Nao Conto Detalhes e muito menos
" PEREGRINO "
O tempo é um caminhante, um peregrino,
que não olha pra trás; só segue adiante
deixando, o que passou, longe, distante
sem se importar se é cura ou desatino!
Da vida, ele é parceiro, fiel amante
que lhe concede o mais precioso ensino
selando, pra com todos, seu destino
a caminhar em passo, enfim, constante.
Há quem lhe vai atrás à todo custo
e quem se senta à espera achando justo
que ele não pare o curso de passagem…
É um peregrino, o tempo! Não tem pressa!
Ninguém nem mesmo sabe onde começa
nem onde irá parar a sua viagem!
" INSPIRAÇÃO "
Não parta, inspiração! Fica comigo…
Não sei viver sem ter a tua presença
a me exalar a luz, o tom, a crença,
a força, o amor, a paz de um ombro amigo!
Preciso-te, ao cumprir minha sentença
de poeta ser na, estrada em que fatigo…
A mim, pois, não imputes tal castigo
de abandonar-me em tal tristeza imensa.
Abraça-me por réu junto ao teu peito
em que, de tua poesia, me deleito
ao te sugar os seios de mulher…
Comigo, fica aqui, inspiração!...
Não quebres, num adeus, meu coração
que sempre quis de ti (e ainda eu quero)!
O amor impossível é aquele que, apesar de não ter obstáculos visíveis, se esbarra nas fronteiras invisíveis de quem somos, nas limitações do que podemos ser. Não há ninguém que nos impeça de amar, nenhuma distância que nos separe, nem rivais que nos desafiem. Mas ainda assim, a impossibilidade persiste. Talvez porque, mesmo tendo liberdade para viver esse amor, ele nunca se encaixa perfeitamente no que uma parte espera dele, no que podemos oferecer ou no que conseguimos entender sobre nós mesmos. A alma, por mais que se deseje unir ao outro, ainda carrega medos, dúvidas e as cicatrizes de outras buscas. E, então, o que poderia ser simples torna-se um caminho tortuoso, sem um final claro, uma conclusão que satisfaça os corações. Às vezes, o amor não precisa de barreiras externas para ser impossível. Às vezes, a verdadeira barreira é não saber o que fazer com tanto!
Raísa
O nosso abraço era lar
(por Diane Leite)
Não importava o que acontecia lá fora.
Podia ser morte. Ruína. Doença. Traição.
Podia o mundo estar caindo em pedaços sobre nossas cabeças —
mas bastava um abraço.
Um.
E tudo silenciava.
O tempo parava.
O corpo descansava.
E a alma…
a alma dançava em paz.
Não era sobre rótulos. Nem promessas.
Era sobre reconhecimento.
Aquela sensação rara — quase impossível — de estar exatamente onde se deveria estar.
Como se nossos corpos fossem feitos um para encaixar no outro,
não por carência, mas por memória antiga.
Nosso abraço era refúgio.
Era altar.
Era abrigo do que o mundo não entendia,
do que os outros julgavam,
do que a gente próprio não sabia explicar.
Talvez a gente tenha se perdido.
Talvez nunca tenha dado certo.
Talvez tenha sido caos, confusão e cicatriz.
Mas aquele abraço…
Ah, aquele abraço…
foi verdade.
Foi inteiro.
Foi lar.
E por isso, mesmo que não sirvamos um ao outro como amor duradouro,
servimos como lembrança do que o amor deveria ser.
Que outros encontrem o seu lar assim —
não em promessas vazias,
mas no silêncio sagrado de um abraço que para o tempo.
Equilíbrio não é ficar na corda bamba, é saber caminhar quando tombar para um lado, ou para o outro, lado escuro, ou com luz, é saber conduzir, sem se desesperar, com sabedoria.
Quer saber ? Pule dessa corda, e viva tudo que o caminho tem a oferecer, não vale a pena viver encima de um muro, viva tudo, aprenda, se arrependa, mas, viva. Só pare para repensar, para aprender mais de si, irá te fazer bem.
Lei da rotação
O mar é confuso,
é algo misterioso,
mas mesmo que de medo
não é tão perigoso.
Também tem o sol,
caloroso e intruso,
ele alegra as criancinhas,
e ilumina o mundo.
O sol, porém, tem um defeito,
tem um pouco de obsessão,
sempre que vê o mar,
começa uma absorção.
Vou tentar explicar,
o sol rodeia o mar,
cada raio obsessivo,
é um modo de carinho.
É possível?
Eu preciso de ajuda,
Eu não vou aguentar
Estou em desespero,
Você pode me ajudar?
Quer saber o motivo?
Entrei numa enrascada,
Meu coração está cativo,
Com a tristeza entrelaçada.
Como isso foi possível?
Tentarei explicar,
Me deixei enganar,
Me sinto atingido por um míssil
Medo!
Medo de tudo, medo de ficar sozinha, medo de não conseguir, medo de dar errado, medo não só são esses medos, são medos bobos, mas continua sendo medo.
