Poeira
Um dia você será honrado, não importa a poeira de inveja que caia sobre ti. Respire, Deus costuma enviar a chuva para fazer a limpeza.
Gente: um pinguinho de poeira das estrelas, perdida nas próprias ideias e sentimentos, que se sente capaz de mudar um universo.
Crônica: A Poeira na Varanda.
A poeira na varanda é testemunha silenciosa de um tempo que deixou saudades.
Naquela época, a cidade era pequena, e a vizinhança era uma grande família. Todos se conheciam pelo nome e sobrenome, e os compadres e comadres se encontravam na missa de domingo.
Era um ritual sagrado, onde as famílias se reuniam para uma boa conversa, um dedo de prosa, enquanto o sol se punha no horizonte.
A cidade, com suas poucas ruas, era um lugar onde tudo estava ao alcance. Da padaria ao bolicho, do pequeno mercado à farmácia, tudo era próximo. A vida rural era pacata e cheia de simplicidade. Nos sítios e chácaras, criava-se de tudo.
O leite fresco chegava à porta, e as frutas e verduras eram colhidas no quintal, fresquinhas e saborosas.
As famílias eram grandes, compostas por avós, tios, tias, primos e padrinhos. Todos conviviam em harmonia, e aos finais de semana, a festa era certa. Sempre havia um motivo para comemorar, seja um aniversário, uma colheita farta ou simplesmente a alegria de estarem juntos.
Era um tempo de vida calma, cercas baixas e muros que não escondiam os vizinhos. Todos se cumprimentavam com um bom dia, boa tarde ou boa noite.
Hoje, resta apenas a varanda empoeirada e as memórias de um tempo que deixou saudades. A poeira, que se acumula lentamente, é um lembrete constante de que, apesar das mudanças, as lembranças daqueles dias continuam vivas no coração de quem os viveu.
"Moro debaixo da marquise
Do prédio que você mora!
A poeira é quem me veste!
Sendo o vento meu amigo!
‒ E a chuva?
‒ Colabora!
‒ Levando seu escarro poluente!"
Rogério Pacheco
Poema: Que vou - Em vão!
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Grandes batalhas levantam muita poeira,turvas o campo de batalha e os generais não enxergam o que está acontecendo.
____"Mera partícula de poeira cósmica pensante, em luta consigo mesmo. Eis, o animal falante que se acha pensante, autoproclamado 'humano'"
Essa poeira que arranha a face,
somos pó, somos nada.
Hoje estamos aqui, fazemos questão de muitas realizações, mas somos poeira ao vento.
Todo dinheiro não prorroga o tempo,
somos pó em algum momento.
Ontem foi você, amanhã serei eu
Não há como fugir do tempo
Há tempo de chegar e fazer acontecer
Há tempo de partir.
Somos poeira
Somos vento
Ele não perdoa
É justo juiz
Não há melhor hora
Ele chega no seu tempo
Poesia de Islene Souza
Deixa o tempo passar, a poeira baixar.
Novos risos, alegrias e recomeços felizes.
Esse aliado amigo não falha , passa rápido demais e as lembranças são cruciais.
Frase de Islene Souza
Como areia do tempo
Tudo passa, a vida flui como o vento na poeira do tempo nossas conquistas ficam para trás
Tudo passa
Vivemos perseguindo um lugar ao sol, almejando brilhar no palco da vida, o sol resplandece e se esvai e as conquistas continuam sob a luz do luar, cercada da esteira de brilhantes estrelas que pontuam o céu do luar
Mais um dia vem, e mais um dia vai é tudo passa
Passa as criancices acompanhada da adolescência e na velhice olhamos pra trás, tentando entender porque chegamos só até aqui? o que faltou pra avançar mais? e constatamos que
Tudo passa
Ajudamos e somos ajudados na trajetória da vida, buscando sempre o caminho míope do sucesso que demora a chegar e quando chega, nos damos conta que fizemos grades esforço e sofremos por quase nada, pois
Tudo passa
Muitas vezes vencemos batalhas sem guerrear e não damos valor, reclamamos por coisas fúteis, ficamos tristes por conquistas não concretizadas e esquecemos de agradecer por livramentos imerecidos, pois nem sempre o que queríamos seria bom e mais uma vez
Tudo passa
Passa a chuva, passa o sol passa a tempestade e junto também passa a vida é tudo que foi conquistado fica pra trás registrado nas páginas poeirentas das areias do tempo provando que
Tudo passa
Não importa se viemos tristes ou alegres, se somos dedicados ou largados, isto não diz nada pra o tempo que não para e independente da sua destreza ou inercia
Tudo passa
E quando o fim chegar, é ele chega para todos, olhamos pra trás em retrospectiva e nos orgulhamos daquilo que fizemos, mesmo sabendo que de mãos vazias chegamos e sem nada partimos e mais uma vez
Tudo passa
Se tem tristeza passa, se tem alegria também passa, se tem riqueza ou pobreza isto passa, pois não existe dia sem sol nem céu sem estelas, a noite vem e o dia chega jogando raios de luz na escuridão e assim como um espelho a realidade é refletida sobre as sobras
Tudo passa
O amor que foi tanto desejado uma hora, estará pertinho de você, eL já não é tão desejado assim, o tempo tem destas coisas e nos prega peças, mostrado que tudo perde o valor e sentido e assim
Tudo passa
Tudo passa na ampulheta do tempo, tudo flui, tudo se esvai, tudo fica pra trás, como areia do tempo.
