Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Não sei como você está
E se devo ou não perguntar
Talvez não esteja bem
Mas deixarei você falar
Queria que soubesse
Que fico sempre feliz por você
Mas quando fica assim comigo
Não sei o que devo fazer
Até em te ver
Eu fico bobo
Acho que deve achar
-Que garoto louco
Mas é assim
Você não vai acreditar
Que só sei pensar em você
E ao pensar, filosofar
Por acaso eu vi sua foto
E não deu para esconder
O mais sincero sorriso
Que eu dei sem perceber
Na verdade o que sinto
É o mais puro amor...
Amor que é para sempre
Mesmo que me traga dor
Quando penso em desistir
Do nada lembro da paciência;
Que vem do amor
Mesmo na sua ausência
O que farei sem você...?
Sem o seu sorriso
Sem os seus abraços
Sem você não vivo.
Já são duas da manhã
E eu não consigo te esquecer
Já tentei de todas as formas
Já não sei o que fazer
A vontade é imensa
De poder te apreciar
De me amarrar aos seus beijos
Até minha boca se cansar
Queria que fosse passageiro
Que fosse apenas uma paixão
Mas foi amor de verdade
Que invadiu meu coração
Penso em todos instantes
Dias horas e minutos
Em poder ser todo seu
E em podermos ficar juntos
RIMA
rima, dela não me esquivo, apenas digo que não sou escravo da terminação, dela, procuro fazer um descritivo do sentimento, mesmo esse que não sinto, seja ele, vivo, em transe ou desfalecido.
Do ritmo, da métrica, nem falo, um soneto é uma forma geométrica em sílabas e embora nem saibam meu outro e principal ofício, conta números como os respiros. mas neste caso, patino e assim melhor evitar um vexatório desfecho em desatino.
aos poetas que de mim fazem consulta, subitamente me vejo em oculto ou mesmo aberto elogio e sinceramente lhes digo que não se faça caso de formas, mais vale o ritmo, por que a rima vazia parece inclusive a mais difícil e não é isso que torna o poema verossímil, bom ou digno.
Quem me lê já sabe, que no mais digo muito sem fazer alarido, na verdade nem dizer eu digo.
quero mesmo é fazer com que aquele que agora já quer se perder, se ache num pequeno trecho
e fique lá, enquanto eu sigo.
@machado_ac
Bolinhos de Chuva Queimados
Não digo tudo por que não sei mesmo, falo meia frase, deixo uma parte pra sentirem, adivinhação...todos tem histórias e maravilhosamente enxergam onde não se vê, falo de coisas que passam ou passaram por aqui, dá vontade ou nem dá, nem depende muito de mim
uma vida tem detalhes, sutilezas, todo o tempo.
É uma xícara de chá e uma bomba-relógio feita de açúcar
uma alça de sutiã caída e um pingado escuro, você busca uma linha no fundo daquele quarto amarelo,
nem lembrava, agora já está aqui
Eu peguei uma ventania tal que quase caí, mas nem deixei a leiteira cair, a moça do bazar olhou pra mim com um jeito de quem nunca tinha visto um boneco de Olinda com RG,
eu dou muita risada depois que saio dos lugares, as pessoas não estão acostumadas com gentileza,
nem com bolinhos de chuva queimados,
Eu não disse nada, foi você que pensou, ou sentiu, foi você, foi ela,
ah! não foi ninguém.
@machado_ac
MELANCÓLICA CANÇÃO
Encontro - me só
Em pensamentos inseguros ,
Sendo mais seguro não
expressá - los
Contemplando - os , consigo
abraça - los.
Por onde recorro há prantos , desgraça e destruição ,
Em lugares destinados para educação
Empossado estar a corrupção ,
Como refrigério o povo declama uma melancólica canção.
Esgotado de tudo , clamamos
por proteção ,
Inibidos pelo rancor da injustiça
Paralisados pelo medo da tensão
Presos nesta infinita cadeia de emoções.
