Coleção pessoal de leobala

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Marcas da vida.

Eu não nasci assim, foi transformado, criado, lapidado. Como um metal, retirado da terra com suor e sacrifícios.
Fui derretido, fundido, lapidado.
Transformei-me em uma espada. Uma espada guerreira, criado em meio a batalhas de vitórias e derrotas.
Com o tempo criei imperfeições, marcas de uma vida lutando.
Hoje! Bem hoje não sou mais a espada valente e imponente de antes, fico apenas como uma arma reserva, usada apenas como defesa em um momento de apuros.
Mais isso não me abala, sei que cada dia lutando criei uma historia viva e presente na vida e mente de cada um que lutou ao meu lado.
Odiado, amado, idolatrado ou apenas ignorado, mais presente.
Cada falha em minha lamina uma guerra, uma batalha nem sempre vencida, mais lutada com muita garra e amor.
Hoje sei, devemos sempre lutar, nem sempre vale a pena, mais com certeza melhor morrer lutando que viver sendo chamado de covarde.
Por isso peço a quem ler isso aqui!
Se por acaso um dia você encontrar com uma cara meio triste, calado, com cabeça baixa ou pensativa. Não o critique, pois ele pode estar vivendo uma batalha coma vida neste exato momento.

A medida da distância.

A vida nos faz distantes.
O tempo nos faz amantes.
A distância nos trás acompanhantes.
O adverso nos faz possantes.

E incrível como o tempo nos separa.
Como as distancias nos distanciam,
Como o telefone para de tocar.
E sempre, outro ombro saímos a procurar.

A distância se aproxima aos poucos.
E nem ao menos encontramos tempo.
Só apenas seguimos o vento.
Já não esta ao lado o mesmo que em outro momento.

Mas como voltar ao instante?
Mas como mudar o semblante?
Olhar perto e enxergar distante!
Acima de tudo amigos, mas para sempre amantes.

Como dizia o poeta

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

Quando vem a inspiração.

Procurei escrever coisas boas de minha vida.
Foliei nas páginas brancas do meu diário para encontrar um rabisco.
Mas foi em vão!
Encontrei nos destroços uma ferida.
Descobri em mim uma grave doença.
Doença que não estava em meu corpo.
Mas uma enfermidade em minha alma.
Uma doença chamada vida.
Pois fiz da minha um grande câncer.
Corroí a mim mesmo.
Doença com cura incerta de sofrimento certo.
Tratamento doloroso, mas necessário.
Procurei na independência encontrar a liberdade.
Soltei um grito de felicidade à vista.
Saltitei por uma grande descoberta.
E acabei vivendo um sofrimento a prazo.
Na tentativa desesperada de encontrar a solução.
Resolvi comprar um novo diário.
E nele escrever velhas histórias.
Sem ao menos perceber que poderia escrever tudo nas páginas do diário antigo.
Paginas estas nunca usadas.
Respirei fundo e comecei passar a limpo o que ainda não tinha escrito.
Parei de usar palavras deprimentes e amargas.
E escrevi apenas textos do tipo “final feliz”.
E logo nas primeiras linhas, reencontrei sorrisos.
Troquei o adoçante pelo mel e voltei a ter a boca adocicada.
Escrevi a felicidade e seus sinônimos, criei a minha terra encantada.
Mesmo ainda estando no meio deste texto.
Já me encontro sem palavras.
Vou sair e viver mais um pouco.
Encher de cor minha vida cinza.
Pra voltar e colorir todo o restante das páginas.

Um medo valente.

Hoje andei revirando meus arquivos mentais.
Descobri que mesmo parecendo uma fortaleza.
Mesmo com toda a coragem aparente.
Mesmo com todo ar de superior, não passo de um fraco.
Descobri que tudo me abalou na vida.
Descobri que meus medos se tornaram realidade e que na maioria deles eu nem estava la para enfrenta los.
Descobri que como um fraco que sou minha coragem foi a primeira a fugir e deixou apenas a minha valente covardia como desculpa.
Hoje realizei mais um fracasso como vitória.
Resolvi mudar meu ponto de vista e não mais olhar minhas batalhas como perdidas, mais sim como não realizadas.
Decidi olhar bem a fundo e enxergar que como não fui a luta, não perdi e nem ganhei, apenas adiei a vitória.
Tudo isso na tentativa de recomeçar e rescrever as paginas do meu diário de bordo com um novo titulo.
Titulo este “o valente regresso da coragem”.

Saudades..
Fiquei o dia todo com esta palavra na mente.
Hoje me deu saudades de tudo aquilo.
Me deu saudades do seu jeito, do seu sorriso, me deu vontade do seu beijo.
Não sei porque, mesmo depois de tanto tempo, ainda sinto seu cheiro em meu corpo.
Olhei uma foto antigo, lembrei de brincadeiras e travessuras feitas como gente grande.
Não que a saudade hoje tenha vindo mais forte. Mais quando a gente ama de verdade, cinco anos ou cinco dias nos dão a mesma intensidade no instante de abraço de reencontro.
Queria muito, mais muito mesmo mais um dia, uma hora, ou mesmo um tempo para me desculpar e provar para você o quanto te amei e ainda te amo.
Queria muito te falar que mesmo durante todo este tempo não dormi uma noite sem pensar em você.
Queria muito te falar que depois de você todas só me serviram para comparar e para me provar que você realmente é única.
Tentei tantas vezes te escrever ou telefonar, mas apenas aqui neste texto coloquei para fora um pouco do que ando passando por tempos, um pouco do que sinto e do quanto te amo.
Saudade é uma palavra triste de mais e não combina nem um pouco com as lembranças sararas que tenho de você.
Prefiro apenas dizer que não estou com saudades, mais com uma enorme "vontade" de você.
Escrevi isso apenas para desabafar, mais queria muito que estas palavras simples escritas de coração chegacem em você, e que por elas ou através delas você chegacem a mim.
Mas isso é apenas uma vontade!

