Poemas Sombrios
#Oi...
Não sei se recorda...
Isso já não me importa...
Sou aquele menino sozinho...
De poucos amigos...
E por tantos rejeitado...
Achei que seria...
Boa idéia...
Em um belo dia...
Me declarar a você...
Passei pelo medo...
Tirei do peito...
O coração...
Escrevi uma carta...
Perfumei...
Não assinei...
Na madrugada...
Muro pulei...
Em sombras andei...
Sob estrelas, me esquivei...
Escondido na emoção...
Nas sombras deixei...
A declaração de amor...
E você, o que fez?
Leu...
Curioso ficou...
Sem saber quem lhe escreveu...
Porém, desconfiou...
Me procurou...
Confessei...
E me amou...
Mas, o tempo passa...
E passou...
Cansou...
Não cansei...
Ainda lhe amo...
Ainda lhe quero...
Ainda me tira o chão...
Me faz me sentir criança...
Cheio de esperança...
Ainda sinto seu olhar...
A me procurar...
Olho também...
Retribuo...
Dessa vez...
Que deve procurar quem?
Sandro Paschoal Nogueira
Errantes
Os julgamentos, as indiferenças, a falta de;
As escolhas, os caminhos, as ações mal executadas por motivos, como;
O abraço vazio, o beijo sem alma, um corpo sem sombras ou imagens no espelho para;
No altar promessas, no dia a dia mentiras e no final...
terei palavras para falar-Te?
E compreenderás Tu este,
não sei qual de nós, que procura
a Tua face entre as sombras
JARDIM DOS PINHEIROS – Proeza da Mãe Natureza
Quando chegamos a este lugar,
contornamos a orla magnética do seu lago anfitrião,
que pintado de verde pelas incontáveis bonitezas que o abraçam,
nos dias de sol cintila orgulhoso.
Chegamos aqui acolhidos pelas sombras das crescidas árvores
de flores caprichosamente rústicas,
que benzem também o seu nome de jardim.
Sabe, por aqui é bom dormir com a janela aberta,
só pra acordar vendo as copas dos pinheiros.
Nas fotos elas são bonitas,
mas pessoalmente muito mais!
Porque ouvindo tantas toadas passarinhescas,
bailam sua coreografia princesa,
ensinada pelos ventos daqui.
Alguns temem o que não vê...
E quem vê...se acostumam ou fica indignado...
Tudo é só apenas mais uma habitação, nesta super população...
Palavras são como asas que libertam nossos pensamentos;
Asas que nos fazem voar ao mundo dos sonhos;
Libertam nosso espirito das sombras;
Revelam sentimentos platônicos;
Elevam nossos corações ao mundo das ideias;
Teus lábios doces e quentes
Mãos suaves como a pele da uva...
Vou gritar para que o vento leve
ecoe meu amor aos quatro cantos...
Me prendes em tua teia de versões, caleidoscópio!
Somos uma nação de sonhos, versões e filosofias
Nossa canção é doce, mas protesta...
Nosso externo de profundas sombras,
Ameaças a nossa liberdade...
Não, não queremos beber desse cálice!
Iremos além das brumas...
É o verso e a prosa contra o metal,
Contra a fúria triste...
Nosso grito ecoará livre
Na liberdade dos pássaros
Na dança das borboletas...
Ainda somos livres para amar...
Quero ser pra ti como o setembro para a primavera...
O sabiá que canta eufórico na presença das flores...
Império da Escuridão
Os bons tempos se foram
A escuridão domina
A maldade impera
E a humanidade extermina
Chegou um novo tempo
Tempo de escravidão
Tempo das sombras
E tempo de solidão
Chore o passado vivido
O mantenha vivo na memória
Por que os bons tempos se foram
Agora são só história
As trevas chegaram
O mal se alastrou
O mundo que você conheceu
Saiba amigo,ele acabou!
O Navio Das Prioridades Invertidas e o Caos Moral.
Mulheres e crianças primeiro: um navio que deveria resgatá-las, mas que as lança ao mar da indiferença, onde mulheres tornam-se sombras esquecidas e as crianças, presas fáceis de monstros que nadam livres nas águas turvas da impunidade.
Há momentos em que me vejo,
não como o mundo me enxerga,
mas como sou, na essência crua.
Só, no abismo do próprio ser,
sinto minhas formas dissolvendo-se,
enquanto sombras me envolvem,
sussurrando angústias que crescem.
Luto, me debato contra o vórtice,
mas a cada golpe desferido,
afundo mais dentro de mim.
O Olhar do Mundo
Não, não é fácil ser lido.
