Lucidez
A realização pessoal é proporcional ao nível de lucidez, assim como o sofrimento para a vida dedicada apenas a satisfação dos sentidos sensoriais.
E um dia por loucura ou sorte descobrimos a fórmula do amor, por insanidade ou pura lucidez provamos do fogo de todas as paixões sufocantes, por desespero ou esperança saciamo-nos de beijos inebriantes.
De uma forma ou outra:
Embriaguemos. De amor
Sofro de metamorfoses, avessos, tropeços... Tenho uma certa intolerância à lucidez, e isso me mantém sã!
Nos porões da minha psicose,
Ou no sótão da minha lucidez,
Lá em baixo ou lá em cima
O contemplar de tua nudez
E nas curvas dessa estrada
Deslocar-me de mansinho...
Doce mel que me embriaga
No aconchego do seu ninho
Se te invado ou me entrego
Vou do inferno ao paraíso
No instante da premissa
Te desejo e te preciso...
Você me dá frio na barriga, arrepios, lucidez quando a loucura exagera e loucura quando tudo fica chato demais, você também me dá sorriso de orelha a orelha, vontade pra seguir adiante, vida pra sorrir e sorrisos pra pintar a vida, paz pra descansar, calor pra aquietar o frio, liberdade pra correr, me dá alma, um brilho pra colorir alguns poucos cantos cinzas da minha vida, você me dá poesia e prosa, trilha sonora, um tanto bom de tranquilidade, alguns gramas de alívio, inspiração para me salvar da transpiração, estrelas, sol e luar, certezas, conselhos, puxões, empurrões e colo quando preciso chorar, carinho, beijos, abraços, amassos, ombro, mãos, pés, caminhos, norte, sul, leste, oeste, noroestes e sudoestes, sonhos, realizações, esperanças, gol, cestas, pontos, vibrações, futuro, cartaz, palavras, frases e letras, histórias, brilho nos olhos, adjetivos, o mundo embrulhado num papel de presente e com laço vermelho, você me faz criança, me faz ser puro, ingênuo, me faz feliz.
QUEM
Quem é capaz de traçar a fronteira entre a lucidez e a loucura?
Quem é capaz de desmascarar a mentira de quem por Deus jura?
Quem é capaz de ser valente sem jamais perder a doçura?
Quem é capaz de ser gentil sem jamais perder a bravura?
Quem é capaz de admitir-se doente antes de buscar a cura?
Quem é capaz de julgar-se a si mesmo com a mesma lisura?
Quem é tolerante com o outro no quem em si mesmo atura?
Quem sabe lidar com a liberdade, sem vertigem, sem tontura?
Quem é capaz de discernir um bem tão puro, sem mistura?
Quem é capaz de enxergar em meio ao caos uma figura?
Quem que pelo belo, bom e justo suporta a mais cruel agrura?
Quem ao encontrar-se no outro dá por encerrada a procura?
Sei tão pouco sobre a vida que às vezes penso que minha lucidez precisa de recall.
Ou vejo de mais ou de menos. Não sei...
Sei apenas que algumas atitudes diárias que vislumbro, me fazem acreditar (ainda) em um mundo onde a delicadeza possa vencer a agressividade.
Onde o respeito possa vencer a mentira...
Onde o amor exista sem exigir perfeição.
Onde a coragem vença medos internos.
Onde permitamo-nos viver o hoje com intensidade, pois o amanhã pode ser saudade.
Onde olhares se comuniquem sem palavras e onde as palavras descansem quando os gestos falarem.
Onde existam amizades desinteressadas.
Onde o poder não seja usado como arma.
Onde talentos sejam aplaudidos sem inveja.
Onde o reconhecimento seja legítimo...
Onde um abraço possa ser morada da paz...
Seria um mundo alienado?
Será que estamos tão insensíveis e engessados à vida que tudo passa a ser mais importante que viver?
Na lucidez do seu sorriso me encantei.
Quero cada vez mais sentir você perto de mim, pois quero experimentar todos os sentimentos possíveis ao seu lado
Meus sonhos andam magros,
esqueléticos, esquizofrênicos
Ando entre a loucura e a lucidez
as vezes me perco num labirinto
de buscas e em meus encontros
desastrados sofro, viro mesa
esvazio copos, viajo na insonia
E na magreza dos meus sonhos
não consigo mais me lembrar
do teu amor, que me alimentava
foram se as lembranças que por
tantos anos engordaram meus pensamentos
Sinto falta, mas os nossos castelos
são de areia e quando vem a maré
eles se desmancham
e não tem jeito de reconstruirmos
Antonia Diniz
A lucidez é algo mais penoso ao homem que a loucura, pois atrás dela que ele esconde seus mais sinceros sentimentos, os verdadeiros. Os sábios tem insônia ao refletir sobre ela, os ignorantes a tomam como um orgulhoso escudo e os tolos assim com eu apenas sofrem...
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