Poema de Pobre
- Meu amor disse que sou feia
Mais feia, eu não sou
se fosse amor, Eu não seria feia
Eu não seria feia pro meu amor
- E Pediu com dor no peito
A Deus nosso senhor
"a beleza de uma rosa
Das rosas, pro seu amor"
- Oh Deus, amado Deus
Deus meu salvador
Eu só quero ser bonita,
pois bonita eu não sou.
Que eu não tenha que comer flores
Pra ser Linda pro meu amor
- O pedido Deus não ouviu
Ou só mesmo ignorou.
Ontem quis amar a feia
A feia que machucou
Disse: "O meu amor é perfeito"
Mais Amor perfeito escolheu ser flor
Feia por ser Branca, rejeitada por outra flor
Pobre rosa sempre foi linda
Até chorando por seu amor
Diferente das outras rosas
Hoje é Beijada por beija-flor
A carreira do rico é para ficar mais rico,
a carreira do pobre é para sobreviver
e a carreira do sábio é para aprender
a viver a vida com equilíbrio.
Sabe por que a maioria dos pobres
são mais felizes do que os ricos?
— porque eles reconhecem que a sua família
é a sua maior riqueza.
Vagando sem rumo eu estive, ate te encontrar
Então tu me deste tua mão, me oferecendo salvação
E eu me erguendo pouco a pouco fui acreditando
E finalmente consegui me manter de pé
Diante de tua presença tão tímida
E teu corpo tão quente
E os dias foram se passando, e aquela vontade só aumentando
Então eu fui caindo, pouco a pouco
Voltando ao mesmo lugar
E tuas mãos tão distantes para tocar
E assim me afoguei e me prendi de novo
Aos meus medos do passado e meus receios
Pobre alma miserável deixada para sofrer
Quando seu desejo era apenas viver.
NOBRE POBRE
"Cidade satélite, um bairro sideral. Morada de (q)uês, (n)adas e (M)arias. Lotes amplos, harém retangular. Área nobre, de reis e abacaxis. Nesse, nove quartos de dormir. Banheiros equivalentes, suítes para todos os dezoito que ali residem. Os que ali residem: condôminos. Assinantes fiéis de faixas amarelas que anunciam, mensalmente, aluguéis. Desfrutam, uma vez ao dia, de seus chuveiros mornos. Jornada nas estrelas com mais de 12 horas - desfrutando o chuveiro dos próprios poros. Suor sem racionamento. Domingo, quinta e sábado não tem água. E a desafortunada que carrega o subúrbio na sua genética, em seu extinto de sobrevivência, sempre soube o que era economizar água e choro. A esmoleira de Direitos, generosamente, se põe a exemplo. Amanhã, acordará cedo, pegará os caminhos do carma. A água voltará meio dia, mas na casa da patroa vai dar para enxaguar os olhos. 'Clarinha' - a cadelinha - vai pro banho-tosa e as crianças para a natação. Com mais três giros no terço, logo Ave Maria manda a noite e voltemos para o nosso barracão. Lugar onde o luxo é ilícito e, água, também entrou pra oração."
Todo Invejoso é um pobre de espírito !
Não vive ... Engana e Vegeta.
Quer a todo custo ser o outro.
Deus nos livre!
Mentira
Injuriado, pobre homem,
caluniado pela lâmina da mais afiada justiça
de pente fino,
pobre homem...
destino que cuidas desse ser.
E que em um mágico dia seja manumito
e seja banhado pelo sangue de teu próprio corpo esbanjado.
Agora tarda...
desvendas tarde...
tal homem injuriado.
Lúdicos sonhos pulverizados ao vento,
devaneiam na mente de cada mentiroso,
que perpetuam de remorso, a cada ato cometido,
são extasiados pela fadiga da veridicidade, quão vorás rancoroso,
não raciocinam por cada ato violento.
Homem calculista, somos todos nós,
a mentira não é mais mentira,
tão sega a sociedade,
quão hipócrita a língua,
de pouco a pouco asilam
essa outra realidade
Era um pobre homem, a única coisa que tinha eram seus bens...
