Fábio Murilo

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Ser autêntico nesse mundo de copias mal feitas, de caçadores de defeitos, de pessoas cansadas, apagadas, iguais, é uma tarefa árdua e diária, somente levada a frente por pessoas fortes e decididas. Ser autentico é uma conquista, é enfrentamento, é pagar pra ver, é ser apesar de tudo, dos que odeiam a originalidade, dos guardiões da futilidade, das marias-vai-com-as-outras. Quem tem sua opinião própria tem contra si o mundo, os que não suportam as diferenças. Os que têm atitude, seu próprio jeito, não se intimidam, convictos do que querem, enfrentam a vida, acreditam, acima de tudo, verdadeiros heróis da resistência, salvam o cotidiano, fazem a diferença.

Ter uma liderança é uma coisa natural. Os animais tem seus lideres. O lobo por exemplo, quando eles caçam o líder come primeiro, mas, o resto da matilha depois, mas, não há desacordo, revolta. Assim também funciona um formigueiro, uma colmeia, onde tem a abelha rainha, as operarias, os soldados, umas até que ficam soprando as asas só pra ventilar o ambiente, e ninguém reclama, ambiciona mais que os outros, e são animais irracionais, tem instintos apenas. O homem, diferentemente deles tem livre arbitrio, pensa, raciocina, e por causa disso mesmo, responsáveis pelo seus atos, passiveis de serem penalizados quando do seu mau uso ou abuso.

Não adianta forçar a barra, pessoas são destinadas ou não. Está escrito, prescrito, associado, combinado. O que tiver se ser, será. Ira acontecer ou desacontecer ou vir a acontecer mais tarde, se encontrar, permanecer ou passar.

Gosto de conversar contigo, sabe, me completa, fala minha língua, me entende como ninguém. Oh, suavidade do teu jeito, que acalma minha ansiedade. Tranquilidade dos eleitos que só uma perfeita afinidade permite. Conversar sobre coisas amenas, perguntar, "como foi seu dia?", "como é que está?", "tá bem?". Sobre coisas grandes, atualidades, assuntos sérios de todo mundo, coisas corriqueiras ditas no noticiário das 8. Vale a intenção, a consideração, a disponibilidade. O mundo é tão hostil, tudo tão brutal, um soco na boca do estômago da realidade, só tédio, tristeza, monotonia, cada um por si, na sua redoma de vidro, armadura de cavaleiro medieval, frieza glacial. Tua presença é qualquer coisa de luz, um farol no mar bravio ao marinheiro desesperado, a chama de uma vela na escuridão brutal, uma estrela na noite fria dos meus dias, uma musica não sei de onde, um som de flauta, tu não chega como qualquer um, surpreende, chega chegando, entende? Um dia sem você faz muita falta, fica um vazio, um oco nas horas, incompleto. A velha historia do bater o ponto, marcar presença, ser o diferencial, fazer a diferença.

O homem cresce e no esporte permanece brincando.

Dizem que "a beleza é um acidente", no caso, se referindo a beleza física. Acho mais um dom, algo equivalente a um sacerdócio, podia até dizer, a enfeitar o mundo. A dar uma certa vantagem, fazer diferença na hora da conquista amorosa, ser o diferencial, o chamado "o amor a primeira vista". Dizem que um dia passa. Alias tudo. Mas, por enquanto, não, o usuário, detentor, e, sobremaneira, é beneficiado, invejado, com seus rostos, corpos bonitos, taí ai as academias que não deixam mentir, os produtos de beleza, as cirurgias plásticas, todos em busca de um ideal de beleza, de segurar o tempo, consequentemente melhorando a autoestima

Tava na agência bancária esperando ser atendido, aí ouvi alguém cantarolando uma canção do banheiro com a porta entre aberta, não consegui distinguir de quem, mas, era uma canção. Aí saiu de dentro um cidadão de uma empresa terceirizada responsável pela limpeza. Perguntei a ele: o senhor é evangélico e ele disse que não. Lhe falei, o quanto era inspirador ver alguém nessa tenção enlouquecedora do momento cantarolando, o mundo desabando e ele nem ai, só passando álcool na mão feito todo mundo, usando luvas, mas, o psicológico preservado, intacto. Ele disse que era assim mesmo, se se preocupar é pior.

