Poemas Góticos de Amor
Na calada da noite!
No silêncio do meu quarto!
Pensei que estava só!
Mas logo sentir a presença de alguém.
Sentir o meu coração se confortar.
Era o poder do Espírito Santo, acalentado o meu ser.
Confortando a minha alma. Intercedendo por mim nos momentos de agonia e dor.
Obrigado o meu Deus, por estar sempre presente!
E nunca ter-me deixado só.
Deus, Deus meu! O meu consolador, o meu refúgio força em momentos de amarguras e decepções.
Louvado seja o Senhor Deus de todas as coisas, que ainda que todos me abandone, Ele Jamais me deixará só!
VERSO ...
Instante vazio. Um silêncio carrancudo
E a inquietação ativada no sentimento
Tudo é parado, nem mesmo o vento
Cochicha na mansidão, está tão mudo
Eu fico a versar, em um rogo agudo
Vejo, solitário, o vão do pensamento
Que em tal momento é tão sedento
Tão inútil e, que no engano me rudo
Ó divindade desta razão tão bonita
Que dá relevo ao agrado e, acredita
Na consolação das solidões tortas
Cede-me a poética e distinta calma
Para que, no soneto traga pra alma
Fôlego, e não quietas horas mortas...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/03/2021, 10’10” – Triângulo Mineiro
O silencio entre todas as outras formas de comunicação diz muito
Diz estou brava e não fale comigo
Mas também diz eu estou confortável com você então deixe me olha-la até que as únicas palavras que desejo disser sejam...
Eu te amo.
Perdi-me no espaço
que teu silêncio abriu
no buraco negro que se fez
por tua mudez
na omissão do verbo
que me salvaria...
Mário Corredor
Ele é
A Luz do mundo
A Lâmpada para os pés
O silêncio no desespero
A alegria na depressão
A recompensa do amor
O conforto do cansado
A cura ao doente
O caminho ao perdido
O lar do desamparado
O carinho ao abandonado
O conforto ao traído
A coragem ao derrotado
A submissão ao líder
A liderança ao incerto
O alimento ao faminto
O caminho a ser percorrido
A vitória do improvável
A mãe ao bebê
O motivo da vida
O sentido a morte
A verdade a dúvida
A vida ao recém nascido
O perdão ao acusado
O ombro ao choro
O alimento ao faminto
A água da fonte
O princípio de tudo
O meio do nada
O Alfa e o ômega
Jesus
Te encontrei no meio do silêncio
mas te amei mesmo assim,
foram noites mal dormidas
sem você perto de mim,
a sua luz que me cativou
e me tirou da solidão,
seu amor era o que precisava
para incendiar meu coração,
aquele fogo queimou meu silêncio
e me salvou do vazio,
só por causa de você
não me sinto mas sozinho,
o vazio se fez amor
e hoje com você eu caminho
pelos caminhos de Deus
feliz e sorrindo
Daniel B. Souza
CARREAR
O silêncio, origem de um final
Conhece o caminho do suposto
Lágrimas correndo com tal gosto
Em uma sensação de dor visceral
Que lacera a alma tão brutal
Na fúria de qualquer desgosto
Como sombras dum sol posto
E uma avalanche descomunal
Do desejo, ali sentidos e cego
E nesta escuridão submerso
A emoção é arrancada do ego
Que maltrata, e deixa disperso
Na ilusão, e então as carrego
No olhar, no peito e no verso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2020, 10’33” – Triângulo Mineiro
Os meus quatro motivos não cabem em palavras simples:
No silêncio, é tua voz que me traz de volta.
No fracasso, teu toque reacende o que pensei ter perdido.
Na tristeza, teu beijo dissolve dores que ninguém vê.
E na vida... é o teu amor que me reconstrói, todas as vezes que me sinto em pedaços.
É por isso que, mesmo sem entender tudo, eu sei — você é o motivo de eu ainda ser.
---
Te amo de um jeito que nem eu entendo.
Te adoro até no silêncio.
Te venero como quem encontrou um milagre.
Te acho incrível até nos teus defeitos.
Te amo mais do que eu sabia ser possível.
Te adoro como se fosse meu lugar favorito no mundo.
Te venero em cada pensamento que tenho.
Te acho incrível mesmo quando tudo está um caos.
Te amo com calma e com furacão.
Te adoro com cada parte de mim.
