Poesia de Trabalho e Familia

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Ser diferente é igual

No mundo da diversidade
O olhar é singular
A mesma é a oportunidade
De ser feliz, de amar
Nada nem ninguém é normal
O bom é estar, se manifestar
Ser diferente é igual
Só assim faremos a diferença
E tudo será mais legal...

Luciano Spagnol

Aprendiz

As lágrimas
Dos olhos
De uma criança
Que aprendeu
A amar um time
Escorreu ao ver
A vitória do rival.
A criança
Aprende desde cedo
Que em jogo de futebol
Não é somente de ganhos:
- Um dia ganha, um dia perde,
Um dia ganha...
Assim também é a vida.

Valter Bitencourt Júnior
Aprendiz: Poesias, frases, haicais e sonetos, 2021.

Recado (Walmir Palma)


Eu lhe dei a liberdade
De entender os meus segredos
Eu plantei sinceridade
No deserto dos seu medo

Um oásis para a sede
Tão febril de sentimentos
Sua fonte de prazeres
Onde flora o pensamento

Você leu a minha história
Nem foi ao final do livro
Guardo você na memória
Para sempre já não digo

Como é simples a verdade
Descobri a sensatez
Eu colhi felicidade
Você a perdeu de vez

Algo Mais (Walmir Palma) p/ Rosa Passos


Ouço sua voz,

De tão feliz levito

E o infinito

Cabe dentro de mim.

Basta sua voz

E nada em mim respira,

É como se Akira

Filmasse Areta e Elis.

É paz!

A gente nunca esquece.

É meio Elizete.

É Dalva tão feliz.

Na sua voz,

Toda canção é mantra,

É luz que Yogananda

Emana entre os mortais.

É cura. É néctar de rosa,

De dentro para fora,

É voz e algo mais!

Inverno (Walmir Rocha Palma)

Música clara, clara
As gotas d´água
Batem na louça
Ouça
Esse delírio sou eu

A casa é velha, velha
Pingos de chuva
Soam nas telhas
Veja
Chamas de velas e breu

Música tanto e tanta
A casa espanta
O mais é tinta
Sinta
Hoje a manhã não nasceu!

Obs.:Este poema foi musicado por Rosa Passos.

Viagem (Walmir Palma)


Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror

Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor

Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor

Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou

Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator

Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor

Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor

Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor

Nunca esquecerei o dia em que a nossa história começou...
Nunca vou esquecer nossa primeira troca de olhares.
Nunca vou esquecer o dia que você veio em minha direção e me deu oi.
Nunca esquecerei do seu sorriso em todas as manhãs.
Tenho toda a certeza que jamais esquecerei daquele sábado que você disse que me amava.
Sempre irei lembrar das noites que passamos olhando as estrelas.
E nunca vou esquecer, vou contar para nossos filhos desde o começo e como a mãe deles me faz o homem mais feliz do mundo.
A nossa história vai ser a historinha de dormir deles.
Nunca vou esquecer o dia que começamos a namorar.
Nunca vou esquecer seus lábios.
E vou lembrar do seu cheiro do seu toque e de todos os sorrisos que você me deu.
E jamais vou esquecer do dia que você nos deixou.
Do dia que você morreu.
Mas principalmente jamais vou esquecer como você viveu.

Falsário

O acaso é o abraço
Quando o perdão não é achado
Me afasto
E invoco o passado

Desfalecer só para lânguidos
Eu me despedaço
E desfaço
Mas peço que perfaça

Vai doer
Mas tenho que contradizer
Não acredito em você.

Ama-me, Apenas

"Deixo que me ame
como quiseres.
Ser amada no
teu profundo silêncio,
quando inquieto rola na cama
sem sono.
Quero ser amada
no teu maior vazio.
Preencher os espaços
desta tua ausência de mim.
Ama-me nesta distância
que te aperta o coração.
Neste teu pensamento
retalhado por finas farpas
de saudade.
Sou amada no teu
sorriso escondido,
nas palavras caladas.
E ama-me
em nossas
lembranças guardadas.
Te pertenço em teu
melhor desejo...
No fechar de teus olhos
antes de adormecer.
Ama-me apenas.
Sem trair-me.
Ama-me nesta noite,
e em todas as outras
que não me tens
em teu leito.
Faz-me feliz
teu jeito guardado
de amar-me.
Amando-me em teus medos.
No pranto caído.
em teimosia de me querer.
Ama-me, apenas.
Apenas por não poder
esquecer-me..."

Eles precisam saber, que a mulher negra quer
Casa pra morar
Água pra beber,
Terra pra se alimentar.

Que a mulher negra é
Ancestralidade,
Djembês e atabaques
Que ressoam dos pés.

Que a mulher negra,
tem suas convicções,
Suas imperfeições
Como qualquer outra mulher.

Para quem fala mal de mim eu quero é que se foda,
tem cuidado mete-te a cautela,se é que tens amor a vida.

