Mulher Quente
Alma como vulcões
Minha alma tem rios de lava quente
que queimam como no interior de vulcões
num fogo de anseios e inquietudes
na busca de fortes emoções
não vive uma vida sem movimento
na procura sempre de algo diferente
mas afogada em múltiplos sentimentos
que a fazem perdida e confusa
na procura do que nunca teve
e culpada por viver a sonhar
com encantos que nunca vai encontrar
mas que sempre vai acreditar
no poder do anjo a lhe embalar.
Genelucia
Atrito
Água
Quente
Cai no
Copo
Frio e
Quebra
Amor
Fervente
Pousa no
Topo do
Coração
De pedra
Rocha
Persistente
Não resiste
E como
O copo
Quebra
uma cama quente , meias limpas , leita na geladeira e uma garota bonita me esperando em casa nada melhor que isso
"Teus toques firmes, sussurros, teu hálito quente na região do meu umbigo, tuas mãos preenchidas com meus seios, teu beijo molhado percorrendo todo o meu corpo [...]"
Existem muitos tipos de amor. Como uma fogueira constante e quente, que te mantém vivo no frio. Como uma chama furiosa, queimando tudo no caminho até que restem apenas cinzas.
Emoções em Estações
Assim como a primavera,
É florido e quente,
sempre se espera,
é um conforto contente.
Também é como o inverno,
tudo fica deserto,
o tempo passa devagar,
dói até cansar.
Massacrador como o verão,
uma sede sedenta sem comparação.
Que pode alegrar,
mas muito vai machucar.
Coração quente experimentado
na liberdade de pássaro no banhado
em água muito fria e espalhado
pelo Rio Urussanga que ainda hei
de ver completamente resgatado.
O meu sutil nome é teimosia
e o meu sobrenome é insistência
tecida pelas mãos do redeiro,
assim se escreve a poesia
para afastar a dor no meu peito.
Batizada pela pesca artesanal
feita com toda a maior paciência
muito antes do raiar de qualquer dia:
a força, a oração e a resiliência
sobre as correntes do tempo.
Não para imitar a lenda,
mas por orgulho e emblema,
quando voltar a encontrar
de novo o Rio Urussanga:
quero ver a minha imagem real
refletida na água cristalina da existência.
O amor é um gesto, um carinho acariciado, um abraço quente, apertado e seguro.
O amor é livre, plano, sem fronteiras, sem barreiras, é transcendente, um viajante galante que acaba encontrando seu porto seguro.
O amor é uma equação de paixão, quando vivenciada, se multiplica e o resultado é igual.
O amor é puro, como uma pequena nascente que cresce, ganha força e se torna um rio que atravessa vales e montanhas até encontrar o oceano.
O amor é vida, um sentido que escapa à lógica e à razão.
é um coração batendo no peito quando os olhos se encontram e é vivenciado em um beijo.
O amor é um desejo, uma vontade que nunca acaba, que dura a vida inteira e vai além da eternidade.
Sem peso, aparência, sem medida ou altura, o amor é um mundo que criamos para vivermos juntos com quem amamos, como um romance que conta a nossa história....
SANGUE SECO
Um sussurro no morro ecoa,
O asfalto quente guarda histórias não contadas,
Nas vielas, o vento carrega o lamento,
Sangue seco — marcas não apagadas.
A favela respira sob o fogo cruzado,
Cada treta é um verso que o tempo não apaga,
Irmão contra irmão, o ódio herdado,
Enquanto a fome rasga a alma e a chaga.
A rua tem memória, o muro tá rachado,
Sombra da bala perdida, criança assustada,
O prato vazio é o grito calado,
E a justiça? Cega, surda, engravatada.
Sangue seco na terra, cicatriz do destino,
A quebrada chora, mas não abaixa o queixo,
A cor da pele é sentença, o futuro é pequeno,
Enquanto a sirene corta o vento, rasga o ninho.
A farda que deveria proteger é a mesma que invade,
Botina no pescoço, o joelho na garganta,
A mãe chora no beco, o corpo estendido no lote,
A viatura passa, a vida vira planta.
Cadê o herói? O mapa tá manchado de roxo,
A mídia pinta o morro como covil de bandido,
Mas ninguém vê o sonho do mlk no busão lotado,
Ou o pai que vende bala pra ter pão dividido.
O sol nasce no barraco, ilumina a resistência,
A arte é arma, o grafite na laje é poesia,
A quebrada dança no funk, quebra a sentença,
Enquanto o sangue seco clama por justiça todo dia.
O sistema é laço, a favela é o alvo,
Vidas viram números no jornal de domingo,
O jovem é caça, o futuro é algo,
Mas a revolta fermenta no copo de pinga.
A paz é utopia quando a guerra é concreta,
Mas a fé tece redes onde o Estado some,
Nas vielas, a glória brota na esquina aberta,
E o sangue seco grita: "Nossa voz não some!"
Sangue seco na terra, mas a luta não seca,
A favela é raiz, não tem medo de trator,
Cada passo no beco é uma semente na terra,
E o grito do morro ecoa: "Amanhã vai ser maior!"
