Poemas para Vovó
Os meus amigos perguntam que fim cê levou
O meu pai não desiste, ainda quer ser vovô,
O tempo não foi tão legal com nós dois
Saudade da vovó
Lembro-me dela costurando,
E um ou outro neto chamando-lhe.
Na mesa lotada, primeira era servir toda a garotada.
O jardim com seus brincos de princesa, ninguém podia tocar.
Caso contrário, iria uma brigar arranjar.
Com suas economias, fazia de tudo para todos os netos agradar.
Hoje choro ao recordar da vovó que tanto me fez ninar.
Vovó, alegria da minha vida!!!!
Venho por meio dessa mensagem para deixar registrado o tamanho do meu amor e gratidão, pela vida da senhora e por ter sido presente em todos os momentos da minha vida, mesmo aqueles que eu estava longe.
Em 1939 nasceu um ser de luz que seria o exemplo de força, de amor e lealdade, para todos que cruzassem seu caminho e o nome desse ser de Luz foi chamado de Sebastiana. Que depois de 51 anos eu seria contemplada com a graça de ser sua neta.
Vovó essa cerimônia toda, é só pra deixar claro, e não deixar nenhuma dúvida do meu amor, gratidão e orgulho. Hoje em 2024 tenho a oportunidade de lhe parabenizar por mais um ano, e hoje se comemora seus 85 aninhos. Vó eu desejo para senhora mais 20 anos de saúde para viver do meu lado e continuar trazendo essa alegria e energia singular, que só pertence a ti. Deus obrigada por mais esse ano de vida da minha avó.
Tudo que há de melhor nessa vida eu desejo o triplo para a senhora minha avó amada.
Eu Te Amo eternamente. Da sua neta babona e a favorita 🤩❤️
Feliz aniversário, que Deus abençoe sua vida hoje e sempre! E que nunca te falte saúde, amor e alegria! Essa é sua essência ❤️
UM CORDEL PARA MEU AVÔ
Eu sou bem falante
Vovô é mais sério
Mas também é brincalhão
Quando pega pra contar histórias
Não tem lugar pra sermão
Ele ensina que nem sabe
Fico atenta, prestando atenção.
Gosto das histórias de família
E não é nenhuma obrigação
Contou sobre quando era menino
Eu senti que ele abriu o coração
Vi meu avô tão feliz!
Pensei: vou fazer virar uma tradição
Vou contar pra todo mundo
Que meu avô me ensinou:
"É feliz quem não esquece:
A vida é uma trajetória
E bom é ter gratidão."
FELICIDADE
Acordar cedinho e tomar o café na trempe da vovó.
Olhar para o terreiro e ver o netinho rolando no relvado.
Encontrar aquele velho livro perdido.
Um banho quentinho de gamela.
O rádio tocando a música de sua adolescência.
Calçar um sapato leve e macio.
O cão brincando com o bichano.
Quebrar o balanço no flamboyant
E o joelho ralado.
Viajar, versejar
Ser gentil.
A casa da vovó e do vovô
Um sonho, uma lembrança e uma saudade
A casa da vovó e do vovô é lugar de brincar, sujar, rolar na grama, cantar, encantar, saborear e amar...
A casa da vovó e do vovô é um lugar gostoso e harmonioso, cheio de conforto, carinho e muito amor;
As portas do coração se abrem para receber seus netos;
Na casa da vovó e do vovó existe um lar que é construído com a cal do afeto, com os tijolos da harmonia e com o cimento da paz;
Na casa da vovó e do vovô as portas estarão sempre abertas;
Na casa da vovó e do vovô tem muito carinho, muitos beijinhos de afeto, alegrias de montão, um mar de liberdades e um oceano de respeito...
Lá, sentirás pureza D'alma, receberás o abraço com um laço de ternura, terás brincadeiras livres, sem culpa e terás a comida a seu gosto;
Poderás saborear as frutas, apanhando-as;
Poderás subir na árvore e colher a fruta mais gostosa;
Poderás comer bolo de chocolate, roscas, biscoitos e pão de queijo;
Poderás comer batata frita, pamonha, mingau e milho assado...
À tardinha, sentirás o cheirinho de pipoca pulando na panela, pé de moleque e doce de leite à vontade;
Poderás beber leite da vaquinha Mimosa, comer ovo da galinha pintadinha e ouvir o cantar de seriemas e saracuras...
Poderás, ainda, pescar e nadar no riacho doce, cavalgar no cavalinho Chuvisco, no pônei arisco e na mulinha ternura;
Poderás dar comida aos pombos, perus, angolas e galinhas...
Sentirás livre ao correr no gramado do quintal da liberdade;
Lá, acordarás com a sinfonia do cantar do galo e dos passarinhos...
