Poemas Nostalgia
Um homem vestindo sua própria solidão,
Cantando sua nostalgia
Procurando algum perdão,
Deslumbrando seus dias
Contemplando seu epitáfio,
Por ventura terás algum sentimento no teu coração ?
Serás de tão maligno seu oceano frio e gelado,
Um peixe nadando eternamente em seu mar melancólico e vasto.
Teu acaso se tornou previsível, preso na infinitude do seu ser,
Livre do amor terrível.
Nostalgia
Nostalgia!
Na fazenda, nosso televisor de cubo.
Quem a possuiu, sabe como era o giro da antena do lado de fora....
Quem nunca viu, jamais saberá dos tempos nostálgicos..
Em noites de frio,
O vento balançava o objeto de alumínio...
E o desejo de assistir um programa de TV subestimava toda coragem...
Restam saudades...
Os vazios foram preenchidos com novas tecnologias.
Hoje, tudo é diferente.
Só vejo notícias desastrosas.
As redes sociais estão aí.
Entre muitas, só se fala em ódio, desigualdade, carência, descrenças, desavenças e depressões e muitas outras notícias ruins...
O verbo passar, nunca saiu do trilho.
Tudo passou, voou e não voltou.
É um filme que passa na alma.
Naquele tempo, eu pensava que era a criança mais infeliz da terra..
O que transitou, perdeu seus faróis.
Na atual fase, estou perecendo em uma descontínuação ultrapassando décadas.
Pensando como adulto,
Eu fui,
A criança mais feliz do passado....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Saudade, doce e amarga, que invade o peito,
Um eco silencioso de momentos já desfeitos,
Nostalgia que transcende o tempo e o espaço,
Um laço invisível que mantém vivo o abraço.
No pulsar do coração, a saudade se entrelaça,
Um suspiro que ecoa, trazendo memórias à tona,
Em cada ausência, um sopro de melancolia,
Um vazio preenchido pela saudade que arrepia.
É na saudade que o passado se faz presente,
A eterna dança entre o que foi e o que está ausente,
É o elo que une o que já foi e o que será,
Na saudade, encontramos a essência do amar.
Um sentimento que transcende a própria existência,
Na saudade, revivemos momentos com persistência,
É a ponte entre o que se foi e o que ainda está por vir,
Um elo eterno que nos faz sorrir e também sentir.
Reflexões! Nostálgicas, mas elucidadoras reflexões intimistas...
Eu sei, sei, mui bem sei! Ora, ora, se isso eu bem sei... Que a cada vez que autorizo meu passado a continuar vivo, vivíssimo em mim, mais e mais reafirmo esta minha incômoda e já folclórica covardia para enfrentar os amedrontadores desafios do presente. Sei também que de tais positivos enfrentamentos, sejam ou não vitoriosos e retumbantes, dependerão diretamente o meu futuro, com suas respectivamente naturais cotas de medo, ansiedade, mistérios, decepções ou estimulantes galardões.
Embora sobre isso, de aceitar conformado em continuar vivendo indefinidamente no passado, seja ele mental, material, sentimental ou espiritual...
Devo aqui confessar que mesmo assim umtantoquanto estranhamente, tal passado tem representado uma espécie de zona de conforto para mim. Uma zona de conforto ou fuga da realidade psiquicamente perigosa, reconheço. Afinal, tendo acabado bem ou mal, dolorido ou festejado, tudo ali já foi superado... E eu já conheço completamente os seus resultados.
Mas certamente esse não é o melhor modo de viver, mormente para quem deseja viver intensamente uma vida assaz dinâmica, produtiva e salpicada de resultados, sejam estes excelentes, bons ou circunstancialmente assimmeioassim...
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.
A noite deixa tudo tão longe,
nostálgico...
Um tanto trágico que
parece real
O anjo noturno
anima a alma
antes do sono contínuo
Mãos juntas
iluminam a prece
Ativam sonhos …
Notável desfecho
Hoje, nostálgico, me sinto
Me seguro na cadeira e aperto o cinto
Desligo luzes, fecho portas e janelas
Pois vai ser uma noite daquelas.
Se relembrar é viver
Por que sinto cada célula do meu corpo desaparecer?
