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AS CAROLINDAS
As meninas
Pelas esquina
As Carolinas, Carolindas
São cheias de si
Cheias de Lua
Luas cheias
Caminham em bandos
Solitárias pensativas
Mas nunca decididas
Interrogações aqui e ali
Felicidade para elas
Não é o acabad
Mas o acabando
Acabando momentos
Conversas, relações
É o fim mas também o recomeço
De uma nova vida
Onde tantas vidas cabem numa só
Carolinas vivem e amam
Seus corações enormes
Carregam histórias e manhãs
Acordadas pelo Sol
Tristeza passageira
Felicidade que eterniz
Nos intervalos das mudanças
Das vidas de nossas Carolinas
Carolindas de ninguém
Do mundo, das cores e dos amores
Muitas vezes você pode estar tranquilo, de bem com a vida, e de repente cruzar uma esquina e dar de cara com o passado, mas cabe a você a decisão de passar por ele de cabeça erguida e sem olhar para trás. Por mais forte que seja o sentimento (seja ele qual for), não pode deixá-lo entristecer. A sua vontade de ser feliz e estar bem tem sempre que ser mais forte. É como eu digo: Do passado? Só lembranças boas, o resto que fique por lá!
Sonhei contigo varias noites, de dia acordada. Querendo me esbarrar em você em alguma esquina e em alguma parada. Até que descobri que vc estava longe, de onde eu podia te alcançar, do meu olhar, meu tocar e do meu beijar. Mas continuei a sonhar contigo de noite, de dia acordada. Na esperança que você também sonhe comigo e queria encurtar essa distância que nos mantém longe um do outro.
"A vida lá fora continua a mesma.
Volúvel, descontinua e incompleta.
Em cada esquina corpos armados se cruzam.
(A paz será sempre duvidada.)
E no tráfego, buzinas velozes
Antecipam a morte."
Rogério Pacheco
Poema: Miragens da vida
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Guri de esquina, atropelamentos deixou e não se catou do pé da incompreensão, alienado ao noticiário, não, não deu atenção ao céu.
face que deixou o orgulho.
*
Guri de esquina, atropelamentos deixou e não se catou do pé da incompreensão, alienado ao noticiário, não, não deu atenção ao céu. Névoa em seu olho preocupado com o fútil debochou do futuro que estava em suas mãos. "Verá tudo se expor tenebrosamente e não desmentirás tudo que foi falado um dia.".
*
Ricardo Vitti
Viva a vida com a coragem de ser feliz.
A felicidade não está na esquina.
Ela está nas pequenas coisa.
Ainda há quem diga: “Mas se você dá dinheiro o sujeito vai beber na primeira
esquina!” Pois que beba! Tão logo o embolsou, o dinheiro é dele. Vocês querem
educar o pobre “para a cidadania” e começam por lhe negar o direito de gastar o
próprio dinheiro como bem entenda? Querem educá-lo sem primeiro respeitá-lo
como um cidadão livre que, atormentado pela miséria, tem o direito de encher a
cara tanto quanto o faria, um banqueiro falido? Querem educa-lo
impingindo-lhe a mentira humilhante de que sua pobreza é uma espécie de
menoridade, de inferioridade biológica que o incapacita para administrar os três
ou quatro reais que lhe deram de esmola? Não! Se querem educá-lo, comecem
pelo mais óbvio: sejam educados. Digam “senhor”, “senhora”, perguntem onde
mora, se o dinheiro que lhes deram basta para chegar lá, se precisa de um
sanduíche, de um remédio, de uma amizade. Façam isso todos os dias e, em três
meses, verão esse homem, essa mulher, erguer-se da condição miserável,
endireitar a espinha, lutar por um emprego, vencer.
E desde o momento em que você cruzou aquela esquina,
No exato instante em que meus olhos te encontraram naquela multidão,
Eu soube que já te conhecia
Sem nem mesmo saber o teu nome
E eu só aceitei que você me marcaria para sempre...
Há tanta coisa bonita, tanta coisa gostosa
Há tanto para aprender em cada esquina
Há vida quando a gente resolve viver!
Recado
ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte
vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer - vai por esse campo
de crateras extintas - vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite
deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo - deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração - ouve-me
que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna - o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite
não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira - não esqueças o ouro
o marfim - os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço
A cada passo que passo
Eu menos me acho
No vão, no imenso prazer
Em cada esquina eu me perco
E me encontro em beco sem saída a procura do que fazer
Ninguem Gosta do Adeus
Mas todos observam a felicidade virar a esquina
E por orgulho ou por medo as mãos não acenam
Mas ao Virar a esquina
não importara mais quem esta certo ou errado
Porque o que foi já é passado
E o presente diz ate logo
Sem notar a saudade bate a porta
Mas já é tarde, da esquina fui embora
Eu fui oque você queria
Agora sou oque senti
Apenas uma saudade presente
Uma futura lembrança do que poderiamos ser
Não espere eu ir embora