Poemas Nordestinos

Cerca de 1614 poemas Nordestinos

Coração secará
É muita chuva para pouco chão
Faz saudade parar
E molha devagar o meu sertão

Inserida por pensador

Enquanto o choro é contido
E o sertão galopeia
Me escondo dentro do escombro
Me molho na lua cheia
Em cada verso que entorto
Desvendo a sua teia

Não tem remorso
Ou pecado
O fogo não titubeia
Sorriso já voa largo
Onde a pupila clareia
Não dá pra pedir socorro
Pra quem no amor se margeia

Inserida por pensador

⁠Minha Morena do Sertão
Lá no cantinho do mato, onde o sol beija o chão
Tem uma moça que encanta, dona do meu coração
Cabelos negros ao vento, sorriso que é tentação
Ela é flor que não se arranca, minha morena do sertão
Ô morena, vem pra mim devagar
Tô com saudade do teu jeito de me amar
Teu cheiro tá no meu lençol, no café da manhã
Vem ser pra sempre a minha estrela da manhã
Ela dança na varanda com vestido de algodão
Canta moda de viola, bate forte o violão
Com ela tudo é poesia, tudo vira inspiração
Nem o céu tem mais beleza que a minha paixão
E quando a lua se esconde e a saudade me invade
Eu lembro do teu beijo doce, do teu colo de verdade
Nenhuma cidade grande tem o brilho do teu olhar
Morena do sertão, é com você que eu quero ficar

Inserida por kauanpinheiro

Flor do sertão

⁠Ó flor do sertão, tão linda,
Tão sutil… não sei onde irei ver outra igual.
Acho que nunca.
Pois sua beleza é minha primavera.
Fiquei como os pássaros ao verem sua beleza:
cantam alegres ao ver a chuva.
Tão linda…
Como queria poder ficar nos seus passos.

Inserida por lucas_medeiros_bucado

"Arraiá da Minha Infância"

Lá no sertão da lembrança, num cantinho do meu chão,
há um arraiá danado que mora no coração.
Era fita, era bandeira, era milho na fogueira,
e o céu, todo enfeitado, de estrela e brincadeira!

Tinha cheiro de canjica, de pamonha e de baião,
e o som da sanfona velha mexia com o coração.
Menino de roupa xadrez, chapéu de palha e alegria,
corria feito passarinho, até a noite virar dia.

A quadrilha era um encanto, com noiva toda enfeitada,
e o noivo, suando bicas, com a cara atrapalhada.
"Anarriê!" — gritava o moço — "Alavantú, minha gente!",
e o povo dançava junto, todo mundo tão contente!

Tinha pau de sebo e sorteio, tinha forró no terreiro,
e um velho contando história de um santo milagreiro.
Tinha reza e tinha riso, tinha fé e brincadeira,
e o céu era um véu bordado por Deus a noite inteira!

Hoje, quando fecho os olhos, volto logo àquele lugar:
vejo meu pai com a risada, mamãe a me abraçar...
É o tempo que vai passando, mas dentro da alma alcança
o arraiá tão bonito da minha doce infância.

Inserida por rosangela_montano_1

⁠Numa vida tão simples e modesta
Fui vaqueiro nas terras do sertão,
Amansei burro brabo e alazão
Vez por outra de noite ia pra festa.
Gastava uns trocados na seresta,
No meu tempo não tinha a tal de senha,
Facebook fazia na resenha
De um jeito que a gente inventava,
Madrugada o leite nois tirava,
Hoje em dia se tira na ordenha.

Inserida por LeoPoeta

⁠Não nasci no sertão , mas tenho certeza que de lá eu vim de outrora .
Não nasci no sertão , mas me sinto filho da terra .
Não nasci no sertão mas amo sentir o sol o ar que entrelaça meus pulmões que só o sertão tem .
Não nasci no sertão mas amo o cheiro que as chamas trazem diante do braseiro.
Lugar onde encontro a paz e o sossego que minha alma precisa .

Inserida por webert_ramalho

⁠Júlia Botelho — Guerreira de Luz

No seio agreste do sertão amado,
Lá no Córrego da Fumaça ardente,
Nasceu com graça e brilho encantado
A flor mais pura, estrela reluzente.

Júlia Botelho, nome tão sagrado,
De alma nobre, firme e persistente,
Veio ao mundo com luz e valentia,
Feita de força, amor e poesia.

Filha do vento e das águas serenas,
Cresceu no campo em dança com o céu,
Na alma traz mil cores, mil antenas,
E ao sofrimento nunca se rendeu.

Déia de luz, que às trevas sempre acenas
Com doce voz, de timbres como o véu
Que a brisa deixa em tardes de verão,
Tem no olhar a paz de um coração.

