Poesia Completa e Prosa

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Maio

Olha, amor,
Já é Maio,
Da Primavera em festa,
embriagada de aromas.

Manhãs frescas
De orvalhos límpidos,
Cintilantes,
Tardes mornas,
doces, de promessas
aconchegantes.

Já floriram as laranjeiras
E os goivos lilás
perfumam o cantinho do jardim.

Olha, amor,
Já é Maio,
Da Primavera das flores,
Das sinfonias de chilreios,
Do amor de ramo em ramo,
dos ninhos aveludados
das flores nos caminhos,
como que à espera
de procissões.

Olha, amor,
Já é Maio
e não tardam os beijos de amoras,
lábios de cerejas,
abraços de jasmim
e êxtases de rosas, enfim.

Inserida por aalmeidah

ESSA ÁGUA

Cuidado João...
Vê se não se afoga com essa água
que um dia, pessoas com ela molhada
teve n'ela, a sua alma batizada
e consagrou-se, no banho do amor.

Hoje, em meio a tanto respaldas...
Essa água, permeando por tanto má
arrastando, poluição, horror e terra
banha rumores, podridão e guerra
soterra, rios e nascentes da vida...
e vai desaguar, no meio do mar...

Cuidado João...
Com essa água, que um dia foi tanta!
Batizou n'ela, cristo e todas as santas
mas hoje, essa água raza, tem que filtrar!
porque assim, desse jeito natural...
Essa água, não afaga, e nem dá para tomar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CAMA DE AMOR

Esse travesseiro brega
de fronha estampada
que ilude minhas coxas todas...

Atrapalha depois que o calor se espalha
E feito um corte fino me escapa

Descruzo as pernas e empurro a trouxa
Embolando a colcha
Caindo da cama

Que me engana
Sem sono pra deter
Esse fogo de palha!

André Luz Gonçalves & Cézar Ray Oliveira

Inserida por 1andreluz

Pequenas Mudanças
(Victor Bhering Drummond)

Que tal pelas calçadas sujas
De lixo, misérias e alienações
Espalhar luz, amores e corações?
Sim, eu sei que é difícil; mas com um simples gesto de atenção, uma conversa mais íntima em que as pessoas ouçam os sonhos umas das outras, ou através de um abraço forte, uma voz mais sussurrada ao invés de gritos; um post fofo ao invés de mostrar as últimas conquistas materiais, ir a um museu, teatros ou à bienais, ou com uma leitura mais aprofundada ao invés dos stories vazios e habituais, sim, podemos mudar o mundo, uma vida de cada vez.

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Inserida por victordrummond

MERIDIANO

Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.

Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.

Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.

Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Envolvimento

Faz um jeito que so voce faz
Comtigo eu Gasto todo meu gas
Do pricipio ate o infinito
Irrei contigo te chamando de amor
O tempo se apressa e parece voar
Do seu lado é tudo lindo
E um oficio que eu amo te amar

Envolvido nos seus braços eu estou
Deliciando-me com seu amor
Voce me envolve de um jeito curioso
E eu fico vidrado de um jeito gostoso
Num envolvimento que nao vejo nada
Ao meu redor,o mundo pode cair
A Minha maior felicidade e te seguir.

Poeta Antonio Luis

Inserida por PoetaAntonioLuis

Indescritível

Me perguntaram porque te amei
Ciente de não ter resposta
De minha ignorância não dei mostra
E qualquer coisa falei

Falei de teu olhar
Mas nada do que se explique
Que de pronto se identifique
Dão a razão de se apaixonar

De tua doçura lhe disse
Mas não notei em quem ouvia
Que a ternura lhe floria
Ou que o amor o peito lhe abrisse

A verdade, sabia-o antes
Não há quem domine palavras
Nem quem ao cargo de muita lavra
Descreva o que vai no coração amante

Amo-te, em um não sei como
De dia a sonhar com teu beijo
Enternecido ao sentir teu cheiro
E à noite, imagino velar teu sono

Teu rosto imagino, suavemente pousado
Em brancos lençóis, teus negros cabelos
Amar é abismo, às vezes dá medo
É estar entregue, e nem sempre ser amado

Inserida por betosilva83

UTOPIA
Em cada manhã
Acordo sempre
pensando com seria bom viver na utopia,

longe da tristeza
e da agonia,
dormir e acordar
no abraço da amada,

Quem me dera,
disfrutar da segurança
que oferecem essas ruas,
sair as madrugada
sem medo
das vozes gritantes,
nem das sombras
humanas.

