Poemas Góticos de Amor
Arquitetura de um Amor que Nunca Existiu
A dor nasce onde o silêncio é mais profundo
não como um grito, mas como um eco que nunca encontra paredes
e se espalha pelo corpo como uma febre que não arde
mas consome
um amor que nunca existiu
e ainda assim
me afoga.
No espaço vazio entre dois olhares que nunca se cruzaram
existe um universo colapsado em si mesmo
um peso invisível que prende os pulmões
e torna cada respiração um ato de resistência
eu bebo a ausência como quem bebe veneno
sabendo que é a única água que resta
e o gosto é de eternidade amarga.
A solidão é um animal faminto que dorme ao meu lado
sonha com pedaços do que sou
e acorda todos os dias para me devorar um pouco mais
há noites em que o teto é um céu sem estrelas
e mesmo assim olho para cima
como se pudesse ver teu rosto nas sombras
como se o impossível fosse apenas uma questão de fé
como se amar fosse um crime que escolhi cometer.
E quando penso que a dor não pode mais crescer
ela encontra um novo nome para si
e o chama de saudade do que nunca foi
saudade que constrói ruínas no meu peito
ruínas que cortam os pés de quem tenta atravessá-las
ruínas que ainda ardem como se o incêndio fosse ontem
e que me obrigam a morar no meio dos escombros.
O tempo passa e não traz alívio
apenas organiza a dor em camadas
cada lembrança inventada repousa sobre outra
como tijolos de uma casa que nunca existiu
e mesmo assim é minha morada
um abrigo de vento e sombra
onde minha pele é mapa
e cada veia um caminho que leva de volta à falta.
Há dias em que não sei se amo a ausência ou o que ela representa
se é você ou a ideia de você que me mantém vivo
porque até o vazio tem forma quando se insiste nele
até o nada pode ser abraçado se a noite for longa o bastante
e na arquitetura desse amor inexistente
sou ao mesmo tempo construtor e ruína
prisioneiro e guardião
morto e sobrevivente.
Entre o abraço e a despedida,
o amor ensina a coragem,
a dor ensina a verdade.
E no silêncio do coração, ambos coexistem.
K.B
"Amor em Camada de Valência"
No silêncio atômico do ser,
há um núcleo que só quer entender
por que falta algo no fim do dia,
como se a alma pedisse alquimia.
Sou ametal, um ser de atração,
não busco ouro, nem combustão.
O que me falta é só conexão,
um elétron que acalme meu coração.
Tua carga vem de longe, flutua,
como próton que à noite recua.
E eu, com fome de completar,
atraio o que tens pra doar.
Mas não é roubo, nem imposição —
é enlace, é química, é comunhão.
Compartilhamos elétrons com calma,
como quem entrelaça corpo e alma.
E se a vida é feita de ligações,
de forças fracas e paixões,
então que sejamos moléculas unidas,
pelo amor que dá sentido às vidas.
Um lugar pra se chamar de lar...
Um lugar onde tem amor, paz, silêncio, tranquilidade.
Mas também tem amizades, fogueira, céu estrelado e uma lua linda.
Agradeço todos os dias por ter esse lugar pra poder chamar de lar!
EMBALA ❤
Embala os meus sonhos
Que hoje quero ficar em silêncio
Nesta noite de amor passada ao teu lado
Para sentir os desejos dos teus beijos
Nas caricias dadas pelos nossos corpos
Em delírio nesta noite chuvosa
Doando a alma um ao outro
Nesta loucura de tanto desejo
Que o nosso amor se fez presente
Num delírio alucinante
Amo-te, desejo-te e não nego
Que o nosso amor é um encontro
De duas almas apaixonadas
Que se amam mesmo em sonho.
AMOR ╭✿ ♥
Amo-te
No meu silêncio
Nem as flores sabem
Amo-te em silêncio
Sem palavras, sem gestos
Só o meu silêncio, corta as dores
Da minha alma
Ninguém sabe que existem
Amo-te com as lagrimas
Do amor que sinto por ti
Entre as letras
Escritas num poema
Perfumado de rosas
Tatuado no teu corpo.