Mulher de fogo, de ternura imensa,
Com mãos que curam, alma que conduz,
Semeia afeto, colhe recompensa,
Torna em abrigo o pranto que traduz.

Jamais se curva à dor que a vida pensa,
Porque reluz mais forte que a luz.
Do Mucuri, é chama, é centelha,
Veste coragem e nunca se espelha.

No Bela Vista, espalha esperança,
Levanta os caídos, ergue o oprimido,
É verso vivo, amor que nunca cansa,
É guia firme ao povo entristecido.

Na lida dura, em tudo lança
O dom da fé, do bem comprometido.
Júlia Botelho, mulher soberana,
Guerreira forte, estrela soberana!

Mas seu legado vai além da história,
De seu ventre surgiu nova canção:
Célia, a meiga flor da memória,
Jeferson, verbo em revolução,
Gilson, o pulso firme da vitória,
Gez, o farol de doce compaixão,
Gilcélio, luz que o tempo não consome —
Cinco pilares vivos do seu nome.

Oh, musa viva dos tempos modernos,
Rainha anônima do nosso rincão,
Teus feitos brilham como sóis eternos,
Teu nome é hino dentro do sertão.

Na eternidade, os campos mais fraternos
Ecoarão com tua inspiração.
És monumento à luz que nos irradia:
Júlia Botelho, amor e valentia!

Inserida por JBP2023

⁠Barra do Corda, Joia do Sertão
Barra do Corda, terra de encantos mil,
Entre rios que dançam sob o céu anil.
Corda e Mearim, em sagrado enlace,
Guardam tua história, que o tempo não desfaz.
Berço ancestral, de tribos primeiras,
Ecoam teus mistérios pelas ribanceiras.
Antes mesmo de seres fundada,
Já eras sagrada, já eras amada.
Manoel de Melo, em teu seio chegou,
E diante de ti, seu coração se encantou.
Viu nos teus rios um espelho do céu,
Na tua paisagem, um poema fiel.
Colinas te abraçam, chapadões te guardam,
Teus caminhos vermelhos memórias resguardam.
Tua cultura é viva, tua alma é forte,
Barra do Corda, és do Maranhão o norte!
Hoje, ao soprar teus cento e noventa janeiros,
Celebro contigo, entre cantos e festeiros.
És sertaneja, és centro, és raiz,
Terra que pulsa, terra feliz.
Que os teus dias sigam em paz e progresso,
Com teu povo altivo, firme e promesso.
Barra do Corda, orgulho e paixão,
Eterna estrela do meu coração!

Inserida por Jhonkennedy

SONETO CAATINGUEIRO


Nas trilhas do sertão, fui moldurado
pelo vento, pelo sol da esperança.
Cresci de coração, sempre ancorado
nos remansos de amor e confiança.


Com a seca, vi a fome, sem bonança,
mas nunca me entreguei ao desespero,
pois minha fé nutre a perseverança
no alimento do sonho, o meu tempero.


Tenho a fé que norteia meu destino,
sangue bom sertanejo e caatingueiro,
na luta desde os tempos de menino.


No meu rosto há o brio de um guerreiro,
pela graça de Deus sou nordestino,
Piauiense, valente e brasileiro.

Inserida por poetapedromonteiro

⁠Título: Amor que Vem do Sertão

(Verso 1)
Nasci no meio da terra e do sol,
Onde o vento canta junto com o arrebol.
Foi ali que encontrei teu olhar,
Um farol que me guiou pra sonhar.

(Pré-Refrão)
E quando o luar beijou o chão,
Eu senti no peito essa paixão.
Você chegou tão devagar,
Feito chuva no sertão pra acalmar.

(Refrão)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.

(Verso 2)
Tua voz é melodia do cantar,
Um acalanto pra minha alma descansar.
Cada toque teu, meu bem, é um trovão,
Que desperta e faz vibrar meu coração.

(Pré-Refrão)
E quando o cheiro da terra molhada vem,
Eu lembro do nosso amor também.
Forte, simples e verdadeiro,
Como o rio correndo em janeiro.

(Refrão)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.

(Ponte)
Se o destino tentar nos separar,
Vou lutar contra o tempo e o lugar.
Porque nada pode apagar,
O amor que a vida veio plantar.

(Refrão Final)
Meu amor, eu sou raiz desse chão,
E você é flor no meu coração.
Teu sorriso é o meu nascer do dia,
Teu abraço é o que me dá alegria.
Amor que vem do sertão,
Feito poeira e oração.

(Encerramento)
Amor que vem do sertão,
Eterna bênção da criação.

