Monge
Retirou-se pra bem longe...
feito um monge.
Subiu ao mais alto pico...
o ar rarefeito o tonteou e ele voltou.
Retirou-se silenciosamente
acalmou a mente...
feito um monge
foi pra bem longe.
A solidão mais pungente
feriu-lhe o coração...
e ele voltou afligido,
o coração partido.
Então ele ficou,
no plano mais plano.
dobrou os joelhos
e chorou...
Aí ele se encontrou.
E a vida o encontrou :)
O MONGE E SEU DISCÍPULO
O discípulo pergunta ao mestre:
“Por que não reclama e não reage aos insultos recebidos por tantos desaforados que permanentemente teimam em julgá-lo?”
O mestre responde:
“Filho, as coisas são como são, nada pode ser mudado. As ações dessas pessoas cabem a elas, não a nós. Para exemplificar, faço relembrar algumas historinhas:”
“Você conhece a história do caminhão de lixo que passa todos os dias na sua rua?”
“Você não recolhe o lixo da rua, ao contrário, você retira o lixo de sua casa. O caminhão faz o trabalho de depositá-lo no lixão. Assim é a vida. Só devemos recolher para dentro de nossas casas e nossas vidas, aquilo que não é lixo. Lixo a gente retira, joga fora.”
... Continuou o Monge:
“Outra historinha boa é a da carroça vazia. Ela é barulhenta quando está vazia. Assim é a vida. Se alguém me agride, imagino que esta pessoa seja vazia. Ao contrário de uma reação forte, o meu silêncio pode encher o seu vazio, direcionar o seu caminho, enche-lo de boas novas e alegrias.”
... Continuou o Monge:
“Digo mais, também tenho meus defeitos. Quando alguém fala de mim, ajuda-me a consertá-los e evitá-los. Quando ouço inverdades, pode até doer um pouco, mas isso também não pode me afetar, porque nada posso fazer. É uma visão do outro, não a minha. Reagir é descer ao nível deste alguém.”
A sociedade preocupa muito com o que outros dizem e isto interfere no seu bem-estar...
Acreditar e fazer valer que somos donos de nossas vidas, é o primeiro passo para vivermos uma vida digna, salutar, tranquila e feliz...
Élcio José Martins
Feijões ou Problemas?
Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava
encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado
mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia ser
escolhido. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para
colocar a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns
grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos para, em
seguida, empreender a subida de uma grande montanha.
Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros,
um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e
tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando
imensa dor. Ele ficou para trás, observando seu oponente sumir de
vista.
Prova encerrada, todos voltaram ao pé da montanha para ouvir do
monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se de
seu oponente e pergunta como ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos. Ele respondeu:
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei.
Carregando feijões ou problemas, sempre há um jeito mais
fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis, mas a duração do sofrimento quem determina é você.
"Foco no progresso, estique mais a corda..."
Uma Certa vez caminhando encontrei com velho e sábio monge e ele me ensinou que nunca devemos pagar o bem com gratidão pois não custa nada fazer o bem para as outras pessoas pois é um clico bem sempre gerará o bem
Num dia ensolarado no Mosteiro, o monge Liu-Pei está muito nervoso, pois não aceita a forma como os outros agem, e isto o deixa transtornado.
O sábio Kwan-kum vendo a forma como o monge se encontra, aproxima-se e diz:
Acalme seu espírito Liu-pei, e busque de novo a fonte de onde tudo nasce, removendo qualquer vestígio de revolta, maldade ou egoísmo.
Se você ficar muito preocupado em descobrir o que há de bom ou de mau em seu próximo, irá esquecer de sua própria alma, e será exaurido e derrotado pela energia que gastou ao julgar os outros.
A vida é uma manifestação de amor, e você deve estar mais concentrado em promover a paz do que em julgar os outros, ou ficar se abatendo pela forma como os outros agem.
Lembre-se sempre, que respeitar o tempo do outro, é sinal de evolução…
Devemos aceitar as pessoas como elas são, e não como gostaríamos que fosse!!!
Sou um louco, às vezes soldado, às vezes general, me chamam de excêntrico, de monge urbano, sou um frasco rachado, transbordando de sentimentos, tenho um espírito embalado por canções, sou livre, preso as raízes... Mas o que realmente sou, um menino com fome, sede, vontade e que quer crescer.
MONGE
Demétrio Sena - Magé
Minhas asas ficaram sem espaço,
apesar de haver tantos horizontes
meu espaço está dentro de uma bolha
onde as fontes de sonhos não desaguam...
A viagem não vem ao meu encontro;
toda minha esperança está no embarque;
o meu charque acumula sal curtido
pelas sombras da vasta solidão...
Para mim tudo ecoa ralo e longe;
virei monge nas grades do meu eu
recheado por teias infinitas...
Toda minha utopia está puída,
quero a vida possível depois desta,
pois até as manhãs estão noturnas...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
QUANDO O MONGE FAZ O HÁBITO
Estiro-me em manchetes...
Estendo-me em crimes...
E morro tentando mostrar
À mim mesmo que existo.
Um velho monge se deparou na beira de um lago, quando em meditação, com um jovem guerreiro que se desgarrara de seu pelotão.