Medo de você ir e não voltar mais, medo de não dar tempo de conquistar, medo de sofrer por qualquer coisa no momento, sim, tenho medo, me desculpe, mas meus medos nunca foram feitos por mim.
Demônios Internos
Não há demônios sob a cama,
nem monstros à espreita
nas frestas da escuridão.
Procure-os dentro de si
e os encontrará,
enraizados na alma,
como raízes densas
de medos nunca podados.
Eles se alimentam
do silêncio amargo
das noites insones,
bebem das culpas
que se ocultam
nas sombras da consciência,
crescendo nas rachaduras
dos segredos sufocados.
Não há monstros lá fora,
não há presenças que assombrem,
apenas os fantasmas
que nós mesmos criamos
com os escombros
das verdades que tememos.
Eles não gritam,
não quebram portas,
não urram no escuro.
Sussurram
na voz da ansiedade
que ecoa dentro do peito,
esperando que um dia
tenhamos coragem
de encará-los
sem medo do reflexo.
Saber ir e voltar das situações
que não se pode navegar
no mar das humanas emoções
e até daquilo que se não pediu.
Diferente do que impuseram
na Ilha da Rita nós sempre
podemos reagir para o curso
da história nunca mais se repetir.
No campo do diálogo e da ação
para não cair nas armadilhas
da nossa própria destruição.
Para que ninguém tenha mais
poder sobre nós e que venhamos
se lembrados da melhor maneira.
FUMAÇA BRANCA
Mal colocado no armário
Não te esqueçam Jorge Mário
Lá se vão histórias tantas
Por trás de fumaças brancas
Em decisão vespertina
Incendiaram a Sistina
Queira esse “novo” calor
“Ascender” com mais fervor
Fé praticada em ações
Tocando assim corações
Usando assim suas garras
Numa luta que não para
Reforçando ali, sem medo
Nessa “Estância” de São Pedro
Seja eterna a busca audaz
Sem vaidades: pela Paz. Alfredo Bochi Brum
O Poeta Não É o Espelho, É a Ponte
Nem tudo que diz o poeta
sai do fundo da sua alma.
Às vezes, é a dor de um outro
que sua sensibilidade acalma.
Ele lê no olhar calado,
no gesto que ninguém viu,
o sentimento que grita mudo
e que no peito do outro explodiu.
Não é preciso ter vivido,
nem ter chorado aquela dor.
O poeta sente por dentro
o que pulsa no redor.
Às vezes, escreve um poema,
às vezes, vira canção.
E quem ouve logo pensa:
"esse verso é solidão..."
Mas engana-se quem julga
que é dele a emoção.
O poeta é tradutor da alma,
não precisa explicação.
É dom que poucos carregam:
dar forma ao que é invisível.
Ser a voz de quem se cala,
e fazer sentir o impossível.
Então, se um poema te toca,
ou uma música te faz chorar,
não pense no autor com pena —
agradeça por ele te revelar.
Início do Fim
A morte
não é um golpe final,
nem o apagar abrupto
de uma chama que ardeu em vão.
Ela começa
no primeiro sopro de vida,
como um murmúrio ancestral
gravado na espinha dorsal do tempo,
uma promessa silenciosa
de que tudo que nasce
traz em si
o prenúncio de partir.
Somos nós
quem tenta adiá-la
ou apressar sua chegada,
como se a permanência
fosse um direito herdado,
como se o fôlego
fosse posse
de quem o exala,
esquecendo que o ar
é só um empréstimo
da eternidade.
Entre o nascer
e o desfolhar da última pétala,
somos intérpretes falhos
de um roteiro
traçado pelas mãos do acaso,
dançando na corda bamba
do existir,
prolongando cada passo
como se a terra
não estivesse sempre
a um deslize
de nos tragar.
A morte
não é antítese da vida,
mas sua sombra inseparável,
um vulto paciente
que nos acompanha
até o instante
em que já não há mais corpo
para projetá-la,
quando o vazio,
enfim,
reivindica o espaço
que sempre lhe pertenceu,
e nós,
como poeira,
nos dissolvemos
no ventre do universo.
Aparência de Vida
Não há vida.
O que sou?
Um coração que pulsa
por reflexo de um hábito ancestral,
meus órgãos em perfeito estado,
como engrenagens meticulosas
de uma máquina que opera
sem memória ou intenção,
mantendo o teatro fisiológico
de um corpo que respira
por mera obediência biológica,
como se o oxigênio
fosse um combustível imposto
e não uma escolha consciente
de permanecer.
De certa forma,
sinto-me morto,
não pela ausência de pulsação,
mas pela falência do querer,
pela insuficiência da alma
em habitar o corpo que a carrega.
Sou um vulto cotidiano,
uma sombra que vaga
nas bordas do tempo,
um espectro inacabado
que percorre os dias
como um verso esquecido
no meio de um poema
que nunca se completa.
Vivo,
mas sem a densidade
de quem ocupa o próprio ser,
de quem molda o instante
com a intenção de permanência.