(O vento leva o verso, a quebrada não esquece,
No sangue seco, a história insiste em doer.
Mas enquanto houver chão, o povo pé-no-chão reescreve
O amanhã com as mãos — pra quebrar o que vier.)
FANTI MC
Cabra Sem Frescura
Sou da terra do sol quente,
Onde o povo é valente,
Aqui não tem paciência
Pra frescura de mais gente.
Se vier com lero-lero,
Já dou logo um "vá-se embora!"
Comigo é tudo na raça,
Sem mimimi, sem demora!
Se tropeçar, eu dou risada,
Depois ajudo, é claro,
Mas drama só presta em novela,
No meu terreiro é raro.
Sou do tipo desenrolado,
Não dou volta, não enrolo,
Falo mesmo na lata,
Se gostou, dê logo um colo!
Tem gente que vive de chiado,
De cara feia e fofoca,
Mas eu vivo é de risada,
De cuscuz, forró e tapioca.
Não sou de fazer arrodeio,
Sou direto igual rojão,
E se quiser paz comigo,
Deixe a frescura no chão!
Camorra é sangue quente.
Kamocha é alma limpa.
Kamorra é o caos domado pela consciência.
É guerra com propósito.
É ferocidade com direção.
É nome que grita: “eu vim da luta, mas fui moldado por Deus.”
Violento contra a mentira,
fiel à verdade que o criou.
É nome de quem não foi feito pra abaixar a cabeça.
Te admiro em silêncio,
como quem observa o sol.
Quente demais pra tocar,
intenso demais pra ignorar:
Tem algo em ti que não se explica.
A calma e precisão nas palavras,
uma inteligência que não passa despercebida e o jeito de dominar tudo, com o domínio de quem é bom no que faz.
Mas o que me balança não é só o que vejo.
É o que você diz.
Com palavras tão explícitas quanto belas.
Com elogios que dançam entre o indevido e o incontrolável.
Você me descreve como se me tivesse.
Como se realmente me quisesse tanto assim.
Você cruzaria a linha, eu sei.
E não é suposição.
Foi dito, com todas as letras,
com aquele seu jeito poético e perigoso.
Você me vê como seu desejo antigo e proibido,
e me olha esquematizando na sua cabeça tudo aquilo que você queria fazer comigo.
Tudo aquilo que você me disse.
Mas eu não posso.
Mesmo querendo.
Mesmo sonhando.
Mesmo sentindo cada célula do meu corpo implorar por você.
E sempre que te vejo de novo, na rotina, no comum, parece inacreditável lembrar das coisas que você me disse.
Mas o jeito que você me olha, me sussurram verdades, e faz impossível duvidar do que foi dito.
Não controlo a tensão que você traz
quando entra no mesmo lugar.
Seus olhos buscam os meus, fundo no fundo,
e eu sei que você percebe quando eu percebo.
Na verdade, acho que alguns ao redor já percebem isso.
Você não esconde que repara em mim,
e isso deixa tudo mais difícil de fingir.
E entre o calor do momento e a clareza do depois,
não vou deixar minha admiração por você
confundir minha cabeça,
nem permitir que isso vá longe demais.
Sei onde começa o desejo,
e onde termina o respeito que devo a mim (e você a ela).
Entre Delírios e Suavidades
Estrada de Chão Batido
Pedra quente de Assuntá
Como eu posso estar atrasado na vida
Se a vida é só minha
Não há atraso onde não há relógio, nem mapa pra chegar antes do vento
A vida é um rio que inventa seu curso, e eu, barco sem pressa, desenho meu tempo
Alguns correm na pista, outros voam sem asas
Planto sementes no chão da demora
O sol da pressa não queima minha pele, minha colheita é feita de agora
Não me digam que perdi passos, quando cada ausência foi um encontro
A estrada não é linha reta, é o desvio que trouxe meu canto
Se comparo meu ritmo ao dos outros, perco o compasso do meu próprio passo
Não há dívida no voo das andorinhas, nem calendário pro brotar dos mangues
Sou tarde e sou madrugada, o fruto que cai quando pesa
Minha vida não cabe nos ponteiros, ela dança onde o tempo não pressa
Não me medem por horas, mas por raízes e horizontes
Pois quem chega "tarde" demais
É
Quem traz as flores mais belas
Do seu andarilho lento
Que
Escreve versos no caminho
ÉS
Em tudo és diferente, desde
o teu sorriso quente e
constante, ao teu doce amor
lindo e comovente.
És uma visão.
Difícil deixar de te amar.
Vivo-te infinitamente.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R.J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Pés no chão, areia quente
Vento bate indicando a direção
O remo ajuda a conduzir a liberdade de escolher para onde o barco vai.
Quem dera fosse fácil toda terra à vista. Mas que graça teria navegar sem emoção?
Às vezes o remo quebra, o barco vira
Mas de uma forma ou de outra ele sempre chega a terra firme. Se o barqueiro não desistir de prosseguir ou ter sabedoria que algumas tempestades não precisamos enfrentar correndo o risco do barco afundar.
Sejamos corajosos para seguir, e sábios para, quando necessário, saber atracar.
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