O Poeta e a poesia
Salvar a poesia.
Não repitas o poeta
Se não vês a própria alma.
Não o julgues
Se não sentes seus olhos.
Não o leias
Se não se percebes nos versos.
Não o condenes
Se não vês que ele morre
Para salvar a poesia.
Renúncia
Acabou-se a vocação para poeta
Não me chame Poesia! Estou ausente
O “volto já” à maçaneta é puro engano
E frustra os planos de quem só quer chegar
Pois eu tão fui como ainda sou dele
A tevê que me assiste bem sabe
e quem me espia da janela também sabe:
Há dias que não me encontro mais em mim.
Aprendi a ser poeta, a fazer poesia, porque só assim, o amor me fazia sentido. Podia falar de amor, sem medo, sem compromisso, sem ser cínico, sem ter falsidade, sem limites!
Frase de Almany Sol, em 20/10/14 (Dia do Poeta)
A TRAMA DA POESIA II (Bartolomeu Assis Souza)
O poeta é um aventureiro, um bandeirante que caça esmeraldas do pensamento, lapidando-as à luz da dialética, da ciência e, principalmente, à luz de sua sensibilidade e de seu olhar profundo. É através dessa sensibilidade que ele pode tratar de elementos universais, como a dor, a paixão, a miséria, a esperança e muito mais...
Jornal Lavoura e Comércio, Uberaba, sábado, 09/06/2001
caderno Especial A-07
B.A.S, é professor, atendente de farmácia e agente funerário
A TRAMA DA POESIA III (B.A.S)
Alinhavando palavras, o poeta costura versos que entrelaçam temas universais, tornando a trama costurada uma manifestação de vida. Trabalhar com as palavras, transformando-as num encadeamento de versos, é a maneira que o poeta expressa o seu ponto de vista, ou a vista do ponto.
enfim, toda poesia e todo´poema são convites, trilhas à percorrer. Nesse caminho, todos são convidados a descortinar o belo em suas vidas.
CORAÇÃO DE POETA (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Poesia brota do coração
Fábrica infinita de sonhos
Poesia vem do coração
A arte só produz versos...
Por onde vai o coração
Do poeta sonhador
Chama acesa-perene-de-inspiração
Coração-doação-canção
Na arte do peota somente devaneios
Na arte-sorte do poeta
Forças ocultas do existir
Uma justa medida de poesia...
ISBN: 978-854160-632-5
Quando poesia preenche o vazio de um coração vazio.
Cabe ao poeta renunciar.
Ele deve apenas continuar sendo ele mesmo.
Um poeta não pode dizer:
-Eu escrevi para você.
Digo isso por que poesia não pertence a ninguém.
Um poeta deve criar uma barreira entre ele e sonhos descritos em tais poesias.
Pois tais sonhos foram construídos por alegria ou tristezas passageiras.
Digo isso, pois um “oi’ de um poeta transforma um dia de chuva e frio no mais perfeito dia.
Ou, um dia de sol num dia de tempestade.
Um poeta pode mudar uma vida.
Um poeta tem a “maldição” de enxergar beleza na tristeza.
Um poeta é espirado e pirado
Um poeta tem um copo na mão.
Um poeta não pode e não deve ter aquela que ama sua poesia
Pois por mais que ele tente sempre existira outra.
Quando digo outra é que estou falando de palavras escritas ou ditas em nome de uma bela e nova poesia criada em um momento de nostalgia.
Um poeta não sabe amar.
Pois ele apreendeu amar tudo e ao mesmo tempo um nada.
E por incrível que pareça o nada que o poeta ama é um tudo que preenche qualquer coração vazio.
Ensine-me a não ser poeta.
Tire de mim essa necessidade de ver beleza no mundo.
Diga-me que você é minha poesia.
Ensine-me a não escutar o vento.
Ensine-me a não olhar para as estrelas.
Seja você a poesia que eu sempre quis escrever.
Seja eu a poesia verdadeira em seu coração.
E por favor quando chegar, não traga lagrimas, não me diga que me amou pelo meu olhar e por minhas palavras, apenas me encontre e diga que vamos caminhar juntos num mundo onde o caminho é feito de escolhas......
Que um poeta sinta a poesia que brota da alma e sem aplausos ele saiba que simplesmente tal mal poesia foi escrita e foi recebida com choro e alegria.
Que ele entenda que a tal poesia a ele nunca pertencia....
Muitos perguntam a este poeta:
O que você ganha com poesia?
Confesso que não ganho dinheiro
Adquiro através dela prazer e alegria
Não adianta conquistar o mundo inteiro
e não ter a alma salva.