Findando está repressão
Mergulhamos numa profunda
depressão ,
Por fim , migalhas comemos tornando-se porcos ,
com intuito de sobrevivermos
uma grande solidão
Me perguntou o que eu trazia na bagagem.
Mas não questionou como fui de viagem.
Certas pessoas não merecem nossas palavras, não merecem nem a margem.
Hoje
Hoje o dia chora
Não há metáfora
Não chove
Há um vapor
Um suor
Um choro
Que exala dos poros
Há um transpirar
Escorrer
Que banha as lembranças
Há um recordar
De dois corpos suados
Pregados
Em meus pensamentos
Do que foi todo
Meu choro.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
SEM TÍTULO
Um arrepio
Um sentimento
Uma voz que clama por dentro
Respostas que não são do mundo terreno
Fica mais alta quando estamos em alinhamento
A terra não é suja como a nossa vida
E vocês tratam a morte como se ela fosse algo ruim.
Mas ela não é.
A Nossa vida aqui que é ruim.
A morte é só a despedida desta vida insone
Balda e degregada
E o que dói
Não foi em quem morre ou parte
Dói em quem fica.
A morte não é ruim porque a saudades
e o egoísmo existem.
Quando todos partirem,
Não espero que nenhum de vocês volte,
Muito menos espero voltar também.
Deixem a vida para trás, para baixo e para a Terra.
Deixe a vida para os animais que realmente a merecem.
A morte é a sustentabilidade da vida pelo seu inverso
tentando restabelecer a ordem
deste mundo quase perdido.
O Homem é humos
E não precisa ser mais.
Já plantou uma semente no corpo para ver como nasce?
O homem é melhor que esterco só isso.
Não conheço outro jeito de salvar o mundo
Se não, não estando aqui.
Volte também
Ao título deste poema
Não insista
A Vida não é sobre nós.
www.jessicaiancoski.com
O momento de agora
Não tem hora pra acabar
Um instante mágico
Em toda sua forma de amar.
Excelente Dia,
👼🏻Josie Angel👼🏻
Se a vida fosse uma empresa,
Na fila dos que querem ser poetas,
Eu estaria.
Não sirvo pra mais nada
Nem faço outra coisa, senão poesia.
Este é o meu compromisso!
Ao chegar no RH, logo diria:
Não que eu faça muito bem,
Mas tudo que faço é isso.
Não sou poeta das horas vagas,
nem da brisa ou sol ardente,
a voz que em meu peito não cala
é a inspiração que chega num repente !
Envidraçada
Você disse: “Não me questione... nunca...”
Frase feita, determinada.
Mas, a cozinha era pequena com fogareiro de duas bocas, perdido sem intenção de nada e o pior, não havia cheiro e calor de coisa alguma.
Mas o aroma de seu beijo navegava em minha boca e eu precisava dar um jeito de digerir seu feitio.
Tínhamos que namorar. Peguei suas mãos ásperas para sentir seu movimento, sua energia e o modo que manipulava e você as retirou: triturei as cebolas e
Chorei!...
Olhei em seus olhos sem desviar, para descobrir qual era o seu tempero e a sua hora. Você desviou e duvidou e eu acreditei no Curry como condimento e companheiro.
Abracei você desavisado na sala e sussurrei amores e você desdenhou.
Fui à cozinha novamente, piquei as maçãs ácidas e verdolengas e percebi que estava em descompasso, não era a hora.
Na biblioteca, você distraiu na leitura sobre motores e aquecimento e observei sua atenção e namorei seu perfil e sua paz.
No quarto, sozinha, retirei o avental, pintei minha boca e desejei a mim mesma, paz e discernimento das verdades.
Voltei ao escritório e com segurança disse que estava tudo pronto.
Você, descansadamente, arqueou as sobrancelhas e perguntou:
—O que você fez hoje?
Respondi:
—Frango ao Curry.
E você. num silêncio mordaz, sentenciou:
— “Não como frango!"
