Poema Sobre Solidão
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
TEU NOME (soneto)
Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?
Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento
Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso
Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Canção
Não te carde da pequenez nem da solidão
que as desventuras por ventura nos traz
do amor, que os ventos pravos arrastam
dos desejos, e tanta dor ao coração faz.
Em vão... acredite, ínsita, é doce razão
seja audaz, e não demores ali tão longe
em cantinho secreto, e tão cheio de ilusão
neste decreto o afeto não pode ser monge
nem tão pouco um analfabeto da paixão...
Apresente-se agora, o momento é a hora
e a emoção vare na eternidade, assim, então
apressa-te antes que a vida vá embora
e o outrora torne-se poesia na tua canção!
Ame!... e não o toque na caixa de pandora...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 05’06” - Cerrado goiano
SONETO RESOLUTO
Daí ter que ter decisão, se desejais
Não deixai o sonho vivo na solidão
De que vale de a felicidade ter fração
Se sentado estás na beira do cais
Do anseio e da fé não se abre mão
Qual rumo tiveres, quantos e quais
A sorte conquistada vale muito mais
O que tem importância é a questão
Se contra o vento estão os seus ais
Arremesse as ilusões do coração
Semeie as quimeras de onde estais
Então, só assim, o viver terá razão
Daí o que tu queres, dará os sinais
E numa proporção, terás realização
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano
eleitos
no silêncio, predestinação, na solidão
desígnios dos sentimentos estreitos
o mistério do coração
feitos, leitos, imperfeitos...
eu não te aguardava mais
estava sentado no barranco do cerrado
calado, as entranhas prostradas no cais
do fado, e cá nossos olhares acordado
suspirando os mesmos sensos reias
que já a muito sepultado...
e agora fatais.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de outubro de 2019
Cerrado goiano
Espera
Oh estrela solitária
Na noite de solidão
Porque o silêncio fala
Se, silente o coração
Tudo cala, taciturnidade
Na vazia inspiração
Não brada nada!
Na poesia na emoção
Vou deitar a saudade
No colo da deserção
Sem nenhum alarde
Sem noção e razão
Espreitarei oportunidade
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/07/2015 - Cerrado goiano
Solidão...
Dizem que nenhum ser humano é uma ilha,
e que ninguém está realmente só,mas no final,todos sabem que isso não e verdade,
pois o ser humano por mais que esteja com pessoas ao seu redor,elas jamais poderão sentir suas dores ou alegrias,
e também não podem sonhar
os seus sonhos ou viver sua vida.
Ja a ilha não é totalmente só,
pois esta rodeada de água....
A maior prova da total solidão humana é a morte,pois você morre só,
mesmo se estando acompanhado...
antes a solidão me deixava triste, desesperada...sentia algo angustiante quando olhava ao redor e percebia que ninguém estava ali, para mim.
Nos momentos em que mais precisei, não pude contar com ninguém.
Mas hoje...eu me sinto livre.
Estar só me traz uma sensação de paz e tranquilidade tão forte, que eu não consigo sentir com mais ninguém.
A solidão não me faz mais infeliz. Na verdade, ela me traz um certo alívio.
Solitude.
"Muitas vezes, quando o coração mais se dói de solidão e ingratidão, é que está mais próximo de Deus."
Escritor: Marcelo Caetano Monteiro.
A Solidão da Minha Solitude
Há um vazio que me visita sem pedir,
mesmo quando tudo parece estar em paz.
É a ausência que mora no peito
quando escolho estar só,
mas não deixo de desejar companhia.
Minha solitude tem nome,
tem gosto de café frio e cama arrumada demais.
É minha, mas às vezes pesa.
Não grita, mas se impõe com um silêncio
que fala de mim mais do que mil palavras.
É escolha… mas também falta.
É liberdade… mas também espera.
Porque há dias em que o silêncio me acolhe,
e outros em que ele me abandona.
Queria às vezes dividir o pôr do sol,
contar as estrelas com alguém que ficasse.
Alguém que entendesse
que até quem gosta do próprio espaço
anseia, vez ou outra, por um colo.
E nessa dança entre o querer e o suportar,
vou existindo: inteira, mas com vazios.