Sou como uma bomba preparando-se para a explosão
Que entende ser um verso violento nessa barulhenta canção.
A completa ausência de entendimento
Sobre quem realmente sou por dentro
Me transforma em um ser sádico
Que anseia loucamente por um desfecho trágico.
Hoje caminhei com sensações das lembranças
Há vazio e pássaros a cantar
Quem sabe nostalgia de um tempo que vôo
Cada andar é amargo e dilui o tempo que foi embora
Ciclos foram terminados, como Dia que acaba em 12 horas.
CARA NOSTALGIA
Saudade! Da tua voz balbuciando
E o bafejo na nuca dando arrepio
Saudade! Do teu olhar tão gentio
E os nossos sentidos se tocando
Noite de junho, frio, carinho macio
Ao luar e, nosso coração vibrando
Piando ao vento, ao vento brando
Acalmando a alma, doce fascínio
Saudade! De ter-te no sentimento
Sussurros atraentes, tão sedento
O teu toque, tão pleno de paixão
Saudade! Do que era importante
E que agora se senti tão distante
Saudade! Cara nostálgica sensação!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG
Nas asas do tempo, a nostalgia suspira,
Momentos vividos, o coração ainda inspira.
Teu sorriso radiante, luz em noites escuras,
Nossas mãos entrelaçadas, memórias tão puras.
No eco suave do passado que ecoa,
O amor que vivemos, eterna pessoa.
Nostalgia que dança, como folhas ao vento,
Em meu peito, és o eterno sentimento.
Nostalgia
Passado é tudo o que ficou pra trás nas nossas vidas. Ele é o dono de todas nossas memórias, junto com suas sensações e sentimentos. É normal sentir falta de um pouco de passado no nosso presente.
Quando sentimos falta do que já passou, o passado pode emprestar ao presente uma lembrança ou outra e podemos reviver um momento dentro de nós.
Podemos ser inundados da mesma felicidade que sentimos enquanto tudo aquilo ainda era presente. Ou ser afogados pela tristeza de saber que nenhum desses momentos vão voltar. Não é algo voluntário, nem programado, simplesmente acontece.
São dias e dias. Dias que sentimos gratos por cada pequena lembrança. E Dias em que cada uma delas faz doer.
Espero um dia conseguir ser grata mesmo quando as lembranças doem.
05.08.18
Serenata
Horas altas da madrugada, a lua lá fora
Vertendo nostalgia, sussurrando agonia
Na imensidão do azul do céu, vem o dia
Que entre o silêncio, o rumor, faz a hora
Sinto a solidão que de cadência fantasia
Uma harmonia de recordação de outrora
Tal suspiros de violão que d’alma implora
E, que no amanhecer é prostrada poesia
Esta melodia, inquieta, enfada, peregrina
Cheia de sentimento e sensação em ruína
Aperta, invoca e, sufoca toda a suavidade
Então, passa a gemer o sossego, tão aflito
No espírito da noite, num cortante grito...
Numa serenata triste... chora a saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/10/2023, 04”48” – Araguari, MG
Nostálgica reflexão...
Mas que tal de bom e socialmente produtivo seria podermos conviver pacífica, humana e amorosamente por bons e ultrarrecorrentes momentos, com pessoas de tal forma especiais, que em todos os seus feitos cotidianos demonstrassem terem nascido para fazer exatamente aquilo que fazem rotineiramente na sua vida produtiva, intelectual e espiritual, ainda que sempre e sempre perseguidos por defenderem os mais frágeis, e também por buscarem alcançar seus sonhos e legítimos ideais ao longo da vida?!...
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.
Saudade x Nostalgia...
Nostalgia é o mal estar que se tem ao perceber a impossibilidade de reviver certos momentos da vida.
Diferente da saudade a nostalgia aumenta ao entrar em contato com sua causa.
Quando sentimos saudade de alguém ou algum lugar, este sentimento é aliviado ao reencontrarmos este alguém ou visitarmos este lugar.
A nostalgia, ao contrário, se agrava ao reencontrar alguém de quem sentimos falta de conviver da maneira que convivíamos antes...
