Pedaços de Mim
Vaso de barro
Quebrei-me nas mãos do oleiro.
Dos pedaços de mim desfeitos,
do insignificante barro.
foi feito um novo vaso
"Pedaços de mim estão por toda parte, ainda tentando se juntar desde que te entreguei meu coração."
Pedaços.
Tenho pedaços em mim
Que não se conformam em juntar-se
Sigo em pedaços sem mim
Quanto aos que deixo perdidos
O velho e incansável tempo
Cuida de reciclar
.
Sinto-me levado pelos amanheceres desta vida
Onde o anoitecer não me traz o confortável sono
Minhas pálpebras se recusam a abrir as janelas de min'alma
Um náufrago de meu atlântico leito,
Sem a certeza de que haverá um chão para pisar
Pedaços de mim vão ficando pelos caminhos
Ainda falsamente consigo sorrir
Meu caminhar é leve
Árduo de um completo vazio
De um coração amante.
Mas ainda lembro, lembro sim
Do sorriso que á muito perdi
Está na distância de meu olhar
No impossível de minhas mãos
Nas águas de meus olhos
No silêncio de minha dor.
Não serei pedra sem mover,
Água de um lago
Mas um rio de fortes águas
Renovando meus dias
E de novo encontrar
Pedaços...
Que faltam em mim.
José Henrique
Pedaços de Mim
Minhas curvas convocatórias de inveja e desejos insaciáveis
Meu rosto que com um sorriso respondia a quem bem me abordava
Minha saia cumprida de pouco pano que minha auto-estima aumentava
Minha cinta fina que ao ritmo da marrabenta dançava
E meu lindo corpo que ao som da guitarra tocava
Malditos!
Malditos os dedos que nas minhas curvas a mão passaram
Malditos os seres que no meu rosto a felecidade afugentaram
Malditas mãos que minha saia de pouco pano arrancaram
Malditos braços que minha cinta fina agrediram
Malditos corpos que na minha guitarra sons sem arte tocaram
Malditos!
Quando quebro, viro vários pedaços de mim e me espalho ainda mais (só) pelo que é chão. Quando quebro, viro mais de mim. Se inteira já sou tanto, imagina sendo tantas com mais opção.
PEDAÇOS DE MIM
Ao longo da vida eu morri muitas vezes,
matavam-me mesmo talvez sem querer.
Como uma fênix, o meu ser ressurgia das cinzas,
mesmo assim, faltavam pedaços de mim.
Eram insinuações endrôminas que me atingiam,
como gládios, palavras me feriam e fazia sofrer,
alanceado, rios de lágrimas de minha face desciam,
formando lagos de angustias ao escorrer.
Se de um lado, a regurgitação queimava o corpo.
do outro, o fogo da paixão me alimentava o ser.
Benditas as mãos do amor que me retiraram do poço,
acolhendo-me, dando carinho e eu voltei a viver.
Hoje restabelecido por uma grande fonte de amor,
incondicional, esse sentimento me toca.
Assim, insinuações não mais me causam dor,
nem palavras tiram mais pedaços de mim.
Airson Oliveira
Poucos conhecem-me
por inteiro,
deixo pedaços de mim
nos lugares que passo
nas pessoas que conheço,
momentos marcados
por falas e gestos,
acertos e falhas,
ganho apreços,
alguns de mim,
não se agradam,
mas é deste jeito
que minha essência
tem sido preservada.
Pedaços de Mim,
Pétalas de um Flor,
Sofri e com fé e amor, resisti
faz parte de quem eu sou,
graças a Deus, sou feliz
e tenho muito a agradecer
já floresci e ainda hei de florescer.
