Poemas de Morte Poetas Conhecidos
"Melanalcólico"
Triste solidade da realidade copiosa
Vida triste, cheia de prazer
Vida só, cheia de amigos
Vida torpe, cheia de sanidade
Vida pobre, cheia de riquezas
Vida cheia, vazia, sem razão
É a vida, ou não?
Morte! seria sorte
Condenação, é a vida em vão.
Vida raza, ou será que não?
semente infeliz
Era uma semente alada,
com um futuro promissor.
ganhou um berço de lata,
seu futuro virou opressor.
sem perceber caiu na cilada,
não era admirada,
cresceu, ficou entalada,
não sabia que era na lata,
que seu destino era a salada,
e assim a morte a ceifou.
O microfone amanheceu vazio
O taxista não ligou o rádio aquele dia
O caminhoneiro, o motorista que levava
O patrão no trabalho...
O rapaz com o fone de ouvido
dentro do metrô...
Ninguém, absolutamente, ninguém
ligou o rádio aquele dia...
O Brasil perdeu a voz...
A notícia tinha caído do ar...
Leandro Flores
11 de fevereiro de 2019
(em homenagem ao grande jornalista Ricardo Boechat)
O mar do esquecimento
A melhor forma de começar um texto é dando lances no mar das ideias; para alguns possa parecer algo entediante, para outros um esporte, mas para mim é uma questão de vida ou morte; Sei que parece um exagero, mas é assim que vivo, dependendo da sorte, pescando no mar da vida e correndo risco de fisgar a morte. De uma maneira mais inteligível, diria que os momentos em que passei tentando rabiscar algo ceifaram parte da minha vida, e a outra parte que restou está perecendo por causa da parte que se foi. Com efeito, uma parte depende da outra, e nesta lógica, preciso plantar o resto que me resta; sei que não irá trazer de volta o tempo perdido, mas a floração de uma parte pode imortalizar a outra. Entretanto, no meio disso tudo, corro o risco de perder tudo, e ser mais um nesta vida em que os mais fortes imortalizam e os mais fracos transmutam em esquecimento.
Dor impermeável
As mortes menosprezados
recebem os gritos dos pequenos
e o silêncio dos grandes .
todo sangue se mistura entre nós,
todos abaixo do céu e acima da terra,
todos cobridos por terra e desdém
A dor é impermeável,
onde se insistem passagens
de promessas jogadas ao vento
A crise hoje é do amor,
Todo amor que se foi trocado
Trocado por bens e dor.
MEDOS DA VIDA
Não é que a gente não queira. Mas as circunstâncias nos fazem negar muitas propostas que poderiam ser a solução. As dores, as frustrações e decepções da vida criam em nós um escudo invisível que nos impedem de nos relacionarmos, de mudar, de ter sucesso, de viajar, de conquistar, de sonhar e também de viver. Esse “escudo” é uma característica do ser humano, é o tão temível MEDO.
MEDO é o resultado das nossas fraquezas diante de tantas insistências. Medo é a desculpa de prosseguir por saber que podemos errar e nos machucar. Medo é uma pausa nas nossas rotinas em busca de um sossego. Medo é um descanso ruim para o corpo e para a alma. Medo as vezes indica morte. Medo é provocar a ponto de oprimir o outro a seu próprio benefício, à suas atitudes egoístas. Medo provoca ciúmes e causa dores profundas. Medo é não querer e nem fazer mais. Medo é agonia, choro e tormenta. Medo é sinonimo do que é mal, pois o que me faz mal provoca medo. Medo pode indicar mudança no que jamais se quer perder. Medo é aproveitar o agora pensando no amanhã que não existe. Medo é não saber viver sem. Medo é sentir-se só na multidão ou não querer encará-la. Medo indica fracasso, é admitir que não tem forças e parar antes do tempo. Medo é deixar de realizar e prosseguir por coisas estúpidas. Medo é transtorno de um momento ruim que foi marcante. Medo é evitar o erro. Medo é esconder-se do mundo. Medo é odiar tudo. Medo é fugir de si mesmo. Medo é criar seu próprio mundo. Medo é pavor de viver. Todos temos medos e eles nos acompanham por toda vida. Eles existem, mas é possível superá-los.
Quarta feira, em cinquenta tons de cinza...
O mar ficou cinza.
A linha do horizonte, nesta manhã de quarta feira tem um fundo cinza.
A areia, confete colorido, também ficou cinza.
Passou o carnaval, e o amor de carnaval também virou cinza.
Mas, cinza não é fim de nada.
Cinza é o início em cor, como gota de orvalho, nuvem de chuva,
É tempo de espera entre o preto e o branco na cabeleira dos avós.
Foto antiga que mata saudade também é cinza.
Até o amor no cinema moderno tem tons de cinza.
E nós hoje coloridos de preto, branco, amarelo, marrom...
Seremos um dia cinzas,
Em todos os tons de cinza.
Eu vi um homem matar um animal
Eu vi um homem matar um rio
Eu vi um homem matar uma árvore
Eu vi um homem matar outro homem.
Eu vi um povo ir a luta
Eu vi um povo nas sombras
Eu vi um povo destruir um reino
Eu vi um povo exterminar outro povo.
Partiu antes do combinado/ Mãe
Quando os sentimentos começam a transbordar
e não cabem mais dentro do coração
então a caneta precisa o papel encontrar
para na escrita aliviar a tensão.
Achava que estava preparada
para tua partida entender
mas eu estava muito enganada
é muito difícil sem você viver.