O saber
Procuro a paz desse amor
Que apascenta a minha dor.
O silêncio do teu coração
Ensurdece meu clamor...
É neste riso frio
Que sufoco meu gemido
No ardor de minha dor.
Se de dia ou de noite
Não importa como for,
Nada faz com que eu te esqueça...
Não há fogo que me aqueça
Se não for o teu calor.
Aquieta-te, oh minh‘alma...
Ela saberá do teu sofrer
Sem de ti compadecer,
Tua aflição sofrerá sozinho
Pra dividir com ela
Só o “saber” do teu amor.
Edney Valentim Araújo
AMOR INCONFESSÁVEL
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Subfalo do amor inconfessável
num silêncio de voz subliminar,
tenho medo e por isto subcalo
tudo em mim que flutua sobre nós...
Relutando em meu ser te subquero
com a força incontida que contenho,
subespero a resposta que não há
e me fecho na minha subvida...
Meu amor se acomoda em subter
teu olhar de viés e sub afeto,
veto exposto num tom de permissão...
Subfujo em usar subterfúgios
nas paixões onde penso achar exílios
ou refúgios nos quais me sub oculto...
ABRAÇADO À SOLIDÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
É assim que te amo; sem ação;
deixo minhas palavras ancoradas,
pois o meu coração é cais distante
onde guardo incertezas e temores...
Eu te quero com tanto não querer,
sonho tanto e com tanto não dormir,
que nem sinto sentir essa mordaça
em meus lábios; na língua dos meus olhos...
Estou sempre abraçado à solidão
deste amor cujo eco não existe;
só a triste mudez correspondida...
Sendo assim que te amo sou segredo
que a coragem do medo perpetua
sob a lua de nossa improbidade...
Na distancia trágica que o amor morreu com suas rosas,
nesta lua cheia vejo teu silencio...
me conta que quem amas te faz sofrer de prazeres,
me sinto um monstro numa prisão de solidão,
dentro do peito a angustia que se desprende da vida.
Contigo nesse amor
Deixemos no silêncio dos olhares
Tudo que o amor nos fez sentir.
Não procure as palavras
Ao que o coração foi dito por encanto.
Só nos deixe saber
Sem temor e sem pudor
Que nos queremos
Nesse amor que não tem fim.
E até que cesse a luz dos teus olhos,
Até que venha o teu último expirar,
E, sem mim, repouses o teu último sono,
Deixe ao menos que eu espere por ti...
Eu me verei no último raio de luz dos teus olhos,
O meu amor Inspirará o teu último expirar,
Transcenderei o teu sono após o meu
Para acordar do outro lado contigo nesse amor.
Edney Valentim Araújo
A poesia está na palavra;
no silêncio da alma,
na folha ao vento,
na tarde mansa,
na dor do amor...
Em tudo há Poesia!
Ela está em nós
e, algumas vezes,
até nos permite externá-la.
Cika Parolin
SONETO DE UM AMOR PROIBIDO
Da paixão surgiu o meu eu encantado
Do silêncio, suspiros sem sons ledos
Engasgados como são nossos medos
Onde o inviável está ali aprisionado
Aqui confesso, então, estes segredos
D'alma que vai com o perigo ao lado
Desgovernado sem o tempo marcado
Pávido e, com os sentimentos vedos
Triste o afeto que quer ser enamorado
E se queima em aventurosos folguedos
De ilusão, que não deveria ser desejado
O que é rochedo é o amor proclamado
Tudo passa, é passageiro, só enredos
E este, proibido, é um amor agoniado...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Pra falar de amor...