Lembrou-me uma colega de trabalho, assim igual a ele, adorava cantar no serviço, voz afinada, de vez gostava de formar comigo um dueto improvisado, ela Jane, eu Tanzan, digo, Erondi: "Não se va... " e aqui, acolá aparecia gente interessada em contrata-la, da uma palhinha num evento, parecia uma profissional The Joice, se autotitulava extrovertida. Até fazia umas dancinhas, só no sapatinho, a turma ria, uma simpatia, gostava do ambiente. Tinha uns que estranharam, alegria demais incômoda, aliás, gente incomum, Jesus morreu assim. Um até me perguntou, intrigado, com ar contrariado: Porque ela tá assim? Teve aumento? Eu disse não, era o jeito dela. Daqui a pouco ele perguntou a ela diretamente não satisfeito com minha resposta. Por que você tá assim? Teve aumento? Ela respondeu, não, tenho Jesus em minha vida, e nem era crente. Feito diz um verso duma famosa canção de Vinicius de Moraes: "Ando escravo da alegria, hoje em dia minha gente isso não é normal".

Nem todo mundo a gente tem encantamento, sente afeição, será único. Nem todo assunto vira debate, fluirá, virará discussão. Nem toda conversa interessa, nos eleva, inspira, prende, lembraremos depois. Nem tudo que chega se tornará permanente, criará raízes, irá além na superfície, passará do chão. Nem toda chuva é fértil a ponto de florescer um deserto, nem tudo que chega será mais que um instante, nem toda aproximação conquista, se torna afeição, cairá na mão feito uma luva. Nem qualquer uma será musa.

Aquele amigo que se vangloriava em estar mostrando como um troféu a foto de uma determinada filha adolescente, dizendo, no entanto, que não sabia aonde andava, só fez. Um dia ela descobriu seu paradeiro e telefonou dizendo desejar conhecê-lo. Ele, com toda má vontade do mundo, combinou encontrá-la em frente às Lojas Americanas na hora do almoço. No outro dia deu um pulinho ao encontro combinado. Voltando, no entanto, mostrou-se indignado dizendo ter entrado na loja e comprado para ela um presente bom. Alardeou enfático: "um play station 2" - presente de menino, cá entre nós. E para sua surpresa, ela não aceitou. Disse-lhe que pensava que ficaria com ele a tarde toda, ora! Sentariam numa mesa e comeriam uma pizza como fazem os outros pais e filhas comuns, quanto mais eles que nunca tinham se visto antes, desde então. Se conheceriam melhor, dariam risadas, falariam sobre a longa ausência, a emoção natural do encontro, essas coisas, entende? Mas não, ele foi logo embora. Mais tarde, o mundo dá voltas. Ele casou com alguém e quis um ter um filho como todo casal, segundo a ordem natural das coisas. Acontece que a mulher era estéril. E aí só restou adotar um menino, ironia do destino, gesto nobre com o filho não sanguíneo, dando de tudo que não deu a biológica, boas roupas, presentes finos, o filho de outro enchendo de mimos.

Aqui em Fátima Bernardes alguém falando de um "cachorro latindo pontual", seria isso? Au( . ), au( . ), au( . ), cada latido uma longa pausa. Ou é porque ele sempre late na hora certa? Agora virou moda falar assim também "E entao", "e entao"... : - Foi pra festa? - E então, fui. - Foi ao banheiro? - E então, fui. - Bebeu água? - E então, bebi. Ninguém responde direto mais não, tem que por esse "e então" na frente, rs.

Pessoas sofridas são mais interessantes, tem antes, durante e depois. São sumarentas, tem um tudo, conteúdo, historias de superações. Pessoas sofridas tem sangue nas veias, tem fibra, garra, suas vidas sofridas encantam tanto, sensibilizam, nos identificamos, são nós mesmos repaginados, melhorados. Tem historias pra contar, somar, nós inspirar. Nunca motonas, terminadas, definitivas, tediosas, feito um quadro empoeirado, uma foto amarelada que nunca se modifica e por isso cansa.

