28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
LEMBRANÇAS COM MINHA MÃE
As grandes e preciosas lembranças que guardo comigo são da minha infância, exatamente dos anos em que nos meus dias a presença de minha mãe era constante...
Consigo lembrar-me com nítida precisão do sorriso dela, das rugas de preocupação, do seu andar altivo, suas atuações na capela do povoado onde morávamos. Sua liderança na comunidade, por ocasião das quermesses, as aulas de catecismo que ministrava e o que ainda ouço nitidamente é, ainda com emoção, da sua segunda voz nos cânticos da igreja. Eu tinha tanto orgulho de ouvi-la puxar as músicas! ( era assim que diziam..) e sua voz firme se sobressaindo sobre as demais...louvando a Maria... seu povo fiel...ave... ave... ave Maria...
Lá em casa, em certas noites de luar, sentávamos na varanda, cantávamos algumas cantigas em alemão que ela nos ensinara e outras da época que a gente aprendia através do radio...encosta tua cabecinha no meu ombro e chora... e conta tuas mágoas todas para mim... Ela, sempre fazendo a segunda voz....
Ai como era bom! Era uma legítima comunhão!
Lembro-me bem dela também, num quartinho de costura. Ali acho que era o seu refúgio, onde saiam, com seu amor e habilidade, todas as roupas da família, prontinhas para serem usadas. Vale lembrar que ela "vestiu" os seus oito filhos, meu pai e a si mesma, contando ainda as roupas de cama, banho e mesa. Neste quartinho de costura havia sacolas de retalhos, caixinhas de botões, carretéis e agulhas com os quais eu me deliciava remexendo. Foi sentada ali no chão perto dela, ouvindo o ruído quase frenético de uma Elgin, que eu aprendi a fazer os primeiros vestidinhos das bonecas de minhas irmãs mais novas...
Hoje, cinco anos sem minha mãe... Saudade infinita!
mel - ((*_*))
Um operário
Eu, um operário da canção e da palavra. Sofro desde a infância a influência destes esnobes de charuto na boca. Eu, um pobre espírito solto a qualquer sorte. Arremessado pelo vento. Não esqueço que sou uma insignificância. Um pequeno pequeníssimo que espera a sua vez para atacar – mas sabe que vai alcançar apenas o calcanhar.
RIO
Rio de janeiro,
Rio de todos os meses,
Rio de todos os tempos,
Rio da minha infância,
Rio das pipas enfeitando o céu,
Rio das peladas nos fins de semana,
Rio de gente bacana,
Rio de gente bonita,
Rio tu és uma espécie de paraíso,
Que existe só para que se perceba
A existência de Deus,
Que provavelmente nasceu
Aqui em Nova Iguaçu,
Ou talvez na penha ou em Copacabana,
E jogava na areia, admirava as sereias
E se apaixonava...
E fez poesia como “olhai os lírios do campo”
E ganhou campeonatos,
Tantos que encheu de estrelas o firmamento...
Rio do Barry White,
Da Madona, do Barry Manilow,
Rio do Chico, do Vinicius do Tom Jobim,
Rio do Júnior que é paraíba
Mas ninguém é mais carioca,
Porque ser carioca é esse estado de espírito
Rio do Cristo, da Tijuca da Lapa,
Rio das mulatas, rio de todas as raças,
rio de todas as belezas,
Rio do meu irmão cearense...
Rio eu Tiãomo!
e
MEDO DE VIVER.
Tive medo da infância, porque era criança e achei que não seria capaz de me defender.
Tive medo da juventude porque, nesse mundo louco, não seria capaz de sobreviver.
Tive medo da meia idade porque, com tantas responsabilidades, talvez não conseguiria vencer.
Hoje, com a experiência dos anos vividos, não tenho mais medos porque: nos medos de criança e de juventude tive mãos que me conduziram e, com os exemplos recebidos na meia idade, fizeram-me crescer, compreender e aprendi a caminhar.