Massvi Suburbano Odisseia

Delinquência social.

É uma noite de sexta-feira na cidade de Brasília. No meio de uma aula de português, dois amigos, alunos da UNB combinam um racha, que seria realizado em uma ponte modelo, feita com muito esmero e amor à política. A ponte JK, que fora construída pelo Governador Joaquim Roriz, um Governo preocupado com os problemas de locomoção dos pobres moradores do Lago Sul. Para construir a ponte em questão, o Governo gastou a bagatela de 170.000,000, 00 que poderia ter sido usados para educar melhor filhos do pobre, para que os mesmos tivessem a oportunidade de cursar uma faculdade do mesmo nível de uma UNB, ou mesmo na própria, quem sabe com a expansão da faculdade para as cidades satélites, a exemplo de Planaltina, Gama e Cinelândia, que já têm sua unidade em funcionamento.



Dois jovens de classe alta, filhos da elite de Brasília, ambos haviam ganhado dos seus pais o último modelo do carro dos seus sonhos. Empolgados por terem passado no vestibular, coisa que não merecia tanto mérito assim, por terem estudado durante toda vida no colégio mais caro da cidade. Os jovens queriam comemorar em dose dupla a realização da conquista, suas e dos seus pais. Era comum no início do curso saírem em grupo para beber, e na volta para casa faziam desafios para ver quem vencia a distância da ponte em menos tempo.

Várias vezes, durante essas noites de farra, adolescente eram, não raro surpreendidos pela polícia, que não poderia fazer nada além de uma pequena repreensão verbal; no máximo uma ameaça de levá-los para se explicar ao delegado de plantão, que ao saber das suas origens nobres não poderia causar-lhes nenhum constrangimento.

Nessa noite em especial; a farra demorou mais do que o de costume. Foram a boates e, depois de muito regalo resolveram pôr em prática o racha. Ainda a caminho da ponte, do local do delito premeditado, já passaram do limite de velocidade permitida pelos pardais, os eternos servidores públicos do DETRAN. Que importa multa para quem pode pagar? Há exemplos de filhos de papai que usam um carro por um ou dois anos, depois dispensam em qualquer lugar, por não compensar o pagamento das multas; ou ainda outro caso que é mais comum, a corrupção de alguns funcionários que aceitam correr o risco de perder seu bom emprego em troca de algum dinheiro fácil, para livrar a cara de ricaços que pagam alto por uma liberação de multas.

Já são cinco horas da manhã, pela mesma estrada, trilhando outro caminho, a caminho de casa, vai um homem comum, com a consciência limpa, com a alegria de quem cumprira bem o seu papel, e com uma vontade incontrolável de chegar em casa para um descanso merecido. Não tem em mente nenhuma preocupação, além do desejo de em casa chegar para ver os filhos. Não acredita em perigos de natureza trágica à uma hora dessas, quando toda cidade dorme, só ele e alguns servidores da noite estão voltando para suas famílias. Estes são os garçons, músicos, os motoboys entregadores de pizzas como ele. As pessoas “normais” que têm o direito de escolha ou que tiveram outra oportunidade na vida, não trocariam a noite pelo dia para descansar. A não ser uma minoria alienada que mesmo tendo o privilégio da escolha não dá o devido valor à vida que tem, e vai além, usurpa as migalhas que sobram para esses excluídos do sistema capitalista onde cada um vale o que possui.

