Poesia eu sou Asim sim Serei
Por mais que me esforce,
Não sou capaz de ser tão diferente assim;
É que vim ao mundo,
Para ser apenas eu mesmo!
ESCREVO
Escrevo é o que sou
Histórias perdidas
Esquecidas na memória
Gravadas no coração
Inventadas com sabedoria
Do meu saber observar
Ficções que são encantos
Memórias que não aconteceram
Sonhos que morreram e não viveram
Escrever é uma forma
De agradecer, perdoar, esquecer
O que só o destino teve culpa
As palavras são a minha respiração
Elas dã-me vida e eu dou-lhes o meu coração
A minha alma nas memórias guardadas ou não.
SOU
Sou uma negra cruz na serra
Onde o luar reflete escuridão
Um triste espirito que murmura
Sou um dubia luz na fraga escondida
Uma triste noite que bate no monte
Sou um espectro fugindo do carcel
Uma sombra escura perdida na serra
Do silencio lúgubre que esta minha alma
No luto de falecias que vive em mim
Sou as lágrimas que choro ser querer
No incenso branco na névoa escura
Passo as noites em claro sem conseguir dormir
Penumbra que desvanece no frio do corpo
São os vultos que desmaiam no crepusculo
Sou um rochedo esquecido no mar
Uma mortalha ferida dos cânticos das sereias
Sou um fantasma num corpo morto
Desfeito na encosta pelos verdes lameiros
Sou talvez a velha esperança de alguém
No seu leito de morte em sofrimento
Sou uma tremula lágrima vertida na cruz
De uma fé que me faz subir a serra na escuridão.
Todo homem tem uma deusa protetora, assim pensavam os gregos. Sou ocidental, mas gostei dessa ideia e o nome da minha, é chamado de "Clara". E tem origem do latim Clarus, a partir do adjetivo que significa “brilhante, ilustre. .Quando quero clarear as ideias, procuro ela, quando preciso ter decisão mais clara, procuro ela.
(Literatura Holandesa)
TALVEZ SOU
Sou o meu próprio carrasco
Despojada de palavras lidas
Num livro jamais escrito
De sonhos gigantes
Nos confins da alma
Fazendo dos nãos talvez sins
Limites de alguns instantes
Letras cativas de solidão
Busquei na procura das virgulas
Perdidas dos que se desejam
Nas carnais sensações que despertam
As palavras despidas de desejo
Carrasco de corpos sôfrego de letras
Pontos das páginas escritas
De despidos corpos amando-se
Entre as sedentas repetidas páginas
Nos profanos sentimentos
Que se tentam libertar nas letras
Entre o meu próprio carrasco
Carne, corpo, sentimento
Escrita num livro jamais lido.
Sou carioca da gema,
aqui se fala mermo,
o resto é tema, Adoro o Rio de Janeiro
lugar de pessoas acolhedoras,
são amigos de verdade
e não bajuladoras,
Aqui no rio é assim,
puxamos o s,
falamos cantado,
Mas o que não pode faltar na gente,
é o nosso rebolado,
todo canto tem diversidade,
pra todo lado tem uma prosa,
Mas o povo debochado,
diz que nossa cidade é a mais perigosa,
perigo tem em lugares
onde tem gente ruim,
mas o debochado insiste,
em falar mal mesmo assim,
Pra toda diversidade cultural ,
com certeza tem um jeito,
Ja na pessoa debochada,
não falta cultura falta respeito.
Sou carioca repito
estou muito orgulhosa,
não é atoa que a minha cidade é dada como maravilhosa,
No Rio de Janeiro cresci,
o Rio me viu nascer,
quer saber se é verdade o que digo?
Vem a minha cidade conhecer!!
A maturidade não é gratuita. Não me sujeito a modas ou cânones que considero inapropriados. Sou dona de mim e da minha vida.
Há que desvencilhar-se dos ditames externos ao nosso ser.
Não seria justo ultrapassar o tempo a nós destinado sem alguma, ainda que mínima, contribuição para nosso próprio aperfeiçoamento e, com alguma sorte e total desapego, estendê-la ao próximo.