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
DIREÇÕES
Acima do medo
Críticas não me abalam
Muitos querem me parar
Mais o futuro é inimaginável
Vivendo no século das críticas
Cicatrizes que se transformam em histórias bonitas
Pedras que voam no ar
Pegarei e construirei um altar
Estratégia agora é militar
Escudos de anjos vão me resguardar
Tu, ó Pai
Vai encher meu copo até transbordar
Um aviso aos navegantes
uma perfeita
imperfeição...
gosta que lhe gostem,
mas não liga,
se não lhe gostarem...
sexo,
inteligência,
vontade de...
desejo cá...
que natureza dos infernos
essa criatura tem...
vale muito ou nenhum vintém...
tudo depende
do agora ou do além...
uma máquina de palavras,
sentimentos e tempestades...
um beijo e mil palavrões ...
uma face e mil olhares...
uma boca e mil sorrisos...
pernas,
mãos,
lábios...
batons,
tons de cinza,
muitas cores...
uma biscate
e amores ...
vive para si..
ama para si....
lê para si....
olha para si...
se encanta, não se sabe quando...
se deseja, não se sabe quem...
se quer, não escolhe esconder...
se não quer, piorou...
ELA é
um aviso aos navegantes,
mergulhe!
mas navegue antes...
recostei meu braço sobre o papel
pintei todos os meus pensamentos
no final, não gostei do que vi
joguei fora
aqueles traços refletiam o que sou
o que tenho sido
o que tendo a ser
hoje eu me joguei no lixo.
tentei.
a arte prevalece viva nas entranhas do que habita em mim.
é impossível por um fim.
MEU POEMA
Meu nome é Lucas
Estou de alma lavada
Lógico, porque não?
Sou cristão
Humilde de coração
Não sou perfeito
Busco aprender com erro
Hoje é meu aniversário
Fiz vinte e seis, com cara de dezesseis
Sempre me pego pensando em meus futuros planos
Não conto nem para o vizinho
Só para Deus, meu melhor amigo
Sonhador e intuitivo
Tenho machucados
Já estão cicatrizados
Por dentro sempre serão lembrados
Não posso ser vulnerável
No entanto
Sou homem
Choro e amo
Sou ser humano
Estilo diferente
Amante de leitura, filmes e cozinha
Bom de papo e bom de rima
Te garanto sua risada
Uma conversa prolongada
Astrologia, psicologia, biologia
Sei de tudo um pouquinho
Tenho até um filho
Nome Bernardo, ele é lindo
Estou disponível para sermos amigos
Como todo mundo
Tenho requisitos
Se o seu for dinheiro e beleza
Arrasta para cima
Segue sua vida
Paleta de Mentiras
Minta até o que você quer que seja verdade se torne verdade.
Minta até você não poder se lembrar do que é mentira e do que não é.
Minta até não estar mais mentindo.
Há beleza na mentira, como em um doce e amargo "adeus."
Valorize sua paleta de mentiras.
Foi um estratagema que você criou.
Quanto maior sua eficácia,
Melhor a forma como também passa a encantar o próprio artista.
Aroma
Tudo cheirava dúvida naquele instante, seu olfato se calou e
seu mundo não representava nada, pois cheirava a coisa nenhuma.
Tirou o vestido, que transpirava ninharia, tomou um banho
que não aliviava e a insignificância escorreu pelo ralo todo o seu
perfume.
Seus cabelos molhados, banhados, esfriavam suas costas e
não exibiam a espuma de seus sentimentos.
Passou maquiagem que não enfeitava nem migalha, o
instante da folia, do carnaval, no colorido de amar.
Espalhou, vitrificando seu corpo, um creme, e ele recolheu
seu perfume, não exalou seu bálsamo.
Os caminhos de suas curvas exibiam solidão.
No isolamento sobre a cama, um vestido novo com etiqueta
tentava dar vida e fragrância à nova estação de sua vida.
Vestindo tudo como novo, não havia cheiro de loja nem
recomeço.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
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