Sinto falta de ver você chegar
do seu cheiro, que ninguém tem
do teu abraço para amenizar
as dores que da vida vem.
Para quem vou contar meus segredos
não tem mais alguém para confiar
você conhecia todos os meus medos
preciso de você para de tudo conversar.
Entendo que não posso ficar a choramingar
por que você ia dizer para eu ser forte
mas tem horas que não posso evitar
e só as lágrimas me dão um norte.
No final do dia, não havia mais mágoa,
não havia lágrimas, carpido ou dor;
sua aflição, foi ação subitânea,
se despediu da vida, teve seu valor.
.
["O viajante, fez uma pausa à despedida"].
Sobre as estatísticas de mortes em acidentes de carros, caminhões e aviões:
Elas nos dizem que o transporte aéreo é o mais seguro. Mas nunca vi uma estatística deste modo: considere todos os acidentes de carros em um ano, desde simples batidas em velocidades baixas quanto às mais altas. Agora com aviões descendo e subindo das pistas e quando eles caem, de alturas baixas às mais altas, também em um ano.
É raríssimo pessoas sobreviverem nas quedas dos aviões e aqui está o diferencial: o número de mortes em carros e caminhões é maior, mas existem muito mais destes veículos e pessoas circulando no país em comparação aos aviões! Não se pode falar, nestes casos, em números absolutos, a saber, o número total de mortes, e sim em números relativos, o número total de mortes por acidentes.
Um caso simples: está acabando a gasolina do seu carro em uma rodovia oua bateria está com problemas e então você para no acostamento. Já os aviões...
O que dizer quando você entende que agora, os dias passam a ser contados de trás para frente e até passe a perceber que as cores, já não apresentam a mesma temperatura de antes?
E se você descobrisse que todos os seus significados já não são os mesmos e que não dá mais para fazer tudo aquilo que antes, você acreditava tanto que dava? E que o tempo, que já era então importante, agora passa a ser escasso e não mais como um rio abundante e sem fim?
Como você realmente enfrentaria o fato de saber que em breve a sua essência poderá ser dissolvida em um mundo onde as coisas costumam se perder nas eras tonando-se esquecidas?
O que você faria? O que deixaria? Para quem? O seu epitáfio paralelo a este?
Você consegue sentir? O vento que te acaricia neste exato momento? A respiração que te mantém consciente?
“Cogito, ergo sum”
Diga-me; há motivos em existir se não puder deixar algo? Qual sua percepção da palavra legado? Qual valor percebido da sua trajetória? Qual o valor que você percebe da minha?
Por favor não compare! Apenas permita-se. Muitas vezes temos uma visão tão limitada de quem poderíamos ser e quando nos damos conta disso, não há muito mais o que se possa fazer.
Hoje, a gente olha pro céu e clama: “Pra que tanta pressa?”; e reclama, cambaleante, sem o chão de sua voz: Marília, por que tanta pressa? Por que tão rápido?
Você ainda tinha tanta história pra viver e ouvir e depois em versos nos contar, tanto canto a doar. Por que tão rápido, pra que a pressa?
Que versos você escreveria pra explicar isso? Como termina essa canção, interrompida pelo estrondo de silêncio? Que música é essa em descompasso e desafino, onde dó é só padecimento?
Como toda história, uma canção tem começo, meio e fim. E alguém já disse que toda canção começa buscando um meio de chegar ao fim. A canção de sua vida, parece, foi interrompida antes de encontrar o meio. É tão antinatural chegar ao fim sem nem acabar de começar. Arrancaram a flor, ficou seu sonoro perfume a consolar um jardim entristecido.
Pois, agora, você que falava das coisas fugidias da vida, essas coisas de amores e dores, encontros e adeuses, você que libertava as palavras, deixando que voassem passarinhas pra nos consolar e pra que a gente as acolhesse no ninho de nossas solidões; agora, Marília, seus versos se aquietaram, imóveis, como mão de mãe, suave, sobre cabeça de menino, pousados sobre nossa memória.
Hoje a gente lhe pergunta: “Nunca mais, Marília?”
E, com um sorriso mais manso do que triste, você nos responde que não, não é “nunca mais”. Dedilha o violão, compondo uma canção pros anjos, e diz: “É pra sempre.”
Todos nós temos uma senha. Só não sabemos o número. Precisamos estar preparados, pois a qualquer momento Deus irá nos chamar.
09√11√21
Se existe reencarnação, eu devo ter sido muito ruim na vida passada! Porque não é possível, não é possível... Se eu puder escolher entre voltar a terra ou não, eu digo: NÃO!! Já sofri demais nesta merda aqui, tá bom!!
11√11√21
ÁRVORES, NOSSAS ÁRVORES
"Eu penso muito nas árvores, da pureza delas, fiéis sentinelas da paz e do caos. O escândalo do Silêncio delas, o ar que nos renova, o verde alaranjado de um punhado de luz do fim do dia.
Algumas tem espinhos, mas entre eles frutos.(à de valer a dor dos espinhos?).
Algumas tem flores, mas não vão além da sua beleza.
Algumas são amargas, mas nelas á o poder da cura, como são necessárias!
Algumas em sua grandeza, tocam o céu. (consegue ver? e aplaudir daí de baixo?)
Árvores nossas árvores, cuja sombra é livre da fome e da miséria.
Em suas raízes encontrei morte e vida. Em seus galhos lar e proteção para os que voam, que por tamanha gratidão, entoam canções em teu nome, toda manhã.
Felizes os que encontram paz e vigor, em tuas sombras."
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