Poemas Vazio
Ah se me fosse concedido apenas um desejo, dele faria mil.
Poder me perder nos caminhos que seu corpo faz.. Te olhar tão fundo nos olhos a ponto de me enxergar, enquanto fazemos de dois mundos tão distantes um universo só nosso complementar.. Tudo o que gosto e quero você pode me dar de maneiras diversas..
O triste de sentir que estou sempre buscando longe demais o que jamais tive perto de mim, essa busca me cansa e o vazio que se instala sempre que preciso dizer adeus, me consome em solidão..
As cores lindas dos meus dias somem, em diferentes escalas de cinza fica as lembranças da luz do seu sorriso, o calor da pele... Tudo se vai.
Amores clandestinos, com destino sempre certo em mim.. As diferenças entre nós são excitantes demais para dizer que não, me entrego como se fosse o ultima vez, todas às vezes, sei que também deixo algumas marcas, mas elas somem depressa.
O que posso fazer a não ser desejar mais mil vezes esse desejo de você..
Fecho a Janela do mundo
Enquanto abro a do meu quarto
A reclusão um dia vivida no agora já não me cabe
Pronta pra sair sem olheiras ou cansaço
Juntando-me a sinantropia que sobre o mundo se abate.
Ouço as portas baterem
vozes do outro lado
passos e pés arrastados
ao som do vento penteando o pomar
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
dedos gélidos, adormecidos
tatear paredes do vazio
enraizado em correntes
imaginando como seria seu próprio rosto
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
ouço-a murmurar
alarido do outro lado
ferro e fogo, forjando escudos
eflúvio de chuva seguindo o mar
se existe luz está mesmo lá fora?
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
O que eu tenho é a saudade
E dela não me desfaço,
São marcas dos que me esquecem,
Tesouros, sobras, daqueles que nunca esqueço.
!Oco!
Vi-me cercada,
Sitiada e a mercê daquele falso amor.
Aquelas lindas pessoas, que sentavam no meu colo,
E em meus ouvidos pronunciavam palavras de amor,
Com sorriso sem gosto,
Beijavam-me o rosto e falavam de amor,
Como se, fácil fosse amar.
Sentimentalmente,
Deixava me levar,
Ignorando o pensar,
Violentava minha consciência,
Pela ausência,
De um amor esquecido,
Quase que perdido.
Não sabia o que era amor.
Amor se constrói com o tempo,
Forjado em lamúrias e lamentos,
Atitudes e contentamentos,
Alegria,
E média euforia,
Sem agonia...
Sem desespero,
Com tempero,
É estar contigo, mesmo que seja ao relento,
Num dia cinzento,
Ou até mesmo segurando um guarda-chuva em dia de sol,
Sendo a sua sombra em segurança,
Conquistando confiança.
Estão banalizando o amor,
Estão banalizando o beijo,
Estão banalizando tudo!
E aquilo que era bonito e maduro,
Hoje se perde no escuro,
Como casa sobre a areia,
Que quando a maré sobe caí.
Embriagava minha Lucidez para anestesiar minha alma,
Tropeçava dentro de mim em passos firmes de tristeza,
Desfilava passos largos de sorriso frouxo atrapalhado,
Enganava não só os outros, mas a mim todos os dias.
Vivia como se fosse fácil viver,
Perdendo tempo de copo em copo,
De vida em vida,
Deixando tudo que eu tinha de bom para traz,
Me tornando alguém cada vez mais vazio do que é bom,
Estragando vidas, empurrando a minha com a barriga,
Sem ambição de progresso,
Implorando por amor.
Vazia e no silêncio seguia,
Até que um dia encontrei a luz do meu Senhor.
A desimportância do saber.
Já vivi, já chorei,
Já gritei,
Já sofri,
Também já venci,
Já perdi,
Já vivi,
Também já morri dentro de mim,
Já corri de mim mesma,
Já persegui,
Sei o que é ser feliz,
Mas também já fui triste,
Já sonhei,
Conquistei,
Depois acordei...
Já... Dentro de mim. Eu... Já.
Quem sou eu?
Quantas vezes na voz do vazio,
Dentro do silencio da solidão,
De quarto escuro da mente já busquei...
Quantas perguntas vazias,
Ecoam no vazio do ser eu?
Quanto mais que sei,
Mais do que eu quero saber se torna inútil,
Fútil,
Quanto mais penso que sei,
Nada sei,
Quanto mais de mim há em mim,
Menos sou,
Questionamentos em vão,
Nunca me fizeram viver,
Consumiram-me anos a fio,
Apenas o necessário devo saber,
O necessário para que eu possa fazer.
E fazer é o seu ser,
Almejo o certo,
Chega de incertos!
Que são insetos,
Sobrevoam pensamentos,
Zumbem dentro de mim,
Vãos questionamentos,
Afastam-te dos caminhos mais belos,
Só quem conhece o infinito sabe o que eu quero dizer,
Quem busca o infinito,
Preenche o vazio que há em viver,
Dentro de si vazio,
Propositalmente vazio,
Para que o infinito invada o seu ser.
Ser,
Menos do eu,
Mais daquEle em quem quero ser.
Mentiras que iludem
Vem de quem se estima
Em suas vontades se rompem
A verdade subestima
Mentiras que iludem
Enganando-se estará
Ainda que sempre tentem
A verdade surgirá
Um vazio crescente
Luzes não se acendem
Assim se sentirá
Plantado uma semente
E ainda que tentem
O amor não o confortará
Ausência
Meu silêncio grita,
Tu não ouves,
Meus olhos choram,
Tu olhas, mas não vês,
Minhas mãos soam inquietas,
Sangro por dentro.
Onde tu andas?
Onde está teu pensamento?
Dizes: está em ti.
