Pessoas Nostálgicas
Sangrando
Sinto saudades das palavras que não foram ditas,
Sinto muito pelo silêncio nostálgico do tempo desta vida.
Sinto a lembrança perdida, no ato do pensamento bandido,
banido e retido nas fronteiras do invisível.
A saudade é uma arma que não discrimina o tempo não vivido
relata, reclama, cobra da memória as experiências
inventadas pelo coração, emoção.
Sinto por mim, sinto por ti
a perda, o dano, a solidão
o engano.
AGRADO ..
Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado
Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado
Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento
Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG
O berço da passagem pela Páscoa, nos leva a nascer no interior da nossa nostalgia e, sensíveis por um amanhã feliz, acreditamos que o amor nos transforma em estrelas candentes.
Se for sedentário mude
não se entregue a nostalgia
viver bem é uma virtude
pra quem tem sabedoria
e pedalar faz da saúde
a sua fonte de energia.
Lembranças
Sinto saudades do tempo que já passou, na qual hoje se torna uma nostalgia
Saudades de pessoas que quando estávamos juntos tínhamos sinergia
Bons momentos e total alegria
Aonde o tempo levou para longe
E hoje somente em nossas memórias revivemos
E lamentamos
Choramos
E relembramos
Às vezes somos fortes e superamos
E outras às vezes apenas lembramos
Vejo meus alguns se aposentando e ate meu starters envelhecendo e a nostalgia acompanha a evolução do que só almejamos ter encontro do passado ao nosso presente...
Esta sensação terrível de que me perdi, me faz um bem nostálgico. Foi aqui que as experiências muitas, me fizeram quem sou.
Mas, quem sou? Outra questão.
Sou questão, não outra.
Sou questão de mim
Por que que os rostos
voltam em momentos outros
e a saudade se evidencia
como verdade?
Devaneios
És reclusa em minha mente
Tua ausência me causa nostalgia
Quero-te perto de mim constantemente
Minha pequena poesia!
Conduzes o meu pensamento
Vivo no desespero o dia inteiro
Sinto teu cheiro em qualquer momento
Ah!...
Minha alma entrou em Devaneios.
Tenho meu mundo
P'ra lá contigo me mudo
Meu amor...
Eu assumo...
Meus sonhos têm asas
P'ra o teu coração é o meu rumo.
Minha alma é viajante
Com tua imagem deslumbrante
Pousamos em uma bonita paisagem
Mas...isto é apenas miragem.
A nostalgia é uma emoção perigosa, tanto porque é impotente agir no mundo real e porque se transforma tão facilmente em ódio e ressentimento contra aqueles que levaram nosso Éden de nós.
A nostalgia é uma emoção perigosa porque se transforma facilmente em ódio e ressentimento.
Nota: Trecho de uma citação da professora e escritora estadunidense.
...MaisEsfera do Pensamento Abstrato
A orquestra regida por um maestro bêbado, 25 anos vivendo nostalgicamente no passado, e também, na esperança de viver no futuro. Ficamos glorificado o nosso passado, nossa época de criança e com sentimento de esperança de ter um futuro próspero, sem ao menos aproveitar nosso presente.Muito bom para mostrar que a profundidade nunca fugiu de nosso tempo, é que a profundidade está em cada indivíduo e quando o indivíduo acredita que não existe profundidade em seu tempo, naturalmente é o indivíduo que não é profundo e se emerge no raso de sua própria imagem margem, passiva.
QUANDO
Quando poeto o amor, as saudades são
estórias n’alma, nostálgico sentimento
a sensação de cada passado, momento
a doce quimera dos tempos que se vão
Quando poeto o amor, saudade em vão
é que nada importou, apenas o fomento
gemido de ocasião, sem um juramento
amor que é amor fortunas no amor são
Quando poeto o amor e, existe um vão
a poética chora, e a recordação aporta
lastimando aquele sentimento tão são
Ah coração, o amor, o que mais importa
um olhar, carinho, o que bem comporta
são versos de amor, que na poesia vão! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 30/07/2021, 06’06”
Nostalgia
Como alguns cheiros e sabores nos são vivos na memória. E como eles fazem nossa memória viver. A memória é como um músculo involuntário que tem espasmos quando ativada - ela não tem controle. Ela simplesmente reage quando um de nossos sentidos a ativa.
Aromas, sons, sabores, frases, dores... vamos colecionando momentos e sensações pela vida e é mágico quando inesperadamente aquela lufada de sentimento vem à tona.
O cheiro do encontro do alho refogado com cebola tem o aroma de uma tia querida que já se foi. Hoje senti essa saudade ao cozinhar. A sinto sempre que refogo alho e cebola. Mas tem que ser na sequência certa: primeiro o alho e depois a cebola. E ela me vem à mente. Me sinto em sua casa, perto da hora do almoço, sentindo aquele cheiro que vinha de lindas panelas de inox enquanto estava sentada na mesa conversando, jogando videogame ou lendo um livro. Consigo ver e sentir o sabor do arroz que vinha depois desse cheiro.
O sabor de torrada com requeijão e queijo, acompanhada de suco de uva com leite de soja tem o gosto de um amor que tive. Por muito tempo esse foi o nosso café da manhã. É inconfundível. E mesmo que eu coma apenas a torrada com queijo e requeijão, o sabor do suco de uva com leite de soja vem à boca. Incrível. Tem gosto de tranquilidade. De dormir escondido. De companheirismo. Tem gosto de saudade. Saudade de ser compreendida com um olhar.
Kaiak e Horus me lembram alguns homens com quem me relacionei. Amava o primeiro. Era um perfume que adorava cheirar no pescoço deles. Meu primeiro namorado tinha esse cheiro. E hoje esse cheiro me lembra de uma época quando meu mundo era limitado e eu estava apenas começando a viver.
As melhores memórias são ligadas a felicidade, a amor. Seja de uma tia, de uma mãe, de um homem ou de uma mulher. Colecionamos sensações com passar dos anos e das pessoas. Nos relacionamos com o tempo. E sempre esperamos que ele passe. Ou não.
É na tinta e na tela e no papel e na palavra que destruo a nostalgia e alargo os olhares. É essa mãe chamada Arte que me rouba o tempo de chorar.
Ao longe, solitária,ela dança...a sua última e mais bela dança. Dança nostálgica e leve entre montes,castelos e florestas imaginárias. E atando-se loucamente a um último fio frágil de esperança ela dança como num sonho doce de criança. E mesmo no auge de sua agonia mais pura ela ainda consegue dançar com ternura. Dança prá lá. Dança prá cá. Jogando as pernas, balançando os braços... E a cada movimento ela se desfaz em milhares de pedaços que ao vento vão se espalhando. Ela vê anjos ao seu redor enquanto dança frenética e aflita. Dançando, ela chora, ri ,e o seu coração se agita!... O corpo dança. A alma grita! E assim ela dança em descompassados movimentos cheios de uma dolorosa lembrança a sua última e mais bela dança!...
Tudo o que eu tenho é a nostalgia que vem de uma vida errada, de um temperamento excessivamente sensível, de talvez uma vocação errada ou forçada etc.
