Poemas Nostalgia
FANTASIA
Desiludir-se
desistir da fantasia
Abraçar a nostalgia
Caminhar à margem da vida
Despertar-se
Aceitar os seus limites
Refrear seus apetites
Comprar passagem só de ida
Conformar-se
Jamais ousar se aventurar
Se reprimir, deixar pra lá
Encarar a crueza da lida
Sabotar-se
Tornar sonho em pesadelo
Seguir tristonho, enxugar gelo
desprezar a destreza contida
Nostalgia é bom. Saudade não!
Pois nostalgia é a boa lembrança de tudo aquilo que se viveu…
E a saudade é tudo aquilo que nunca se teve…
De tudo aquilo que se foi e talvez nunca mais volte!
Queria voltar a ser criança
numa época onde não havia nostalgia, ou erros
tudo era apenas novo ou entusiasmante
agora cada passo é um erro
gerando arrependimento constante
ou duvida sufocante
e cada dia parece mais dificil
de controlar o medo aqui dentro
e se viver for um sacrificio
talvez eu nao esteja pra pronta
pra tantos desentendimentos
não quero criticar a deus
nem a quem me criou
eu só quero saber
se sempre fui quem sou
ou se mundo é perverso o bastante
pra te fazer desacreditar
de perder os sonhos
guardar a alma
e não mais usar
"" A hora incerta
faz do drama a comédia
da dor serena
o nobre poema
da nostalgia
a eterna poesia
de uma certeza
história de amor...""
NOSTALGIA
Cai em mim uma nostalgia,
Sem eu a ter pedido no tempo.
É assim como uma melancolia,
Uma tristeza vaga,
Que não se apaga
No momento.
Que vida.
Que tempo.
Que amargura dura
E tão escura
Havia de me assaltar.
Agora, que eu só queria
Tão pouco,
Para não entrar em louco,
Descansar,
Repousar,
Para aprender a sonhar...
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-04-2023)
PRAIA DA NOSTALGIA
Só te vejo agora pelas tecnologias
Que me mostram marés cheias
E outras tantas coisas vazias
Num vazio tão triste de ideias.
Corpos pequeninos na praia distante,
Que já foi só nossa nas noites frias
De gente comigo, na areia escaldante.
Que saudades quando nela eu indo
Na cíclica maré da baixa-mar,
Tanta areia havia para levantar
Milhões de castelos para albergar
Os amantes dos amores proibidos.
Agora, após longos anos idos,
Ainda te amo, mas de forma estranha,
Praia de areia do mar dos meus sentidos,
Eras a menina dos olhos meus,
Quando a tua beleza era tão tamanha
Que até um dia foste pintada por Deus.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever)
NATAL DOS TEMPOS
Ele teve sempre aquela mania
Talvez até doentia,
Uma espécie de nostalgia,
Quase tara silenciosa
De vestir de cor de rosa,
O Natal da meninice.
E naquela sua tontice:
Saudade da lareira da avó,
As botas velhas engraxadas
Com cheiros a anilinas
No pial limpo do pó,
Simples, sem coisas finas,
À espera do Deus Menino.
Tudo era genuíno
Naquela noite de breu,
Duas meninas e eu...
Que a outra ainda não nasceu...
Noite longa em palha nova
Dos colchões de dormir
Na cama de ferro velhinha,
As fantasias à prova
Num sono que não quer vir.
Sonhavam aquele brinquedo
Ainda que fosse de pau,
Um barquinho ou uma nau,
Talvez uma bola de pano
Bonecas de faces rosadas,
Como as fadas.
Batiam as badaladas
Da primeira missa do dia,
Pé ante pé, em segredo,
Naquela manhã tão fria,
Lá vão eles ao pial...
Nas botas, algo ia mal,
Nenhum brinquedo de pau,
Somente um magro e fatal
Rabinho de bacalhau.
E até ficaram contentes,
Sem chorarem pelos presentes,
Que a vida é feita de nadas...
Restavam as rabanadas,
O que já não era mau.
(Carlos De Castro in Há Um Livro Por Escrever em 21-12-2023)
NOSTALGIA
Às vezes percebemos que pequenas coisas nos faz falta, não é um beijo, não é um abraço,
às vezes um prato não cheio mas abaixo do meio,
um sorriso que anda escondido atrás das máscaras,
uma palavra de carinho ou xingamento, a brisa do vento no final da tarde aonde crescemos e hoje a casa é de outro dono,
sentimos falta não da casa sim da brisa no rosto ao nascimento de cada noite, às vezes a nostalgia nos fazes feliz nos ausentando do presente,
às vezes tudo quereremos é o que temos e não percebemos.
Mais um dia
de (sol)dade,
onde a poesia
é transformada
em nostalgia.
Mais um dia
vazio de abraços,
onde até os sorrisos
são ausentes, e nos olhos
as lagrimas escapam.
Mais um dia descartável.
Mais um dia sem você...
Quanta honra ouvir Manuel Bandeira
Ensina pela nostalgia
Propõe-se com singeleza
Os jovens não escutam Manuel Bandeira
Não sei se já sabia
Ele escreve como ser na vida
E inspirou-nos a revermos o dia
Assim foi Manuel Bandeira.
A energia que conduz à magia,
De mil maravilhas sem fim,
É a condução da nostalgia,
Em Alice, principio e fim.
Na vida só se ama uma vez,
De Raul Seixas se tem a lucidez,
De um amor sem dimensão,
Alice tem um avô, Einstein, o pensador,
Da fluidez do coração.