Aprendi e rompi as barreiras dos medos e essas vitórias me deram confiança, maturidade e tranquilidade para dizer:
VENCI O MEDO!!! NÃO TENHO MEDO DE VIVER!!! PORQUE ANTES DE TUDO, APRENDI A ACREDITAR EM MIM MESMO.
Autor: Márcio Souza.
Um faz de conta que nada conta...
Nosso erro começa na infância, ah criança se tu soubesses!
Se tu pudesses ter uma amostra grátis aqui de fora, pediria ao Papai do Céu que nunca lhe deixasse crescer.
Aqui fora nada é tão bonito assim, na verdade chega até assustar.
Não é o país da Alice, nem tão pouco o mundo de Branca,
Aqui você percebe que nem toda dor se cura com Band-Aid, nem todo beijinho sara e quando casa não passa.
É criança, o mundo adulto é assombroso. Aqui você entende que mais dolorido que a palmadinha da Mamãe, é a agressão das palavras.
E que divertido mesmo é apenas a disputa pelo brinquedo mais novo.
Olhe pra cima pequena, veja, a crueldade das pessoas é do tamanho de tua inocência.
Se pudesses espiar aqui, tu não acreditarias, os adultos tem a audácia de transformar a pureza do sorriso em algo sarcástico, usar para machucar.
No mundo adulto minha criança, os monstros não moram mais embaixo das camas, eles se mudaram pra dentro de muita gente.
Sabe aquele tapinha nas costas pra desengasgar? Aqui é sinônimo de traição. Nem todo mundo que se aproxima é pra te ajudar.
Uma vez que aqui não tem atrás de guarda-roupa pra se esconder, colo da mamãe para chorar, quintal para correr, inocência para brincar. Aconselho-te minha criança, fique por ai por muito tempo, não tente adiantar e quando não houver mais tempo, peça a Deus sabedoria pra lidar como esse mundo tão diferente, que está acostumada a pintar.
Mistura dos tempos
Chorei rios de saudades e nostalgia
Pois despertaste a infância em mim
Voltei a ser criança, lembrei o que não devia
Ó vida nefasta! Porque me maltratas assim
Porque não me deixas viver o presente
Tão sem graça como sempre foi
Me recordas o passado mísero e indigente
Sem ao menos dizer; passado, oi!
Não me mistures as minhas tristezas
É suficiente o fardo que diariamente levo
Lhe afirmo isso e mais, com todas certezas
Conheço a paz mas somente a observo
Agora vida, basta de lamúrias
Não sei qual é a sua real intenção
Se é me treinar para viver nas luxúrias
Ou eternamente me magoares o coração.
A mera lembrança da infância assombra
A mera lembrança da infância assombra
procuro entender como me transformei no que sou hoje
como mudei tanto
a tal ponto de não reconhecer a mim mesmo
será esse mundo que transforma
será que minha mente se expandiu tanto que ampliou meus horizontes
será as companhias da qual tive nessa longa vida
será o ambiente da qual tive oportunidade de ser
será as coisas da qual presenciei que chocaram marcando minha alma como cicatrizes de uma ferida aberta
será que perdi algo nesse longo percurso que me marcou
algo que possa recuperar, ou um pouco que possa chegar próximo do que era antes
minhas origens chegam a mim ainda em memórias como pequenos flashes
como um vulto instantâneo que aparece e desaparece repentinamente
hoje existem várias massas de moldar por aí
massas ambulantes que estão em plena metamorfose que mudaram tanto que a capacidade de consciência está em cheque
sendo estes ficando cada vez mais dependentes de suas necessidades
agindo se de maneira qualquer sem ter noção das consequências de suas próprias ações
A capacidade de questionar está se despencando quase virando ruínas
extintas são mentes abertas que não se entorpeceram com as ações externas
vejo hoje um lua torta, um sol torto, uma terra torta,
com bilhões e bilhões de arvores tortas em plena ruína e em seu pleno desgaste.