Olhar vidrado, roupas em desalinho, movimentos bruscos e ansiosos. Bebia água sofregamente.
Enquanto enxugava o suor da fronte com a manga da tosca indumentária, se deu conta da presença discreta do velho monge.
Olhou desconfiado para os lados e caminhou em sua direção, com a expressão crispada e raivosa de quem acabara de sair de uma batalha ferrenha.
- Olha ai velho que estás ai parado, inutilmente, a beira do lago. O que tens para comer? Tenho fome e pressa.
O monge, acostumado à sobriedade e a vida comedida, vendo aquele guerreiro afoito, com a mão direita no sabre, se aproximando, disse:
- Porque a pressa, meu jovem? Sente-se e descanse. Sacie a sede com calma, e prometo lhe arranjar o que comer.
- Não tenho sua sorte, velho. Tempo é o que me falta. Tenho que voltar para a batalha. Matar nossos inimigos.
Respondeu o monge:
- Alguns minutos a mais não farão diferença para seu propósito. Após o repouso você estará com a força redobrada e a cabeça mais lúcida para a batalha.
- Como você é ingênuo, velho. Não posso parar. Se derem por minha falta no campo de batalha posso ser condenado por deserção.
- Não vejo aqui nenhum inimigo a te acossar e nenhum comandante para te cobrar empenho.
- Não vê, mas eles estão por aí, em toda parte. Não me dão sossego, Não me deixam descansar.
O Monge fez ao jovem guerreiro uma proposta:
- Sente-se ao meu lado e medite comigo. Prometo-te que depois, te levo até meu templo e te dou toda a comida que puder carregar.
Diante da proposta o jovem guerreiro cedeu e sentou-se ao lado do monge, que o foi conduzindo em sua meditação.
Depois de um tempo o guerreiro, exausto, adormeceu. O velho monge ficou ao seu lado o tempo todo, e passadas algumas horas o guerreiro acordou, espreguiçou e ainda sonolento disse que não dormia a muitas e muitas noites.
Lembrou-se que precisava voltar para a batalha, ao que o monge respondeu:
- Não precisa mais. A batalha se foi. Ela estava apenas na sua cabeça.
Só então o guerreiro se deu conta que estivera aquele tempo todo prisioneiro de sua batalha pessoal. Há anos que a paz já se instalara no Reino. Ele estivera então perseguido apenas pelas sombras do passado. Acordava finalmente, dos seus pesadelos para o sonho da vida real.
Um sinal talvez seguro da sabedoria é a constante serenidade. Não é fácil nem para um monge, mas um caminho, uma meta a ser alcançada. Conseguir ou não é detalhe, às vezes o caminho é a meta e isso pode bastar. Ser sereno não significa ser passivo e sim analisar o lado positivo e negativo de cada acontecimento, avaliar de que maneira nos afeta e escolher a melhor opção.
Te falar que as indiretas passaram foram bem de longe
Pra aturar o ti-ti-ti paciência foi de monge
Viver a vida só tua vida, forçar isso não adianta
Porque hoje aquele amor nem sei por onde anda
SERRA
A serra sempre ao longe,
A procissão puxada pelo monge.
Sempre morei nos vales,
Admirei os dançarinos nos bailes.
Tive meu ritmo apressado,
Queimei etapas mesmo estando cansado.
Perdi-me nos meus sonhos da juventude
Seria esse o motivo de minha inquietude?
Não sei mais quem eu fui quem eu sou,
Sei apenas onde estive e onde estou.
Quando de mim foi arrancado as minhas asas?
Quando que eu passei a usar tantas couraças?
Hoje eu olho no espelho,
Não me reconheço no espelho.
Vejo algo:
Plebeu ou fidalgo?
Como pude ser tão mudado pela vida?
A mudança ocorreu em qual avenida?
A serra me persegue aonde vou.
Vejo-a em todo lugar que estou.
Mudei de morada
Mudei de namorada
E sempre estou em outro vale
Esperando a Dama de Negro para um Baile
Montanhas ao longe
A procissão puxada por um monge
Querer voar
Cansei de andar
Sem asas apenas aterrisso no solo fértil
Não sou semente estéril
Devia brotar e renascer
O que pode acontecer?
Fico estático.
Sou simpático
Mesmo assim viro humo
Acabo-me em auto-consumo
Viro fertilizante
De ideias e não de uma gestante.
O apodrecimento pode ter nome romântico,
Posso até transformá-lo num cântico.
A serra sempre está longe
A montanha me lembra dum monge.
O antigo dono do castelo amputou minhas asas,
Queimou minhas feridas com brasas,
Sou um sonhador e perdi meu objetivo
Hoje sem asas e caducando tudo é relativo,
Virei cego num mundo de gatunos,
Os anos me são inoportunos.
Agora quero chegar às montanhas
Para isso terei que fazer inúmeras façanhas
Mas como?
André Zanarella 12-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4536334
Disposição e força de um monge
Minha fé não se esconde
Me levanta
Me faz caminhar cada vez mais longe
e eu me aproximo cada mais do meu ideal
Oh fé entrega direção
Somos sempre seremos
Filhos do sol .
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