãos, que eu saiba, explodindo prédios. Não tenho ciência de nenhum cristão terrorista-suicida. Não tenho conhecimento de nenhuma grande denominação cristã que acredita que a punição para a apostasia é a morte. Tenho pensamentos confusos sobre o declínio do cristianismo, à medida que o cristianismo poderia ser um bastião contra algo pior.
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