Os carros acelerados rumam à direção da ponte. São dois carros envenenados com seus motores adulterados, levando seus pilotos que não estão em seu estado normal de consciência. Ambos embriagados; além do cansaço do sono perdido, a adrenalina da competição os cega ainda mais, não percebem o perigo que correm e passam a exigir o máximo que os seus carros podem lhes oferecer, na sua robustez de máquina ilimitada. Não sentem que estão a mais de 200 km por h. Os amigos que lhes acompanham nessa insana diversão, também não percebem nem por um segundo quão fugaz são suas vidas nesse instante. Quando, como que num piscar de olhos se deparam com uma moto voando aos pedaços sobre seus olhos embaçados com o véu da irresponsabilidade e do álcool, um dos carros também capota e se arrasta sobre o parapeito da ponte. Apenas um consegue sobreviver ao desastre incomum.

Voltando depois de uma brusca frenagem, os sobreviventes vislumbram um cenário inimaginável: corpos destroçados pela fúria da velocidade e da embriaguez, e muito sangue inocente sobre o asfalto novo que ainda não conhecia o gosto da desilusão existencial; que não fora feito para este fim, receber em seus braços os filhos da ignorância. Morreram na batida além do motoqueiro anônimo, mais três filhos de pais que não pediram a Deus tal sorte para os seus, nem sequer imaginavam o que eles praticavam às escondidas enquanto deviam dormir. Ninguém vai repor as vidas dos mortos, nem tampouco será indenizada a família do cidadão que voltava do seu trabalho honesto...

Inserida por EvandoCarmo

Tempo gente...

Tem gente que nunca se viu,
com um pouco de tempo
uma afinidade que segue a vida toda.

Tempo gente,

Tem tempo que não passa de saudade da gente,
da gente que já foi, da gente que um dia nós fomos,
da gente que amamos, da gente que queríamos esquecer.

Tempo gente,

Tempo que muda, muda a vida,
muda tudo, muda até a gente,
tempo que vem, tempo que vai,
tempo que as vezes magoa e machuca,
tempo que era bom se voltasse atrás.

Tempo gente,

Gente que sorri um sol e te pensa tempestade,
gente do bem, gente do mal, gente diferente,
gente tão iluminada que carrega a lua e o sol em cada olhar,

Tempo gente,

Tempo tanto junto que os sentimentos mudam,
o "amor" acaba, o inseparável vira distância,
esse tempo gente, transforma a gente em estranhos.

Tempo gente,

Que as vezes o coração aperta e a gente queria de volta,
tempo gente que segue sem freio, trombando outra gente,
na cara da gente.

Tempo gente,

que eu queria pra gente um tempo,
um tempo pra gente, em todo esse pouco tempo gente.

Amorim Junior.

https://www.facebook.com/pages/Amorim-Junior-Escritor/228319517206327

Inserida por AmorimJunior

Sinto falta do teu cheiro
Do calor do teu abraço
O seu corpo me envolvendo
Do teu olhar meio disfarçado

Com toda essa saudade
Dá meio que uma vontade
De ir correndo até você
Pra tentar me aquecer

Sei que agora isso não posso
Isso não posso fazer
Agora somente espero
Amanhã pra ver você.

Inserida por marcellotea

Quando digo que te amo,
[ Tu me amas?
Quando forte te abraço
[ Tu me abraças?
Quando tua boca eu beijo
[ Tu me beijas?
Quando nos teus olhos olho
[ Tu me olhas?

Pois quando eu te olho
[ Só nos teus olhos olho
E quando te beijo
[ Apenas tua boca beijo
Quando te abraço
[ Só nos teus braços quero estar
E claro, que quando o amo
[ Te abraço, te beijo, te olho
Te vivo e te amo

Inserida por marcellotea

GIRATA

Rosto triste nas areias
um barco a distanciar
as melancólicas sereias
lagrimas de lua cheia
choro a beira do mar.

Lá vai o vento no rosto
lembrança sem entender
saudade dança desgosto
ausência no contra gosto
o corpo esta sem querer.

Rosto triste nas areias
horizonte desprovido
sonhos que encandeia
peias pelas mãos cheias
maribondos com zumbidos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SONETO TRISTE II

Eu estou assim: da tristura cativo
Intrusivo num túnel dum calvário
Rodeado de sentimento solitário
Mesmo entre olhares como vivo!