Trabalhou desde cedo, nunca se questionou, sempre tocou a vida do jeito que deveria ser: nasceu, cresceu, trabalhou, trabalhou, trabalhou, e trabalhou!
Seus méritos eram medidos pelo dinheiro, e se era assim que a vida deveria ser, seria! Não importava o meio, o fim era o dinheiro...
Assim este pobre homem viveu... Apressado e pegando todo o santo dia o mesmo trajeto, que era mais rápido para não ter desconto, qdo era trabalhador e, quando virou chefe, pra não dar “moleza” aos seus subordinados.
Os anos foram consumidos, os amigos perdidos, mas o tempo...o tempo foi completamente...Trabalhado!
E quanto mais trabalhou menos se reconheceu... E longe de si e de seus pensamentos, adquiria cada vez mais e mais e mais e....
Era, como alguns diziam, “bem-sucedido” na empresa, mas um joão ninguém pros que estavam fora dos limites de seu trabalho...E com o cansaço consumido pelo tempo, perdeu a miopia da ambição, passou a questionar o seu papel no mundo... chamam isso de crise existencial, ele estava em crise! Tinha recursos suficientes para bancar tratamentos psicológicos, mas não tinha vivalma para lhe oferecer a camaradagem dos ombros...
Não há luxo que sustente uma cabeça vazia.
O pobre e podre homem.
Quanto mais o conheço,
Menos me identifico,
Nada o entendo,
Mais me esquivo.
Complicado e reclamão,
Onde o copo sempre lhe parece meio vazio,
Pragueja contra o próprio irmão,
Não entende que o copo está é meio cheio,
Diz que não quer o caminho errado,
Mas segue tropeçando nos mesmos erros,
Acha que no último segundo receberá o perdão,
Os portões do paraíso lhe abrirão por inteiro.
Segue orgulhoso e soberbo,
Como se o mundo lhe devesse favores,
Mal sabe que o mundo cobrará seus erros,
Suas maldades, descasos e desamores.
Reclama que a vida é só desafio,
E que o bom seria que tudo acabasse,
Se esquece dos velhos e das crianças,
Que esse final dolorido eles não merecem.
Pobre rico homenzinho,
Que quer o dinheiro como seu deus,
Se esquece que o futuro à Deus pertence,
Faz o sinal da cruz, mas é um ateu.
Saiba que o troco ja está sendo dado,
E a cobrança é da própria natureza,
A frase que cabe pra este momento,
Cada cabeça uma sentença.
Labios secos e rasgados,
afastados e incisivos caidos.
E os restantes enferrujados.
Olhos soltos do seu interior,
pele enrugada e casposa:
este e' o retrato do pobre feliz!
Íntimo Dado (A Senha)
Cada vez que gritam: pobre!
me assusto. Recuo ao canto
mais perto do rés do chão.
Negro, fico sem cor.
Fúria, fico sem fala.
Pois sei que as balas dos patrões,
que as balas dos políticos, da polícia
correm atrás de mim sem-terra,
correm atrás de mim sem-teto,
correm atrás das minhas razões
por esses labirintos finitos
enredados de justiça e democracia,
só para eu sair nos jornais,
morto na foto,
sangue vazando pelos ouvidos.
Toda vez que eles gritam: pobre!
é a tortura, é o estampido, é a vala.
É a nossa dor que tranquiliza os ricos.
Alô rapaziada... tem de antenar o dia:
o vento que venta lá, venta cá.
Tem rico que ganha muito, e trabalha pouco.
Tem pobre que ganha pouco, e trabalha muito.
Tem rico que ganha muito, mais é pobre.
Tem pobre que ganha pouco, mais é rico.
Tem rico que já nasce rico, mais fica pobre.
Tem pobre que nasce pobre e fica rico.
Tem rico que nasce pobre e fica pobre.
Tem pobre que nasceu pobre e rico e rico que nasce rico e pobre.
Tem rico que é tão pobre que não sabe o que é ser pobre.
Tem rico que trabalha tanto para ser rico que esquece de ser pobre.
