Poemas de Saudades
Não há choro
Que dure o dia inteiro
Não há saudade
Que vá embora primeiro
Guardada na gaveta
Na estrada da emoção
Aos pés do vento
Sobre as linhas desse rincão.
Ah, seu cheiro
Me lembrou do fim de tarde em Juazeiro
Ah, chamego
Que saudade que eu tava do seu beijo
As folhas no chão, o vento bate e leva
A solidão em meu peito bate e aperta,
Saudade ou decepção não sei direito,
Mas como as folhas voaram,
Dores o tempo também leva...
Noite fria, coração apertado
Aí que saudades do
Meu amado, que foi embora
Sem me dar um abraço.
Dia longo, mente cansada
Aí que dor saber que
Estou longe de você
Que me faz sorrir, ate o amanhecer.
Dia triste, mente a milhão
Será que entendes que és
Tu a minha razão?
Razão para continuar.
Saudades do meu pai
Que vôo para longe de mim
Além do horizonte, mas
Mesmo de longe me faz sorrir.
Tenra idade
Saudade da minha tenra idade
Na qual não estava conectado
Mas brincava de verdade
Quão boa foi a minha infância
Andava de bicicleta, corria, pulava
E tudo isso tinha muita importância
Na minha geração não havia redes sociais
Ficávamos na rua até altas horas
E levávamos broncas demais
Nos tempos hodiernos, vejo tudo mudar
As crianças não querem mais sair
E anseiam somente brincar com o celular
Essa constatação me entristece
Pois o lúdico está cada vez menos presente
Nas gerações que aparecem
Jovens, divirtam-se muito mais
Ao ar livre, em boas companhias
Dependendo menos das atrações digitais
Vocês em breve adultos serão
Cultivem bons momentos
E da infância, se recordarão com emoção
(Lázaro de Souza Gomes)
SAUDADE EM PROSA (soneto)
As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas
E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas
Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir
Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ANDOU (soneto)
Meu sentimento evaporei na saudade
Da essência do amor, que me arrastava
Ah! como quis um dia, como sonhava
Agora, cada qual no tropel de liberdade
Insana, as paixões devoram à vontade
Que a mente sã... se faz de tão brava
Em uma existência, ali, cruel e escrava
Do desejo, tão em busca de felicidade
Agrados, querer meu e meus danos!
Essa paixão, que no haver não coube
Fez poetar aos versos os desenganos
Antes que a solidão o sossego roube
O tempo, pra não se perder nos anos
Andou! o que permanecer não soube.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
[...] lá vem a lembrança
gerando cheiro de criança
saudade e nostalgia
evolando memória e poesia...
eterna dança...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano
amores marcados, que fingem apagados
amores impossíveis de esquecimentos
ah, essas saudades de você !
saudades segredadas nos abraços furtivos
dos amantes eternos. (I
Brindemos por este magnífico dia que se despede para deixar muitas saudades.
Nossa fé que estava perdendo as cores nos surpreendeu novamente.
Que a GRATIDÃO seja expressa com toda sua glória.
E que nosso Criador nos perdoe pelas hesitações passageiras nesta fé.
(Teorilang)
Pequenos traços de saudade.
Autor: Ederson Silva.
Olhos cheios de saudades, vento a tocar minha pele,
espelhos da vida a passar imagens já esquecidas.
A lágrima teimosa a ir de encontro ao chão,
somente a solidão me faz companhia.
Pequenos traços de saudade,
que insiste a mendigar sentimentos de cada momento.
No fundo portas retratos que contam a nossa história,
um cinzeiro a elevar uma fumaça de cigarro das companhias de noites frias.
Versos sendo compostos para disfarçar minha memória;
fecho os olhos e sinto sua presença.
Você sussurra em meu ouvido,
a música que fazia parte de nossa trilha sonora.
Me vejo e não reconheço, um suspiro no fundo;
Acordo, era apenas um sonho...
--Saudades--
Sai para brincar la fora
Ver como meus amigos estão
Fiquei surpreso
Ninguém saiu de fora do portão
Chamei todos
E ninguém respondeu
Todos estão de castigo
Ou o problema sou eu?
Voltei para casa
Me perguntando
Cadê meus amigos
Devem estar jogando?
Ninguém se quer online
Todos sumiram
Ta tudo tão estranho
Será que partiram?
Me deixaram só
Me sinto sozinho
Acho que a idade chegou
E todos seguiram seu caminho
Mas ainda
Não me sinto adulto
Essa parte de mim
Aparece só um vulto
Ainda não a enxergo
Tenho medo de não ver
E com o tempo
Meus amigos me esquecer
Passou tão rápido
Essa fase boa
E agora que se foi
Me sinto outra pessoa
É tudo realmente estranho
Me sinto diferente
Parece que dessa vez
É o tempo que brinca com a gente.
SAUDADE...
Sim, nossa alma sente saudades…
Às vezes do colo que protegia e nos acalentava na infância, do frio na barriga das paixões da adolescência, dos mimos dos avós que se foram. Ah saudade!
Você é o trem de regresso aos tempos que não voltam mais. É a ponte que nos liga aos momentos mais felizes de nossa existência.
Você nos faz votar a momentos em que queríamos que parasse de contar o tempo.
Me deu uma saudade imensa
Então fixei meu olhar no infinito
Na ânsia de um grito
Em busca da tua presença.
Eu lembro que você disse que tava cheia de saudade de mim
Eu lembro que eu te disse que a vida nunca foi tão fácil assim
Mas olha só, calma lá
Vem pra cá, por que não quer ficar? Quer brigar
Eu só quero resolver, descomplicar
Eu só quero você, tenta me ajudar
Saudades do mar
Saudades do mar como se a ele houvesse pertencido minha vida inteira
como se o calor que me ardia os ombros me desfizesse de pesadas vestes
e me cobrisse de sal, areia e sol.
As palavras que digo não traem as montanhas de minhas solidões.
Mas o mar...
incólume em meus abraços, faz-me esquecer...
De volta ao caos, me perco outra vez, no mar contido nos olhos de um poente
ressaca que me lança de novo às águas fundas de um oceano intangível
são mais bondosos e risonhos que a minha loucura
aqueles olhos.
Sempre que as gaivotas passam
Esse sentimento mágico
Chamado saudade
Toma conta de tudo que realmente resiste
E eu sinto de alguma forma você me dizendo
Que ainda se importa comigo.
SONETO DESABITADO
Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual
Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical
E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem
E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ai, que saudades tenho da minha infância
da minha pureza
da minha alegria
dos meus sorrisos contagiantes
dos meus, bem fundamentados ideais
do meu amor por todos.
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