Eu não entendia o que ouvia
Até você me apresentar a voz do silêncio
Eu não conseguia expressar o que queria
Até você me ensinar a apenas sentir
Eu não conseguia enxergar
Até você me abrir os olhos
E conectar seus olhos nos meus
E num abraço
Seu cheiro no meu
Seu corpo no meu
Seu coração no meu
E tornar-se
Não apenas um, mas dois
Dois corações que se completam
Se complementam
Se apoiam
E voam juntos
Pra qualquer direção.
dores do silencio é o efeito do amor,
disperso pela decepção
nos desejos suspensos em nuvens de paixão.
FICA 🦋
Fica o amor
Fica o desejo
Fica a loucura
Fica o sonho
Fica o querer
Fica o silêncio
Fica a ousadia
Fica a palavra
Fica a poesia
Fica a lágrima
Fica o riso
Fica a felicidade
Fica o sol a lua
Fica a noite o dia
Fica o poema lido e escrito
Onde mora o amor
Sentido e vivido
No silêncio da noite
A minha mente vazia
Mas o meu coração explode
De tanto amor.
Um amor que eu não entendo
Um amor que é um segredo eterno
Que me faz chorar.
Que me manda ter paciência
E esperar
Porque a minha luz
estás a chegar.
Rosa
Lua
Dádiva
Não sei quantas lágrimas
De amor derramarei
Não sei quanto tempo
Vou te esperar.
Mas na hora que você chegar
Estarei te esperando
Vestido de branco
E com um buquê de rosas
Para te presentear.
Minha alma gêmea
Meu eterno amor
De todas as nossas reencarnações
Sejamos de formiguinhas
A indomáveis leões
Mas nada irá nos separar.
Te espero
Meu amor.
Te amo.
Amor Real...
Quedou-se silencioso o meu Rei
TEU REI, EM SILENCIO SONHA
Acho que dorme, não sei
DORME, SE DORME, NÃO TE ESQUECE...
Possui-me como um vulcão
EM SONHOS, PEITO ARDE
Em plena erupção...
SOLTANDO FOGO PELOS POROS
Como ele quer,
COMO DESEJAS-ME, MULHER
Faço-me sua Mulher!
COMO TEU HOMEM, ME REALIZO
Sou a preferida,
A MAIS AMADA
A mais querida,
E EU TEU AMANTE, AMOR, AMIGO
E procurada...
AS VEZES FOGES, AS VEZES ME DÁS
Dizem-me sua Amada!
TEU CORAÇÃO, TEU AMOR, TEU CORPO
Ele é Soberano, o Poder!
QUE DE TI RECEBO TODAS AS NOITES
Eu, simples cortesã,
PRINCESA RAINHA...
Não o poderei ter...
APENAS SE NÃO QUISERES
Uma fantasia vã!
COMO UMA PINTURA, UM QUADRO, UMA UTOPIA...
Agora, despido e desfeito
EU, TODO DO TEU JEITO
Em seu leito...
DO LADO ESQUERDO DO PEITO
Enfim satisfeito
AMOR, FALTOU MAIS UM BEIJO..
Seu desejo por mim...
QUE ME ATRAI, QUE TE TRAZ PARA MIM...
Beijo-lhe a boca carmim...
VERMELHA DE CALORES E TESÕES
Parece-me um qualquer,
MAS TE TENHO, OH MULHER
Ele um homem,
AMANTE, AFOITO, QUE PEGA FORTE, QUE DIZ O QUE QUER
Eu, sua Mulher...
AMADA, SATISFEITA, DESFEITA, REFEITA, PARA MAIS
E o fogo da Paixão,
QUE ME QUEIMA SEM TOSTAR
A arder, faz-me sofrer,
E O QUEIMAR, ME FAZ AMAR
Consumindo meu coração!
EXUBERANTE DE PAIXÃO
Em silêncio eu parto
E EU TE PEÇO QUE VOLTES
Deixo seu quarto
EU TE DIGO QUE DEITES
Não o incomode em nada,
ATE TE IMAGINO DEITADA...
Digo à criada...
SIM, NÃO NOS PERTURBE
Já é quase madrugada!!
E NESSA ALVORADA,
DE NOVO O AMOR SE FAZ......
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