Poema Rir
POEMA MENDIGO
Estou cheio de ser poeta,
de sonhar com as estrelas,
estou cansado de me apaixonar
dez vezes por dia
e me desiludir quarenta,
estou cheio de ser poeta,
estou cheio de escorregar no arco Iris,
e mergulhar no buraco negro,
estou cheio de jardins
com abelhas venenosas
e acácias carnívoras
estou cheio de velhas palavras,
de doces rimas ,
do poema água com açúcar,
quero a verdade
de acordar as cinco da matina,
do imprensado do coletivo,
do odor de axilas expostas,
do martírio dos aproveitadores no metrô,
quero a verdade de mendigos sob viadutos
da epidemia de drogados,
quero ouvir a miséria vicejando,
as margens de alagados e palafitas,
quero sentir viciados definhando,
escravizados pelo poder da fumaça e do pó...
quero o meu poema chorando e gritando,
um poema bem inconveniente,
que consiga incomodar
essas assembléias dolentes ,
quero um poema que cheire mal,
que se vista mal ,
um poema mendigo
com a podridão das nossas realidades...
Poema inspirado no drama estático de Maeterlinck
a mãe é muda
o pai não pisca para não acordar a criança
que dorme ou mama
no peito da mãe
com os pés sobre o pai
a noite reclama
garoa fina
saudades de antes
uma nuvem de medo
distante se aproxima
os olhos estáticos da menina no rio
o corpo estendido no frio
vem boiando na água até a porta
da cabana de madeira
de paredes tortas
a noite é muda
mas não é surda
as gotas escorrem pela telha
o sangue pelas veias de quem vive
e quem não vive é paisagem
todo mundo quer viver e não sabe como
o inferno é o outro
ou é a gente mesmo e os outros não ajudam
não adianta…
parece que melhora, mas cansa
não há confiança que não se traia
os olhos desviam da respiração intermitente
do casal que não fala
e que mente expirando
o que sente e não traga
tem um corpo boiando no rio
a nuvem de medo distante
é roxa e preta e azul da cor da noite
o sangue vermelho no rio é da cor do sinal
uma luz forte em sua fronte
desce do carro
respira o sereno
tem uma mulher e uma criança em casa
o inferno é o cheiro de gasolina do carro velho
ou é viver sabendo que vamos todos morrer?
a luz do farol é verde
violentamente verde em sua paciência
o corpo dói mas se aguenta
a criança é muda e chora
rasga o céu em um grito amargo
tudo é dor e tudo é silêncio
a sensação é de que não passa
Só seu
Hoje pensei em escrever um poema
Dedicado somente a você
Para que possas ler e reler
Guarde-o numa caixa de joias
Numa gaveta de roupas íntimas
Ou, em uma mala de viagem guardada.
No fundo de um quarto de bagunça
Eu vou querer dizer neste poema
Que de todas as minhas loucuras
Tu és meu distúrbio mental
Que não o mostre a ninguém
É segredo, é uma coisa só nossa.
Não o decore, senão perderá a graça.
O objetivo será sempre de surpreendê-la
Leia-o sempre numa manhã chuvosa
Leia-o sempre numa tarde tórrida
Ou, numa noite solitariamente abrasadora.
Mas no fundo o poema é só meu, pra você.
POEMA DAS PALAVRAS AUSENTES
Hoje, embebedado de sentidos, resolvi escrever sobre você.
Quis narrar como sua beleza agressiva furta toda a atenção
e como seu olhar está sempre a pedir um afago
e breguices de amor, que adoro dizer ao seu ouvido.
Decidi descrever como seu desajeito é todo complexo,
querendo ser companhia para o meu descompasso.
Quis divulgar como suas curvas delicadas revelam desejos meus
e se exibem de maneira solar à meia-luz.
Cambaleei entre palavras relembrando
como seu sorriso me traz um futuro bom
e como tenho em mim uma tempestade de você.
Recordei cada instante, todo o tempo,
calando meus versos, por breve momento.
Percebi que para você nenhum verso é decente
e que palavras não seriam suficientes.
Para falar de você
minha poesia deveria ter o cheiro da primavera
e a tenuidade de uma manhã de inverno;
teria de ser bela como um pôr-do-sol sobre o mar
e quente como um abraço de saudade.
Pediria a transparência da água de uma nascente
e a pureza de lugares desconhecidos.