No reencontro o sentimento nostálgico irá se alimentar e não diminuir como a saudade, pois lamentamos ainda mais a impossibilidade de reviver aqueles momentos naquele lugar ou com aquela pessoa...
Estou nostálgica dos meus avós...
Que falta você me faz amor.
Teu abraço, carinho, calor.
Que nostálgicas lembranças me traz minha flor:
Você tão longe, eu aqui sozinho, que dor.
Nostalgia
Será que só eu que fico assim, um
tanto emotivo(a) demais com "tempo
chuvoso" ?
Me envolvo profundo a ouvir o
barulho das gotas da chuva caindo,
do sentimento nostálgico envolvido,
do cheiro da areia molhada.
Desregrada nostalgia, incompreensível
saudade que desatina.
Nostalgia de recomeçar
De repente tudo ficou diferente
Tu não saia da minha mente
Te esperava impaciente
Queria mesmo poder te amar sem ter medo de me entregar
Como podes meu Deus!
Como posso gostar de alguém
Que abita um mundo tão diferente do meu
Já não sei mais quem sou eu
Me perdi de mim,
Perdi você.
Agora já não sei mais o que fazer
Ando fazendo de tudo para lhe esquecer
Anseio fugir da dor,
Encontrar um outro amor,
Recomeçar, me levantar,
Sem ter medo de me entregar.
Quero sentir e fazer sentido
Quero sentimento correspondido
Quero tocar fundo e ser tocada
Eu só queria ser amada!
Nostalgia de ser criança
Queria eu ter a pureza de uma criança,
Voltar no tempo e não assemelhar tanto a semelhança,
Pular amarelinha e chegar ao céu,
Me esconder segura de que alguém irá me encontrar.
Queria eu ter a pureza no olhar,
Amar a todos sem esperar retribuição,
Conquistar as pessoas com um sorriso sincero
E agir mais pela emoção.
Queria eu ver a vida de uma forma diferente
Tingida de giz, florida, cheia de cores,
Escassa de dores e com muitos amores!
Viver contente e não deixar a malícia corromper minha mente.
Queria eu fazer tudo diferente,
Mudar meu roteiro e torna-lo mais jovial
É tantas coisa para malograr a gente
Que o mal desse mundo apático são os monstros da nossa própria criação.
Queria eu mergulhar na minha própria fantasia
Aceitar mais a realidade,
Me tornar um ser de verdade, encontrar a verdadeira felicidade
Com uma coragem absurda,
Sem ter medo de mostrar a criança que há em mim.
A vida é mesmo um ciclo, processo, história,
Idas e vindas, parágrafos,
Momentos, proposito, passado, presente, futuro,
Pontos, vírgulas e interrogações
Uma história de aventuras e fantasias que só faz sentido à quem já foi criança um dia.
Caixa de Pandora
No tom desta melodia nostálgica,
Mexe-se o ponteiro do relógio que nunca deveria se mover.
E minhas memórias perdem-se.
Quanto mais eu procuro respostas,
Mais perguntas são feitas.
E minhas memorias perdem-se.
Sou aquela que não deveria viver,
A filha do abismo refletida no espelho da morte.
Aquela incompreendida
Que só quer saber quem é.
Não sei, mas isso me traz tanta dor.
Quero fugir daqui, quero sair do inferno.
Mas estou presa,
Ligada por correntes de ferro a meu outro eu.
Sou a dama de aço, sou a frente da batalha.
Sou aquela que nunca deve se ferir.
Sou aquela que deve permanecer fria ao longo da guerra.
Eu guio os soldados para a morte.
Sou uma assassina então?
No tom desta melodia,
As respostas perdem-se
Apenas perguntas ficam no ar.
E eu espero, até que possa abrir esta Caixa de Pandora.
Os laços do amor
Os laços do amor não se perdem, sou nostálgica e gosto de lembrar da infância feliz, da juventude feliz, do ensino médio feliz e dos afetos felizes e dos momentos felizes. A minha lucidez não me permite rotular o que passou ou não deu certo em péssimo, ruim. Fui feliz e sou feliz, muitas coisas mudam na nossa vida, mas aqueles momentos únicos vividos independente de ter passado ou não foram maravilhosos!
