Poemas de palavras
A Inscrição do Silêncio
As palavras são folhas do meu caderno por dentro do corpo.
As anotações registradas na minha alma
Tocam música,
Plasmada do silêncio que eu sou.
(Suzete Brainer).
As palavras têm poder,
Já arranquei a calcinha de corpos femininos sem um único toque,
sem que elas me transformassem num mero pano de prato,
como eu, secretamente, desejaria.
As palavras têm poder,
já utilizei o casco dos corpos de outros caras
para saciar as minhas damas comprometidas,
aquelas que vagueiam em lugares distantes, longe dos meus dedos,
acorrentadas por suas carências insaciáveis, e mentes corrompidas por mim.
As palavras têm poder,
não escrevo para enlouquecer ninguém,
mas para impedir que o desejo se torne uma angústia de madrugadas intermináveis
Negar o teu olhar é mentir a mim mesma
Negar o teu sorriso é negar o meu
Negar as tuas palavras é silenciar-me
E negar o teu amor é um golpe fatal.
E todas as palavras, então, assustadas,
sentiram-se amedrontadas como crianças desamparadas.
Sem a mãe para proteger,
o que podem fazer para se defender?
Lá fora, ouço choros que ecoam socorro!
Sentimentos tristes batem à porta, perdidos a esperar,
mas percebem que isso pode não adiantar;
o melhor que pensam é se calar.
Tem gente dormindo em casa, então é melhor não incomodar.
Amanhã vai ser um bom dia para acordar.
Às Vezes
Às vezes subo até a superfice das palavras
Para respirar um gesto vago
De um silêncio sobre a pausa.
Às vezes olho por dentro dos olhos das pessoas
Para sentir uma humanidade
Que cala...
Às vezes colho o dia em minhas mãos
Para sentir o perfume
De Deus.
Às vezes fico numa melodia solitária
Para deixar a solidão do mundo
Ecoar o deserto...
(Suzete Brainer)
"Acreditar nos concebe.
Não há bordas para se agarrar, meias palavras ou estórias onde abrigar-se.
Sem essa credulidade, nem o amor é de fato benevolente.
E o afago do descrédito agiganta-se em momentos de expiração lépida e vulnerável que nos desfaz"
O álcool da meia-noite
Palavras… são elas tais, sem tirar nem por, muitas vezes, razão dos meus ais.
Essas que rastejam pela sombra da noite e não precisam ser verbalizadas para serem ditas.
Proferem algo que o insano fará e o são achará louco.
Vício esse que já não posso largar.
Um tanto contraditório, pois tenho leveza e não sinto mal-estar.
Indiferente, mas ainda assim feliz de um jeito que não sei e até se faz preferível não explicar.
Distópico, convexo e módico.
A dor já não me acomete mais, pois ontem cometi sincericídeo.
Carrego em mim um vazio estranho,
feito de palavras que nunca disse,
e promessas que deixei no vento.
Cada passo é mais pesado,
como se eu fosse feito de erros,
como se o mundo me olhasse em silêncio.
Tentei ser melhor, tentei ser forte,
mas no fundo, sou apenas falha.
Perdido nas sombras do que não posso consertar.
Sei que há dias de sol,
mas hoje, o céu pesa em mim,
como se a chuva fosse parte de quem sou.
Ainda espero o perdão,
mas talvez seja eu quem precise aprender
a perdoar o que ficou para trás.
Algo bonito (são palavras que sinto)
Faz um tempo que eu queria escrever algo bonito, algo que compreendesse o que tenho sentido. Precisava ser muito, muito bonito! Porque tenho me percebido muito, muito amada. Mais que muito, mais que demais. Algo que lembrasse um salmo. Algo transbordante - de paixão, de diversão, de paz.
Me vi sem saber por onde começar. Como expressar o tamanho do Teu amor, meu Senhor? É inefável; é sempre maior do que conheço. No dia calmo, na noite turbulenta; no silêncio, na celebração e no lamento; o Senhor sempre está lá. Ou melhor, sempre está aqui! Tão constante, tão certo, tão seguro. Gentilmente essa verdade cresce em mim e me leva a querer expressar algo bonito, bonito assim.
Eu só não enlouqueço ao me render diante de sua beleza,
E me entrego a constantes palavras de elogios,
Tentando chamar sua atenção, gritando para o mundo como és linda,
Que não existe nada igual à sua perfeição.
Muito embora sua beldade seja realmente indiscutível,
Sua alma é ainda mais bela que todos os sopros, fagulhas e centelhas divinas.
Você me encanta de maneiras que as mais belas palavras
E as mais sublimes poesias não conseguem definir com exatidão,
Para serem dignas de sua perfeição!
O que tem mais peso contra um 38?
Palavras?
Brigas?
Ou talvez um convite para tomar um café?
Bem, se for a noite, pode ser um convite para tomar uma dose.
Num mundo de incertezas e aflições,
Deixo minhas palavras como canções,
Estilhaços de um coração inquieto,
Que busca nos versos seu alento um teto.
Não sei até quando a vida vai seguir,
Se poderei sorrir ou partir,
Mas deixo aqui minhas poesias sinceras,
Fragmentos de uma alma e uma vida singela.
