Poemas e Poesias
DIA MORTO
Você já observou, o quanto é rápido
um 'tic-tac' de um dia morto, sob
a pirâmide de ossos velhos e frio...
O quanto as xícaras e colheres tremem em
mãos enrugadas pelo decorrer do tempo!
Os rascunhos de mãos que jovens,
aprenderam a escrever mas, entediadas
pelo peso da idade, só sabem rabiscar!..
Interno de um dia morto, as horas da idade,
perambulam sem valor e arfam sob os braços
do momento o qual agora, compridamente,
em outro tempo, era curto e pouco.
Esse momento, esse tempo... Hoje longo!
Faz questão de ressaltar para o seu fôlego...
Que, pesado e curto, Esse curto tempo!
Que tritura os segundos e joga o bagaço nos
desavisados e azedos sentimentos.
Sob o espaço de um dia morto...
Os olhares no retrato fixado na moldura da sua
sala, nevoam sobre o alto e se perde no labirinto
da saudade permeada pela juventude e esquecida
no ápice de uma jovem vida. Sob espaço de um
dia morto as passadas passam apressadas,
os passos cogitam os quadrados agitados...
De cá de lá, de um lado para o outro... E os
ouvidos saltam e gritam, com o 'tic-tac'
de um dia morto.
Quando tudo não se dão conta de afronta...
A tarde chega com sua brisa de bronca e a noite,
desfalece sobre o travesseiro, cochilando... Babando
sua vertigem, e em sonhos abstrato... Fart e ronca.
Não se avexe com seu dia, ele lhes trará outro dia
e no outro! Você sentira o tremor de suas pernas
bambas, Seus passos ficarão pequenos seu fôlego
encurtarão abafando no peito, o grito de externo
amores. Não se avexe com seu dia... Acabo de outros
e outros dias, e nos dias vindouros, todas a fibras
por você ingeridas hoje, em segundos... Se tornarão
a ti, elixir do seu terrível veneno.
Antonio Montes
Eu ouço tua voz!
Eu ouço tua voz!
E, mesmo na tempestade
Tenho certeza da calmaria do seu amor...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da escuridão
Tenho certeza que a lua estará lá...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da distância
O tempo não pode nós separar...
Eu ouço a tua voz!
E, mesmo diante da gélida contingências existenciais.
O sol sempre me aquecerá...
Eu ouço a sua voz!
E, isto já me basta
Pois, Tu és a verdade!!!
Lamúria
Não lamurie
falto vintém.
Propalar a
reminiscência
vivida é
mais valioso que
qualquer cabedal.
(Gabriel Marques)
Até mais, vou embora
Embora o que eu mais queria era ficar
Ficar perto de você
Você que tanto diz me amar
Amor esse que não existe
Existe apenas desejo
Mas desejo mais que isso
Desejo viver intensamente
Intensos amores
Amores que mesmo que acabe, exista.
O retrato teu,
rasguei em mil pedaços,
não queria te esquecer
ou te apagar da minha vida,
apenas te multipliquei
e te espalhei pelo meu caminho
para que não me falte nunca
um pedaço da mais doce
lembrança de minha vida.
"A arte"
A arte não paga as contas
Água, gás, luz
Não se paga com o som do blues
Talento não compra comida
A carne o leite o pão.
Não se paga com o son de violão.
O do aboe, não vale o café.
Não se veste as notas.
Não se bebê a cantoria.
Nas singelas teclas do piano
Não se ganha as vestes se quer de pano.
A arte não alimenta meu corpo..
Mas sustenta minha alma..
Por você paro de rir,
Por você deixo de existir,
Por você eu abriria mão da minha felicidade pra ver você feliz,
Por você enfrentaria o mundo inteiro,
Seria capas de dar a ti a minha vida!
Tudo pra que você possa sorrir!
Queria poder te ajudar nesse momento !
Mas como não é possível!!
Vou vive com esse tormento.
Até que um dia me livrarei desse sofrimento!
Tudo pra ver você feliz
"A beleza do amor,
não está na palavra,
nem na estética.
A beleza do amor, não está no fato de existir.
A beleza do amor,
é sua existência,
na sua inexistência,
que o faz viver na falta da presença,
na falta de sorte
e também na falta de amor."
ESSA ÁGUA
Cuidado João...
Vê se não se afoga com essa água
que um dia, pessoas com ela molhada
teve n'ela, a sua alma batizada
e consagrou-se, no banho do amor.
Hoje, em meio a tanto respaldas...
Essa água, permeando por tanto má
arrastando, poluição, horror e terra
banha rumores, podridão e guerra
soterra, rios e nascentes da vida...
e vai desaguar, no meio do mar...