Para falar de você
minha poesia deveria ter o gosto ingênuo das nuvens.
Não bastaria uma canção,
seria necessário compor uma sinfonia.
Eu teria de divulgar segredos
– sagrados segredos –
que te fizeram assim: tanto!
Para falar de você
eu teria de desvendar o encanto
que nos cerca e que nos uniu:
teria de justificar o incompreensível.
Por isso, para você eu escrevo sem palavras
e te dedico um silêncio profundo,
porque só o silêncio pode falar
quando as palavras não podem descrever.
MEUS POEMAS
Meu primeiro poema foi tão fraquinho:
sem harmonia, sem coerência...
Apesar de feito, com muito carinho,
era infantil, e sem consistência...
E, como João – graveto fazia meu ninho.
Meu primeiro poema não levava jeito.
Ainda hoje tropeço no tecer...
Mesmo vindo do peito,
e da alma; as duras lavras.
A nenhum leitor agradava:
por não ligar nada com nada.
Meu primeiro poema,
não teve graça alguma.
E fora, para alguns,
um grande insucesso.
Para outros, apenas, mais um;
para maioria, um retrocesso.
Meu primeiro poema
falava de amor;
um tema tão explorado,
em que, os namorados,
não mais se amam, só ficam...
Não sabem, definir esse sentimento.
Meu segundo poema,
já foi mais convincente;
assim como a graça do pirilampo,
no frescor da noite e dos ventos;
foi como a imponência e a beleza da ema,
solta no campo.
Meu último poema foi o mais lindo!
E o mais brilhante poema, que já fiz.
Desafio alguém, a fazer outro igual!
Ao tecê-lo, desprendi tanta ternura e esmero,
que não vi outro, tal qual.
Foi uma obra prima, a mais valiosa das artes!
Caprichei demais, até, principalmente nos arremates,
E com a candura de um bom filho, o dediquei à pessoa mais importante
Do mundo pra mim: obrigado mamãe por ser e ter inspirado a minha mais bela poesia!
E por ser, mais preciosa do que o diamante.
- 14.04.16
~~Esse meu poema...
Corre para os mares,sobe pelos ares,
Se transforma em nuvens,
Em gotas de chuva, só pra te banhar...
Esse meu poema...
Qual poeira cósmica pra te energizar,
Cruza o horizonte,onde o sol se esconde...
Pra te encontrar...
Esse meu poema...
Gira pelo mundo,faz em um segundo
Esse amor profundo em riso transformar...
Pra te encantar...
Esse meu poema...
Rouba do arco íris, as cores marcantes,
Bem insinuantes,festa pros amantes...
Pra te enfeitiçar...
Esse meu poema...
Anda pelas ruas, madrugada e luas
Feito serenata,
Pra te inebriar...
Esse meu poema...
Brilha com as estrelas e junto com elas,
Muda de lugar...
Pra te ver sonhar...
Esse meu poema ...
É mais do que palavras,
É essência...
Traça o meu dilema,te fazer me amar...
Esse meu poema...
Singelo,um flagelo...mas sincero,
Sai do coração...
Pra te emocionar!~~
UM POEMINHA ASSIM...
Quero um poema levinho...
Daqueles que perambulam por aí.
Pousando ora lá...ora aqui...
Pena solta ao vento.
Bater de asas de canarinho.
Poema pequenino e cheiroso
como a flor branca da murta_!
Silencioso e gostoso, como um entardecer
de outono...sim, um poema leve, livre assim...
como filho sem dono!
Quero um poeminha para acalentar.
Pousa-lo em meus dedos,
e de versos em versos
com calma e sem constrangimentos,
revelar-lhe todos os meus segredos...
Um poeminha assim...
Pequenino assim...
Simples, simples assim!
Um cafezinho para acordar e um poema para relaxar,não existe nada melhor do que o nosso lar.
Virgílio Eufrásio.-Pseudo.
Autor: Almeida Jefferson.
SER
Ser poeta é voltar em cada
Verso, poema, soneto, prosa
É estar preparado para não sair
Do papel, da folha em branco
Queimando as mãos, o coração.
♥╭✿╭✿ ♥
Poema consternado
Neste poema triste
A esperança chora
A inspiração insiste
As rimas em metáfora
Ora fé, ora incerteza
O prazer quer ir embora
Deixando só fraqueza
Nas velhas rimas afora
Onde se quer lindeza
Onde se quer aurora
E eu, nesta correnteza
Consternado, sou fiel
Então, aqui escrevi tristeza
E delas faço barco de papel!