Mas não,
Procuro lá, não me encontro.
Não estou em ti,
Nem em teus pensamentos,
Nem em teus lábios,
Nem em teus braços,
Estou aqui, para ti, por ti,
No vazio, esperando,
Ansiando teu amor.
E quando você se sente completamente sozinho e acompanhado ao mesmo tempo, o que será que isso significa ?
Será se é amor, porem um amor estranho que só quem nunca sentiu sabe dizer o que é de fato ?
Só sei que queria mais explicações ao invés de confusões
Só sei que queria mais compreensão invés de repressão
Acho que o que eu realmente queria era o impossível
Impossível? Talvez !
Mais creio que não seja, só acho que o impossível sejamos nós, nós eu e você
Você e eu, uma junção de energias negativas que nunca iram se juntar por completo.
A se eu pudesse te dizer isso e ser entendido, talvez isso pudesse ser mudado,
Não posso abraçar o mundo sozinho, mais antes você pensasse como eu,
assim poderíamos abraçar o mundo sozinho juntos.
Não consigo viver assim na escuridão que não é o meu lar, coração sangra, chora,
talvez por tolice, quem sabe ?
Só posso te dizer que queria abraçar o mundo sozinho junto !
Após anos de descanso, os acomodados levantaram de suas poltronas com pedras nas mãos!
Com a sensação de que perderam alguma coisa durante o sono, ficaram eufóricos e nervosos, gritando coisas do tipo: - 'TENHO CERTEZA QUE PERDI ALGO, SEI QUE ROUBARAM DE MIM! PRECISO APEDREJAR QUEM FEZ ISSO!'
Com aquele mau-humor típico de quem acabou de despertar, saíram por ai exigindo o que lhes foi tomado, pois sentiam que realmente precisavam daquilo de volta!
O único problema é que eles não sabiam o que exatamente tinha sido perdido e muito menos quem havia lhes tirado... Todo aquele tempo de quarentena foi preenchido por sonhos e pesadelos, o que dificultou o reconhecimento do que era real ou fantasia...
Depois de exaustivas procuras e enfrentamentos, alguns perceberam o que muitos não viram, que na verdade o que estavam procurando não era algo tocável/material, mas sim algo que pudesse preencher seus vazios interiores!
Essa cama nunca esteve tão grande,
Tão larga,tão vazia.
Minha cabeça sente saudade do teu peito
Como travesseiro, meus pés sentem
Falta dos teus nesse dia frio,e nos outros dias também.
Meu cabelo sente falta das tuas mãos fazendo carinho até eu dormir.
Eu que era toda acostumada com a solidão,repudio essa sensação de vazio que tua ausência me trás.
Volta,tudo teu está aqui,tuas roupas,tuas coisas,teu espaço na cama e Eu.
Hoje eu queria escrever sobre saudade.
Mas não tem como escrever sobre isso
sem lembrar de você.
A minha saudade mais bonita,mais sincera,
mais intensa.
A ausência mais perturbadora, mais sofrida,
mais doída.
Você sempre vai ser o dono das minha melhores lembranças,das minhas maiores saudades,
do meu amor mais sincero.Que durou pouco,mas foi eterno.
Porque estar sozinha nunca foi problema.
Ouvir música, ler,escrever.
Esse sempre foi meu hobby preferido.
Porque as baladas estão sempre tão cheias
de pessoas vazias.
Tocando as mesmas músicas, viciando mais
as pessoas em bebidas.
Lotadas de gente em busca da selfie Feliz perfeita.
E eu não consigo entender essa perfeição
virtual.Onde as pessoas demonstram ser tudo
menos o que elas são de verdade.
Por isso a solidão tem sido minha fiel companheira.
Só eu e ela,24 horas ao dia.
Porque sei que estando sempre comigo mesma não há com o que me decepcionar.
A solidão é boa, você compensa o que
te falta bebendo.
Mas as vezes,só as vezes eu queria largar o copo
e segurar na mão de alguém.
O que é isso?
O que é isso que
estou sentindo?
Não tem nome nem cor
Não tem braço nem abraço
Não tem paixão nem amor...
É um vazio na pele
É um comprido no olhar
É um vagar um perdido
É não ter onde ficar
O que é isso que desce
Pelo garganta sufocando?
Um gosto amargo na boca
E eu acabo chorando
E vou deixando pra trás
Os versos pobre de mim
Vou sufocando meu grito
Por este mundo sem fim...
É uma saudade infinita
É um vagar um vazio
É uma dor que me grita
Parece um ronco bugiu
É uma parte distante
É um rosnar uma bandida
É uma fuga de mim
Como se eu fugisse da vida...
O que é isso?
E você não vai mais encontrar,
nem o sorriso, nem os lábios
e nem o olhar.
Já não há mais nada para te segurar,
para se segurar,
para me segurar.
Que a mascara mantenha
o que maquiagem nenhuma pode disfarçar,
e vamos festejar.
Afinal, o que mais fazer com todo esse vazio,
senão dançar?
Nem a natureza, nem o corpo,
um ser vivo,
um ser morto, ou,
um ser torto?
Que permaneça enquanto ser
que se manifesta,
que surge do vazio,
festa!
E que não se segure à nada.
São desses picos que
surge a floresta, e,
já não importa mais o que me resta,
que eu os enfrente a todos,
mesmo que perca tudo,
mesmo que seja esta,
a grande batalha,
a última festa.
E olhava fixamente o mundo, com aqueles olhos de primeira vez.
Como quem sangra a bagagem do peito, só pra se sentir preencher.
Re-preencher.
Eu aceito ser forte,
Dai-me força.
Eu aceito ter paz,
Dai-me paz.
Eu aceito as coisas boas,
Livra-me de sentir vazio.