Derramei pedaços de mim a noite e outras horas, estrebuchei sentimentos o dia e outras horas, por pequenos minutos lá num fundo qualquer do horizonte via-se a aurora. Naqueles instantes esquecia por eternidades findas as dores, sorria por não sentir o meu corpo morrer por milhares de segundos
Mas tarde lamuriei com quantas forças fui ter, quando elas voltaram sem se importar, com canções de pranto, afinal não as esqueci, o dia me enganou e o horizonte também, elas andaram guardadas algures nas esperanças e agora as vejo na dor exposta, vejo os seres desejosos de dor, vejo-a na multidão gulosa por dor, e eu me sinto nu, num mundo sem vergonha
Ninguém se importa com as minhas ou outras lágrimas, a dor transparece e ninguém finge acalma-la, ainda ansiamos por ela a todo vapor, ninguém finge ao menos fingir, ninguém nota ou vai notar. A minha mãe disse que nasci a sorrir ao invés de chorar, sempre sorri o para o mundo mudar, hoje guardarei como se alguém quisesse roubar
Que mundo, o meu mundo morre todos os dias com a noite, naquela noite morri mais de cem vezes, todos os dias mato cada pedaço de mim e o mundo vai morrendo por vários lugares e eu com ele, nas noites eu e ele morremos mais ainda sem olhares para se compadecer, nem a lua finge se importar. E não sei porque volto a sorrir!
Sorri, tens dentes lindos. Sorri o teu rosto fica lindo... e as baboseiras vão enchendo os ouvidos, cada minuto nutrido por frases feitas para sorrir e para vidas desfeitas, a vida morta a desfalecer por dentro, por dentro só eu a vejo então morro, e quando a noite chega, os minutos correm de pressa para nós ver morrer
Não é a solidão da noite, não existe tal coisa estranha, não é a covardia da noite, não é a compaixão da noite, é a cumplicidade da noite para puder morrer em paz, nos gritos de dores prontos para desligar a eternidade causada por um espaço longo sem se ver, sem se importar e poder ler tudo que o mundo chora para dizer
Sorri... Sorri... porque mesmo nos banhos de lágrimas, ninguém se vai importar. Se chorar vai te acalmar, chora sem olhar ao redor, o mundo fechou os olhos para não amar, porque contigo ninguém quer chorar, ninguém quer se angústiar, vá para longe o mais longe que poder que a noite te ouça e convide para funeral do mundo e mergulhe para o seu interior
EU ASSIM
Fiz pedaços de mim e me distribuí inteira.
Já não sou mais sozinha.
Em cada canto da cidade eu existo,
Eu resido,
Eu vivo.
Sou assim:
Metade inteira e metade completa.
Não sou por acaso.
Sou o meu próprio suado.
Sou o meu intenso,
O meu avesso e o meu relento.
Em cada parte que me dou,
Eu penso
Em ser um pouco do que sou
E do quem já não estou.
A quem me entrego inteira
Sou a história primeira.
Sim!
Sou essa mesmo, assim:
Assim meio eu,
Assim meio outra,
Mas verdadeira,
Faceira
E louca!
Nara Minervino
Pedaços de mim
Perdidos no tempo
Flores de girassol
Pedaços de mim
Outrora no vento
Hoje no vendaval
Pedaços de mim
Romance que arrisco
Todos escrevem sobre o meu amor
Certos que daí lhe virá a fama
Deixaria no mundo a minha pegada
Ou pelo menos terei uma placa na rua
Quero ser incógnita
Sem alarmes
Escrevo so para MIM
Escrevo com alma
Esperava guardar segredo,mas o assunto era delicado
Não escrevo so por escrever,as palavras me escolheram para as transmitir para aqui
Assim serei única,apelativa, surreal,sempre com os meus segredos
Tal e qual como uma lista de restaurante,basta pedir...comer e calar.....
(Adonis silva)02-2019)®
Poesia feita no coração pelos teus beijos
lábios e boca que eu tanto amo
pedaços de mim perdidos nos teus braços
rastros do meu corpo, onde deixaste sinais.
Lágrimas tortas, mortas, escritas na alma
amor ardente, frio, morto de repente,
renascido no cais, mergulhado, reinventado, transformado
sinto o teu cheiro, perfume, aroma no meu corpo gelado.
Beijos selados, marcados, quentes, suaves,
sussurras palavras ao meu ouvido de amor..
és um jardim, uma flor perfumada, sou o teu sangue
a tua metade, somente nos teus braços sou feliz "dizes tu"...!
A, os velhos pedaços, os velhos pedaços de mim que outrora levaram formariam um belo quebra-cabeça se fosse de sua importância copiar e unir tais pedaços, e claro, quando unidos a moldura de sua armação, mas você só lembrou de ir embora e levar de mim mais um pedaço como eles o fizeram, preferiu as pinturas sem sentido do mundo e suas molduras sem recortes
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