Poema sobre Longas Conversas em um Sofá
O trabalho é meu primeiro lar, lá eu passo o dia todo dos os dias.
Meu sofá é meu segundo lar, nele eu encontro o descanso depois de um dia de trabalho.
Meus os amigos é minha fortaleza.
O orgulho fecha portas.
A coragem pula janelas.
A experiência senta no sofá.
Mas só o amor faz café.
FIM DO DIA
(Fábio André Malko)
Um eu estraçalhado das batalhas
Se joga no sofá ao fim da tarde
Na TV, os insultos dos canalhas
Um cálice de vinho vai acalmar-te
As lutas do dia foram intensas
E pensar que nesse mundo lá fora
Pessoas viveram amáveis ou violentas
Lutando pelo sustento a toda hora
Só hoje, quantas pessoas nasceram?
E morreram? Talvez injustamente
Quantos pais em vão pereceram
Buscando o pão da prole falante
Esse mundo é mesmo muito ingrato
Cobra em suor e preocupações
O olhos, às vezes, refletem o retrato
De quem ficou seco, sem paixões
O dia encerra-se com nostalgia
Renovando pra amanhã as esperanças
Pois quem delas não sente a magia
Não terá forças nas novas andanças
Sentada no sofá da sala, entregue ao meus pensamentos viajo por lugares que desconheço mas me fascinam. Lugares que encontro em mim mesma quando viajo pelo meu eu.
Ao longe surge teu rosto em um caminho desconhecido mas sigo, sigo ao som enebriante da tua voz e de uma música que soa ao longe.
Não sei se ouço "detalhes" ou " a distância ", mas sei que me toca e me cola em você !
Sentada no sofá da sala, entregue ao meus pensamentos viajo por lugares que desconheço mas me fascinam. Lugares que encontro em mim mesma quando viajo pelo meu eu.
Ao longe surge teu rosto em um caminho desconhecido mas sigo, sigo ao som enebriante da tua voz e de uma música que soa distante.
Não sei se ouço detalhes ou a distancia, mas sei que me toca e me cola em você !
Vou te caçando
Pele
Corpo inteiro
Teus olhos no meu sofá
Seduz
Olhos maroto
Menino zangado
Atrevido
Bagunça meus desejos
Proibido
04/06/2022
Me joguei no sofá, por uns instantes.
Mas logo levantei e disse pra mim mesma:
Esquece... nada de fazer tempestade em copo d'água, nem chorar pelo leite derramado e nunca, nunquinha deixar que tirem a sua paz.
DEPOIS QUE MARIA PARTIU...
... partiram a alegria, os sorrisos, os louvores, os cochilos no sofá.
Aquele terço de pedras azuis e brancas esteve com ela até o fim. Certamente escutaram cada dor, ouviram em silêncio cada prece, sentiram o arder dos joelhos de uma fé inviolável.
O cheiro do café não é o mesmo, já não se acorda cedinho na rede, ouvindo a TV alta sintonizada na reza do terço ou na celebração da missa.
E as 18h não se vê mais o mesmo encanto nem a mesma dedicação para ligar o rádio ou mudar a frequência para ouvir o programa Jesus te ama.
O cuidado com os de fora e com os da família era invejável. Uma preocupação, um querer perto e querer bem. Coisas de Maria...
O quintal já não ouve as mesmas gargalhadas das reuniões em família.
Olhar os quadros na parede de sua casa ou observar as fotografias dos álbuns que ela guardava com maior primor causa no peito uma emoção tamanha de memórias impagáveis.
O pé de cajueiro chora, pois, a espera todo ano para, ali em sua sombra, Maria quebrar castanha.
O fogão a lenha já não queima com a mesma simpatia.
A comida não tem o mesmo cheiro e nem o mesmo sabor.
A égua velha caducou em solidão, chorando noite e dia com saudades de Maria. As demais criações, como seu cachorro Surubim, ficaram desoladas, impotentes com tamanha perda.
Quem dera pudessem assinar um contrato de esperança, ficando, além da lembrança, a certeza de que Maria iria voltar.
E, como no ato ligeiro de balançar a rede ou fechar uma janela, tudo se modifica... tudo se modificou.
As frechas da janela verde relembram um ambiente onde, apesar das dores e desarmonias de um lar, o amor de Maria sobrepôs tudo.
E se a saudade tivesse outro nome, sem dúvidas seria Maria.
Correndo atrás...
Em cada verso meu, um pedaço de você,
A lareira está acesa, o teu canto do sofá ainda parece aquecido,
Uma banalidade mal resolvida não pode ser o motivo para estragar o que já construímos,
Chove lá fora, aonde esta o meu guarda chuva?
Não a tempo a perder!
Taxi! Taxi! Taxi!
Ainda estou preso naquele sofá,
fazendo amor com você...
Eu nunca sai de lá!
