Poesia Carinho Machado de Assis

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DOIS CAROÇOS

Dois caroços nos seus olhos
colado no rosto meu
cisma de tempo passado
mascas no couro colado
que bisturi do medico roeu.

Hoje só resta saudade
sob a tela plana do espelho
explanação da verdade
a qual me tinha em cheio
em meio aos meus devaneios.

Dois caroços nos seus olhos
marcam a desconfiança sua
denegrindo a minha imagem
no foco da fuleragem
aos ventos soltos das ruas.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

"Era a menina que lia
Lia de tudo
Lia o que via, aquela menina

Todo dia ela lia
Lia tanto, que teve encanto
Certa vez, criou asas e voou
Então, o chão já não mais existia

Já não corria
Vivia voando, aqui e ali
Quanto mais lia, mais ligeira voava
Quanto mais voava, ria mais que chorava

Lia e voava
Quanto mais lia, mais alto voava
Quanto mais subia, parecia que ela sumia
Quanto mais alto voava, tudo parecia e tudo desaparecia
Quanto mais e mais ela lia, tudo desaparecia e tudo aparecia"

Inserida por reconceituando

Apesar da confusão
Eu tentei te explicar
Tentei me desculpar
Mas foi tudo em vão

Eu não quis esconder
Foi súbita paixão
Não teve jeito, não
Não pude evitar
Não pude me conter

Foi avassalador
Chegou sem me avisar
Sem nenhum pudor
Me incendiou
Me enfeitiçou

Eu não quis te magoar
Nem te desprezar
Não foi a minha intenção
Perder a razão
Ferir seu coração

Inserida por reconceituando

BELA JANELA

Tantas janelas! Belas...
N'elas, um sonhos uma lagrima,
um mundo... Em cada uma d'elas,
um olhar p'ra fora, no qual, ao mesmo tempo...
Sentimentos no interior,
caminham pelo alento e desalento.
Tantas janelas...
Um sol em cada uma d'elas! Lá fora...
Buzinas, latas, barulhos ensurdecedor,
lá dentro... Sentimentos de: simples...
Especialista, juiz, pastor, padre e doutor,
Lá fora terror, lá dentro, dor...
Lagrimas e sonhos que afagam
e uma formação de duvidas sob amor.
Tantas janelas, n'elas, traidores...
de tempo
de sonhos frios e quentes
de esperanças e de gente inocentes.
Tantas janelas fortes...
Em suporte de barro, concreto
de: Lata, madeira, lona, esteira
Tantas janelas...
Janelas que nunca rascunhou
um ponto no horizonte
mas que todas elas projetam...
Três ponto e também virgula
projeta a próxima linha d'essa
riqueza, que vaga pela linha
d'essa vida que se chama vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Tinha o coração dos poetas, a mente dos surrealistas, a coragem dos samurais. Mas a imaginação dos prisioneiros.
As vezes, 90% não é suficiente.

Inserida por MatheusHoracio

ALMA

Alma penada,
vaga sem vaga
como vaga avatar...

Sem pena, nada,
as vezes fada
no seu lance de voar.

Alma penada...
Por ai despenada
em desprezo, finda,
mas, até sabe chorar...

Vive com nada
no mundo despenada
anda passadas
mesmo sem saber andar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DURO MUNDO

Mundo duro
roubos sem rumo
político que só faz surrupiar.

Eu não me acostumo
e pago os prumos
do mundo, que só me faz levar.

Vida fita
se ajeita enrica
aqueles que não gosta de pagar.

Honesto acredita
que um dia sem roubo
na vida, ainda vai poder enricar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

MEUS OLHOS

Com meus olhos,
eu sigo os pássaros
em passos...
E passo pelo caminho.

Por onde eu passo
eu acho...
O rumo d'aquilo,
que não me deixa taco...
Para que eu possa,
andar sozinho.

Com meus olhos...
Madorna me sonda
na sombra...
Onde meu rosto,
perde o vinco e o brilho.

E com meu sonho vago
eu vago, no tempo vasto
aonde a fé...
Me permeia sob os trilhos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Existe em alguns...
Um poeta oculto dentro de si
A qualquer momento
Num pé de vento pode vir emergir
Escrever lindos versos do Sul ou do Norte
Soprar tão forte que nos fará sorrir...
Dar plena satisfação em ler sua canção interior
Cuja tradução chama-se AMOR!