Solta, mas sonhando com um laço.
Sozinha, mas querendo ser achada.
Após dias, cansado e sedento
Num deserto de solidão
de um clima seco de sentimentos,
pude avistar a minha salvação,
meu momento de refrigério,
até poderia ser uma ilusão,
mas não, era uma ninfa de vermelho
que tinha vindo buscar-me
pra um oásis eterno.
Seu pudesse gritar para o mundo eu não gritaria...
Pois o que mais sonho é com uma grande solidão...
O mundo já ouve meus gritos, porém os mesmos são apenas mais alguns diante de tantos outros...
Cerco- me de poesias
Para espantar a solidão
As noites frias servem de inspiração.
Lembro seu olhar sempre incentivador
E quando hesitei lá estava você me guiando
Mostrando que deveria seguir em frente.
Cerco- me de poesias
É onde posso expressar minhas emoções
A minha gratidão.
Nos tempos difíceis, quando a voz cala
São as palavras que me salvam
É o meu protesto
É como se elas gritassem: “Que se dane o resto.”
Cerco-me de poesias
Pois é por entre as linhas que me encontro
Entre as idas e vindas dessa vida.
“Paredes de vidro...”
Mais uma vez me vejo só
Em uma sala com paredes de vidro
E nesta solidão, me vem uma dor
Olho as paredes, e nelas me vejo refletido.
Na parede, tento minha face tocar
Sinto o frio do vibro em minhas mãos
Então, sinto algo a me sufocar
É uma dor forte o que sinto, é solidão.
Nesta solidão, me lamento,
Por não conseguir meus olhos ver
Que choram em descontentamento.
Sinto-me fora de meu ser.
Vejo pessoas do outro lado
Se parecem com as paredes frias
Em seus mundos vivem isolados
Indiferentes, vivem em apatia.
Procuro um rosto amigo
Alguém que eu possa pelo vidro a mão tocar
E com este toque me cause alivio
Por estas paredes de vidro quebrar.
06/07/2010
"Cansado.."
Cansado de tanta angustia, de tanta solidão, cansado de palavras torturantes, as quais penetram em minha alma como uma lansa afiada. Sem saber direito o que fazer ou por que fazer, na verdade sem uma verdadeira razão para viver.
cansado de nunca ter o que sempre quis ter, palavras, vozes pensamentos, coisas que veem me assombrando a anos, porém derrepente vem algo mais forte que eu, mais forte que minha vida, derrepente me vejo me afundando sózinho, como o de normal. minha alma grita por alguem, mais minha impureza, meus pecados, as vezes chego a pensar que nem Jesus mais quer estar perto de mim,chego a pensar que ele deve estar cheio de mim, dos meus problemas...E como seria bem melhor que eu nunca tivesse existido, que eu nunva tivesse chegado a conhecer algumas pessoas...
decepção,angustia, fustração, regeição, não aguento mais tantas coisas de uma vez só, tantas perdas...
só me arrependo pelas pessoas que magoei, as pessoas que desapontei...
Poema do sacrifício
Trabalhador como ainda sou
sem ter que fazer na solidão
só faço o que manda a precisão
e por isso e mais
colho o barro na ribeira
procuro madeira na mata
garimpo a pedra disforme
repuxo o couro esticado
recolho o vidro e o bronze
preparo a fornalha e o cinzel
encho a bacia de água
recorto e ponteio pedaços
bato e amasso o inteiro
moldo e faço acabamento
depois coloco na luz do sol
debaixo reflito na lua
depois lavo na água corrente
depois olho e me alegro
depois digo enfim
que tudo na vida é trabalhoso
e não vale mais que doistões.
A solidão é algo subjetivo, onde imaginamos uma dor e imaginamos o nada.
A solidão é algo complexo, onde temos muitos pertos e do lado ninguem.
A solidão é o tempo demorando a passar é o sono que não chega.
A solidão é a razão de toda razão.
Olho para trás: há multidão sobre os calçados.
Olho para mim: há solidão sobre meus pés.
Não tenho aonde ir.
Por isso a ausência de pistas.
Amor porque me deixastes
a vida sem você é solidão.
quando lembro de você
da um aperto em meu coração
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