Poemas de Escuridão
As lágrimas do poeta escrevem o seu ser.
Elas fazem do menino o homem ancião.
Criam momentos que se imortalizarão.
E vestem de azul os negros olhos de minha escuridão.
Como posso ser forte se eu não consigo se quer enxergar uma solução?
É como se ela simplesmente não existisse.
Mas então, não faria sentido.
Há solução até mesmo pra morte, por que não haveria pra mim?
Porém, logo reflito: "Aonde posso encontrar uma maneira de me ver bem novamente?"
Daí automaticamente já surge o desespero, pois minha mente não consegue chegar até alguma solução.
Assim trazendo a impressão de que não há maneiras de seguir em frente.
Como se aonde estou é aonde eu deveria estar.
Porém, aonde eu estou não há vida.
É perturbador.
Por isso mesmo procuro evitar pensar nisso.
Porém, até mesmo quando não estou pensando no assunto, o meu corpo permanece ligado a isso.
Enfim, sempre a mesma sensação de morte e irrealidade habitando.
Tenho medo de acabar tentando "alguma coisa".
Eu não quero ter que morrer, mas também se tornou terrível viver.
O que pode ser isso tudo?
A gratidão que acende um sorriso, provém de uma sensação verdadeira de felicidade, de um alívio que foi
dado ao coração, a bonança após a tempestade, resultado justo de uma valiosa superação graças ao Senhor e a sua boa vontade.
Menção ao brilho de uma fé reluzente, uma estrela encantadora brilhando na vasta escuridão celeste, parte de uma noite apaixonante, onde o amor lindamente resplandece, simples ocasião muito significante que tanto fortalece.
Por consequência disso, fico honestamente maravilhoso ao ver que estás radiante, sorrindo de uma maneira sincera e grata, acredito que estás exultante de verdade, emanando o fulgor amável da tua belíssima essencialidade.
Aqui onde se espera...
Sempre um lenço de despedida...
Em alma que flutua...
Na luz órfã do dia...
São certos os abismos...
Escondendo os perigos...
Da mentira que roda e enlaça...
Sufocando toda graça...
Do falso amor sentido...
Descobre-se impaciente os recados...
Sentado à mesa dum café passado...
Pega-se pensando e quando socorreste o miserável...
Percebesse estar só e só ter criado embaraços...
Talvez não suspeites...
Que na verdade nenhum lugar ocupastes...
Apenas distraites...
Com o que não te pertences...
Na escuridão que procura e adormece...
Rolando o leito que se aquece...
Nenhum conhecido que tivesse...
O amor que o pegue criado...
Terra assombrada que lhe é devida...
Cuja vida é água a correr...
Para a fronteira fechada...
Enganando-se a sofrer...
Aproveitar o tempo...
Tirar da alma os bocados...
Antes só...
Que mal acompanhado...
Sandro Paschoal Nogueira
Diante de Marcas de Desilusão,
Vermelho Sedução,
Um Grito Discreto de Socorro
Numa vasta escuridão
em Busca de atenção e conforto
de uma correspondida Paixão.
São tantos os que nos fazem sentir como ruins,
que, quando alguém, mesmo por um breve instante,
nos convence do contrário,
esse gesto se torna maior que qualquer elogio:
um alívio que aquece,
uma luz que rompe a escuridão interna,
lembrando-nos que somos mais
do que as sombras que acreditamos carregar.
Poema do Terror
Na sociedade colapsada, ressoa o eco,
Do simbolismo social, barulhento e seco.
Militância nojenta, abjeta, imunda,
Na pocilga do ódio, a divisão se aprofunda.
Novas expressões, vernáculo ultrajado,
Vocabulário em frases, impactantes, revirado.
Ato subterrâneo, comportamento binário,
Amantes da democracia em caos planetário.
Populismo digital, extremista em vigor,
Ainda estamos aqui, apesar do terror.
Preceitos fundamentais que a sociedade forjou,
Agora no abraço da democracia desmoronaram.
Monstros sociais, utopias regressivas,
Militância doentia em lutas nocivas.
Idiotas da história, vanglória, mediocridade,
Roedores do erário público, artistas da falsidade.
Corruptos, sanguessugas, peculatários também,
Concussionários do dinheiro, humanos que nada têm.
Latrocidas da verdade, falsários do caminho,
Urubus sociais, abutres do dinheiro mesquinho.
Mentiras escorrendo em agressões cabotinas,
Narcisistas no espelho da latrina.
Imundície vil, ignóbil e cruel,
A sociedade em septicemia, sob o próprio véu.
