Coleção pessoal de Dichter

Encontrados 9 pensamentos na coleção de Dichter

Síndrome do poeta – Conceito

Na dor se inspira
No amor se imagina
Feliz da vida.
Pobre vida
Carregada de fadiga
De dores antigas.
Não há dor física
Apenas psicológica
No coração
De quem muito se importa.
Pode tanto levar a morte
Quanto à loucura.
Só há uma cura
Tê-la na minha cama nua.

Nesta noite

Ficou claro que não pertenço
A nenhum lugar
E que espaço para mim
Não há.
E eu continuo com esperança
Como uma criança.
Quero ter um lugar
Algo para se chamar de lá.
E que tenha alguém lá
Esperando-me voltar.
Mas não há
Isso nunca existirá.
Estou destinado a sozinho ficar
E sobre meu sofrimento nunca falar.

Roubaram de mim

Roubaram-me a felicidade
Deixando-me apenas com a tristeza e a saudade.
Roubaram-me o amor
Restando para mim apenas dor.
Roubaram-me a inspiração
Restando assim o vazio do meu coração.
Roubaram-me os sentimentos
E as poucas lembranças são levadas pelo vento.
Roubaram-me a coragem
E agora me escondo feito um covarde.
Roubaram-me a minha plateia
O que eu faço sem ela?
Roubaram-me os parágrafos
E junto foram as poesias que eu faço.

Quarta-feira

Que dia cansativo
Logo quando me acordei já pensei nisso.
Eu deveria ficar o dia inteiro na cama
Mas isso só me traria velhas lembranças.
Começo a me levantar
E logo o meu dia já vai começar.
Não há nem um pingo de determinação
O que há hoje com o meu coração?
A minha mente estar confusa
E hoje me parece ser um dia de chuva.
Não vou levando a minha capa
Espero que as minhas coisas não fiquem ensopadas.
A escola me parece que hoje vai ser chata
Do que é que eu estou sinto tanta falta?
As aulas continuam as mesma
Me pergunto por que estou sentando nessa cadeira
ouvindo tanta besteira.
Mas logo o dia vai acabando
E para casa estarei voltando.
Mas uma supressa me aguardava
Acabei encontrando os olhos da garota que eu amava.
Não há comentários sobre o que depois aconteceu
Mas posso falar que definitivamente há muito tempo o nosso amor morreu.
E tudo que me sobrou nesse dia
Foi uma confusa sobre o que eu realmente sentia
E no final das contas resolvi fazer uma poesia.

Passos lentos

Aprendi com o tempo
A dar passos mais lentos.
Aproveitar o inverno
De dezembro.
Ter sonhos que não tive
Em novembro.
Aproveitar o sol nascente
E observar o que estava
Em minha frente.
Era apenas mais uma pessoa
Comum, como qualquer outra.
Pelo menos era para ter sido
Se pelo menos meu coração
Dela estivesse esquecido.
O meu tempo nessa poesia
Não seria apenas um desperdício.

Melhores amigos

Não se esqueçam da imaturidade
Do orgulho de nossa irmandade.
Das folhas caídas dessa tarde
E dos momentos de felicidade.
Das discussões que aconteceram
Da paz que com o tempo veio.
Das risadas saborosas
E das lágrimas pretenciosas.
Não se esqueçam das promessas
E que nada seja feito as pressas.
Que possamos aproveitar a cada momento
E que essa tristeza seja levada pelo o vento.

Meus pêsames

Para minha criatividade que com o tempo foi morta.
E ao meu coração que em suas mágoas se afoga.
Para minha felicidade que foi embora.
E as minhas boas memórias.
Para a solidão que de mim sente saudades.
E os arrependimentos que senti mais tarde.
Para todas as rosas que colhi.
E todas as vezes que menti.
Para todo o amor que me restava.
E as promessas que hoje não valem mais do que nada.

Dores no estômago

Não são borboletas
Não é ansiedade
Talvez saudade
Quem sabe.
Não me causa tristeza
Talvez isso seja besteira
Fiquei com essas dúvidas a noite inteira.
E enquanto eu pensava sobre isso
A chuva que lava o meu rosto
E toca nas cicartrizes do meu corpo
Não tem um gosto nada saboroso.
E essa pequena preocupação
Que é nada mais que uma distração
Me faz esquecer as dores do meu coração.

Nesta manhã

Que me parecia ser como qualquer outra
O meu coração estava quase saltando pela a minha boca.
Não pude entender o que estava acontecendo
Mas algumas lembranças foram trazidas pelo vento.
Eram sobre um abraço aconchegante
E um perfume que me hipnotizava a todo instante.
Eram sobre um sorriso meio amargo
Mas que deixa o meu coração confortável.
Eram sobre um certo alguém
Que um dia já me fez tão bem.
E enquanto nos meus pensamentos eu me perdia
Ao longe eu vi alguém aos quais essas lembranças se referia.
Era uma pessoa cheia de si
Que muitas vezes já me fez rir.
Era alguém mal compreendido
Que carregava uma tristeza em seu sorriso.
Era alguém impaciente
Que por amor era carente.
Era alguém que no ao qual eu já fui apaixonado
Mas hoje seguimos por caminhos separados.