Estou preso em seu abraço,
nas curvas do teu corpo suado...
Estou preso no embaraço dos teus lábios
nas epopeias dos teus gestos,
perdido nos labirintos da sua alma,
descansando em seu ventre
Ainda estou preso naquele sofá
e assim quero ficar
para sempre.
Tudo me serve de esteio,
cama, sofá, chão, chuveiro.
Joelhos transformam-se em apoio
e os cabelos eu faço de arreio.
Tatei-o tuas ancas e seios
enquanto revira-se em espasmos
alheios.
Desvendo teu pubescente abrigo ao
passo em que alojo-me em teus meios.
O LAR DO SOFÁ VELHO
Não chores meu velho
Como eu, a ficar a sê-lo.
Nunca pensaste como ainda penso,
Vá, pensa:
Porque o pensar é de graça,
Afinal o que nos resta.
Já não é a tua casa,
O teu cheiro
E os odores por ti criados
Naquela casita perto do mar
Onde gaivotas te iam beijar
Pela manhã, famintas,
Do teu dar
E abrigo procurar
Nas tardes fortes de tempestade.
O teu lar, agora, é o teu penar...
Outros cheiros,
Gentes que nem sempre gostam de ti,
Pelo que vi, senti e ouvi.
E então fugi, fugi dali
Tão amargurado.
Que triste, é do homem fado
Deixado num sofá velho
A tremer de medo,
Naquele cubículo sem afetos
Onde reinam os dejetos,
Muita fome amordaçada
E mais...
Aquele horrível pecado
De os não deixar morrer
Na sua velhinha cama.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-06-2023)
'SABOR: CIÚMES'
Me vi louco, debruçado sob o idoso sofá de alcatifa. Dia antes, você passara com outro à minha frente. Não tão de repente, meu coração disparou: pistola automática com tiros se reciclando ininterruptamente!
No sol de verão, em meio a multidão, a rua saborosa de
ausência, sinalizava dano. "Aperto de mãos". Não mais que isso! E já te imaginava minha. Te devorava nos meus olhos e você, você passou com outro!
Justo agora que te convidaria para um sorvete. Se bem que um de açaí, me tiraria daqui: zelo criado por mim! Detesto quando falam que sou acanhado! Dia desses, dei um soco num larápio. Sorte a minha que não acertou e saí aligeirado.
Mas você Rosalinda! A que seria mulher dos meus cinco filhos. A que ficaria atônita, esperando minha chegada, a quem eu amestraria para ser amada. Ainda obstúpido, fico a viajar nos meus mares, sem lugares, sem ares!
Ei! Agora lembro-me do calhorda! É seu primo Rufino! E eu que passei a noite às claras pensado você nos braços de outro. Pura quimera! São quase seis da manhã, daqui a pouco, tentarei criar coragem e te convidarei para um sorvete de açaí ou qualquer outro sabor!
a cama quebrou,
o poeta dormiu
no sofá
com pensamentos
e dúvidas,
não dormiu...
é ruim dormir
em sofás.
dor nas costas,
mal jeito...
deitou no chão.
dormiu...
concluiu que era pó!
Um livro jogado sobre o sofá
O ventilador ligado
Tentando amenizar o calor
Sou eu deitado ao chão
O pó da terra
A poesia nutre o meu viver
Preciso alçar vôo
Sobre a solidão tempestiva
A casa é pequena
A vida é passageira
E não tem como concertar.
Estava no sofá
Rindo com o diabo
Ele riu de mim
Porque eu pedia para Deus todas as manhãs para me levantar
E eu ria dele porque ele
Pedia pra Deus para eu não me levantar
VOLTAR ATRÁS
Sinais de que foi feliz:
no porta-retratos
a imagem dela...
No sofá da sala:
numa almofadinha...
“Fui eu que fiz.”
Os dizeres dela.
Na gaveta do criado mudo:
O livro nunca começado...
Por ela presenteado...
Na página da dedicatória...
O amor dela pra sempre marcado.
No solar da porta:
Um tapetinho surrado
Mil vezes lavado
Por ela... pra trás deixado...
Tantos sinais...
Que de desfazer o tempo é incapaz.
E o que ele mais queria?
Era poder voltar, voltar no tempo... voltar bem, bem lá pra trás.
Olha como as coisas são
Estou sentado no mesmo sofá da varanda
Olhando para um botão de rosa
Que em breve vai desabrochar, linda e cheirosa.
A mesma rosa
Que espontaneamente você fotografou
Num passado não tão distante.
Mas assim como as rosas, fomos apenas um estante.
Hoje mais distante que nunca
Esse botão de rosa
Que logo será uma bela rosa
Não vai para sua galeria.
Mais que ironia
Eu também não estarei na sua galeria
Nem mais no seu coração.
Então, como esse botão.
Só me restou a solidão.
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