Por volta das três da madrugada,
sou bruscamente acordada por firmes batidas em minha porta
Levanto-me ainda sonolenta e talvez meio atordoada
Enquanto caminho do quarto para a sala, escuto novamente insistentes batidas
Grito: _Já estou indo!
Aperto os passos, ao mesmo momento em que ajeito meus cabelos
Abro a porta, e para minha surpresa, é você
Encostado ao lado da porta, como se pensasse quais os motivos o levara até aqui
Me olha e sorri,
Será que você entendeu agora?
Confusa, te pergunto por que está aqui, me pergunto o que poderia ter acontecido
Você responde impetuoso,
O motivo que te leva a cometer tais loucuras, sou eu
Se aproxima e me beija
E é nesse momento que a caneta explode tinta sobre a folha ainda em branco.
AUTORRETRATO
Da minha parte sou, ou creio ser,
redonda de rosto;
almofadada de corpo;
mínima de olhos;
bonita de lábios.
Da minha parte sou, ou creio ser,
reduzida de paciência;
falante com quem gosto;
amante de azul;
admiradora de conhecimento;
morta sem música;
perdida de horas;
Da minha parte sou, ou creio ser,
amante do mundo;
encantada pelo tempo;
enfurecida com ignorância.
Essa sou, ou creio ser
EU.
Palhaçada
Não é possível que você não me entenda, na chuva sou como açúcar, no sol como cuscuz ao fogo, ao vento um graveto sem rumo...
Nesse cenário aos risos... Você absorve isso tudo e acha que o derretido sou eu?
Ah, se isso não vale uma nota, é porque a encenação é idiota, onde o bobo da praça sou eu!?
Sonhando sigo o meu destino.
Sou um poeta
tão sonhador.
Sonho um dia ter
a alegria
de encontrar um grande amor
que me ame de verdade,
e me aqueça
com seu calor.
Por que, na paz, algo vem sempre a perturbar?
Sou bom, não odeio ninguém,
Mas também não amo.
Este mundo quer nos ver destruídos, sei disso,
Mas preferia não enxergar.
Pouco a pouco, este mundo cruel tenta me corromper,
Eu não quero, eu não quero.
Como posso impedir que isso aconteça?
unica vez
No túmulo frio do meu peito errante,
Sou zumbi que vagueia sem rumo certo.
Não sou vivo, nem morto, apenas distante,
Entre sombras escuras e lembranças de deserto.
Meus passos arrastados ecoam na solidão,
Entre ruas de concreto e almas sem cor.
Alimento-me de memórias, na escuridão,
De um passado que se desfez como pó.
Oh, como é amargo o sabor deste viver sem vida,
Onde meus olhos não veem, apenas fitam o vazio.
Meus dias são espinhos cravados na ferida,
De um coração que já não pulsa, apenas desafio.
À luz da lua, busco o alento dos sonhos perdidos,
Mas só encontro a névoa densa da desilusão.
Neste corpo frio e dormente, escondo meus gemidos,
De um tempo que se esvaiu na maré da ilusão.
Sou zumbi de mim mesmo, espectro de um naufrágio,
Afogado nas águas turvas da desesperança.
Onde tudo que resta é o eco do meu presságio,
De um destino traçado com tinta de lembrança.
Não me chame de vivo, pois sou apenas um eco,
De quem um dia respirou, mas perdeu a razão.
Zumbi de sentimentos, de amor desfeito em tropeço,
Sou o que restou de uma vida, perdida na escuridão.
Como os versos que escrevo, na penumbra do meu ser,
Sou a sombra que dança no muro do esquecimento.
Triste zumbi de mim, naufragado no meu próprio querer,
Busco em cada passo um alívio, um alento, um alimento.
Mas só encontro desespero, desamparo, solidão,
Neste mundo onde ser zumbi é a sina que me coube.
E assim sigo, sem vida, sem morte, sem redenção,
No labirinto sem fim de uma existência que me dobrou.