Quem diz que é humilde não é humilde, é orgulhoso da sua humildade

Deus pede pra não matar em um dos seus mandamentos, é claro, só Deus pode desfazer o que ele fez, dispor, criou, é muito atrevimento, só ele tem o direito de destruir o que construiu. Pede até pra perdoar, orar por nossos inimigos, não desejar mal, nem em pensamento, assim não terá perdoado de fato, não valera nada, a vingança pertence a ele. Muitos dizem que entregam a Deus, da boca pra fora, só depois que o medico, o advogado falha, enquanto isso deixam em segundo plano, no máximo um plano B, ultima alternativa. Outros depois de achar que alguém ter-lhe um feito mal, se achando assim com Deus, o que acontecer com esse infeliz pelo resto da vida, dirá: "Tá me pagando, Deus é justo". Topada, "Tá me pagando", Tiro: "Tá me pagando", pisou na lama: "Tá me pagando", resfriou "Tá me pagando" Muitos anos depois ainda, "Olha... Que fez comigo lá trás... Deus é justo, tá me pagando!" Divida da moléstia é essa que não acaba, acontece adversidades com todo mundo, mas com ele é coisa pessoal, bem carinho, hein?

As melhores musicas e paginas literárias são tristes. Dificilmente você ouvirá uma canção com a historia de um cara falando que tá chupando um picolé numa manhã de domingo na praia, ou é um raro acontecimento ou não tem muita graça. Mas, separações, amores não correspondidos, impossíveis, saudade, tem de montão. A tristeza, a carência, inspiram mais que a alegria. Lembre agora uma musica alegre sem demorar muito, agora uma triste, de briga, desentendimento, separação. Na tristeza ao colocar no papel, externa-la, como que desabafamos, sentimos mais leves. Há também beleza na tristeza, senão não acharíamos um filme como o de Romeu e Julieta lindo.

O ciúme supõe você bastar pro outro em tudo. Ter ciúme até de sua própria sombra, do sol que lhe "alumia". Outro dia vi aqui na TV o padrasto que matou o enteado com ciúme da companheira, mãe do outro, de caso pensado, um crime premeditado, numa emboscada. Mas, que tinha uma coisa a ver com a outra, cada um no seu quadrado, recebendo amor, atenções especificas, um era companheiro, o outro era filho, vá entender? Não é pra entender mesmo, não. Tem também ciúme de um irmão com o outro, do bicho de estimação, etc. Mas, ai, dirão, ciúme doentio, se bem dosado... Como se tivesse vários tipos de ciúmes, como se emoção fosse fácil de controlar, tivesse uma torneirinha pra fechar e abrir, viesse feito colírio em conta-gotas, cachorro amarrado que só pode ir até aonde a corrente alcança. Ciúme reclama exclusividade, toda atenção do outro, ser os outros, o suficiente em tudo, antes de tudo, único, dominar todos os assuntos, não ter par nesse mundo como o ar na hora de respirar, a água na hora da sede. Supor que você não precisa de mais ninguém, ser seu tudo, em tudo lhe bastar, ser pleno, onipresente, encaixar perfeitamente como na bandeja o ovo. Há quem reclame de excesso de ciúmes, sinta-se sufocado e, noutra ocasião, cobrar mais atenção, resmungar de indiferença, sentir-se carente. Complicado.

A vida é essencialmente trágica, não se pode ter tudo, a morte nos avizinha feito uma intrusa que entra sem ser convidada, um calo no sapato da existência. Pra nos defender inventamos as festas, os carnavais fantasiosos, enganosos, de como a vida deveria ser, como queríamos que fosse, as festas de aniversario, a festejamos, inventamos motivos, alívios, válvulas de escapes, os jogos, passatempos para esquecermos, os fogos de artifícios contra o céu negro, o medo, a inventarmos risos, motivos. No final tudo cansa, o tédio é uma constância, salvo aqui, ali, o frágil lume de algum vaga-lume a contrariar a noite

A sorte é o Deus dos ateus.