Morte, agonia, decomposição e podridão,
Lixo humano em sujeira, canalhice em explosão.
Idiotas antissociais, com suas condescendências,
Apropriação indébita, criminosas evidências.
Anomia e hipocrisia em rebeldia disfarçada,
Mentiras como bazófia enganosa, mal intencionada.
Ilusão e jactância, ideologias em rupturas,
Fraudulentos forjando a corrosão das estruturas.
Um filme de terror com voracidade destrutiva,
A desconexão com a sociedade já é ativa.
A democracia, apaixonados proclamam amar,
Mas na escuridão, a humanidade deixa a sangrar.
O Peixe-Diabo e o Céu
No ventre escuro do mar profundo,
onde a luz não ousa morar,
um peixe sonhava com um outro mundo,
um horizonte que nunca pôde tocar.
Não queria frio, não queria sombras,
nem o eco sombrio da solidão.
Queria o azul das águas de cima,
queria o brilho na imensidão.
Sussurros vinham nas correntezas,
falavam de luz, falavam de cor.
E o peixe, inquieto, rompeu a noite,
nadou sem medo, nadou com dor.
A subida foi luta, foi quase presa,
foi fome, foi fúria, foi aflição.
As garras do abismo tentaram prendê-lo,
mas ele seguiu sua intuição.
Subiu, subiu, subiu, e o peso sumia,
o mar tornou-se quase ar.
E então, num salto, num último fôlego,
rompeu a linha, e o céu pode tocar.
E lá no alto, onde a luz brilhava,
sem forma, vasto e sem direção,
o peixe viu, sem nada a enxergar,
que o céu sempre esteve em sua escuridão.
Que toda esta solidão que habita dentro de mim, me acolha.
Que me dê conforto sem me confortar.
Para que me sinta completamente só, mesmo com a sua companhia.
Que a escuridão me faça ver alguma luz, e que nessa luz haja alguma escuridão, para que não me cegue e me sinta reconfortada.
Para que nos poucos pensamentos positivos venham sempre alguns com demónios, para parar, pensar, e por fim falar com eles.
Que esta minha solidão vire casa, e que tudo o que sinta fique fora da porta.
Que o reconforto seja grande, sentada numa poltrona em frente a uma lareira com chama azul, sendo esse o único sítio quente da casa.
Por isso, com todo o meu saber, ou com o pouco que me resta, sinto-me um astronauta a flutuar, á espera que algo no espaço tão escuro, me acolha. Que não me sinta somente a levitar por ai.
[...] isso fez com que eu percebesse algo:
Nunca vou conseguir voltar ao normal,
Me arrastei para tão fundo nestas masmorras que, mesmo que saia daqui, ainda carregarei sequelas excruciantes.
A escuridão não deixa sobreviventes.
O Sorriso das Cores
Em um belo dia, vi o sorriso das cores no arco-íris. Percebi que ele é mais vibrante do que eu imaginava.
Até o preto, com sua profundidade, faz parte do colorido da vida.
Os dias escuros, antes pesados, tornaram-se suaves e doces, graças ao dom de enxergar a transparência da tua alma e sentir, com certeza, que você me ama.
As lágrimas da melodia
O choro da meia-noite,
um ar de melancolia;
A melodia é aguda,
mais escura que a própria noite.
Meu fone é alto,
tentando me fazer sair desse mundo;
alimentar meu pensamento;
me fazer esquecer tudo.
Nada pode substituir,
minha música melancólica,
que me faz me esvair,
e apenas o som fica.
Corrida pela luz
Corri, corri e corri na ânsia de alcançar o sol, depois de um certo tempo desisti,
cansado e sem ter uma luz para me guiar me escondi por um período, das sombras debaixo de uma grande árvore,
uma fogueira ascendi na esperança de espantar os uivados tenebrosos e os barulhos das pegadas quebrando os galhos secos se aproximando,
e novamente levantei acampamento as pressas e corri, corri e corri e observando as estrelas desviei de vários perigos,
fugir da escuridão perseguindo a lua desesperadamente foi o meu ultimo refúgio e quando a encontrei me sentei, me acalmei e ali apreciei toda sua beleza em silêncio, sem medo, sem dor e sem preocupações.
O Ataúde da Humanidade: Elegia aos Tempos do Fim
Vivemos a era da devastação.
O tempo sombrio da decomposição moral,
Do apodrecimento do caráter,
Da aniquilação do humanismo.
Matam-se inocentes com frieza,
Exterminam-se animais com crueldade,
Incendeiam-se florestas com ganância.