Dou mais valor às palavras do que a bens materiais
Valorizo a inspiração, sei que para ti não significa nada
Vou entrar em outro assunto para dar uma disfarçada
Não se compra a salvação, ela é conquistada
Jesus Cristo te entrega de graça
Faça boas ações, sirva ao Altíssimo nesta caminhada
Deixe de fazer coisas erradas,
gosto de uma mensagem rimada
POR ONDE ANDEI
Se o mundo é uma poesia como o poeta declarou lei, onde está a sensibilidade que não escutei?
Numa manhã fria de maio,
em casa do poeta Evan do Carmo,
nasceu a poesia.
Nasceu à revelia
do poeta e da musa
Ruiva de cor e de olhos negros
deram-lhe o nome de felicidade
contudo, poderia se chamar
Giovanna ou Beatriz
Nasceu com enfado
nasceu com preguiça,
mas nasceu sorrindo
não como outrora
a Ninfa nasceu feliz,
não nasceu chorando
como a poesia de Hamlet,
E por que isto se deu?
É que a loucura humana
em celebre audiência
encontrara-se à noite com a lucidez
firmaram um acordo solene
e tiveram como prova a consciência
doravante viria ao mundo
apenas filhos saudáveis
pois o mundo se rendera tardiamente
à carência da cultura e à indigência.
Nos olhos da poesia,
Reflete-se o amor.
Ser poeta,
É viver os sonhos
Sentir o impossível
Fazer acontecer,
O não permitido !
[diz o poeta que a melhor poesia se cria na ausência
e se sustenta na dor]
______
Dilui-se-me o cérebro na sulfurosa atmosfera
deste tempo...
sinto os beijos cruéis da cidade com riscos de luz
no olhar e atormentam-me os engates de tantas promessas
sem data a cumprir
Prometo-te, hoje prometo-te:
que voltarei numa noite sem lua
e nela construirei um luar de sonho e beijos
para te oferecer; depois
já não precisarás de prosseguir tão só a tua viagem...
o frémito que nos devora o corpo em escorregadios lençóis
de cama alugada em tardes fugidias
selar-se-à no mesmo espaço que une
a nossa manhã à espera da nossa noite.
Acredito nas ruas que ficam para trás do tempo
da memória de nós e no crepúsculo da sede
que rebenta à flor da pele como se fosse
um palácio erigido de novo a partir dos escombros
da velha casa quase caída
Entreabro os olhos... vejo-me essa velha casa apenas
ainda vestida de nada
Poesia
Poesia é fantasia
De poeta que vicia
A escrever belas frases
frases diversas
Elas tem que ser honestas
Sem mentiras
Poesia é magia
A magia da diversão
Do papel e a caneta na mão
Escrevendo belos versos
Todos devemos saber
Que com alegria e dedicação
A poesia forma uma canção
Canção linda e criativa
Ser poeta não é apenas escrever. A poesia não é o que foi escrito e sim o que foi sentido.
Ser poeta é desnudar a alma.
A música é tudo na vida de um músico, como também a poesia é para o poeta.
O que seria do cantor sem sua música e o que seria de um grande poeta se ele não tivesse suas loucuras lúcidas de se expressar através de seus versos.
Pré texto...
(Nilo Ribeiro)
A poesia não brota,
ela é estimulada,
é a forma que o poeta adota,
para dadivar a sua amada
a poesia tem direção,
não é um documento qualquer,
é confeccionada pelo coração,
ela é para uma linda mulher
a poesia tem vida,
ela tem parte do poeta,
é feita para uma diva,
uma declaração direta
quem escreve personifica,
cria uma representação simbólica,
nela o poeta se identifica,
enraíza sua paixão histórica
a poesia eclode,
e o amor é o estopim,
uma metamorfose,
uma transformação sem fim
a poesia muda,
ela varia,
ela é da musa,
ela é poesia
este é um pré texto,
pois não sei o que escrever,
talvez seja um pretexto,
para dizer que amo você...
Poesia e poeta
mago e profeta...
Poeta e poesia
axioma e fantasia...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
dia da poesia
Um haicai na poesia...
(Nilo Ribeiro)
Ferida não fecha,
ferida não cura,
coitado do poeta,
perdeu a ternura
já não escreve,
não faz poesia,
não é mais alegre,
nada ele cria
contra o íntimo ele luta,
não sabe quem alimentar,
é uma triste disputa,
entre o ódio e o amar
sem paz,
em guerra,
o audaz
se entrega
só lhe resta um haicai,
com ele o poeta se esvai
"ferida não cura,
ferida não fecha,
adeus poeta"...