Cuidado João...
Com essa água, que um dia foi tanta!
Batizou n'ela, cristo e todas as santas
mas hoje, essa água raza, tem que filtrar!
porque assim, desse jeito natural...
Essa água, não afaga, e nem dá para tomar.
Antonio Montes
" Minha intenção era transcender a lógica,
o imaginário,
qualquer coisa próxima do sobrenatural.
a bem da verdade não era um conceito formado
e sim um desejo do coração,
pura ousadia da alma,
que acreditou no improvável
na perfeição
se errou foi por pouco
muito pouco...
Sofri tanto p amor que vomitei cacos de mim coisas íntimas que não ei de viver
arranquei essa minha "ovularidade" de novas sensações,
amei
CAMA DE AMOR
Esse travesseiro brega
de fronha estampada
que ilude minhas coxas todas...
Atrapalha depois que o calor se espalha
E feito um corte fino me escapa
Descruzo as pernas e empurro a trouxa
Embolando a colcha
Caindo da cama
Que me engana
Sem sono pra deter
Esse fogo de palha!
André Luz Gonçalves & Cézar Ray Oliveira
Pequenas Mudanças
(Victor Bhering Drummond)
Que tal pelas calçadas sujas
De lixo, misérias e alienações
Espalhar luz, amores e corações?
Sim, eu sei que é difícil; mas com um simples gesto de atenção, uma conversa mais íntima em que as pessoas ouçam os sonhos umas das outras, ou através de um abraço forte, uma voz mais sussurrada ao invés de gritos; um post fofo ao invés de mostrar as últimas conquistas materiais, ir a um museu, teatros ou à bienais, ou com uma leitura mais aprofundada ao invés dos stories vazios e habituais, sim, podemos mudar o mundo, uma vida de cada vez.
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É muita gente tentando derrubar
E poucos tentando ajudar
Gente querendo te derrubar
Está por todo canto
E até entre os poucos
Que dizem que estão por perto
Para ajudar
Muitos,apenas estão com segunda intenção.
MERIDIANO
Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.
Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.
Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.
Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.
Antonio Montes
O peso do meus anos,
não é fardo teu,
ele é só meu.
O tempo teu
não quero como meu,
o meu há muito já usei.
De teu só quero
um segundo do
teu um olhar
e se tempo te sobrar
um segundo olhar.
Grãos de areia ao redor de imensas praias.
Gotas em um oceano profundo.
Quando percebemos isso...
Somos tão pequenos!
nesta noite de luar
não estávamos contando as estrelas
não me achei em seus braços
engoli envergonhado minhas lágrimas
ao saber que de mim não queres nada
e saber que você eu não posso amar...
NOITE ROUBADA
Essa noite, não deve ser minha,
não! Não é minha... Não pode ser!
Essa noite, já passou pelo coração
do sono, rompeu pela madrugada,
corujas, já pararam de voarem por ai,
passos encurtaram as passadas pela
calçada, e eu aqui como se fosse um
moribundo de olhos abertos, sem dormir.
Essa noite, meus sentimentos me cutucam
como se fossem espora sob as ancas
do animal açoitado, acuado...
Estou aceso, como labaredas em fulgor
tilintando impregnado pelo gosto gostoso
do seu amor. Todavia aqui, eu me
encontro viajando até ai, até há ti...
Quanto há você... Essa noite, deve ser
sua, com certeza você, já passou pelos
anéis de saturno, viajou pelos estases
empoeirado da lua, galgou o sabor dos
seus sonhos e agora encontra-se...
Absolta sobre o castelo inebriado do
seu sono. Não! Essa noite, não é minha.
Antonio Montes
SONHOS SATISFEITOS
Você tem a chave para abrir a porta
de tudo! Abra... Abra para o nosso mundo!
Vamos esquecer os nossos termos...
E se lambuzar no mungunzá dos nossos
segredos, induzir o gosto ao esboço da nossa
anciã, estatelar-se em nossas vontades, e
em trepido anseios de desejos... Galgar pelos
feromônios dos nossos corpos.
Venha, entre no tic-tac da nossa paixão,
vamos ouvir os gemidos do nosso frenesi,
e com o suor da nossa perdição... Vamos
se misturar ao torrão do nosso nascimento.
Vamos... Venha farofar a farofa do nosso
delírio, vamos viver tudo aquilo que nos
enche de grilos... Voar n'essas asas encantadas
e pousar sob os castelos dos Deuses e viver
o momento que nos pertence, por direito....
Venha, vamos sentir um mundo, que nos
enche de sonhos... Satisfeitos.
Antonio Montes
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