Tem pobre que na sua na sua humildade, se torna rico.
Tem pobre que já teve a oportunidade de ser rico e preferiu ser pobre, mesmo aceitando ser rico.
Tem rico de daria um pouco para não ficar pobre e pobre que dooa tudo para ser rico.
Então decide. Não há coincidência onde nada coincide
Vai buscar na sua essência e ver se nela cê reside
Se agride, descobre, a verdade não se encobre
É do pobre todo ouro, e na sua mão só vejo cobre
Nas ruas anda perdido
E não tem onde dormir;
Muitos chamam-lhe bandido,
Outros tentam-lhe fugir...
in VERSOS - Trovas e Sonetos
Não! Isso não é discurso!
Discurso me lembra um velho russo ao falar de armas e maioridade num país sem norte, só polaridades
Fato: todo pobre já vai nascer preso
E pra ser morto não existe idade
Já fui tolo em acreditar que viveria só de escuridão,
Mas acontece que eu estava pobre de coração.
Agora com o coração cheio acredito que para
A escuridão nunca mais irei voltar.
Um homem com o coração cheio se contenta
Com a vida e com o ar que respira.
Um homem com o coração cheio
Ama a vida e espera o melhor dela.
Calcula, minha amiga, que tortura!
Amo-te muito e muito, e, todavia,
Preferira morrer a ver-te um dia
Merecer o labéu de esposa impura!
Que te não enterneça esta loucura,
Que te não mova nunca esta agonia,
Que eu muito sofra porque és casta e pura,
Que, se o não foras, quanto eu sofreria!
Ah! Quanto eu sofreria se alegrasses
Com teus beijos de amor, meus lábios tristes,
Com teus beijos de amor, as minhas faces!
Persiste na moral em que persistes.
Ah! Quanto eu sofreria se pecasses,
Mas quanto sofro mais porque resistes!
O nosso HUMANO nascer…
Em nós, todo o nascer, filho de um POBRE;
Sempre teve um, destinar, pra servir;
Vamos por tal retirar, tal sentir;
Vamos em tais, implantar um mais nobre!
Vamos apostar mais, na educação;
Levando-a a todos, em nós, pobrezinhos;
Sentindo-os, humanos, não coitadinhos;
Pra acabarmos, com tão má criação.
Má criação, num tão roubar, a pobre;
Lugar ao sol, na sociedade;
Pra esse mesmo entregar, a um qualquer rico!...
Por ERRO, que não tem nada de nobre;
Por não ter, o respeitar, da IGUALDADE;
Que existe em nascer, com; ou sem penico.
Pela em nós, igualdade de direitos e deveres;
#O #TREM
Soavam 5 horas da manhã...
No ar um cheiro forte de café fresco...
Um pão banhado na manteiga...
Badalo de um sino...
Um dia um trem passou por aqui...
Levava e trazia as pessoas...
O túnel dava seu ar de mistério e medo...
Em bons tempos de criança...
Caminhando sobre os trilhos...
Tanta busca da felicidade...
Tanta gente simples...
Outras tantas humildes...
Muitas cheias de vaidade...
Hoje tudo só é saudade...
Carregou gente pobre...
Carregou gente com dinheiro...
Carregou imperador...
Escravos e fazendeiros...
Levou e trouxe amores...
Para a guerra partiu...
Muitos foram e não voltaram...
Muitos ninguém mais viu...
Gente feliz de verdade...
Coração banhado em bondade...
Lenços acenados...
Belos olhos marejados...
De corações apaixonados...
A viagem, se longa, não sei...
Mudar o rumo, talvez...
Será sempre um passeio viver...
Conduzir e ser conduzido...
Dar à vida...
Um sentido...
De poder ter existido...
De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Um trem hoje parado...
Já passou por aqui...
Nunca desista...
Sandro Paschoal Nogueira
Mas uma coisa não muda, meu interesse nunca é o seu.
A briga não é do rico contra o rico, mas plebeu contra plebeu.
O pobre prefere ser capacho do rico em vez de unir-se aos seus.