Seus cabelos soltos
Por entre a ventania
Inspirava o poeta
Que sorria distante
Da realidade
Do mundo.

Mulher e o tempo


Desde menina
Adoro ler Cora Coralina
Em Cecília Meireles descobri o encanto de escrever com emoção.
Seja na alegria ou no pranto
Tudo pode ser inspiração.
Com Helena Kolody
Vi que na simplicidade
Cria-se a mais bela canção.
Seja Roseana Murray com seus versos ternos
A nos inspirar nas noites de inverno
Ou Tarcila do Amaral...
A nos desvendar nas artes um mundo sem igual
Não se pode esquecer
De mulheres que viveram à frente de seu tempo...
Como Chiquinha Gonzaga
Cuja a inspiração foi abençoada
Nas modinhas que escrevia.
Sua alma traduzia.
Em toda mulher
Há um desejo de vencer o tempo...
Ultrapassar o espaço.
Tornar-se imortal em cada filho que nascer.
Pois nada destrói esse laço.
Mulher...
Sublime expressão do Amor de Deus.

Ressignificar sempre!!!
Porque ninguém nasce flor, torna-se!
Ser o que se é é questão de escolha!
Sempre foi!

Carta de amor

A coruja traz o belo recado
Versado dos sentimentos cuja
Alma escreve com plena calma

Uma carta de sua união
Senão a mais farta
Emociona muito e menciona

Quanto é grande o amor
Fervor de riso e de pranto
A razão de sua salvação

Diz que por toda a vida
Querida, serás muito feliz
No ardor eterno do amor.

Amar é se recostar.
Se recontar em inúmeras equações matemáticas e entender que o destino nos quer ali. Juntos. Amar é essa força que aproxima a gente. Que enche nosso coração de paz ao estar perto um do outro. E ainda que a conta seja de subtrair, a gente subtrai. A tristeza. O tédio. O sossego. E bagunça de novo pra arrumar a conta. Ao se dar conta, inclusive, que no jogo do desapego, a gente perde. Porque o que a gente quer mesmo é se pegar.
Na sala, no quarto. Na cozinha, enquanto eu tento me concentrar na tua imagem ao mastigar qualquer alimento. Percebendo que até ali a tua boca me chama.
Amar é essa vida louca feliz que encontramos pra viver. Fazendo malabarismo pra matar nossa vontade de estar juntos. De perder horas ao telefone. Esticando a noite até o dia seguinte. Enquanto você estica as tuas pernas por cima das minhas. E eu coloco a minha cabeça no teu peito sem a interferência de nenhuma roupa.
As batidas do teu coração dizem “eu amo você”.
É, eu escuto.
Amar é isso.
É saber, ter certeza.
Sem que o outro diga nada.
A gente sente.

OS AMANTES DE NOVEMBRO

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.

Vaguei

Beijei tua boca...
Provei tua alma...
Vaguei no teu corpo
-Sonhei-

Despertei incompleta, inquieta...
Descuidada, não sei se perdi
Ou fui roubada,

Em algum momento
Na delícia do teu beijo
Perdi meu coração...

Beije-me, beije-me...
Mergulhe em minha alma
Devolva meu coração

Beije-me, beije-me...
Se não devolver o meu
Doe-me o teu!

“Canção para Priscila”

I
Sabe, quando a gente tenta se ocultar,
E até nos dar vontade de chorar, parece até que tudo se acabou...
Sentimos... Que em nossa vida, nada dá mais certo,
Que nossa “estrela”, já não está por perto,
E que “nossa festa”, já terminou...

II
Sabe, quando a gente, se sente acuado,
E o nosso peito sempre sufocado, e quando nossa voz já se calou...
Tentamos achar um jeito de subsistir,
Pensando ainda, que o nosso porvir...
Seja melhor, do que a presente dor...

III
Quando, eu nem pensava em sobreviver,
Foi quando então vim a te conhecer,
E aí parece que tudo brilhou...
Porque, teus olhos, pareceram acender...
O meu caminho e isso me faz crer, que um devaneio já me penetrou...

IV
Eu sonho poder um dia, tocar em suas mãos,
Sentir o toque do seu coração, E dar-te o ombro pra você dormir...
Porque, de que adianta o mundo eu conhecer,
Se sua boca é o que me faz crer, que a perfeição é ver você sorrir...

V
Por fim... Priscila és prima da Mãe Natureza,
E sei que prima entre as belezas, e minha primazia é te ter!
Agora... Vê se me dá uma chance, pra tentar...
Fazer, que o teu coração, deixe entrar,
Esse momento, que eu quero te dar!
Deixa entrar... Deixa entrar...
Priscila...

Quando penso em ti
eu esqueço o lixo
que de manhã faz barulho
à minha porta
Pareces-te com o tempo
das amendoeiras
Tens tudo a ver com
a escadaria semi-invisível
que o mágico escavou
no rochedo atlântico
Sim tu pareces o Verão

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