Na casa da vovó e do vovô terás amor, conforto e a presença de Deus...
Sejas bem-vindo! ...
Élcio José Martins
O mundo é uma bola já dizia vovó
Gira, gira
Quem tá de pé senta
Quem tá deitado fica em pé
Cuidado com as giradas
Puxe as cadeiras
Guarde os saltos
Que tal andar descalço
A queda é menor
Arranque as roupas do egoísmo
Jogue fora
Não se ache melhor
Um dia o teto desaba
O tapete afunda
E se tropeçar ?
Vai que caia
E ai,
Serão poucos
A te levantar.
26 de julho - Dia da vovó
Quando todas as desculpas por você não ter feito dieta falharem, tente essa: acabei de voltar da casa da vovó! É infalível!
Vovó Ju do Matheus:
Vovó Ju, tão doce e querida
Abraça o Matheus com todo o amor
Seus braços são um refúgio seguro
Onde o neto se sente amado e puro
Com um sorriso tão largo e acolhedor
Vovó Ju ilumina o dia do Matheus
Seu carinho é um presente precioso
Que faz o neto se sentir especial
Vovó Ju, você é uma joia rara
Uma avó que ama sem medida
Seu amor é um tesouro precioso
Que o Matheus guarda no coração
Netinho, curioso, pergunta ao seu vô:
— Vovô, por que você conversa com as estrelas e lhes dá nomes?
Resposta:
— Como as estrelas estão aqui e em todos os lugares do universo, são minhas mensageiras e, para não parecer mal-educado, eu as chamo pelo nome.
Mensageiras?
— Sim, elas levam minhas mensagens para aqueles que o vovô tanto gostou e amou, mas que partiram para muito longe.
E você recebe resposta vovô?
— Sim, melhor que no WhatsApp: diretamente no meu coração.
Sei que não estás aqui nesse plano onde vivo. Sei que estás em um lugar melhor do que aqui. Mas sei que onde quer que estejas, tu lembras de mim, e eu sempre lembrarei de ti. Sei também que não me escutas, quem me dera vez por outra me escutasse, mas mesmo assim falo que sinto saudades de ti. Que neste Natal, mesmo tu estando distante, eu te desejo boas festas, aí, ao lado do aniversariante. Feliz Natal. Te amo.
Quando somos crianças, achamos que o melhor lugar do mundo é na casa dos nossos avós. E quando nos tornamos adultos, continuamos achando a mesma coisa!
Eles são tipo crianças e anjinhos, só que enrugadinhos...
O além é um lugar distante.
Tudo vem do além.
Lá onde moram deuses, bebês, anjos e fadas.
O além é um lugar distante,
tudo vai para o além.
É lá que estão também,
aqueles que amamos,
e que forçosamente nos separamos,
fazem passagem para o além...
O além tem vários setores, tem o lugar dos animaizinhos,
e um outro setor hilário "aquele" das meias perdidas...
Mas agora eu me refiro ao mais especial dos especiais,
onde acontecem milagres e transformações.
Avós, velhinhos e todas gentes que já foram,
voltam a ser bebezinhos,
ficam lá brincando, fazendo um tempinho,
nascem de novo, e voltam do distante além.
O nome do além deveria ser berçário...
Berçário é um lugar distante,
tudo vai para o berçário,
e do berçário, tudo vem...
Possivelmente tenhamos descoberto o ponto inicial de tudo.
De lá entre multidão de inocentes,
Deus, cheio de confiança, tenha demarcado este,
como o marco zero do amor...
Avó
Avó é a combinação perfeita: de anjo, fada madrinha e gnomo.
É a meninice que parou no tempo, num tempo que não quer passar.
Avó é essa saudade mansa que aos domingos vêm nos visitar, com cheiro de café quentinho e gosto de bolo de fubá.
Avó é uma mistura mágica do que foi e do que será.
É um ser tão encantado que mesmo quando se vai deixa pra sempre na gente o brilho do seu olhar, os odores da infância e esse mistério bonito de quem foi sem nos deixar.
“ ... minha linda São Franciscana,
se pisei descalço naquele chão,
arrebentado o dedão do pé num toco
outro dia, tomado banho pelado num córrego
frio; se senti um dia o orvalho da madrugada
escorrendo na pele e a brisa fresca
cantando nas cavernas das orelhas;
se apertei as tetas de uma vaca brava
e provei araticum embaixo de um pé de árvore,
é porque procurava rumo na escrita da história.
Ainda sou devedor da vida, antes de tudo,
uma extensão da terra e dela desconfio
que sou filho que não se desgrenha e com ela
sou verdadeiramente vida como toda mãe propicia.
Cortar esse cordão totalmente não consigo,
essa ligadura é também
essência para viver esta peleja.