O planeta clama, e a humanidade não escuta.
Num cenário de sombras e cinismo,
Só restam a sensibilidade e a coragem
Daqueles que ousam insurgir
Contra os desmandos do poder vil,
Contra o fuzilamento do povo
Pelas mãos podres da corrupção,
Orquestrada por políticos desonrados
Que sangram a nação com sorrisos cínicos.
Somente Deus — o Eterno Juiz —
Pode resgatar o povo brasileiro
Desta destruição em massa,
Deste meteoro moral que colidiu
Com a alma da humanidade.
Já não há pudor:
Tudo se tornou permissível, torpe,
Rastejando nos escombros da maldade.
Agora, só nos resta esperar
O dia do infinito da existência,
Onde os homens serão julgados
Pelo tribunal da eternidade,
Sepultados no ataúde da escuridão,
Perseguidos pelos fantasmas
Que eles mesmos criaram.
A sociedade morreu há tempos.
O que vemos hoje são apenas as cinzas da podridão,
Espalhadas pelo vento da indiferença,
Retornando das profundezas do descaso
Para assombrar os vivos,
Difundindo o terror,
Erguendo altares à selvageria.
Mas ainda há uma esperança:
Na resistência de poucos,
Na chama que não se apaga
Nos corações que não se rendem.
E nessa fagulha, talvez,
O renascer da luz.
Gostaria de conhecer
pelo menos uma parte da tua completude,
que vai além de ser uma linda mulher
serias como uma leitura emocionante num dia de chuva,
uma calmaria e uma tempestade
no meu mar de pensamentos,
seria como andar à noite
num lugar verdejante
com radiantes sentimentos afugentando a nossa escuridão
de medos e inseguranças,
um tempo deleitoso a cada estação,
nossos espíritos seriam libertos,
entretanto, grande seria a nossa conexão por sermos sinceros
um com o outro
e Deus nos mostrando a direção.
Neste opaco e desalumiado cubículo da mente
sombras do passado perpassam incansavelmente
Assombram dizendo coisas que recuso acreditar
Assolam gritando alto sobre aquilo que faz chorar
Seguir o caminho da escuridão pode levar a lugares difíceis de compreender
Penetrar nesse pequeno e infinito espaço é um mergulho no gélido e vasto sofrer
Sofrimento de lembranças borradas de como poderia ser
Sobras dos erros inacreditáveis do qual cansei de cometer.
Eclipse Social
Na estrutura atual,
o privilégio de ver o eclipse,
está sob uma pequena classe.
A classe que herda o local de onde se ver.
A classe que vê quase tudo.
A classe que vê um pouco.
A classe que escolhe, se quer ver.
Outra classe, vê migalhas.
Outra classe, ainda vê nuvens.
Outra classe, vê imagens.
Outra classe, vê a sombra.
Outra classe, se cega.
Outra classe, sobrevive a noite.
Outra classe, nem o sol terá o direito de ver.
VENTENA
Lá pras bandas da verdade
Há uma luz que sempre arde
Crença que há outra metade
Rebuscada vai vaidade
Charmosa simplicidade
Se num lado escuridão
Noutro existe um clarão
Num: ternura e emoção
Lá frieza da razão
Partes de um mesmo sistema
Pra fazer valer à pena
Há que ser meio ventena
Esporeando a vida plena!
Rompendo velhos hábitos
"Fulguração poética
Como forma de romper com as trevas, o arbítrio
A luminosidade há de imperar na escuridão
Nos porões onde se homiziam as atrocidades
As cortinas das corrupções e canalhices desumanas
Muitos tombarão diante das injustiças
Das boçalidades, aberrações
Das maldades, engodos, vendedores de fumaça...
Da ingratidão, do desamor,
A força do caráter desmantela as idiotices
Da multidão lunática perdida no tempo...
Astronautas sentindo saudades da Terra"
Janelas
Som do amanhã, sondam as noites
Janelas,
Ávidas almas, buscam a brisa quente
O calor, sementes
Colhem as manhãs de verão
Guardam a foice do arrebol
Janelas fechadas,
Refúgio seguro na escuridão úmida.
Janelas abertas, ombros arqueados
Tramas de uma dança
Vestido de Seda, cordão ensolarado
Duas almas se acompanham,
Janelas, cortinas balançam.
O escuro chama a luz
A dor, a solidão,
Chama da transformação.
Desperta!
João de Barro convidou
Que entre a majestade pela janela
Sem toc toc
Flocos de ouro
Suave toque
A pupila dilatou
Amanheceu.
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