Te venero como quem respeita o que é raro.
Te acho incrível em detalhes que ninguém mais nota.
Te amo até nas entrelinhas.
Te adoro como quem não cansa de escolher.
Te venero como quem confia de olhos fechados.
Te acho incrível só por existir.
Te amo tanto que chega a doer de leve.
Te adoro até quando briga comigo.
Te venero como quem sabe que encontrou algo sagrado.
Te acho incrível só por ser você.
Te amo sem vírgulas, sem ponto final.
Te adoro de manhã, de noite, de madrugada.
Te venero como quem protege um segredo.
Te acho incrível até sem esforço nenhum.
-
Laura, promessa do céu
Falei com Deus em silêncio profundo,com o peito rasgado num mundo tão meu.
Pedi que Ele fosse claro, que fosse justo,que tirasse de mim o peso cruel.
"Se não for pra mim gerar no ventre,que me conceda amar de outro jeito...
Escolha uma amiga, ó Pai, e me ensine a entender Teus planos em meu peito."
E Ele ouviu. Em silêncio divino.
Fez crescer em Camila a doce semente.
Uma semana depois, em vídeo, a notícia:
um bebê a caminho... e o mundo, diferente.
A dor foi aguda, cortante, certeira, mas junto dela veio uma esperança: Se não era meu ventre a casa primeira,
era meu coração a morada da criança.
Laura,nome de flor e de luz.
Veio pequena, promessa do alto, pra me lembrar que amor não escolhe caminho nem forma.
Meses depois, à beira do mar, o céu se pintava em tons de pôr do sol, e entre amigos, risos, um jogo na tela, o cantor leu palavras como um farol...
Era um convite, surpresa encantada, Camila e Thiago, de olhos brilhando, me fizeram madrinha, presente e chamada,e um gol do Flamengo veio comemorando!
Foi mágica a cena, impossível de inventar,o rio, o amor, a música e o futebol...
Laura ali, na barriga de Camila já me fazia sonhar,como estrela surgindo no céu ao arrebol.
Hoje eu sei: não é só quem gera que é mãe,é quem ama, protege, sorri, dá a mão, quem ora.
Laura é minha, de alma e promessa, é flor que nasceu no jardim da oração, da minha oração.
Namorados no mirante
Eles eram mais antigos que o silêncio
A perscrutar-se intimamente os sonhos
Tal como duas súbitas estátuas
Em que apenas o olhar restasse humano.
Qualquer toque, por certo, desfaria
Os seus corpos sem tempo em pura cinza.
Remontavam às origens – a realidade
Neles se fez, de substância, imagem.
Dela a face era fria, a que o desejo
Como um hictus, houvesse adormecido
Dele apenas restava o eterno grito
Da espécie – tudo mais tinha morrido.
Caíam lentamente na voragem
Como duas estrelas que gravitam
Juntas para, depois, num grande abraço
Rolarem pelo espaço e se perderem
Transformadas no magma incandescente
Que milênios mais tarde explode em amor
E da matéria reproduz o tempo
Nas galáxias da vida no infinito.
Eles eram mais antigos que o silêncio...
Fagulha.
Uma fagulha,
Cai do teto,
O fogo do silêncio que consome no ócio,
Não apagou,
Na força do pensamento que não compensa a lembrança,
E o sufoco?
É uma pedra na janela,
Quebrou, sem eu lançar,
Mas, quem foi?
Também não pude alcançar,
Logo agora que só sei voar,
Olhar,
Atento,
A dentro,
No lindo concerto intrínseco que ninguém ouviu.
Recomeço a Dois
No silêncio após a última estação,
floresceu um olhar sem pressa,
um sopro novo no coração,
como quem planta e não se esqueça.
Não era pressa, era presença,
nem ilusão, mas intenção.
Um gesto simples, sem defesa,
mas cheio de conexão.
O amor veio como brisa leve,
sem prometer eternidade,
mas com vontade que se atreve
a ser verdade, não metade.
Te vi querer como se soubesse
que o querer precisa cuidar.
E eu, que já duvidei do sim,
quis ficar só pra te olhar.
Havia interesse, sim :nos dias,
nas histórias, no café,
no som da tua alegria,
no jeito que a alma é.
E no teu toque, encontrei resposta.
Reciprocidade: doce abrigo.