Inserida por aden_brito

O VELHO CARRO DE BOI - João Nunes Ventura-10/2024

Nasci no sertão minha terra adorada
Sou nordestino do Pajeú meu rincão,
Com disposição o homem da enxada
Tangendo boiada cantando a canção.

Tenho saudade do velho carro de boi
No meu aboio festejando a plantação,
O touro valente e a poeira da estrada
Da invernada banhando nosso sertão.

Sou sertanejo e por todos abraçados
Campeando gado é a nossa tradição,
É a cultura derrubar o boi no terreiro
Sou vaqueiro em festa de apartação.

O grito de vaqueiro chapéu de couro
Origem dos cantos todo o esplendor,
Que linda morena no cavalo montada
Seu sorriso e vida seu gesto de amor.

Inserida por joaonunesventura

⁠A esperança do sertão

As vezes me lembro da última chuva
A maninha ainda tava na barriga da mamãe
Conseguia ver o sorriso de painho em seu rosto
Agradecíamos a Deus por cada gota de água que nos abençoava
Ainda tínhamos esperança

Gostava dessa época
Acordávamos bem antes do galo cantar
Miguel sempre resmungava das longas caminhadas até o poço
Ajudávamos papai até nossas mãos se enxerem de calos
Eu nem ligava, o importante era que nós estávamos juntos
Ainda tínhamos esperança

Depois que partimos de lá
Não se falava mais com vovô
Tentava chamá-lo, mas ele não respondia
Mamãe rezava mais uma Ave Maria, com os olhos cheios de saudade
Ainda tínhamos esperança?

Muito tempo se passou e a chuva no sertão não volta atrás
Olhando para baixo, vejo os registros das pessoas que já passaram por aqui
Olhando para frente, vejo a seca assombrar cada pedaço de vida desse nosso interior
Olhando para o lado, vejo a face de todos se apagando lentamente
Não temos mais esperança

Inserida por Rubiare

⁠(Verse 1)
Lá no sertão, onde a vida é azul,
O amor floresce sob o céu tão puro,
Com o violão eu canto a paixão,
No chão da terra, ritmo no coração.
(Chorus)
E a composição vai ecoar,
A alegria do sertão a brilhar,
Pegando o amor, pela mão,
Eu danço com a brisa, sou gratidão.
(Verse 2)
Na luz das estrelas, meu lar, meu chão,
Catuaba na mesa, festa e canção,
O faroeste é sonho, é liberdade,
No som do violino, a eternidade.
(Chorus)
E a composição vai ecoar,
A alegria do sertão a brilhar,
Pegando o amor, pela mão,
Eu danço com a brisa, sou gratidão.
(Bridge)
Ah, sertão, você me faz sonhar,
Com seu ritmo suave, me faz flutuar,
No calor da sua alma, eu me encontro,
No compasso da vida, o amor é pronto.
(Chorus)
E a composição vai ecoar,
A alegria do sertão a brilhar,
Pegando o amor, pela mão,
Eu danço com a brisa, sou gratidão.
(Outro)
Lá no sertão, o amor é canção,
Uma melodia eterna, em meu coração,
E na luz da lua, eu vou celebrar,
Esse sertão, meu lar, meu par.

⁠Fim de tarde no sertão
O sol se põe em brasa lenta,
tingindo a terra de alaranjado,
o céu se veste de paz cinzenta,
e o sertão descansa, calado.
A seca faz poeira no vento,
levanta murmúrios de histórias passadas;
na aridez, o verde é um lamento,
mas a vida insiste, entre rachadas.
O gado marcha, já tão cansado,
as sombras crescem sobre o chão,
no horizonte, um vulto alado,
um pássaro, em lenta procissão.
A natureza respira profundo,
cada som, um som de oração,
na quietude, se encontra o mundo,
e a beleza bruta do sertão.
É um quadro de fogo e saudade,
um instante que o tempo retém,
o fim de tarde traz a verdade
de uma paz que o sertão contém.

Inserida por ruth_moraes

⁠Ontem de noite se ouviu
O estrondo do trovão
Anunciando ao sertão
Que o céu todo se abriu
Bastante chuva caiu
Adentrando a madrugada
E ao sinal da trovoada
O sertanejo agradece
O CARIRI AMANHECE
PISANDO EM TERRA MOLHADA

Inserida por laudivam_freitas

Soneto ÁGUA NO SERTÃO
Quem foi que disse que não existe
Abundância d'água aqui no sertão
A seca braba aqui até que persiste
Com este sol arretado de quentão
Mas a água com toda força resiste
E se espalhando nesta imensidão
De céu azul e de gente que insiste
Luta, labuta e ama ver esse verdão
Que é verdade dura só alguns dias
Mas é sinal que há água no Sertão
De chuvas que ainda que erradias
Caíram no sertão formando bacias
Aguando a terra que alivia apertão
Trazendo esperança e vidas sadias

Inserida por drjanildo

⁠Num reino distante, bem lá no sertão,
Viviam duas irmãs de grande ambição,
A tal Demagogia, esperta e astuta,
E a Burocracia, com sua face oculta.