É como se a pele
repelisse o próprio contorno,
e o corpo,
apesar de intacto,
fosse apenas a moldura
de uma ausência dolorosa,
uma estrutura que insiste
em se manter ereta
mesmo quando o espírito
já desabou.
Cicatrizes que Florescem
Eu carrego o peso dos dias não ditos,
os ecos de passos que não me pertencem,
fragmentos de uma estrada sem destino,
onde a dor se enrola nas raízes do tempo
e floresce como cicatriz que canta.
Há um grito em cada gota de chuva,
uma confissão no som que corta o vento.
A alma se espraia pelos campos secos,
e o coração, inquieto,
brota em flores que não pediram cor.
Sou rio que deságua na própria margem,
meu curso incerto entre pedras e paus,
correndo por entre trilhas rasgadas
que costuram minha pele ao chão da existência.
Não há ponte que atravesse o que sou.
Em noites de silêncio denso e cru,
a lua sussurra verdades que não quero ouvir,
desvenda os espelhos internos,
onde sou herói e vilão,
onde luto contra meu próprio reflexo
até me tornar pele, osso e vontade.
E quando o sol, ao fim de seu fôlego,
se deita sobre os montes quebrados,
meu corpo, feito de sonhos e poeira,
abre os braços para um horizonte que se dissolve
no vão entre ser e querer ser.
Eu permaneço inteiro
na tempestade que arranca galhos secos,
pois sou árvore que cresce do avesso,
raiz que abraça o abismo
e flores que desafiam o solo.
Sou também a calmaria que sucede o caos,
a certeza que nasce do chão devastado,
o tronco que se curva, mas não quebra,
que desafia o vento com sua seiva viva
e canta, mesmo quando a dor ecoa.
" FINGES "
Só finges que não notas! Na verdade
o teu olhar não perde nenhum lance
e, mesmo quando eu olho de relance
me flagras na maior cumplicidade!
Percebes a intenção nesse romance
e a tratas como singularidade;
um vício herdado lá da mocidade
que ainda se mantém ao meu alcance.
E te divertes com o que flagrado
à espera de colher do resultado
já visto que ficou tudo evidente…
Me flagras! Tu só finges que não notas…
Percebo na postura, então, que adotas
que o meu olhar te deixa bem contente!
Água lamacenta
Esta raiva que arde dentro de mim
é um fogo que queima e não se apaga.
É a barreira que me impede,
de atravessar pontes que me levem ao outro lado de mim.
Preciso descalçar esse furor...
Perigoso inimigo de mim mesma...
Polui de ferrugem minhas entranhas.
Faz-me a mim mesma uma pessoa estranha.
Não há voz de lucidez.
Não há equilíbrio no meu caminhar.
Escorrego até o calabouço
Vejo minha vida nas águas barrentas se afundar.
LADRÕES DE TALENTOS
Demétrio Sena - Magé
Aspas não bastam. Elas indicam que o texto (prosa, verso, letra de música...) ou fragmento não é seu, mas não honram autoria. Como muita gente não sabe a razão das aspas, vejo má fé na citação escrita e oral, pois a pessoa conta com isso para passar como autor(a) perante quem ouve ou lê, e por outro lado, defender-se dos possíveis flagrantes: "Ué; mas eu pus as aspas!".
Qual é o problema de muita gente, com a citação de autorias ou do franco desconhecimento delas, com a citação 'autor desconhecido'? Alguém acha mesmo que autores e autoras, ainda que não saibamos quem, não merecem isso? Será que uma pessoa fica realmente satisfeita, em seu íntimo, quando alguém elogia "sua obra", que não é sua? Não há nenhum desconforto em seu ego fraudulento, ao ocorrer isso? Não consigo ver ingenuidade ou descuido em quem não respeita o que é do outro; seja esse outro, famoso, desconhecido ou incógnito.
Nestes tempos, fala-se tanto em mérito, e no entanto, em algo tão simples esse mérito é sonegado por quem deseja "méritos desmerecidos". Ganhar louros (muitas vezes até dinheiro e troféus) com o talento alheio não tem outro nome, para mim. É mau caratismo que os velhos truques como aspas, camuflagens (o plágio) e outros recursos não têm como disfarçar.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
"Cuidado com tecnologia criminosa, tem pessoas que acostuma e depois não querem mudanças. Tem muitos sistemas facilitadores que induzem ao fácil.
observação sobre as pessoas se acostumarem e resistirem a mudanças. Sistemas que "induzem ao fácil" podem, por um lado, ser muito eficientes e acessíveis, mas por outro, podem gerar uma zona de conforto onde as pessoas deixam de questionar a segurança, a origem ou as implicações éticas e legais do que estão usando".
Pensamento e sabedoria
Saudade não é amor
Respostas só vêem de
Pessoas de bom senso
Pessoas educadas com
atitudes
Pessoas de bem
Com a vida
O ego a amargura o rancor
corroem, mutilam pessoas
Só perde quem se fecha
Pra vida
A vida devolve tudo em dobro
Até vc aprender toda a cartilha
Do A ao Z
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