De guardar tantas recordações
e de gostar do que vi, faço
este pálido registro, contrariando
o que muito se fala e faz
neste mundo do asfalto,
quando se separa a alma do material
– para dar mais valor a este segundo.
Lembro aqui enquanto ainda é tempo de confirmar,
umas coisinhas de nada, do que vi e vivi
na depressão do rio São Francisco,
onde sitia-se o sertão do homem-terra
ou seria a terra-homem ?
Depois sei, mudaram o mundo
para longe e mudaram de vez,
mas aqui tenho lembranças do amor,
mesmo que me encontre um pouco à margem
de um novo tempo inaugurado...”
Cadeira de balanço
Num canto da varanda
em meio a vasos e pilastras
a cadeira de balanço mágica
onde vovó tirava a sesta
Momento único do dia
onde tarefas diminuíam
um luxo ali ficar um pouco
cochilando em venturas mil
Velha cadeira de balanço
em seu molejo natural,
impressão de que a vida era só aquilo,
um espreitar o céu e sonhar
viajando entre nuvens
ouvindo passarinhos na tarde
que dengosa seguia
ah...vovó que saudade imensa
desse tempo onde tudo era apenas
despreocupação e magia !
GRACINHA
Eu sou aquela caixa d'água a tilintar dentro da noite veloz. Lá fora, o sereno caía vadio enquanto os rumores dos carros mexiam com as luzes dos postes. Tchiqui, tchiqui, tchiqui... Quase sempre, o ventilador ao pé da cama. A cama. A cama. Aquela cama... Na área, o churrasco embalava os nossos estômagos famintos. A fumaça passeava por todo espaço. Chegava na cama. A cama. Aquela cama... Ao meu lado direito, meu mano: pequeno, raquítico, olhos negros, cabelos lisos. No centro, a mana: covinhas amontoadas, coqueirinhos na cabeça, chorinho fácil a descolar na boca. Ao lado esquerdo: vovó. Vovó. GRACINHA. Corpo roliço, cabelo despreparado, pele macia e branca. Sua mão a "irribuçar" os netinhos com colcha vermelha. Sua mão a cantarolar no meu peito. Um dois três carneirinhos. O ronco, o sereno a cair, os rumos dos carros e eu-caixa d'água, eu-saudade, eu-vontade-de-voltar.
(Dona Rosa)
Dedicou seus dias aos filhos que lhes foi confiados por Deus;
Honrou com fé e coragem a família que formastes com sabedoria e muito amor;
Em oculto, chorou pela tristeza de um filho e rogou a Deus para protegê-lo e abençoá-lo, porque pela distância, não poderia abracá-lo e lhe transmitir a segurança dos braços de uma mãe.
Foi "Rosa" com espinhos para defender os que estavam sob seus cuidados;
Foi "Rosa" perfumada com o perfume que a natureza lhe proporcionou na beleza de ser mulher;
Perdeu pétalas e espinhos pelo caminho, mas a ternura e a força para continuar prevaleceram.
Em toda nossa vida, foi a "Rosa" mais bela, e continuará sendo, mesmo que agora és a "Rosa" mais encantadora, que perfuma e cobre de amor o jardim de Deus.
LEMBRANÇA
A casa era branca como a lã branca. Nos fundos: o cachorro rottweiler, as mangueiras, carambolas, forno a lenha, varais, ruínas do cantinho deleitoso da finada Narda e o chiqueiro. Centro de Mucurici. Os coqueiros-imperiais a chilrear um canto melindroso acompanhados dos sinos de Fátima compunham as auras interioranas.As solidões de pores alaranjados já enterneciam o poeta da família. A casa era branca como a branca neve. Na varanda: verde-mato. Vértices e colunas prestes a desgarrar da construção. Vez em quando, sentíamos a noite. Branco-breu, sem fundos, sem varada, sem mato. Mas havia a cadeira de balanço e nela vovó sentava-se.
Chuva No Telhado
Poucas coisas na vida têm a magia
Do barulhinho de chuva caindo no telhado
Na hora de dormir.
A alma se ajeita dentro do corpo
E o corpo de encolhe e se curva
Em noites chuvosas e de baixas temperaturas.
Vez ou outra bate uma vontade de fazer peraltice,
Sair correndo em meio à chuva intensa
E banhar-me em suas águas torrenciais...
Fazer barquinho de papel e
Observa-lo desafiar as correntezas.
Hoje, eu morando só, na grande cidade
Ainda trago em mim os conselhos da minha vó:
Menino, não use aparelhos eletrônicos durante a chuva!
Sendo assim, quando a chuva cai,
Desligo tudo, como um menino obediente,
Silencio e adormeço .
EDSON LUIZ ELO