O mundo vê-me passar
e já decidiu quem sou
antes que eu tenha dado um passo.
Se fico, sou pedra imóvel.
Se ando, sou vento sem raiz.
Se espero, sou indeciso.
Se escolho, sou rígido.
As sombras que se movem nos muros
não são minhas,
mas o mundo insiste em vê-las em mim.
Os gestos que lanço no tempo
mudam de forma ao tocar outros olhos.
E assim me perco nos reflexos,
na dobra das interpretações,
na lente de quem vê o que já esperava ver.
Mas talvez valha a pena seguir,
deixar que o dia corra o seu curso,
que a poeira assente,
que o próprio mundo reveja o que viu
e, quem sabe, um dia entenda.
O Que Se Lê no Mundo
Não, não é fácil compreender.
O que se vê nem sempre é o que é,
o que se sente nem sempre é o que se quis dar.
A luz que atravessa as folhas
é sombra ou claridade?
O rio que corre apressado
foge ou segue o seu rumo?
Tudo depende do olhar que pesa,
da memória que julga,
do medo que contamina.
O mundo não se explica,
move-se, respira, transborda
— e cada um o lê à sua maneira.
Mas talvez valha a pena ficar,
esperar que o tempo dissipe os enganos,
que a verdade encontre fenda na rocha
e que, no silêncio certo,
o mundo se mostre sem precisar de tradução.
Ruído e Sintonia
Às vezes, o mais difícil
é ser compreendido.
O que digo, o que faço,
o que deixo por dizer,
perde-se num labirinto
de ecos distorcidos.
Não é por nada que se diz
que o caminho para o inferno
está pavimentado de boas intenções.
Mas e quem lê as intenções?
Quem decifra o código
das entrelinhas invisíveis?
Cada olhar é um prisma,
cada ouvido, um filtro.
O que para um é gesto de afeto,
para outro, afronta.
O riso de uns
é a ferida aberta de outros.
Comunicar é atravessar o abismo
entre o que se sente
e o que se entende.
Palavras são apenas vento
se não encontram solo fértil,
se não fazem vibrar a mesma corda.
Porque no fim,
toda mensagem precisa de um lar,
de um receptor que a acolha
e a transforme em sentido.
Se não, é só ruído,
perdendo-se no vazio
Digo uma coisa, e entendem outra.
A vida é um jogo de espelhos
onde cada um vê apenas a sua própria sombra.
Falo com intenção limpa,
mas o outro ouve com o peso do seu mundo.
E assim, entre a verdade e o engano,
o que era claro torna-se nevoeiro.
Talvez nada seja realmente dito.
Talvez apenas fingimos comunicar
enquanto cada um se perde na solidão
das suas próprias ideias.
Digo palavras como quem lança
pedras num lago:
espero apenas que as ondas
toquem outra margem.
Mas nem sempre chegam.
Ficam presas na sombra
de quem as ouve.
Queria que tudo fosse claro,
como um rio ao meio-dia,
mas há sempre a névoa
dos dias difíceis.
No fim, talvez reste apenas
um eco perdido,
uma sílaba breve
na boca do vento.
O Eco do Silêncio
Lanço palavras como quem atira pedras
num lago sem margens,
esperando que o silêncio as devolva
sem distorção.
Mas o mundo é um espelho partido,
onde cada olhar lê o que já esperava ver,
onde cada voz se perde
num labirinto de ecos esquecidos.
Não sou feito de aço,
nem de pedra erguida contra o vento.
Sou a sombra de um pensamento que passa,
o reflexo de um instante que já se foi.
Se digo, não ouvem.
Se calo, suspeitam.
Mas sei que a raiz cresce no escuro
e a verdade não precisa de nome.
No fim, talvez reste apenas um vestígio,
um traço de luz na poeira do tempo.
E quem escutar, quem souber ler as entrelinhas,
saberá que sempre estive aqui.
Somos muitos em um só dia.
Às vezes acordamos esperançosos, outras vezes calados por dentro. Podemos ser gentis pela manhã e, horas depois, impacientes. Somos luz em alguns encontros, sombra em outros. Não somos incoerentes — somos humanos, múltiplos, atravessados por memórias, sentimentos e vibrações que dançam conosco a cada instante.
Essas variações internas não são falhas; são convites. Convites para olhar com mais atenção o que sentimos, para perceber o que nos habita sem julgamento. Quando nos tornamos conscientes dessas mudanças, abrimos espaço para a alquimia interior. Podemos, então, transmutar medo em coragem, raiva em lucidez, tristeza em silêncio fértil.
