Poesia sobre a Seca

Cerca de 1004 poesia sobre a Seca

Vinho

A cada beijo fica mais transparente
Mesmo fria sinto seu doce sabor
Sendo seca me das mais vigor
De todas és a mais atraente

Minha melhor amiga
Minha melhor amante
Venha deixar-me fumegante
Sem rodeios ou intriga

Contigo tenho mais chance
De ser o que sempre quis
Boêmio e sempre aprendiz

Viverei este eterno romance
Só tu entende este semblante
Que em minha vida és constante

Inserida por Mattenhauer

A sina.

Aqui é de sol a lua
a terra chega evapora
que a seca não destrua
o pouco que se aflora
se estiagem continua
o sertanejo olha pra rua
lamenta mas vai embora.

Inserida por GVM

Busca!

No sertão a seca avança
expulsando nossa gente
não tem leite pra criança
falta o pão e o café quente
deixa na terra a lembrança
vai pro sul com a esperança
de uma vida mais decente.

Inserida por GVM

Sua permissão!

A seca maltrata a cria
tange a gente pro sudeste
a chuva é quem alivia
o que o sertanejo investe
só peço a Deus todo dia
que não me tira a alegria
de viver no meu nordeste.

Inserida por GVM

Diante do espelho
a Mulher chora enquanto tenta se maquiar...
Entre uma lágrima e outra que seca
para o rímel aplicar, vai buscando forças
para o dia enfrentar
Já serviu o café para a família,
Crianças banhadas e vestidas,
estica as cobertas às pressas e dá uma olhada nas horas.
Vestida para o trabalho, cata bolsa e celular,
chama as crianças
e na passagem pela cozinha ainda lembra
de algo para o almoço do freezer retirar...
Sai em disparada cumprindo o diário ritual:
Escola, trânsito, horários, compromissos e obrigações
Ufa!!!Chega ao escritório!
Confere o cabelo no espelho do elevador,
respira fundo, coloca um sorriso nos lábios
e entra dizendo um sonoro "Bom Dia"!
Cika Parolin

Inserida por CikaParolin

Ser nordestino!

Faz pena a gente sofrer
por aqui a seca existe
sem ver a planta nascer
o sertanejo segue triste
mas não se deixa abater
nordestino é aquele ser
que morre mas não desiste.

Inserida por GVM

É poesia o meu silêncio, dos olhos marejados, da boca seca e do peito escancarado.
É poesia o que resta, os dias contados, o valor que me emprestam, meus poucos trocados.
É poesia essa minha calma, dos gritos calados, da desesperança de estar acordado.
É poesia o meu passo, os espinhos tirados, e o alívio da dor dos meus pés machucados.

Inserida por BelLima

Sou nordestino.

Sou nordestino meu caro
aqui assino meu nome
conheço a seca e a fome
razão do meu desamparo
é fera que tanto encaro
com tantas que não aceito
mas sem mudar o conceito
vou lhe falar a verdade
eu lamento a desigualdade
e ignoro esse preconceito.

Inserida por GVM

Saga.

A seca braba e atrevida
tange o nordestino a sorte
a honra quando é ferida
a alma é quem sente o corte
muitas vezes a dor da vida
fere mais que a dor da morte.

Inserida por GVM

Ser nordestino é, ter coragem para lutar mesmo quando na seca está.
Ser nordestino é, ter garras para lutar mesmo se o desanimo chegar.
Ser nordestino é, chorar mais logo em seguida as suas lagrimas enxugar.
Ser nordestino é, sorrir e acreditar que um dia melhor ha chegar.
Ser nordestino é, ser doutor sem saber ler graças a vida que o forçou a aprender.

Inserida por Quezia_Caldas

Tempo bom!

O tempo que estava ruim
hoje mudou de posição
a seca chegando ao fim
traz o verde da estação
e que Deus permita enfim
que a chuva prossiga assim
abençoando o meu sertão.

Inserida por GVM

A seca

Uma solitária cigarra, desesperada, chama chuva no Planalto Central. A secura invade os poros dos seres, fazendo de tudo o que tem vida, sem vida. Folhas secas despencam das árvores moribundas, caindo na terra ressequida, já sem nenhum verde, nenhum inseto. Os pássaros voaram para longe em busca do frescor que aqui não tem. O João de Barro que anuncia a chuva, foi para longe. O sol a pino despenca raios matadouros, que há muito deixaram de ser benfazejos. Saudade da chuva caindo e molhando o chão. Saudade das rosas em seu frescor matinal. Saudade de água caindo do céu, mansa, suave, fresquinha.
Ah! Meu chão! Meu torpor!

Inserida por PaolaRhoden

AVENTURAR.

A seca ainda tortura
essa região carente
quem vive da agricultura
já não planta uma semente
sem dinheiro ou estrutura
o nordestino se aventura
em outra terra diferente.

Inserida por GVM

A seca aqui consome
o pouco que ainda tem
o pingo de água some
e os recursos nunca vem
não respeitam nosso nome
e o nordeste passa fome
sem ajuda de ninguém.

Inserida por GVM

⁠No seu jardim era sempre outono
Mas a folha seca não quer tombar,
E vive em uma eterna dança com uma borboleta amarela.

Inserida por eujanesants

No coração fiel a Deus, flui o Ro da Graça Eterna que jamais seca, revelando o Amor que não tem fim, a Luz que não se apagará e a presença Daquele que nunca nos abandona.


Dilson Kutscher

Inserida por kutscher

ESPLENDOR DOS IPÊS


Meus olhos lacrimejam pó

Minha garganta seca dá dó

Minhas pernas trêmulas dão nó

No horizonte tênue, cinza e pó

Estamos em agosto, que desgosto!

Estação seca das arvores tortas

Das flores e folhas mortas!



Do céu sem nuvens, descem vendavais

Formam redemoinhos de poeiras infernais

Estalos de galhos soltos criam asas latentes

Balanceiam como peraltas ambulantes

A mercê das correntes constantes...



Olho a imensidão dos eixos Sul e Norte,

Que unem as extremidades das asas do Plano Piloto

Onde carros apressados passam sem perceber

Do seu interior a beleza efêmera e tênue dos Ipês!

O roxo e o rosa enchem as retinas, bonito de se ver,

O amarelo é ouro e atraí abelhas e beija-flores

O branco é o símbolo da paz, que colosso!



A natureza nos brinda com esplendor

O destaque denso e um colorido revelado

Que se escondem na noite de um céu estrelado

E na manhã seguinte, o espetáculo bonito de se ver,

As explosões coloridas dos exuberantes Ipês!

Inserida por Brithowisckys

⁠TRILHA!

O sol forte não descansa
no caminho seco e duro
onde a seca ainda avança
o destino é prematuro
no olhar de uma criança
quem tem fé e esperança
não tem medo do futuro.

Inserida por GVM

⁠ÁRVORE SECA

Ao vê-la, estarreci.
Ainda ontem
Do antes de ontem
De há três dias,
Eu vi-a;
Parecia-me salva
À luz da alva,
Daquele passado dia.

Hoje, mesmo agora,
Olhei lá fora:
Estava já mirrada,
Seca, num esturricado
Como torresmo queimado.

Quis regá-la,
Refrescá-la,
No pé do tronco a morrer.

Só então me lembrei
E pelo que sei,
Não adianta em desnorte,
Querer vencer
Sem poder,
Aquilo que já é morte!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Na seca eu fui embora
trabalhei na construção
a dor de viver fora
maltratava o coração
mas fiz caixa no sudeste
e voltei pro meu nordeste
pra ser feliz no sertão.

Inserida por guibson

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