Coleção pessoal de acucena_polizel

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⁠Para aqueles que não falam a mesma língua, a comunicação é sempre básica.

⁠Marcos Santos de Lima

Aguardo o nosso reencontro, como a trabalhosa missão de cultivar um botão que só floresce uma vez a cada eternidade.

⁠Numa Hera de histeria, trovões eram calmaria
Nasce então, aquele que está sempre em guerra
Independente do clima:
Ares de paz
Ares de amor
Ares de trevas
Ares de dor
Mas sempre Ares!
Um dia há de produzir a harmonia.

⁠Opostos complementares feitos dos mesmos elementos
A besta, o animal, o solo, o social
Guerreiros sem armamentos
Estruturas sem fundamentos
Você me toca mas não te sinto
Eu sou encanto, mas não feitiço
Te pinto numa tela tentando te entender
Talvez as misturas de cores da tua pele me revelem a composição do teu ser
Como Dorian Gray, aprisionado num retrato
Rara beleza espontânea
Te faço em realismo e ainda sai abstrato
As cores ficam opacas a cada renascimento
Inalcançável beleza estática
Nem meu marta Kolinsky traduz seu movimento
Inesgotável fonte de arte e poesia
Não capturo sua alma
Não alcanço tuas cores
Só te pinto em fantasia.

⁠Ela era pura empatia
Sensível à dor e alegria
Capaz de entender o mais louco indeciso
O único ser abstrato era aquele tal de narciso.

⁠Acreditava que era econômica
Tudo era fracionado
Os perfumes, as tintas, as roupas
As felicidades, os sentimentos, o gozo
A presença, a ausência, o gosto
Economizava acreditando exponenciar.
Fantasias de uma tola esperançosa
Como se fosse possível preencher o próprio vácuo

⁠Acordei feliz, a noite despertou alguma esperança em mim
Os problemas pareciam menores
Sua ausência, insignificante
Nossas memórias, distantes
Jurei que seria diferente
Saio do quarto, bagunça pela casa
Minha mãe reclamando das mesmas coisas
O rádio ligado naquela mesma estação insuportável
Você aparece em minha mente
Tudo definha, tudo se perde
A esperança parece se afogar
O que é felicidade mesmo?

⁠O empático é capaz de ser, sentir e entender qualquer criatura nesse mundo, exceto o narcisista.

⁠Espelho

Na sala dos espelhos
Não consigo me enxergar
Por mais que eu me esforce
Sou extensão desse lugar
Espelho que breu reflete
Nada é, tudo consome
Só a luz dá dimensão
Dá espaço, dá pronome
É preciso se acender
Antes de se procurar
O espelho só reflete
Aquele que se iluminar

⁠Eu não te amo
Ainda que seus olhos me sufoquem
Seu riso me inunde
E seus lábios me sequem
Eu não te amo
Ainda que sua voz me embriague
Meu corpo te implore
E meu peito te trague
Eu não te amo
Ainda que te esboce em meus traços
Te faça futuro
E só queira teus braços
Será que eu não te amo?

Nostalgia
⁠⁠
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Em teus olhos, histeria
Sabor de vermelho, sinestesia
Em teus lábios, gosto de vinho
Em tua mente, muito espinho
A cada toque um nascimento
Fez-me viva para matar-me em outro momento
Os teus traços, poesia
Teus sussurros, sinfonia
O teu gosto, nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Sugou o que restava
Incendiou enquanto nevava
O corpo vazio
A alma no cio
Num golpe de sorte
Matou-me e afastou-me da morte.

⁠De seu calmo esconderijo,
o ouro vem, dócil e ingênuo;
torna-se pó, folha, barra,
prestígio, poder, engenho...
É tão claro - e turva tudo:
honra, amor e pensamento.

⁠Uma triste verdade para as almas distintas:
Os clichês, em sua maioria, são reais.

⁠Não sei quem sou, nunca soube.
Sorrateiramente corroída pelo tempo
Também já não sei quem quero me tornar.

⁠Só se pode amar, valorizar, repudiar ou desprezar aquilo que desconhece ou que já faz parte de você.

⁠Percebeu que num diário, as coisas que você omite são mais importantes do que aquelas que você coloca?
O medo de que alguém descubra os seus mais profundos medos e desejos é maior que a necessidade de expressá-los.

Nascemos fruto da frustração alheia; porteriormente viramos expectativa.

⁠A fé sozinha é o refúgio da ignorância, o ceticismo sozinho é o abandono de si próprio.

⁠Você não é a luz no fim do túnel
Você é o fogo que arde em mim
Que me dá forças para continuar pelo túnel escuro

⁠Acreditava que o amor era doença
Assim, deixou-se morrer.