No amor há planos e futuros desenganos

Soube aqui na TV, no noticiando, que a modelo Renata Banhara adquiriu uma bactéria num procedimento corriqueiro de canal feito a nove anos, assistida por ótimos profissionais de saúde, planos renomados , que ainda assim, não a impediu de contrair esse microrganismo nefasto, ainda desconhecido. Que lição que tiro disso, que a vida é frágil, é um sopro, um acidente, uma oportunidade, um privilegio, uma vela na tempestade. Que é patético ter orgulho, andar com o nariz empinado, ridículo se sentir melhor que os outros. Quanto tempo desperdiçado com vis arrogâncias, presunções, preconceitos de toda espécie. Gente que zomba dos outros, guarda rancor por qualquer motivo, coleciona inimigos, tem ódio no coração. Acho que devemos ser mais leves, dizer palavras qua afagam com mais frequência, a palavra que abraça, que agrada, que suaviza a vida, que clama em ser dita, o gesto a ser feito embora os julgamentos alheios, uma cortesia, um sorriso, um agrado, afago, sermos mais expansivos, simples, acessíveis. Viver da melhor maneira possível. A vida é agora, é nesse instante, é a nossa única garantia o presente dia, o amanhã é uma icognita, é muito incerto, é uma aposta, mas não é garantido, embora façamos projetos tidos como certos.

De um casal apaixonado se enxerga a vida nos olhos, cada gesto é uma festa, uma celebração. É a vida a pulsar, entrar em combustão. É o mutuo afeto, são rios que se encontram e se misturam naturalmente, como se o tempo todo fosse o mesmo rio. É uma pausa na existência, hora do recreio, é um desafio a transitoriedade, é a vida parecer perfeita para aqueles dois que estão em pause, que estão e não estão, que são eles e mais ninguém por perto. E que esse mundo torto se revolva em suas crises, que os infelizes os observe, critique, se escandalize, esse mundo essencialmente triste, perigoso, trágico, sujo, cinza, vibram em outra frequência, tão nem ai, alcançaram a rara condição do comum acordo, do só ir se o outro for, e se ficar tanto faz, seja como for, desde que o outro esteja perto. Tudo é graça, é riso, estão felizes.

Quando perguntam alguém na TV o que faz, respondem logo: - Sou Funcionário Publico, agricultor, carteiro, microempresário, tenho um banco na feira, etc... Só isso, só trabalham na vida, o tempo todo. Não respondem jogo bola no final de semana, ouço musica com frequência, passeios, praia e trabalho na empresa tal, inclusive. Ficando assim mais do que caracterizado que a gente vale mais pelo que tem do que pelo que é. E ironicamente como festejam quando chega a sexta-feira, vai entender.

Se passarmos o tempo todo buscando só rostos, corpos bonitos, passaremos a vida toda participando de um interminável concurso de miss, avaliando uma beleza mais bonita que outra. Mas existe também quem conquiste pelo jeito, modo de pensar, expor sua visão toda própria de mundo, e com sua maneira nos encanta, conquista, dispara o gatilho da sedução. Beleza física é importantíssima sim, sem essa que não se põe na mesa, que gaiola de ouro não alimenta passarinho, tolo é quem tenta ludibriar o olho, tão forte apelo. Seduz num primeiro momento, abre portas, é um cartão postal, enfeita. Mas e depois? Se não tiver enchimento, algo além que a embalagem, será miragem, chuva de verão, fogo de palha que logo arde, troféu para exibir, planta artificial, sem graça, sem brilho próprio, que não precisa de água, adubo, que não preocupa, mas, não nos instiga, desafia, provoca mais nada, pedra travestida de planta, anta, definitiva, toda pronta, fabricada, enjoativa, que logo cansa.

Aprecio gente a flor da pele, tem uns que não fedem, nem cheiram, que vão tirar um dia pra fazer algo (tire não, que vai fazer falta no calendário, principalmente esse mês que é tão curtinho) - Vai quando? Um dia? - Que dia? Dia 23 desse mês? 30 do outro? Esse ano ainda? Nem conte que esse dia não chegará nunca, espere sentado. Gosto de gente saltitante, que faz gosto ver, dinâmica. Que tem susto, melindres, que ri alto, que vive rindo, que chora por qualquer motivo, uma manteiga derretida, impulsiva. Que se emociona e emociona a gente, passional, não um tronco plantado, um cofre hermeticamente fechado, extremamente comedido, metido a infalível, medido e embalado, previsível. Gente que surpreende, quando a gente pensou que foi embora, volta, feito naquele lance que acontece no final dos shows do cantor que a gente gosta, fechando com chave de ouro, nos surpreendendo com a nossa canção preferida. “15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! 16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.”, Apocalipse 3. (Fábio).