Já comi poeira, chorei em silêncio
Aprendi com o tempo que a beleza dá Na Fulô do campo no abraço fraterno no riso sincero, no brilho do olhar...
Vazio Consumista
Mesmo tendo tudo, sentem-se como se nada tivessem. Conquistas são poeira ao vento; no horizonte se esvaem.
Desencontros internos, entre o ser, parecer e ter, erguem muros. Expectativas não cumpridas, sonhos naufragados, sentimentos afogados jazem.
Pressões sociais, padrões a seguir, na busca frenética pelo que se deve possuir.
Traumas e cicatrizes, marcas do passado, no presente, um grito abafado que faz deprimir.
Consumo desmedido, tentam em vão encobrir o vazio existencial que faz parte do existir.
Quando um dia eu for poeira e for a minha despedida, tratem-me da mesma maneira que me trataram nesta vida.
Um dia eu serei
poeira no ar
gota de oceano no mar
brisa da madrugada
luz apagada...
do tudo um quase nada.
Um dia serei
o que não sou mais
ausência de tudo
suave mistério
a envolver tua falta de paz.
Então, enquanto ainda sou
Aproveita tudo de mim
Suga de mim esse oceano sem fim...
enquanto ainda sou...
... um dia apenas serei
vaga lembrança de que um dia fui,
de que teu caminho atravessei.
Pó... poeira no ar
Por que segregas?
Por que classificas?
Achas que assim o fazendo
melhor tu ficas?
Não, não és o melhor...
Tampouco o pior.
És tu igual...
a todos os teus iguais...
És simples (?) molécula.
És parte do todo...
e como tu... assim são todos.
O oxigênio que estás a respirar...
é o mesmo que há bilhões de anos
a Terra está a rodear.
És tu só mais um respirante.
Um mero passante...
Solitário caminhante...
Desse velho oxigênio...
só mais um sugante.
E segues altivo...
Num eterno separar, apartar... segregar... isolar...
A inspirar... expirar... inspirar... expirar...
Inutilmente... se pensares bem.
Nem todo o esforço do mundo
Vai evitar... que, como todos os outros,
Tu vires poeira no ar.
Unido a todos os outros a eternidade tu vais passar.
Poeira estelar.
Céu noturno
Pra onde se dirige meu olhar.
E fico a me perguntar: de que partícula sou... como aqui vim chegar?
Mergulho profundamente nos processos cósmicos que moldam este mundo...
Vou em busca de respostas...
E vou até o fundo.
Chego à minha raiz – nuvens cósmicas gigantes... as nebulosas.
Entrelaçaram-se elas num balé cósmico.
Chegam a um frenesi sem igual.
Explodem numa explosão fenomenal.
Olho o céu noturno.
Em busca do meu passado.
E repito sempre palavras que em algum lugar li: “eu, universo de átomos, um átomo no Universo”.
É estranho estar aqui agora simplesmente a fazer disso versos.
Todas as coisas importantes residem dentro de mim, moram em minha alma. Bem longe da especulação alheia. O que a maioria vê são pedaços do ego e poeira das cenas.
"Não durma perto da estrada que as poeiras irão sujar seus sonhos. E aconteceu. Mas eu..., eu sempre gostei de poeira porque me traz ilusão dos caminhos que não conheço".
(Na berma de nenhuma estrada)
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