Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Busca da Compreensão
Pulei no meio da multidão
Me joguei diante dá dimensão
Distorceram a realidade dá minha compreensão
Nadei em direção ao infinito
Gritei até ficar sem voz
Nada me agradava
Me sentia intimidado
Tomei distância dá humanidade
Fui viver isolado
Fui trilhar o meu caminho
E compreender o meu destino.
Correntes me prendem
De modo desagradável
Me impede de andar
Livremente pelo mundo
Me força a ficar imóvel
Onde não quero estar
Não posso me mexer
Mais tenho que fazer
As correntes se romper
Quero liberdade
Quero poder viver.
O que se deve expressar
-soneto-
O homem e a mulher são seres complexos
Trazem consigo bastante ansiedade
Suas atitudes acarretam reflexos
E castrado fica a sua liberdade.
Porque suas encadernações de outrora
Tornam-se nesta existência evidentes
Causando conflitos, transtornos no agora
Retardando a evolução dos aprendentes.
Afirma Chico Xavier sem querelas
Quando não se fala as palavras dominam
Mas quando se fala fica presa a elas
Portanto é muito importante ressaltar :
Tem momentos que as situações determinam,
Que tipos de falas deve-se expressar.
[Se eu sou]
Se eu sou céu,
me olhe
Se eu sou mar,
se molhe
Se eu sou flor,
me regue
Se eu sou amor,
se entregue
Se eu sou paz,
me tenha
Se eu sou fogo,
seja lenha
Se eu sou poeta,
seja poesia
Pois, se eu sou céu
sou seu.
Disfarço a minha dor
Disfarço meus pensamento
Para não me decepcionar
Disfarço minha alegria
Pois não quero te ver chorar
Escuto o seu silêncio
Para poder me aliviar
Finjo que não vejo sua dor
Pois, por dentro eu também sinto
Sinto a mesma dor
Desligo meus pensamentos
Para tentar não pensar mais
Desligo meus pensamentos
Para não sofrer nunca mais
Desligo minha vida
Até não conseguir viver mais.
Pelos que me desprezam
Eu sinto amor
Pelos que me condenam
Eu sinto amor
Pelos que me julgam
Eu sinto amor
Pelos que me repelem
Eu sinto amor
Pois o curioso do amor
Na maioria das vezes
Você ama aquele que não te ama.
Guardo meus sentimentos
Para não sofrer
Guardo minha vida
Para não me perder
Então meus sentimentos me corrói
Junto com minha vida que não cheguei a viver.
Até o último pingo
Guardo minha vida
Para ela não se gastar
Guardo minha vida
Para me preservar
Mais de tanto guarda-la
Eu acabo não vivendo
Pois a vida é para se gastar
Não a motivo para guardar
Então usufrua das pequenas coisas
Gaste a até não sobrar
Nem mais um pingo de vida para se gastar.
Quero seus beijos molhados.
Da sua boca quero o calor...
Quero você em nossa cama.
Em mil noites de Amor.
Autor: Rogério Dantas!
De repente nada mais faz sentido
Nada me faz entender
As loucuras de viver
As loucuras de amanhecer
As alegrias de conviver
Com pessoas que realmente gostam de você.
Quando acordo me levanto
E não sei para onde ir
Rodo o mundo sem destino
Me sinto livre para ir e vir
Ir e vir de meus pensamentos
Minhas lembranças
Sentir a emoção
De quando eu era criança
Deitar sobre a grama molhada
E não ligar para as roupas que iram sujar
Pois aqueles momentos únicos dá minha vida
Que eu irei guardar.
Devaneios de uma terça-feira
Me levantei ao ser tocado por Afrodite
Mas ao abrir os olhos, me vi sozinho
Tal beijo deve ter sido um convite
Para junto dela, percorrer este caminho
Este meu coração se encontra cansado
Peleja em pulsar, sem ritmo ou gingado
Calejado está, pois é versado em sofrer...
Mesmo com tudo isso, ele cabe você
Continuo a caminhar calado, de lado...
enquanto meus versos esgoelam solidão.
Malgrado todo esse quinhão descampado
Este, anseia pela sua futura ocupação...
Vejo um garoto ao me olhar no espelho.
Sou novo demais para tanto desalento
Sou novo demais para tanto sofrimento
Nunca é tarde para ouvir um conselho...
Com a alma quieta
Pensamentos vagando
Vou navegando
na pureza dos meus
versos ou
na inquietude
dos meus insanos.
Poeta ...
Por vezes
intensa
inquieta e
avessa
Filha da lua
e do carbono
Escrava fiel dos sonhos
ventanias e devaneios .
Assim sou !
Mas inda que lá fora
meus olhos
não enxerguem
a vastidão do que seja
perfeito , manso ou bonito ...
Aqui dentro
serena e silente
Consigo desenhar
meu próprio paraíso !
Fragmentos III
O que pode se esperar da ignóbil ação humana
A não ser misérias desolações e vergonha?
O que se pode esperar de um poeta?
Que ele salve o mundo com seus versos doentes?
DE RESTO À RÉSTIA
Não há arrependimento onde há amor
Não é fardo algum irrigar a flor
Quiçá a vaidade vislumbrar o campo
Desdenhar o canto que já se acabou
Não há semente que não brote
Não há choro que não conforte
Onde eterno for o amor
Não há distância que não cruze
Não há olhos senão luzes
Na semente que restou…
Só faço o que é mais fácil
Com tantas coisas para fazer
Eu escolhi não fazer nada
Com tantas coisas para dizer
Eu escolhi não dizer nada
Com tantas dias para viver
E eu escolhi não viver nada
Não vivi nem um dia
Pois queria o mais fácil
Então achei melhor ficar quieto
E não fazer nada.
Reconheço tristezas ao olhar para seus olhos
Reconheço alegrias ao olhar o seu andar
Mais não reconheço seu amor
Pois seu coração não me deixaste tocar.
O que será, será!
Ninguém pode mudar
Está escrito nas estrelas
E em qualquer outro lugar
Basta aceitar, aceitar
Facilmente o homem tira a graça da graça
Transformando a graça em desgraça
Desgraça que para muitos têm graça
