Pranto
Pranto e sorriso (fado)
No pranto da alma um sorriso
De ilusão. Pesar não, encanto
Pois, haver a crença é preciso
Toda a doçura do amor, tanto!
Se bem, a risada é um paraíso
Cheio de cor, de cheiro e canto
Entanto, na dor chorar é inciso
Aliviando o coração, conquanto,
Nem sempre, a regra é a hora
Portanto, tenha o querer afora
Da renúncia, te soltes da tolice
Tem muito mais, creia, confie
E, com a satisfação... contagie!
Pois, o tempo traz já a velhice!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 janeiro, 2024, 12’12” – Araguari, MG
NÃO MAIS O VERSO TRISTE...
Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!
Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG
LACRIMANTE
Soneto, vivo tão só, numa rudeza
Onde o versejar se dilui em pranto
Longe do prazer cheio de encanto
Aonde a minha poética está presa
As rimas são ao verso só incerteza
Tristeza, onde o meu sofrer é canto
No entretanto, o amor é tanto, tanto
Em uma poesia frágil e tão indefesa
Ando inquieto, o coração com desejo
De um sussurrar tão de ele distante
Que endoida, e que na paixão a vejo
Em cada uma das linhas, um instante
Que retumba pelo ar, tal a um realejo
Solitário, com o impar tom lacrimante.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 maio, 2024, 18’44” – Araguari, MG
SONETO EM PRANTO
O amor que eu cantei ardentemente
Em uma saudade agora o improviso
Pois arranca-lo da poética foi preciso
Para não recuar, fiz-te contundente
Na sensação o sentido tão pendente
Nos versos, inconveniente, indeciso
Fazendo desta emoção algo preciso
Deixando na prosa suspiros somente
E peno. Restrito sinto toda a carência
Não há mais a trova que amava tanto
Zanzo. Um andante na sobrevivência
Assim, padece o meu amoroso canto
Em lágrimas um versar em sofrência
E, para chorá-lo o soneto em pranto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG
Ah, Felicidade
Ah, felicidade, que outrora batia no peito,
fazia-me riso, e não pranto desfeito.
Quanta tristeza tomou-me o ser,
onde antes havia razão para viver.
Ah, felicidade, que me impulsionava,
guiava meus passos, e hoje me trava.
Quanta tristeza fez-se morada,
onde a esperança outrora dançava.
Ah, felicidade, que me fazia voar,
nas nuvens, sem rumo, apenas flutuar.
Quanta tristeza pesa em meu peito,
como um céu sem cor, desfeito em lamento.
Ah, felicidade, que me fez corajoso,
e hoje sou medo, menino medroso.
Quanta tristeza roubou meu querer,
de quem eu fui, restou o não ser.
Felicidade que fazia bem, me fazia quem e hoje mais ninguém.
O poeta na solidão de alma vazia com espírito em pranto diz, por te me alimentei de migalhas sonhando um banquete, dormir em tifanga ao relento imaginei uma cama macia, te amei tal matuto deseja aprender as letras pra escrever um poema a ti deusa do amor.
Ele vê tuas lágrimas, escuta teu clamor,
Enxuga teu pranto, derrama amor.
Quando todos te deixam, Ele permanece,
Quando o mundo te fere, Ele te fortalece.
Choraram na terra, no vale e na dor,
mas nunca sozinhos… o Cordeiro os olhou.
Cada pranto, cada clamor escondido,
foi guardado no céu — não foi esquecido.
Na presença do Trono, agora estão,
sem medo, sem sombra, sem aflição.
A dor que pesava foi retirada,
a alma cansada, enfim, aliviada.
"Da linda pátria, onde não há dor nem pranto, esperamos a volta do Cordeiro, que nos conduzirá à eternidade."
"O céu não é um sonho distante... é a nossa pátria prometida, onde Cristo nos espera com amor eterno."
Escuta, meu amor,
na boca do povo
o pranto da Wiphala,
nas linhas e cores
das veias do destino
tem sido escrito
o poemário do século
com latino-americanos
e todos sacrifícios
em nome da liberdade
e dolorosos fatos.
O perigo dos governos
autoproclamados,
com apoios de países
com vil interesse
é para semear
o genocídio e depois
fazer os seus
crimes apagados,
porque juridicamente
são menos do que ratos.
Escuta, meu amor,
não nos encontramos,
não sei nem se
um dia nos encontraremos,
peço que a tropa e o General
não os deixemos em nome
do que nós acreditamos;
Sofro a dor dos humildes
que os homens do golpismo
da Bolívia estão matando
e no Chile outros andam
o seu povo estão cegando.
Em todas
as estações
hei de te
amar por
cada canto,
E espalharei
o meu pranto:
Suramérica
minha terra
de sanções
e mil traições.