Não mais um “talvez” na porta,
mas um “eu fico, se for contigo”.
Entre o Silêncio e o Vento
Nasce a alvorada em olhos cansados,
sonhos que dançam nos céus apagados.
Cada lembrança é um fio de luz,
na teia do tempo que o destino conduz.
As palavras que o mundo calou,
guardam segredos que o peito escutou.
No eco dos passos, a alma se vê,
procurando um porquê sem saber o porquê.
O vento sussurra verdades antigas,
em línguas que choram feridas amigas.
E mesmo que o mundo insista em cair,
há um fogo em silêncio querendo insistir.
Pois há beleza no que se despede,
na flor que resiste, na folha que cede.
E o amor, esse instante que vive e desfaz,
é um sopro eterno que nunca se faz.
**“Conquista é semente que nasce do sonho,
regada em silêncio por quem não desiste.
É flor que desabrocha onde o medo se impõe,
é luz que persiste, mesmo quando tudo insiste.
É o passo trêmulo rumo ao incerto,
a alma em chama, o coração desperto.
É o voo que rasga o céu da incerteza,
com asas de fé e vestes de beleza.
Conquistar não é ter, é florescer,
é crescer na dor, é se reconhecer.
É saber que no fim da longa estrada,
a maior vitória é a alma alada.”**
“Quando Deus Age no Silêncio”
Quando tudo em volta parece parado,
quando as portas se fecham,
e o céu parece calado…
não pense que Deus te esqueceu.
Ele só está agindo de um jeito que você ainda não vê.
A fé verdadeira não vive de sinais,
vive de confiança.
É acreditar mesmo quando os olhos não enxergam,
é seguir mesmo sem entender o caminho.
Deus não abandona os Seus.
Ele trabalha no secreto,
lapida no processo,
e honra no tempo certo.
A dor que hoje pesa no peito
vai se transformar em testemunho.
As noites sem dormir?
Vão virar resposta.
Cada lágrima sua foi colhida,
cada oração foi ouvida,
cada desabafo que só Ele escutou —
já está em movimento no céu.
Não é o fim.
É só uma curva no caminho que Ele traçou.
E mesmo que o plano tenha saído do seu controle,
nunca saiu das mãos de Deus.
Então respira com fé.
Descansa no cuidado Dele.
Porque no tempo certo,
Deus faz do impossível…
milagre.
“Eu esperava que você me escolhesse”
Eu ficava em silêncio esperando você se decidir.
Esperando que enxergasse tudo o que eu era.
Tudo o que eu oferecia.
Eu só queria ser escolhida.
Com coragem. Com presença. Com verdade.
Mas você tinha medo.
E eu me afastei tentando não implorar.
Doeu.
Mas hoje eu entendo:
se eu preciso esperar ser escolhida,
é porque nunca fui prioridade.
Eu merecia alguém que soubesse que era eu e ponto.
Xeque-Mate
No tabuleiro frio da vida,
cada passo é planejado,
o silêncio é minha armadura,
meu esforço, meu legado.
Enquanto zombam dos meus planos,
em gargalhadas vazias,
eu sigo firme, sem alarde,
plantando noites e dias.
Não preciso de trombetas,
nem de olhos a me ver,
pois quem brilha antes da hora,
costuma escurecer.
E então, no momento certo,
sem temor, sem falsidade,
a peça branca avança o campo…
E grita: XEQUE-MATE!
O rei negro cai em ruína,
num estalo de explosão,
é o fim de quem subestima
o poder da preparação.
Trabalhei calado e firme,
sem vanglória, sem alarde.
Vitória não se anuncia —
se conquista com vontade.
Entre o Concreto e o Silêncio
No muro, o grito da tinta —
um protesto congelado no tempo.
No peito, a couraça da guerra,
no olhar, um mundo sem alento.
Ele não fala.
Mas carrega nos ombros
o peso de mil batalhas caladas,
de promessas feitas à sombra,
de vidas jamais devolvidas.
Em meio ao caos grafitado,
é estátua viva, sentinela,
homem e máquina fundidos
em nome de uma paz ausente.
Não há glória em seus olhos,
apenas dever e memória.
Cada passo no concreto rachado
é um pacto com a história.
Mas quem ousa julgar o guerreiro,
se não caminhou por seu chão?
Ele é o silêncio armado do mundo,
um poema de pólvora e solidão.