Das artes se pintou uma amante,
Ao som dos Beatles és a pequena sereia,
Da genética vai crescendo a estudante,
E de Alice ao antídoto perfumante,
Do amor-seixas de Carlos Vieira.
E canto a nostalgia de uma vez
inebriado por teu olhar em fantasia
que timidamente ousava, talvez
O brio insano dos olhares em demasia.
E o teu corpo salpicado de ilusões
que os meus sonhos salteavam
Poetizando mil corações
que ao redor do seu se despedaçavam.
E do teu olhar, daqueles breves olhares
que o tempo cintilava junto aos meus
Se vai as visões inebriadas e desesperadas,
Do meu olhar procurando o seu.
E eu canto a poesia das invenções
que encenou as suas melhores versões
De um amor que meu amor viveu
E já dizia as vagabundas desalmadas,
Que saíam gritando pelas ruas abandonadas:
- as estrelas brilham, ainda brilham,
ainda brilham essas ruas desoladas,
Aos céus elevo o meu canto
ao encanto dos anjos, oferenda a Zeus,
De um amor que meu amor viveu.
Se existe amor,
a vida se reinventaria,
E a dor seria apenas o olor
Do próprio amor em nostalgia.
Mas se existe amor,
O sol seria a dois, amarelando o universo,
E o vinho entorpeceria a razão,
Em um mundo duplicado, lado a lado,
Onde o amor poetizaria as tolices do coração
A ordem seria o inverso
De um horizonte sem imensidão
Coroando os nossos às de luz,
Nos estilhaços apagáveis da ilusão.
E se existe amor, o meu amor cantaria.
E viveria de canção, seja lá onde for,
Mas canção também se canta na dor,
Porém, de amor morreria,
Se existe amor?
Mate-me aos poucos,
a poesia é uma apologética densa,
desprezível e execrável.
Mas é a nostalgia inquieta de um desgraçado,
o êxtase de uma loucura equivocada,
pois, somos, somos equivocados.
Somos, pois.
Poetizaram as próprias incorreções,
que covardia para com a língua bandeiriana,
os sinônimos são covardes desde sempre.
dede sempre.
São equivocados mesmos,
pois a poesia que tenho é uma voz,
o sangue coalhado dos revolucionários de Princesa.
A minha voz não se equivoca,
os equivocados se equivocaram pois tinham verdades,
apenas verdades que as tinham.
Enobreço-me, pois, a minha mentira,
e o meu sangue, é da cor de todos,
mas que se alva, e se? se alva!
Na comelança dos dias ocos,
dias de talvezez e dias já diários que se doutrina:
— a farsa zuadenta de minha alma,
a poesia surda da duvidada esquina
Quando em meus devaneios,
sinto-me afogar em um mar de anseios,
refugio-me na nostalgia.
Me acalma lembrar das glórias que tive, pois do porvir nada sei,
mas sei do que já fui um dia...
Dia cinza e nostálgico, as coisas parecem acontecer silenciosamente, os passáros cantam timidamente, na mente vagas lembranças, no peito saudades.
Saudade do que já vivi e do que ainda irei viver.
La fora a chuva passou, aqui dentro um fino chuvisco permanece.
E então diga -me que se perde em minhas doces palavras...
E se encontra através da nostalgia das musicas...
E assim me sentes perto de ti💕💋
Falta algo
As aparências não enganam, os indícios são fortes, a nostalgia bateu na minha porta,
Sempre alucinado pelas iniciativas encaminhadas com vigor, busquei emergir no amor,
Carrego os medos sem destemperos,
Rego os sonhos sem desesperos,
Recordo com carinho do passado, mas vivo o hoje sabendo que existirá o amanhã,
A esperança não morre...
A solidão causa uma forte sensação de nostalgia, ao mesmo tempo em que provoca uma reflexão sobre o passado.
Nos momentos em que me sinto sozinha, não tem jeito - volto a me apegar no passado. Eu volto a lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo...os momentos de festas, de experiências, das descobertas da juventude.
Eu realmente vivi intensamente esse momentos. Mas os tempos difíceis chegaram. E quando isso aconteceu, fiquei sozinha. E isso foi tudo o que me restou.
As lembranças de um passado bem vivido, embora tragam boas sensações, não passam de recordações vazias, de coisas que jamais vão acontecer novamente, de pessoas que nunca mais vou ver na vida.
Quanto tempo se passou...mas depois de todos esses anos, de certa forma, eu ainda consigo me identificar com a pessoa que eu era na adolescência e na juventude.
Talvez porque essa é minha essência. Porque apesar de tudo, não tem como eu mudar aquilo que eu estou destinada para ser. Por isso eu tenho certeza, que independentemente do que acontecer, eu tenho que estar lá por mim mesma.
Pois os momentos de festas, alegrias, experiências irão passar. E quando isso acontecer, todos irão embora. E eu vou precisar seguir em frente.
Não, o passado não era tão bom assim
Os tempos sempre foram difíceis
É a nostalgia que está distorcendo a sua visão da realidade
O mundo sempre foi um lugar complicado
Sabe do que você realmente sente falta? Da pessoa que você era
Da sua juventude
De quando você ainda não tinha passado por tantas decepções
De quanto você via tudo com um olhar mais otimista, focado no presente, sem tantas preocupações
Independentemente do que seja, talvez seja bom manter essa visão positiva do passado
As boas lembranças nos mostram que viver vale a pena.
Que apesar de tudo o que aconteceu, há muita coisa para aproveitar
Pessoas para amar
Lugares para conhecer
E uma vida inteira para viver com intensidade.