Estar presente é o primeiro passo.
Reconhecer-se em cada versão é o caminho.
A consciência não nos impede de sentir — ela apenas nos liberta da prisão de reagir inconscientemente.
E é nessa presença que encontramos poder: o de sermos inteiros, mesmo sendo muitos.
Vidas de monges
Indecisamente não me decido... não me defino... não delibero.
O que pensar?
Adormecer, não mais acordar.
Nos braços de Orfeu, eternamente me deixar ficar.
Fechar os olhos... cerrar a consciência... não ver o tempo passar.
O que pensar deste mundo louco...
Está se desfazendo pouco a pouco.
Estradas desregradas... não sinalizadas.
Ruas sem saída. Becos de escuridão.
Portões fechados.
Casas com muros altos totalmente cercadas.
Não sei o que pensar.
Tenho medo... um frio percorre minha espinha...
Quase me desespero.
Nem sei mais se está certo o que quero... meus sonhos almejo rapidamente deles me esquecer.
Tenho abrandado os meus quereres.
Pra diminuir ao máximo o meu sofrer.
Tenho sentido que não há mais muito sentido... na vida, nos sonhos, no acordar todo dia e no adormecer quando o sol acabou seu trabalho fazer.
Esta vida!? Por que se está a viver?
Afastamo-nos bruscamente.
Apartamo-nos completamente.
Nada de abraços... nem apertos de mãos...
Trancamo-nos em nós mesmos.
Construímos redomas de vidro.
Camuflamo-nos em lúgubres poesias.
Invejamos as sombras que esbarram em nós sem nenhuma ostentação.
Ignoramos as batidas aceleradas do nosso coração.
Sempre... e apenas...
Um aceno de longe.
Vivemos vidas de monges.
A floresta canta tanta histórias e seus espíritos são ricos momentos nossas vidas...
Como a luz que vivida nas sombras dos mares ricos de uma natureza indomável e sonhadora....
Seria mais digna que muitos que desdenham o viver nas sobras do que foi a humanidade.
Entretanto o desmatamento se dá a essa tragédia de tantos que se acham provedores de conhecimento...
Dor todavia em barra mansa seja demanda por madeira nobre...
Lágrimas formam rios de sangue e as florestas chorando o desespero ao mesmo que se derrama gasolina para chamar atenção, o gado ouve o berrante...
Seja tristeza do aumento dos alimentos...
Ou falácia daqueles se acha na razão daqueles que choram com fome... E não só essa fome!
O saber se tornou mais pobre e aonde ficou a dignidade e humanidade...?
Exploramos a verdade e colocamos fogo na insanidade...
Aonde foi parar a razão.
Somos loucos apenas e quando acordarmos será tarde ou estaremos sonhando ainda...
O cataclismo é parte do ensino fundamental...
Os digam mestres são bandidos da salas de aulas pois educação não veio de casa...!
Somos cegos e mudos diante do poder insanos que se constitui na obras de um senhor que se diz líder de uma nação...
Defere a constituição e os direitos humanos.
Seria verdade nós faz calar... Somos culpados!
Podemos ainda mudar essa situação.
A liberdade de todos está aonde vivemos e como vivemos...
MEU TEMPO ESTA SENDO LEVADO POR UM VENTO
QUE SÓ ESPALHAM CINZAS
QUEIMADAS POR UM PERÍODO DE SOMBRAS
E O SOL QUE AQUECIAM MEU CORPO
ME MANTEM EM LUZ QUE OFUSCAM MEUS OLHOS
MINHA MENTE SE OPÔS A GUARDAR O TEMPO DA LUZ
MINHAS MÃOS CRIAVAM OS VENTOS
O VENTO QUE DESTRUÍAM AS PÉTALAS
AQUELAS BANHADAS PELA LUZ DO SOL
CONTINUO EM BAIXO DA ARVORE
SEGURANDO MEU MACHADO PELA LAMINA
E OS MEUS DEDOS CORTADOS JÁ NÃO TÊM MAIS FORÇA
JÁ NÃO BATO MAIS NA ARVORE QUE PRODUZ A SOMBRA
VEJO MEU TEMPO SENDO LEVADO
POR UM VENTO QUE SÓ ESPALHAM FOLHAS
QUE EU APANHO COM AS MÃOS ENSANGUENTADAS
E A SOMBRA QUE REFRESCA MEU CORPO
MANTEM MEUS OLHOS PROTEGIDOS
MINHA MENTE SE OPÔS A ESQUECER OS VENTOS
OS VENTOS QUE EU CRIEI...
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