Na minha infância
O bambolê era uma festa
Bambolês coloridos
Girando no corpo
Para frente e para trás
E em euforia
Confetes e serpentinas
Para iluminar
Para meus discípulos, reflitam...
- Todas as quintas tomo um café com um amigo de infância, aqueles que fazem a diferença. Hoje foi com um velho amigo, empresário do ramo de informática com várias lojas em todo o Rio de Janeiro.
Ao me despedi falei, abraços amigo, e uma boa tarde... Ai ele retrucou: ótima não, excelente tarde...
Pela manhã saio de casa e ao dar bom dia ao dublê de porteiro e pai, do edifício que moro, ele me respondeu: bom dia? Só se for para você.
- O vencedor sempre busca o melhor sempre, em atitudes, vontades e verdades...
- Já o perdedor, sempre tenta destruir seu dia, sua vida, seu ambiente, pessoas fadadas a transpirar o ruim e serem ruins.
Nunca deixem de ler a bula das pessoas a sua volta... Nunca
O silêncio reatou-me aos laços de infância, de pequenezes que fazem falta...
O silêncio que trago, carrega uma voz mansa, de menina que dança com ritmo inventado, de sobriedade invadida por estampas de borboletas, de brilho de girassol, de nuances sem destino.
A menina que sacode o silêncio, perpetua leveza, en(canta) com a penumbra do crepúsculo e ensurdece como a dama do mar, embala um som que enfeitiça esse silêncio, que jaz, eterno naqueles dias de ventos, desses varais da vida!
Infância
Na infância de hoje não há liberdade,
Na de antigamente você era livre para voar.
Na infância de hoje não há imaginação,
Na de antigamente você voava pelo ar.
Na infância de hoje não há diversão,
Na infância de antigamente ela corria livre e solta.
Na infância de hoje não ha brincadeiras
Antigamente nos escondíamos atrás de uma moita
Desta infância eu irei contar
Sem diversão, sem liberdade
E sem voar
Na infância passada, a vida era bela,
A imaginação corria solta
Sem passarinho preso em uma sela.
Por isso vou lhe dizer,
Na infância passada
Eu podia viver
Na infância, os olhos límpidos
vêem o mundo claramente
sem a catarata do tempo.
A fé no visto e no sonho.
A vida maior que a morte.
O corpo livre do peso
do vivido e não vivido,
do perdido e do não gasto.
Na velhice, os olhos turvos,
a opacidade do mundo,
a fé no que não se vê,
a morte maior que a vida,
recordações (e não sonhos),
algumas já desbotadas
ou outras reinventadas,
e as sensações prazerosas,
que o corpo já esqueceu.
VERSO BASE
Na rua que brincava
Tinha um pé de amora e
Um pé de limão.
Na infância, suguei o doce da amora.
Hoje, sugo o azedo do limão.
Escrevo então sobre o tempo e lembranças de uma infância conturbada...
Para nunca deixar morrer o que tem que ser posto a luz do dia, Porque eu vivo como vivo, como eterno inabitado homem
Perdido entre o passado e o presente de uma vida tão estranha.
O Tempo
O tempo passou
A infância se foi
E quando o novo tempo chegou
Não sei se gostei
Foi-se o tempo
Das brincadeiras na rua
Pic-esconde, queimado, pega-pega...
Ele se foi
Chegou um tal de novo tempo
Não sei se gostei
Não o conheço bem
Tenho de fazer algo!
Vou dar tempo ao tempo
E ver se conheço este tal tempo
Nasci, cresci, tive uma infância turbulenta demais, com sonhos a menos e responsabilidades demais, confundi o amor com uma falsa paz, tentei fugir do mundo e me esconder debaixo das asas de um homem.
Mas não me ensinaram que o amor é mentiroso,alias não me ensinaram o que é o amor...............
Sem ter ombros pra chorar me fortaleci, sem ter pessoas pra desabafar me calei, sem ter uma mão para segurar as amarrei, sem ter alguém para sorri me fechei.........
