Maldita
Maldita Flor Traiçoeira
Porque eis assim?
Porque me machuca com teus espinhos...
Era tão bonita quando um pequeno botão
Dentre todo esse jardim escolhi você
E me feristes
Espinhos horrendos,
Eu vos Odeio
Flor dos meus sonhos
Tambem te odeio
Te odeio por não ter me amado
Pobre de min,ser apaixonado
Pobre de min que sonhei viver ao seu lado
Apreciar teu perfume
Acariciar tuas petalas
E por fim te amar
Diante de toda tua repulça
Meu Ato hoje,e amanhã e sempre...
Será,te Adimirar ao longe
Em outro jardim,com outra flor...
Vai lá, segue o ciclo.
Caminha na mesma maldita estradinha que os seus antepassados construíram.
Aperta o passo.
Mas não corra!
Porque quem tem pressa come frio.
Somos todos perfeitamente imperfeitos, cada um da sua maneira. Maldita natureza humana individualista.
A poesia
Não importa em que porta
Aporta a poesia.
Não importa se torta
Ou mal posta,
Maldita, descrita,
Inscrita, proscrita.
Não importa
Em que hora morta.
O que importa
É o que importa
E o que ela “porta”,
Faz valer o que porta.
Se lírica,
Prosaica,
Melódica,
Dramática,
Não importa…
Da Mata,
De Jarbas,
De Rizzi,
De Tácito,
De Edjane,
De todos os poetas,
Enfim.
O que importa
É que a poesia vive,
Que clama,
Que implora,
Que ri,
Que chama,
Que chora,
Que foi,
Que é,
Que vem,
Que vai,
Não importa…
O que importa?
É que a poesia mora
Na alma,
No que diz,
No que nega,
No que ama,
No que odeia,
No silêncio,
Na guerra,
Na calma,
No conflito,
No que não se diz
E no que está escrito.
Na vida,
Na morte,
A poesia importa
E o que importa,
Declama…
A doença maldita chegou.
Doença maldita, silenciosa de cinismo incomparável, fria e calculista.
Primeiro os cabelos, depois a saúde e agora a estima.
Destrói tudo com graça e ousadia.
Muitos são os motivos para desistir, mas as amizades de quimioterapia, as histórias e experiências trocadas na sala de espera, nos dão forças para lutar.
Doença maldita que teima em resistir.
Sua mama ela não há de destruir nem tão pouco possuir.
Não a sua!
Mas que maldita!
Maldita seja esta ansiedade... Deixe-me viver, mera cruel ... Deixe-me consumir sem ser consumida.
Maldita seja a minha fraqueza, esta tal que deixa uma ansiedade angustiante virar eu!
Maldita mente.
Maldito raciocínio.
Porque pensamos? Porque erramos?
Dúvidas, e mais dúvidas.
Maldita mente, que nos mostra o medo.
Maldito raciocínio, que nos da o calculo errado.
Porque pensamos? por medo de sentirmos...
Porque erramos? por pensar.
Será que, o ser humano é um ser tão abominável?
Não sei...
Porque, porque, porque...
Velha maldita
Tudo o que é bom ou faz mal ou é pecado,
Seja adultério, bebedices, carnaval ou malícia.
Nesta vida ou você é do céu ou do inferno,
Deixa-me falar mal dessa velha maldita!
Como é bom junto aos amigos revoltados,
Desabafar! Falando das sacanagens sofridas.
A infeliz mulher descarrega seu mau humor,
Acusando-me de ser um simples vigarista.
Depois que a separação estava consumada,
Veio querendo impedir uma nova vida agora.
Alega que eu não dou a devida assistência,
Esse diabo perturbador se chama sogra!
Não se satisfez em provocar a separação,
Quer me destruir por completo, se puder!
Sou um pobre genro que buscar ter paz,
Mas não terei enquanto essa velha viver!
Maldita semente
Na retidão da vida que leio,
há o tortuoso caminho vazio,
do faz de conta, cheio.
De cuja esperança esvazio.
Era um abraço e o sorriso,
além de alguém comumente.
Num pensamento liso,
descobri que ele mente.
Embora tenha outra mente,
vêm da mesma semente.
Flor Maldita
Embora tivesses tu,
Pisado em solo profano
Sentia-se a alegria virginal
Que só existe em ti.
Doce pecado maléfico,
Que andas perambulando
Pelas covas do cemitério maldito
Com o mel sujo de sangue.
Ah! Carnes amáveis,
Fujam de minha presença;
Pois odeio amá-las.
Flor maldita e abstrata,
Por que corrói meus ossos e
Carnes com teus amáveis beijos?
Maldita hipocrisia que consome o ser humano, um ser cheio de contradições;
Deseja encontrar a diferença em alguém mas não possui nada de diferente em si mesmo;
Critica cegamente as atitudes alheias mas age de forma imprudente;
Quer receber a bondade, mas não a pratica;
Deseja encontrar o amor, e muitas vezes quando o encontra, não o cultiva.
Talvez você pense:
"Lá vem outra maldita frase de autoajuda..."
Está tudo bem, não pretendo ensinar como se viver!
Apenas falar do que me faz bem
e, se o que eu disser,
for bom para uma única uma pessoa...
Já terá valido a pena!
Cika Parolin
Maldita é a decisão do homem
Aquele que marca sua causa, defende ser o soberano da sua natureza, escolhe não errar por achar que esta certo sobre quase tudo.
Descobre outrora que se enganou, não percebe em que errou, se distrai com o que acha certo e já não sabe se o que faz é correto. Se contradiz e no fim, aceita que enfim pode voar e recomeçar.
E agora, se perdoa ou acredita no que tem de ser e que seja assim?
Ou no pior dos casos, sequer entende aquilo que foi dito.
Quem disse que era eterno?
Maldita existência daquele que sofre da dor do amor ausente, latente ácido que atinge a mais profunda entranha e se alastra sobre todos órgãos e sentidos cuja corrosão é processo lento de insuportável dolência. A insanidade é a overdose de morfina única capaz de arrebatar tal sofrimento, Porquanto, também insano se manifesta a ausência deste amor. Que este ópio não deixe manifestar, nem por um segundo, a lucidez, pois certa é a morte pelo risco.
Tento escrever, mas ela não deixa.
Sempre me ofusca com sua presença.
Solidão maldita!
Saia daqui, e não me persiga!