Viviam brigando, em pura vaidade,
Pra ver quem enganava mais a comunidade.
Uma com promessas, cheia de emoção,
Outra com papéis e muita enrolação.

A Demagogia se fez a primeira:
"Eu sou a rainha da fala certeira!
Prometo o futuro com brilho no olhar,
Faço o povo sonhar, sem nem precisar dar.

Minha arte é o verbo, que engana e embala,
Conquisto corações com minha fala.
Dou risada e abraço, me faço tão boa,
Mas por trás dos panos, minha trama ressoa."

A Burocracia não ficou calada:
"Tu iludes o povo, mas eu tenho a estrada!
Papéis, carimbos, e filas sem fim,
Confundo as mentes e mantenho assim.

Quem tenta comigo jamais vai vencer,
Regras e normas pra tudo envolver.
Meu poder é eterno, bem mais do que o teu,
Pois quem cai nos meus laços nunca se perdeu!"

O embate acirrado logo começou,
E o pobre do povo no meio ficou.
Demagogia vendia um mundo encantado,
Enquanto a outra fazia o futuro atrasado.

Uma dizia: "Eu prometo progresso!"
Outra gritava: "Tudo é só processo!"
O povo cansado, com tristeza no olhar,
Perguntava quem poderia os salvar.

E assim, as irmãs seguiram brigando,
Cada qual ao seu modo, o povo enganando.
Mas a lição que fica, no cordel contado,
É que o valor do trabalho não está no falado.

Cuidado com promessas ou com o excesso de normas,
O que faz diferença são ações que transformam.
Que o povo se una, buscando a verdade,
Pra fugir dessas irmãs que só trazem maldade.

Inserida por SamuelRanner

⁠Depois de um dia quente, quente que racha o chão,
Finalmente a noite mais escura do sertão chega e chega cedo
É a hora em que os nordestinos se acomodam em casa e suas esposas trazem o terço nas mãos e a fé no coração
À noite se deitam para descansar do trabalho no sol que assim que amanhece antes do galo cantar ali os sertanejos estão preparando o chão que é plantado e onde colhem o fruto da terra, seu próprio pão
Uma vida simples de mãos calejadas do cabo da enxada traz na beleza da esposa o sorriso alegre cheio de esperança e fé
Saber que cada oração valeu a pena porque ela chegou ao céu
E quem precisa tanto se até com o necessário o sorriso encanta
Afinal a felicidade não está nas coisas que sobram aos montes que ficam quando se vai
A felicidade está em cada coração que consegue sorrir e ser feliz em meio à simplicidade da vida só de respirar no abraço do pai e da mãe do filho que Deus abençoe todo o povo Nordestino, amém...

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠Sertão


Na raça ou no talento influenciado pela devoção e pela resistência continuei a caminhar pelo solo árido em busca do que da vida as coisas.

Sol latente, ar seco, cactos espinhosos, lagartos atenciosos e lá no alto as únicas sombras eram dos urubus que me seguiam, segundo eles na minha própria marcha fúnebre.

Bem ao longe, mesa farta, bodes pulando, vozes de felicidade eram ouvidas, corri e corri com todas as minhas forças parecia próximo o barulho do rio corrente, mas do nada as imagens começaram a ficar turvas, os sons não se ouviam mais, me dei conta em prantos que aquele cenário era uma aterrorizante miragem. Cai e por horas as sombras de poucos cactos e urubus fiquei a beijar o solo quente imaginando que ali aconteceria a frase, " do pó viestes ao pó voltarás".

Devoto, enraizado na crença das orações milagrosas fiquei de joelhos e por longos minutos fiz um oração daquelas que faz tremer o chão e abrir os céus.

Então continue a caminhar e subi um morro alto e dali pude ver uma grande árvore e em toda sua volta uma vegetação rasteira e mais ao longe uma chuva gigantesca estava indo embora na direção oposta porém deixou um belo arco íris de recordação pelo presente das águas deixadas em abundancia.

No ninho da desolação o suor derramado e o poder da oração cativaram o meu coração e me deram a direção e o fio da esperança reascendeu na minha terra, nas minhas crenças e na minha honra.

Inserida por Ricardossouza

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