Destino incerto
para Milagro,
Jorge, Miguel
e tantos,
não contamos
mais Modesto,
Só de lembrar
me desespero,
De ver o mundo
de concreto,
Nada irá apagar.
Com lágrimas
por causa do
mar boliviano
que foi subtraído,
Nem para o mar
brasileiro não há
mais redenção,
Querem a tal
dessalinização,
Triste está o
meu coração.
Na minha Pátria
o desespero
mesmo vem
sob o efeito
cascata por
parte de quem
ignora o povo,
a crise fiscal
e atropela por
leviandade
acordos firmados.
Andorinha companheira
Eu neste canto
A chorar o pranto
Que a dor me traz...
Ó andorinha
Companhia minha
Não te apiedes do que o amor me faz...
Sei que também sentes
Saudades prementes
Do teu beja flor...
Quem sabe um dia
Se canse o pranto
E mude este canto
Trazendo o encanto
de um novo amor...
☆Haredita Angel
12.06.15
Amor mago, distante
e sem pranto,
No meu coração é
um palácio
de Versos Intimistas
para te receber
quando forem
quebradas as algemas
da maldição
do Deus da Guerra.
É a certeza pouca que carrego comigo e sua temperança,
estão em cada dia depois da partida daquela terra esquecida.
Ele é a paisagem viva há 80 anos com sábia esperança,
das flores ocasionais de minha infância nunca enfraquecida.
Contra o perigo das íngremes escarpas nas curvas do tempo,
sempre com a determinação de fazer o bem até o fim dos dias,
impregnou-me nessa orquestração dos Deuses do firmamento.
Seus estilhaços agora repercutidos nesta insignificante poesia,
Não pretendo me aquilatar ao mais talentoso poeta que já viveu;
minha partitura é só essa vontade de afastar pranto e alegrar-me
à Brenno, está hoje decretado além do que Apolo já teve de Orpheu.
Quero ressaltar que é de sua natureza, irredutível doar-se tanto,
quando a inexperiência de minha jornada pôde impulsionar-me,
e que por todos os dias um pouco que seja, ele afastou todo pranto.
Numa praça tem um banco inerte e calado,apenas experimentando abraços ,sorrisos e prantos, conversas acaloradas e pessoas caladas, dando colo a quem precisa, descanso pra quem busca e paz, mas só pra quem a procura
O milagre na estação...
(Nilo Ribeiro)
Hoje, na estação do metrô,
uma cena eu gravei,
muito me emocionou,
confesso até chorei
uma criança estava sozinha,
seu nome era Mateus,
pegou uma simples latinha,
começou a falar de Deus
mal havia começado,
foi logo interrompido,
por um senhor ao meu lado
o garoto foi advertido
um silêncio profundo,
mas ele não se abateu,
falou do Dono do Mundo
versou sobre Deus
o senhor por sua razão,
não quis mais ouvir,
colocou seu filho no chão
e passou a discutir
o filho envergonhado
pediu para ele parar,
disse que Mateus era abençoado
que o Senhor o mandou para lhe curar
a emoção estava exposta,
tudo podia acontecer
e o homem como resposta
ajoelhou e começou a agradecer
- "Deus lhe consagre",
ele falou em pranto,
"você fez o grande milagre
que eu pedia tanto
meu filho era surdo
e eu achava um absurdo
hoje conseguiu lhe escutar
palavras também emitiu,
como posso lhe pagar
o milagre que aqui surgiu"...???
o garoto que pregava sorriu,
o metrô logo chegou,
a multidão partiu
o milagre ali se consagrou
a poesia fala a verdade,
eu sei que não duvida,
peço com muita sinceridade,
que Deus opere um milagre em sua vida...
Com qual vaidade você mente o medo?
Com qual desejo você dorme e mora?
Com qual sorriso você doma o pranto?
Com quais verdades você vai embora?
Deixa estar, que a vida é mais sábia
Cada coisa tem seu tempo
E esses pensamentos
Não passam de nuvem rasa
E todo esse sofrimento
Não pertence à sua casa
Cesso esse tormento,
Enxugo todo seu pranto
Com a força e com o sentimento
Que carrego no meu canto
Então chorou, sozinha, sozinha na cama, sozinha no quarto, sozinha na casa, sozinha no bairro (...), sozinha no continente e sozinha na maior dimensão possível. Sozinha no lugar mais assustador, absolutamente sozinha por dentro, onde ninguém podia entrar, oferecer um chá e dizer que o tempo ainda ia curar tudo.
Preferi não relatar sobre o barulho que ecoava dentro de mim.
Uma vez que muitos os vias, mas não queriam ouvir.
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