Esqueceram de ensinar que a vida poderia ser maravilhosa, que nunca esperei nada dela......
Eesqueci de mim, pois, o mundo não ensinou que para ser feliz bastava poucas coisas..............
Nem me lembro de quando foi o primeiro dia que sorri, e nem o primeiro dia em que amei um homem de verdade, pois na vontade de ser uma boa mãe e ensinar tudo isso a meus filhos, novamente esqueci de algo.....
Ensinar a mim mesma a ser feliz.......................
Impessoalidade
Depois de alguns anos já não tenho contato com meus amigos de infância . Mais tarde os amigos dos primeiros trabalhos já não sei por onde estão. a família , alguns morreram e outros estão distante por alguma razão - quase sempre financeira, pois a onde estavamos não encontraram trabalho . Hoje olho nas pessoas que me rodeiam e sinto-as estranhas . Mas percebo que nesse mudo em que a velocidade das informações e a impessoalidade é muito intenso não tem lugar para sentimentalismo . Então precisamos nos adpitarmos . como será isso no futuro ? Será que nossos netos vão nos chamarem de avos ou não vão saberem que existem famílias. Com tanta agilidade e impessoalidade as pessoas por força do sistema mudam de trabalho , lugares e até de famílias quando-lhes convêm.
Sonhos
É como a infância...
feliz e desprovida.
Inerte, inercia
Como um pássaro,
Livre...
Descompromisso com omundo
compromisso com riso.
Alegria de ver um amigo, risos
Sol, chuva, ventos, sorrisos.
Infinito ser
Não pensa;
Brinca.
Semblantes do entardecer
Sonhos...
Risos...
Vida...
Brincadeiras...
Sorrisos...
Sonhos...Sonhos
Rios de risos por fim!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nas grimpas
A minha desatenção justificada acompanha-me desde a infância, lembro-me das férias prolongadas do final do ano, onde ia visitar meus tios no interior. Andar de ônibus era coisa rara e entretida na paisagem, não me dava conta do tempo passar.
Ecoam vozes no sitio da infância, o frescor das matas, o barulho das águas, o pó da estrada, fazendo companhia das charretes, carregando gente. Costeando as plantações de soja, milho e trigo. O que dividia as propriedades eram as cercas farpadas, onde atravessávamos sem muito esforço.
Sob as inúmeras recomendações da mãe, os cuidados para não me estender no sol, na grama e na vida. Pedia licença até para respirar o ar puro. Por lá me aventurava nas singelas brincadeiras, sentávamos em uma reforçada tábua de madeira e empurrados descíamos potreiro abaixo.
Colhíamos as frutas das grimpas, pitangas, amoras pretas e ameixas. Sentada na sombra do Plátano, ao longe avistava o Rio Uruguai, o pensamento atravessava a fronteira de caíco, remava contra o tempo.
Atentamente observava a lida, a terra talhada em frisos, às sementes lançadas e após alguns dias germinadas. A horta cuidada por mãos zelosas, no ar o cheiro de hortelã. Na frente das casas jardins coloridos com dálias, gérberas e margaridas.
O dialeto diferenciado do povoado me intrigava. Algumas palavras a minha imaginação completava. Há lenha de reserva, enquanto as brasas queimavam, as histórias folheavam páginas ao pé do fogão. Ainda guardo no paladar os sabores da infância. O bule de leite e café fervia e perfumava o lugar, a mesa posta com pão de milho e geléia natural.
No território da alma, o tempo lavrou, adubou a terra, germinou flores de rara beleza, onde perfumam os meus silêncios até o momento...
Uma época da minha infância dizia que queria ser veterinária, depois de um tempo sonhava em ser a garota do tempo
Agora cá estou eu querendo ser mais alguma coisa que não sou. Ah, hoje em dia não sou nem veterinária e nem a garota do tempo.
Quem eu sou? Talvez eu porderia responder-lhe essa essa pergunta, mas não acho bom falar sobre mim.
Poderemos falar sobre o tempo, que tal?
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