Inserida por SoniaMGoncalves

Conversas em brasa...
Em tom bem acentuado
O parolar de dois pássaros alados
E entre um beijo e outro
Nos olhos um "eu te amo"
Bem apaixonado ♥

Inserida por SoniaMGoncalves

Conversas em brasa...
Em tom bem acentuado
O parolar de dois pássaros alados
E entre um beijo e outro
Nos olhos um "eu te amo"
Bem apaixonado ♥

Inserida por SoniaMGoncalves

Logo ali no gosto exposto...
Há um rosto escupido, ás vezes sonhos são banidos de nós com o tempo, leva o vento*

Inserida por SoniaMGoncalves

Logo ali no gosto exposto...
Há um rosto escupido, ás vezes sonhos são banidos de nós com o tempo, leva o vento.

Inserida por SoniaMGoncalves

Loira teus raios são sempre solares,
Claridade do teu alvorecer.
Fios de ouro escapando pelas mãos.
Irresistível convite ao toque,
E o vento te tira pra dançar.
Sabe luzir proeminente!
Teu giro é uma ciranda de Girassóis,
Que se assemelha as margaridas.
De sentimentos tão florida,
A excelência sorrida, em afluir a cor, e a singularidade.

Inserida por TatianaGraneti

O TROCO

O trocado...
que você me deu
... Como troco;
foi pouco,
foi muito pouco
o trocado seu...

Todo esse troco pouco
você me ofendeu...
E tornou-se ainda mais
pouco... Todo troco
que agora é meu.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Vislumbram-me olhos que confundem e desnorteiam os fracos;
Vislumbram-me olhos estranhos que eu conheço;
Vislumbram-me estranhos olhos que me assustam e fascinam;
Vislumbram-me olhos que deslumbram minh'alma e entorpecem minha cândida loucura;
Vislumbram-me olhos que cegam-me mente, logica e razão;
Vislumbram-me olhos que dizem num sussurrado e retumbante clamor:
"O pecado não seria proibido, se tao somente não fosse ele o pecado"
Vislumbram-me doces e ingênuos olhos que teriam tudo para aprender,
se tão somente já não lhes faltasse o rubor da inocência e do pudor.
Vislumbram-me, enfim, olhos de pecado.

Inserida por nyllmergello

ACALANTO

Ide amor.
Traga de onde quiseres
O ser amado. De onde for!
E,
se não o teres
No prazer do teu calor
Volte! Não é adeveres
Tê-lo como louvor
Se acaso cansares
Outro conforto há no Criador
Se desejares
Serás vencedor
Pois amor é satisfação
E,
não um gestor
Acalme o seu coração!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 12, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

- SÓ EU SEI -

Só eu sei
quantas horas da minha vida
gastei nos versos que escrevi!
As mágoas que senti
a Solidão a que me dei
o vazio de que bebi!
Só eu sei
a tristeza sem destino
que nos versos arrastei,
a amargura, a saudade,
e quanta saudade, Deus meu!
Tantas horas d'infortunio
e malfazeja que me encheram
de medo o coração!
Tudo tão meu. Tão colado
ao meu silêncio. Tão impresso
em meu destino!
Só eu sei ... Só eu sei ...

Inserida por Eliot

Qual a sua ruína?
Essa ruína que lhe rói.

Ruína que lhe rumina,
Que caos você guarda?

Essa ruína que silencia,
Qual [quem] é a sua ruína?

Inserida por inquietacoes

TELA DA JANELA

Da tela da minha janela...
eu vejo o tempo com suas ondas
como se fosse, cortejo de banda
tocando horas minutos e momentos,
ou... como se fosse um jogo de dama
com tabuleiro todo demarcado
onde nos somos as pedras prontas para
sermos manipuladas.
Todavia sendo roladas, p'ra lá e p'ra cá,
sem tomar tento da partida
nem o ponto onde chegar.

Da tela da minha janela...
Eu vejo o sol todo em pedacinhos
demarcado pelo arame do mundo
envolvido nas telhas dos sentimentos...
Eu vejo a tabuleiro sendo manipulado
pelas feras do poder, onde elas
é que fazem as cartas e as regras...
Elas é que coloca-as cartas sobre a mesa.
Vejo os pequenos tentando sobressair
das garras de um esquema posto
sobre eles mesmo no qual eles são
apenas a peça do tabuleiro e como tais...
são jogados para lá e para cá...
Feitos de bobos, por todo tempo,
pelo tempo todo.

Da tela da minha janela...
Eu vejo as ruas e as calçadas
os passos, passadas e passarinhos
eu vejo o tempo demarcado pela tela
e a minha saudade toda em pedacinho.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes