Poemas de Janela
Quando você acordar
e abrir a janela,
e olhar o céu e contemplar
o brilho do sol,
imagine que seu dia
terá um brilho bem maior,
porque assim você o deseja...
assim o quer....
E mesmo que não consiga
ver esse brilho com os olhos,
o sentirá refletindo na sua alma.
Pois ele nada mais é
que a sua felicidade
ou a sua vontade de lutar
para encontrá-la...
DEVANEIOS:
Sozinho, em meu quarto estou
A janela entre aberta seduz a brisa fria
A entrar
Sobre a platina está
O cálice já embriagado com o licor
Que faz acalmar
O orvalho da madrugada fria
Sucumbe em meu corpo nu
E me faz despertar
A aurora já adentra
As frestas da janela que não mais
Entre aberta está
Meu corpo ainda moribundo
De uma noite ébria
Me faz delirar
Procuro-te ao meu lado
Não tenho teu corpo febril
A me deleitar
Assim desperto
Para mais um dia em devaneios
Me embriagar.
Janela dos Sonhos "Poema
Não sou nada.
Mas tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Da Janela dos meus sonhos...
Tenho milhões de sonhos...
Que ninguém sabe qual é.
Apenas um mistério guardados em meus sonhos.
Nos meus sonhos apenas uma rua...
Uma Campa gelada.
Um anjo adormecido que dorme na campa fria.
Uma rua deserta com pouquíssima gente por perto...
É uma rua inacessível a todos os pensamentos reais.
Com o mistério das coisas por baixo das pedras frias e dos seres adormecidos...
Como a morte que,deixa umidade nas paredes.
Paredes geladas, uma campa fria onde dorme os seres sem vida. ..
Mesmo os que,sem cabelos brancos são conduzidos a seus destinos.
Vageiam -se pela estrada do nada.
Estou hoje lúcida, como se estivesse passado pela escuridão...
E acordando ao romper do dia...
E chegando ao final de uma rua sem saída.
E como se não tivesse mais irmandade...
Senão uma despedida, tornando-se esta casa deste lado da rua...
A fileira de carros e uma partida gelada...
Que conduz ao destino final.
E uma sacudida nos meus nervos que, me conduz ao meus sonho.
Estou hoje perplexa, como quem pensou e achou e esqueceu...
Estou hoje dividida entre a realidade que devo seguir...
À campa fria do outro lado da rua, como coisa real por fora...
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada...
Apenas um sonho...
A aprendizagem talvez.
Desci dela pela janela dos sonhos...
Voltei à realidade e percebi que os mortos vivem através de um sonho...
De um mundo paralelo ao meu mundo.
Um mundo onde não podemos ter sonhos...
Mas podemos sentir através da campa fria.
Onde um dia terei meu sonho...
Um sonho só meu...
Que dividirei comigo mesma.
Como um anjo adormecido eu acordarei.
A senhora na janela
O dia já passou, não há mais o que fazer
A senhora se debruça na janela
Cabelos brancos e a pele enrrugada denunciam sua idade
Roupas desgastadas denunciam sua simplicidade
Olha o horizonte, como se pudesse ver algo a mais
Muito mais do que apenas o sol se esvaindo
Olha as crianças brincando, perde-se em seu pensamento
Assim como o sol, nasceu, foi jovem como as crianças
Assim que o sol se põe, sua vida vai junto, mas antes, abre um belo sorriso....
...Sou...
"Sou o vento que venta e passa pela sua janela;
Sou sol que brilha nas suas manhãs;
Sou o mar que acalma tua alma;
Sou aquele pássaro que canta e encanta a todos aqueles que são deprimidos pela vida que passa ao dia a dia;
Sou aquele que faz o seu dia melhor e
dos outros melhores;
Sou aquele paciente pelas suas impaciências;
Sou aquele ajudante que ajuda quando precisas e quando não precisas;
Sou aquele sorvete de chocolate com cereja ao meio para dar doçura a sua vida e que ela seja bela;
E também sou aquele Palhaço que sempre lhe faz sorrir mesmo triste."
Olho para o céu pela janela do quarto da minha vida, e acredito no infinito de maravilhas que existe além da imagem que vejo.
Acredito que por detrás de cada estrela, da lua, das nuvens, (sejam elas brancas ou escuras), em nada do que vejo lá no alto, existe algo que me ponha algum medo.
Acredito que apesar dos mistérios que envolve a grandiosidade que é o universo e de seus segredos; nada me serve de ameaça.
Porque tudo que possa me virar do avesso, me tirar do prumo e me deixar sem rumo, não vem de fora, mas de dentro de mim.
Da luz que atravessa a janela do quarto meio morto
meio torto eu era, da lonjura que era minha vida de outras
do frio que adormecia meus pés, do medo e do café morno
da praticidade de uma pena em mão, um termo em grão
do chiar da noite lá fora, meia noite lá fora
ela passeava entre os outros que eram meus outros eus
da loucura entre estar consciente e estar presente
da folha que caia das árvores no parque
do cão que respondia aos pedidos de socorro da cidade
e o terror do silêncio quando a vontade é gritar
com o piscar dos olhos e a vontade ausente
agradecer o nascer do sol e ao poente
ao vinho barato, pra conter às tristes alegrias
o exagero de rimar palavras vazias
do ser que ama o mar e prefere só admirar
do sorriso da moça, cuja boca já não me sorri mais
de alguns anos atrás, que para trás queria andar às vezes
do som que vem de fora, vem da forma que o sal escorre
da barba feita, e o nojo da roupa bem arrumada
o bicho do mato, ô, bicho, eu não mato
o brilho da parede verde, e das histórias pra contar
de quando tu me falava pr'onde ia viajar
essa fumaça na minha cara, era o bom senhor
da alma em praça, que acalmava a minha
da chuva de setembro e em ser teu acendente
da manhã morta em mim, morrendo os domingos
um pouco mais disso, daquilo, um quilo de solidão
um tanto assim de nós que em nós morava
fechava a porta mas não se despedia
do chão quadriculado, da grama e da flor
o pouco se importar não é normal
talvez ninguém seja, ou não quer
dos prazeres que parecem pagamentos
salda mais uma das minhas parcelas de culpa
da vontade de não escrever mais
parei
Debruçava-me em uma janela
Nessas que a solidão constrói dentro de nós
D'onde apenas poderia sentir o vento
E a chuva amornada que a tarde trazia
Certamente poderia ser um inicio de partida
Na qual nenhuma dessas tolas preces me salvaria
Transfigurava-me ao deparar com céu nublado
Que refletia a tal da mente sã iluminada
Nunca havia me sentido tão sossegado
Lembrava do cortejo
E do primeiro riso desabrochado
Esse qual enfatiza meu maior desejo
E hoje
Eu escreveria um poema com teu nome.
Menino, você é bonitinho
Sabe, eu fico olhando você da janela
Você está sempre quieto
Sempre sozinho
E você aí fora não está diferente de mim aqui dentro
Também estou sozinho aqui
Como você está aí
Menino, agora falo sério
Eu nunca conversei com você
Mas sinto que poderia ficar horas conversando
Você nunca me viu
Mas eu fico horas te observando
E se fosse normal
Eu estaria aí com você
Aqui no meu quarto as coisas tão meio sem vida
E aí fora também não parece muito bom
Eu queria sair daqui
Chegar no portão e ver você olhando pra mim
Porque nos meus sonhos
Você vem e diz
Ei, garoto, seta aqui comigo
Menino, você me traz paz
Você faz eu me sentir seguro
Fale o quanto quiser
Eu quero ouvir você falar
E ver os seus modos
Sempre tão puros
Sempre tão mágicos
Um dia eu vou sai dessa janela
Um dia você vai sair desse balanço
A gente vai fazer companhia um pro outro
Vamos rir de coisas que só nós entendemos
E vamos nos divertir como duas crianças que se amam
Um dia seremos só nós dois
E o mundo? Deixa-o no canto dele a gente no nosso
Morro lentamente
Todos os dias
Enquanto olho pela janela
E espero você chegar.
