Coleção pessoal de inquietacoes

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A práxis da reflexão deve ser o berço de nossas inquietações.

Na Psicanálise não se fala em superação. Nada superamos. A ferida faz parte da nossa história. O que muda é a nossa forma de lidar com ela.

A Vida existe para lhe mostrar que não adianta fazer tantos planos.

Se para o jardineiro é triste plantar o que não floresce, imagine para quem ama? Segundo Freud, o que amamos é o retorno do amor do outro.

Estamos sempre em busca do objeto de amor ideal. Mas que ideal? Na constituição humana a insatisfação impera. Não há ideal que anule a falta.

O ser humano carece de uma escuta que dê valor às suas palavras. Uma escuta que o acolha, que o ampare em sua fragilidade existencial.

Ainda acredito no amor mais humano e menos tecnológico. No amor que não dependa de aplicativos. Na voz no pé do ouvido e no toque de peles.

Seria mais fácil elaborar nossas perdas se com elas também fossem embora suas representações. Mas não, elas permanecem, e não se despedem.

Todos, em algum momento da vida, já gritaram em Silêncio.

O bom da música é que ela evoca afetos até então adormecidos. E o mau da música, bem... é que ela evoca afetos até então adormecidos.

E se o amor enlouquece, entregue-se à loucura.

Não prometa aquilo que você não [quer] pode cumprir. Existe gente que acredita, e espera.

Ousadia é Amar
Pois é um tiro no escuro
Um caminho sem destino certo.

Ousadia é Amar
Em tempos que Só se deseja ser A M A D O.

O discurso demasiadamente moralista foi, e sempre será, o melhor meio de encobrir desejos inconciliáveis ao Eu.

E foi se machucando que ela soube que costurar não envolve apenas tecidos, mas também afetos remendados.

Tem gente que julga a moça que vende o próprio corpo, porém vive prostituindo seus sentimentos por amores rasos e de pouco retorno.

"Homem não chora" - e foi assim que seu corpo fora adestrado pelo discurso do outro, tornando-se casco onde antes poderia ter brotado flores.

Somos frutos da insatisfação. Movidos pelo vazio e ilusão de sermos preenchidos pelo outro. Ninguém preenche ninguém, nem a si mesmo.

A ideologia da felicidade tem adoecido o homem, que se vê na obrigação de dar seu sangue por algo que não se encontra fora, mas dentro de si.

Amor é como um papel dobrado, podendo ganhar variadas formas. E mesmo que se desdobre para outros caminhos, ainda assim permanece sua marca.