Do peito rezam vozes num rosário
Da casa um silêncio tão opressivo
Frio, sem graça e, sem incentivo
Que lá fora fracasso no itinerário

Olho-me num soluço pensativo
E vejo sonhos perdidos no diário
Desfolhado num jardim subjetivo

E me pergunto: por que o cenário?
Quando é meu tempo? Respectivo!
Pois, se o tempo no tempo é vário!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
05/02/2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poeme-se

Penso, incansavelmente, penso. Quase como faço no respirar. É um penso torto, claudica ao pronunciar.

Costuma contrariar o óbvio, e enaltecer o olhar. Conjectura o improvável, por isso eu o chamo; de meu pensar.

Língua artificial não, por favor, chame de neologismo do pensar.
Não é pra fazer sentido, poesia é pra fazer caminhar.

Inserida por Epifaniasurbanas

Adeus ao cerrado

Oxalá
Que eu volte então
Para o poetar de lá
E assim na retribuição
Só saudade sinta de cá

Oxalá
Que de lá eu só despeça
Em breves idas ali e acolá
E então volte bem depressa
Sem ter que servir de escala

Uma coisa é certa, a gratidão
O cerrado foi recompensa
E um bem ao meu coração

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Passo a passo

Eu vim passo a passo errando
Parei no cerrado, hoje solitário
Chão árido, místico templário
Me vi na sorte contemplando

Então pus asas no imaginário
Em vagidos ocos, murmurando
E como peregrino venerando
Em silêncio, orei neste sacrário

E assim o meu poetar ficou perdido
Entre sonhos aos sons estradivário
Devaneando em suspiros indefinido

Já fiz o que vim fazer, involuntário
Fui nobre reverência e saio provido
A alma cheia de um amor solidário

Luciano Spagnol
Maio, 24 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

E toco meu piano loucamente...

Prisioneira que sou dessas melodias...
Que me levam a um voo imaginário...
E sonho... E fantasio... E devaneio...
Enquanto meus dedos deslizam sobre o teclado
E as notas musicais invadem a sala e o meu ser...
E caio numa bruma interior
Nas bordas destes sonhos perco-me em ilusões loucas...
E penso que preciso despertar do silencio das lembranças...
Ficar para sempre cingido aos sentires
Gritar e responder ao chamar de tua alma...
Afogar a solidão na insolência de minhas mãos...
Assim posso escutar teu coração ardente... E sinto que a minha loucura tomou conta da razão...!

Inserida por celinavasques

A Formiga

-Sou a formiga mais genial de minha geração!
Ela disse a mim.
Ri, como se caísse em penas.

-Sou o Deus que mais os homens amam!
Ri, pois nunca amei ninguém.
Eu quero atenção! Eu quero atenção!
Fabrique um boneco, arrume um cão!

-Não posso parar agora!
-Tenho que entregar á tristeza,
mais seis litros de lágrimas!
-E á solidão, rascunhos com dúvidas.

-Ei, psiu, é a formiga de novo!
-Fale formiga, o que esqueceu aqui!

-Nada, só ia perguntar-lhe como por esses lados!
-Só mudamos de tamanho e número de pernas mas você, tem uma vantagem!
-O mundo é bem maior!
-E as estrelas? Retrucou a formiguinha.
-Não apitam nada!
-Mistério é só mistério, não enche barriga!
Vamos lá no sol que as nuvens estão a passar.

E fomos eu e a formiga universalizar pensamentos no calor da manhã.

Inserida por nelmarques

No atual estágio, todo mundo é suspeito. Até eu, em substrato, desconfio de mim.
Nada contra quem conta. Mas a rota é sempre a mesma. Seguir na direção contrária ou bater de frente com o absurdo.
Eu decidi pular antes que a corda aperte o meu pescoço.
Acorda!
As pontas se encontram e se desfazem em nós... talvez ainda dê para escapar antes que o circo se feche!

Inserida por leandroflores

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