Morro lentamente
Todas as noites
Quando entro no nosso quarto
E não vejo você lá.
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.
Força de nós dois
Da janela da tua alma encontrei a porta do meu porto seguro
Das tuas palavras, reencontrei a força
Da tua força, recuperei a garra
Da nossa garra, encontramos nós mesmos
E nos reencontramos, nos revemos, revertemos
E vemos a frente o que não existia atrás
Atrás dos sonhos, tão perseguidos
Munidos da força e da fé da cada um
Um pelo outro, outro mundo, nova vida
Vida que se renova, vida a toda prova
Prova de que há de se provar o amor
Uma vez, ao menos, na vida.
( Renata Lessa)
Observando...
Um olhar pela janela
e o horizonte,
parece não ter fim.
Olhos observadores,
costumam enxergar
muito além da curva.
Pensamentos, viajam
em desenhos esboçados
por uma mente alerta,
em busca do inusitado.
Integram-se, o homem,
a arte e a natureza.
by/erotildes vittoria
A menina...
A menina,
a flor,
a cor.
A descoberta
e um mundo encantado,
depois da janela.
Lá fora,
há vida,
mas os livros,
ensinam a esperar
para ver brotar a rosa
que foi semeada.
É preciso aguardar
mais, mais tempo
para saber a cor.
By/erotildes vittoria
Hoje o vento bateu em minha janela
Me indicava um caminho, uma direção
Elevei meu olhar ao horizonte para ver,
Percebi que o caminho me levava a você
Busquei minhas asas e voei para o céu
Um universo em que as estrelas era corações
Chorei em prantos não contive a emoção
Vi em minha frente um coração que mais forte veio a bater
O meu ficou acelerado e um sorriso em meu rosto veio a resplandecer
Ao ver que a dona desse coração era você
Um jardim em minha imaginação floriu,
Uma rosa vermelha se abriu indicando que o amor em mim ressurgiu
Fiquei cego com sua beleza que me encantava
Tinha certeza que viver sem você não dava
Me coloquei em sua frente para dizer
Que minha vida não é nada sem você
Seu olhar com meu veio a encontrar
Uma lágrima de emoção em rosto pois se a rolar
E um beijo com delicadeza você me deu
Para me dizer que você era minha Julieta e eu o seu Romeu
Aguento firme e o inverno frio passa.
Olho pela janela, vejo cores de primavera,
Brotam flores de esperança na estação florida da alma.
Já é noite e chove muito
Eu entro no ônibus e sento na janela
Os vidros estão embaçados por conta da umidade
Eu esfrego a mão nele para ver a paisagem
Mas o que me vem na cabeça é ela
Minha grande paixão
Meu grande amor
Ponho meus fones para relaxar
Mas toda música me lembra a doce voz dela
A chuva ainda cai
E venta forte
Meu ponto chega
Eu desco e as lágrimas se misturam com as gostas de chuva no meu rosto
Ela não sai da minha cabeça, mas não meço esforços para tira-la.
Sobre a janela me deito
Sobre os frascos me arranho
Meu querido é sobre você
O que meu desejo sente
Eu quero todos os seus lados
Em um grande oceano de mundos
A um só lugar onde é escuro
E a duas frações de tempo
Eu retorno em meio a fraqueza
Razão do sofrimento e a tristeza
Que sinto ao sentir a dor no peito
Meu sonho são meus momentos
Ao acordar meu desejo e desespero
Na Janela da Alma
Em cada janela que se abre,
Espalhe amor, a semente nobre.
Que a amizade floresça e cresça,
E a saudade se esqueça.
Com um sorriso sincero e terno,
Abrace o mundo, seja eterno.
Em cada gesto, em cada olhar,
Espalhe amor, a vida celebrar.
Na janela da alma, a luz se acende,
A amizade eternamente transcende.
A saudade se transforma em lembrança,
Em cada abraço, a esperança.
Espalhe amor, a melodia da vida,
Que a amizade seja a partitura escolhida.
Na janela do tempo, a saudade se desfaz,
Em cada amanhecer, um novo compasso se faz.