A dúvida me assusta ao ouvir.
Se existirei ou se irei partir,
Assim, nas rimas deposito meu ser,
Buscando na poesia um jeito de conseguir viver.
Que as palavras aqui deixadas sigam,
Como luzes brilhantes que abrigam,
A esperança de que, mesmo na dor,
A poesia seja nosso eterno amor.
Entre meias palavras
Entre meias palavras
se cria abismos
Que separa almas
Confunde corpos
E nos deixa só!
Com meias palavras...
Amy,
se ao menos soubesses ler os silêncios que deixei entre as palavras talvez visse o amor que escondi.
as noites aqui são tão frias e vastas quanto os campos de neve que se estendem ao meu redor, às vezes, parece que o vento sussurra o teu nome, como se tentasse trazer de volta a lembrança do calor que deixei para trás quando parti de teus braços.
há algo nos céus daqui, uma escuridão que engole até mesmo as estrelas, deixando só um brilho pálido, e distante, tento encontrar consolo nesses pequenos pontos de luz, mas cada um parece mais um lembrete de que estou longe de ti, de que deixei para trás o que de mais precioso havia em meu mundo, a guerra não cessa, os dias e as noites se misturam e eu escrevo como quem tenta não ser esquecido.
sinto que as palavras são frágeis demais para dizer o que há dentro de mim, mas espero que possam atravessar o gelo que nos separa, assim como o meu coração atravessa cada uma dessas noites sombrias.
entre cada linha que escrevo, deixo espaço para o que não consigo dizer, na esperança de que um dia, ao lê-las, encontres o que sempre guardei.
com ternura,
R.D.
Amo compartilhar o que sinto, amo transformar em palavras as pessoas e momentos que passam pela minha vida, cada detalhe, cada lembrança. Vivo de intensidade, de gestos que marcam e de sonhos que carrego no peito.
E, talvez, por isso, ainda dou atenção a quem aparece quando quer, a quem chega inesperado, mesmo que seja para relembrar velhos sonhos que já foram guardados.
Mas a verdade é que eu me canso de mensagens vazias, de conversas que surgem na madrugada sem propósito algum, de um "e aí, sumida" que não significa nada, de quem diz que me viu por acaso mas nunca se lembra de mandar um simples "bom dia," de quem nunca convida para compartilhar um café, uma risada, ou até o silêncio de uma companhia sincera.
Se é para ser assim, prefiro meu tempo guardado, minha paz intocada. Não tenho espaço para quem chega sem verdade, sem constância, sem a vontade de ficar. Então, poupe seu tempo e o meu, porque a minha atenção é para quem sabe cuidar dela e me quer na vida para sempre.
MARCAS DOS TEMPO
Palavras jogadas ao vento,
Sonhos dispersos no tempo.
O que mudou de ontem pra hoje?
Um corpo cansado, uma mente em silêncio.
A noite fria foi apenas um passo,
Não era o desafio maior a vencer.
Pois o dia que surge à minha frente
Traz um temor difícil de conter.
Não é o frio que faz meu corpo tremer,
Mas um medo sem nome, sem razão,
A poeira que dança no chão seco
Carrega o sussurro da escuridão.
Olho à direita, olho à esquerda,
Vejo uma sombra que hesita e para.
Perdida, sem rumo, sem pressa de andar,
Reflete um coração que já não dispara.
Mas então, ao terceiro baque no peito,
Sinto o antigo pulsar renascer,
Como se o medo me trouxesse à vida,
E afastasse de vez o temor de morrer.
"Palavras belas, fome que rói
Indigente, sem voz.
No sinal, bala, terra estranha,
Onde não se é visto.
Desvairado, honra a pouco preço
Coração cansado, alma ferida.
Poeta, pobre, sem já pertences,
Reclamaram seus versos."
Tua resposta me machucou, meras palavras mesmo que pensadas feriram meu ser.
Angústia e remorso me tomaram, aceitar sua rejeição doía, pois no dia fui o mais sincero com meus sentimentos e no fim foram pisados.
No fim desisti de ti, se eu realmente a amava, tinha que deixar parte. Compreende que não era pra ser eu, com o tempo esse sentimento se esvaiu com a dor que você deixou.
Gostei de entender meu sentimento, o amor que lhe ofereci, o não que recebi e a dor que me consumiu e que com o tempo sumiu.
E, como forma de agradecimento, torço para que um dia você encontre alguém que a ame mais do que eu amei, alguém que possa lhe fazer feliz. Que, no futuro, eu possa ver a alegria iluminar seu rosto ao lado de outra pessoa.
Que ele tenha prazer em acompanhar suas danças, observe seus ângulos mais bonitos, mergulhe nas suas longas conversas e sorria ao som das suas risadas.
Que essa pessoa contemple o teu desabrochar em cada nova manhã, belo girassol.
Que sua existência seja como se fosse palavras escritas no caderno com significados, e que nunca se acabe, apesar do tempo.
O presente é como uma semente plantada em seu coração, você precisa regá-la para dar bons frutos ou "Flores".
"As palavras são como as pilhas na lanterna, e a poesia é luz pra vida, vamos ser a lanterna carregados de palavras para iluminar o mundo..."
PauloRockCesar
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