Vejo por ai pessoas postarem em suas mídias sociais fotos com seus animaizinhos de estimação, às vezes, até, agarrados aos tais, atualizarem suas fotos de perfil, até ai nada de mais, meigo e justo com os amiguinhos peludos, membros da família. Senão, o fato de alguns externarem em comentários, outros, desencantados com os de sua própria espécie, por motivos
vários, magoados, decepcionados. Que o bicho irracional, sem livre arbítrio, quase um autômato, jamais faria tais coisas, coisa e tal. Assim, fica fácil de conviver, cômodo.
Percebo um medo do outro. Já sofri decepção dilacerante também, como uma serra a corta-me ao meio, uma flecha caprichosamente direcionada, um primor de pontaria, varou-me o peito, um machado deixou-o dilacerado parecendo uma alface, ridicularizado. Sei não, tava sentido que tava entrando em depressão após um mês, desestruturado por dentro, deu pra tanto. Mas, apesar do soco na boca do estômago ao virar a esquina, ainda não deixei de acreditar na humanidade, dar um voto de confiança, nem todos são iguais, ainda bem.
Também tem gente, vou te contar, de um melindre só, não se pode nem pisar no dedo sem querer, que pode virar o motivo da terceira guerra mundial. Às vezes as pessoas acordam em dias não muitos bons, atravessam suas tempestades pessoais, que a gente não sabe, tão naqueles dias, TPM mesmo. Bronca safada, oxi!
Contam-se nos dedos, dizem, os bons. Pois é, já contei uns cinco por ai, ao longo da vida, memoráveis!!! Gestos de espantosa, voluntaria, desinteressada, heroica, inspiradora, rara e inquestionável honestidade e desinteressado amor ao próximo, mesmo. Mas existem mais... É que as pessoas não se permitem serem assim, acham mais prudente não se esporem tanto, conveniente, se envergonham até, até tentam, mas... Sei não. Cadê a atitude, personalidade? É que estão, desde pequenos, a vida toda, condicionados, desacostumados. Gestos diários de cordialidades ao menos como um Bom dia, boa tarde, boa noite, já seria um bom começo pra quebrar o gelo. Gente aqui mesmo tem que vale uma boa prosa, do bem, indo e voltado, atesto. Que bom meu Deus, muito obrigado, sinto-me menos só, grato, raríssima pessoa, que goza a minha mais alta estima e consideração, que agora deve estar lendo, tou me referindo a você mesmo, visse, rs.
Pronto!!! Agorinha mesmo, por uma feliz coincidência, precisei dar uma pausa aqui, pois me vieram contar que a vizinha assinou uma declaração pra outra como testemunha, já que o documento exigia que teria que ser só ela, a vizinha, pra um fim especifico. Acontece que a vizinha necessitada, vive implicando com ela, um histórico de nós cegos, e não fala, e se fala, fala mal, implica, ofende-a frequentemente e ela não diz nada, conforme já nos disse, só ignora. A vizinha nó cego, não foi falar com ela mandou o filho levar o tal documento pra ela gentilmente assinar. Cara de pau! Madeira das boas! Essa bateu todos os records da arte do cinismo, ultrapassou todas as expectativas, inovou. Daquelas caras de pau madeira que cupim não rói, se destrói na primeira dentada, "o mundo dá voltas", como dizem, e essa santa mulher assinou sem objeção. Uma riqueza de vizinha, uma pessoa boníssima, sem estresse, minha vizinha também, que sorte, vive rindo a toa, todo dia, toda hora, daquelas risadas que vai embora, contagia e todo mundo ouve, até a risada incomoda a outra.
Pois é, triste imaginar as coisas desse ponto, dessa visão apocalíptica, de pessoas desconfiadas até de sua própria sombra, que levantam altos muros e ficam trancafiadas em liberdade, ou gozando uma ilusória segurança, vendo só parede em sua frente, e

Não é o falar muito que quer dizer tudo.