Luciano Spagnol
Poema para um bom dia
Amanheça radiante como o sol
Cante como os pássaros no alvorecer
Saia de seu caracol
Abra a janela do viver
Sorria, irradie felicidade
A vida é para valer
Agradeça esta oportunidade
Só quem quer terá o saber
Terá serenidade.... Harmonia...
Bom dia!
Luciano Spagnol
...Tal como o suspiro carece da atmosfera
A lágrima necessitar da emoção
Em cada poema há quimera
Em cada quimera oblação...
Poema sonoro
(DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI)
Um sentimento de DÓ
Quando o amor da RÉ
Na alma MI faz vibrar
São notas que FÁ
O poema ficar SOL
Na vida em sinfonia...
Se a paixão se perde LÁ.
SIlencia...
Poema ateu
Escondido no breu
Da madrugada
No fundo do meu eu
O corpo cala
Dormente acende o seu
Espírito, na lembrança que fala
Que um dia sofreu
Sofre, e ainda a nostalgia embala
Na noite, de um poema ateu
Que disfarça, clandestino
A saudade que um dia valeu
E hoje apenas brado peregrino
Quando estiveres lendo este poema
Na rima o meu doce amor pressinta
Composto de apaixonado teorema
Não fale nada. Leia. Somente sinta
“Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso”.
( in "Autobiografia sem Factos". Assírio e Alvim, Lisboa, 2006, p. 128.)
Esse poema não sei como iniciar,
mas uma coisa eu quero falar:
Eu te amo e não importa o que aconteça.
Plante sempre no nosso jardim para que ele floresça.
Dia das mães é todo dia,
mas hoje vim te escrever essa poesia
para dizer que meu amor é incondicional
E esse texto ainda não chegou no final.
Feliz dia do: se eu achar, vou esfregar na tua cara;
Não sou suas parceiras;
Você não cansa de ser chata?
Quando eu for embora, vocês vão sentir minha falta.
Novamente digo que te amo
e espero que me ame também,
Pois, se não me amar,
não vou conseguir viver sem.
Poema:
Um Amor Proibido
Se soubesse o amor que tenho por ti
Você entenderia o que é ser amada além do sentimento que só o amor possa te dar, e se a distância não existisse eu já teria contado a ti sobre esse sentimento, como posso esconder isso do mundo, esconder algo que já não cabe mais em meu peito, as vezes pareço sem ar, como se eu me afogo nesse sentir, es belo o meu amor por ti, entendo que não posso ter-lhe comigo, pois nasci em outra vida, vida que nos desencontramos nessa transição entre vidas, mais minha alma completa a sua, vejo sua alma clamando o amor verdadeiro, clamando se sentir feliz num olhar, eis meu corpo sólido numa busca de ti, sigo a buscar um pedacinho do céu para te fazer mais feliz, almejo seu sorriso a cada instante, minha doce amada, es meu mundo em meu universo, tu me fascina em cada som de sua voz, num brilho estonteante do seu olhar, cujo meu coração bate constantemente por ti, verdes os campos azuis o céu e mar, olhos cor de mel, corpo escultural ouviste meu chamado, ouviste a melodia que o amor atravessa as estações, atravessa o espaço entre vidas na essência de unir-me a sua alma, já não há obstáculo para amar, não há medo sem fim, não razões que nos separe, e que um novo conto eu possa te dizer a cada nova manhã, então acorde em meus braços, que seus cabelos embarace em meu peito, que nós se afoguemos em um sentir, então sinta-se amada por toda eternidade, sinta-se desejada além do desejo, e no final dos tempos ainda teremos um tempo a mais para viver esse amor.
Meu poema é lixo
É quintal
É sanitário
Tu podes dispensá-lo- eu vou entender
Meu poema é esgoto
Flui restos de mim
Nele coloco o que ninguém sabe
Minhas miudezas de pensamento
O pior que está em mim
Está aqui- e tu o lês
Meu poema é retrato do odor que mora na escuridão da minha alma.
Poema vem no raio do sol e no brilho da lua, invade a mente como uma descarga de energia,isso ativa os sentidos e os desejos. Dou palavra a folha de papel, sentido as coisas, enlouquece os normais e confude os loucos, e deixa sábios perplexos...
Luciano Reis
08/11/2015 7:36h
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