Ah, Menina, se soubesses do peso desta condição,
Da alma que vagueia sem destino, sem direção.
Talvez me entenderias, entre linhas de ilusão,
Como um zumbi que lê, que escreve, que clama por perdão.
No sepulcro gelado do meu ser desfeito,
Sou apenas o eco de um amor que se perdeu.
Não sou vivo, nem morto, apenas um sujeito,
Afogado em lembranças do que já se dissolveu.
Meus passos ressoam como suspiros ao vento,
Nas ruas vazias da despedida e da saudade.
Alimento-me de silêncios, lembranças de um lamento,
Onde sonhos desvanecem na cruel realidade.
Oh, como é amargo o gosto deste fim inevitável,
Onde meus olhos buscam somente o vazio.
Meus dias se esvaem na sombra indesejável,
De um coração que sabe que está sozinho neste rio.
À luz trêmula da lua, procuro um alívio breve,
Mas só encontro o frio da solidão que me assombra.
Neste corpo cansado e triste, um naufrágio leve,
Para a certeza amarga de que morrerei sem sombra.
Sou o espectro de um amor que já não arde,
Afundado nas águas profundas da desilusão.
Onde tudo se desfaz no adeus que não tarda,
De uma história que termina sem perdão.
Não me chame de vivo, pois já não sinto a vida,
Sou apenas um eco de um tempo que já foi.
Fragmentos de um amor que se despedida,
Sou o que resta de um sonho que já não ecoa mais em mim.
Como palavras escritas em um papel sem cor,
Sou a dor que caminha na estrada da solidão.
Um destino traçado pela dor do dissabor,
Busco em cada adeus um novo caminho, uma nova razão.
Mas só encontro o vazio, a certeza de um adeus,
Neste mundo onde ser é um fardo, uma sina.
E assim sigo, sem vida, sem morte, sem um novo adeus,
No labirinto do destino que insiste na dor que destina
Uma Boa Noite....
Me chamo Aline Kayra, apresento-me com gratidão.
Sou mamãe de Theodora Anthoniella, ela é minha luz no coração.
Desejo a todos uma boa noite cheia de serenidade,
Com muitas bênçãos e candura, transmito esta verdade.
O Grande Arquiteto do Universo, nosso guia maior,
Fonte de saúde, amor e paz, em seu esplendor.
Que suas vidas, como rios sob o sol, reflitam brilho e calor,
E que cada amanhecer traga mais motivos para celebrar o amor.
Até aqui escolho o amor.
Amar não é prender,
chantagear ou ficar.
é saber ir, é sobre quem sou.
Sou amor, sou caminho,
eu sou o meu maior amor.
Sou eternamente o criador, mas jamais a criação; existo para escrever, mas nunca para ser escrito.
Sou sempre o amante, nunca o amado; aquele que oferece, mas nunca o presenteado.
Oh, Laniakea!
Perante tu
Sou ínfimo
Sou inconspícuo
Sou insignificante
Sou irrisório
Sou infinitesimal
Sou nulo
Sou nada
Não sou
Nem sou
Sou de fases como a lua, às vezes distante, às vezes sua…
Às vezes calada,
Às vezes carente, às vezes falante ou as vezes nua…
Sou cheia de fases, sou cheia de amor!
Às vezes cansada, às vezes chorona,
Às vezes alegre,
Muitas vezes com dor…
Sou cheia de imprevistos!
Às vezes inútil, às vezes triste, às vezes feliz, às vezes sensível, às vezes egoísta, às vezes serena às vezes grande, muitas vezes pequena…
É assim que sou!
Essas fases que mudam e me faz…
Às vezes bem humorada, às vezes de mau humor, às vezes alongada, sozinha, desconfiada, às vezes retraída, às vezes atrevida…
Muitas vezes namorada!
Sou de fases, sei ouvir e não sei compreender, procuro entender, mas não vou querer…
Às vezes me sinto amada, às vezes desajeitada, rejeitada, linda…
Muitas vezes me sinto um nada!
Sou de fases, sou assim de lua, mas gosto de mim.