Musica.

Uma letra linda, cantada em vários tons com varias notas e com enorme perfeição.
Musica perfeita, capaz de despertar o melhor de uma pessoa.
Musica cruel, que motiva muitas lagrimas.
Musica indiferente, que é escutada apenas por estar sento tocada.
Musica eclética, que é ouvida nas alegrias e tristezas.
Letra forte capaz de entrar e ajudar uma mente fraca.
Palavras bonitas de interpretações variadas.
Frases sem sentido que nos dão tanta certeza e rumo.
Canção maravilhosa que nos da vontade de voar, de amar, de beijar, de ficar ali mesmo só escutando. Mas também nos da vontade sair dançar e beber.
Canção tão linda que vem e nos da inveja do autor da letra e mais inveja ainda do pra quem ela foi feita ou do momento em que foi feita.
Pois é, esta musica linda escutada a todo momento e que não sai da sua cabeça o dia todo, na verdade pode ser sua própria musica.
Sinta o tom, desvende a letra, interprete a canção.
Faça desta musica linda que você mais gosta o hino de sua vida.
Faça dos versos abstratos as suas ações concretas.
Faças dos momentos imaginados uma grande realidade.
Do refrão cantado por todos, um apelo por sua liberdade.
Chega de mesmices, de apenas imaginar o quanto seria bom viver a letra.
Descubra nesta linda canção uma força enorme que vai aquecer seu coração e dar brilho a sua alma.
Faça desta bela musica a trilha sonora dessa sua vida tão parada.

Extremos.

Vivi tudo ao extremo. Festas, amores, “viagens”, depressões, amizades, acidentes, brigas e confusões.
Passei por muito de tudo na vida.
Já vi a morte de perto varias vezes, já parei festas com brigas, assim como perdi muitas por estar mergulhado em depressão.
Dos amores que amei, verdadeiras juras eternas jurei.
Dos amigos que tenho, por eles tudo farei.
Das viagens que fiz, de muitas ainda nem voltei.
Viver ao extremo trás muita tristeza, muita infelicidade permanente. Na verdade acho que tive apenas pequenos momentos de real felicidade e prazer.
Assim como diz a advertência (use, beba, faça, etc, com moderação).
Uma vida moderada trás menus transtornos, menus polemicas, menus dissipações.
Espere sempre o mínimo para ser surpreendido com o maximo, quem espera sempre o melhor tem muito mais chances de se decepcionar com o resultado.
Mesmo com todo transtorno que causei e que ainda causo, tenho amigos de fé uma família que amo, um amor para amar.
Também tenho inimigos para temer e par me vingar, pois a fama de guerreiro, esta não quero deixar.
Quantas vidas me restam, só morrendo para responder.
Recuperar minha credibilidade e voltar a media de tudo, é tudo que quero.
Fazer de minha vida apenas uma vida para viver.
Quero tirar meus rótulos e sair dessa prisão sem grades.
Viver uma vidinha sem escuridão ou brilho, mais principalmente sem vaidade.
Ser apenas o Leo, e viver o extremo da normalidade.

As entrelinhas de um sorriso.

Refugio a céu aberto
Labirinto de apenas uma esquina.
Vida sem graça, cheia de nada e fazia de tudo..
Ilusão vivida e realizada. Desespero a um passo.
Às vezes tenho a impressão de nada mais dar certo, de nada ter importância.
Vontade de sumir, de explodir.
Procuro me segurar em coisas simples, coisas boas, mesmo que sejam bem pequenas.
Lutar sempre foi minha sina, meu lema, minha vida.
Por mais que a batalha seja grande e a vitória improvável, sempre estou de armas em punho e com a cabeça erguida pronto para o confronto.
Ferido, coração sangrando, pernas bambas, cheio de sempre a corda arrebentar do meu lado mais em pé, firme ainda.
Respiração ofegante, ódio nos olhos, nervos saltitando e ainda mantendo o controle.
Mesmo estando com a vida sem cor e não ter mais para onde correr e nem me refugiar.
Mesmo estando ao relento e vivendo esta agonia, ainda assim vejo um brilho na vida.
Sei que um dia mais cedo ou mais tarde vou sorrir verdadeiramente, e não mais para fazer pessoas se sentirem bem, ou para provar a mim mesmo um nem sei o que.
Ainda vou sentir o gosto do fim desta saga com um arco-íris ao fundo.
Mais até que isso se torne uma realidade vou apenas mostrar meu sentimento com palavras escritas e voltar para a escuridão onde travo minhas batalhas.

Quando o fim chega.

Mesmo não parecendo provável.
Mesmo quando é bom de mais para chegar ao fim.
Ate mesmo quando não queremos ou lutamos para que isso não aconteça.
Na vida tudo tem um começo, um meio e um fim.
O fim sem duvida acaba sendo o pior, o menos aceitável, o mais doloroso.
E tudo acaba de certo modo voltando ao começo.
Escutar a mesma musica melancólica, ter os mesmo pensamentos positivos, ou negativos ao extremo, as mesmas atitudes de farra ou agonia. Tudo na tentativa de se conformar com o fim ou a perda adquirida.
Amigos, consolo, festas ou até mesmo o refugio da cama. Nada é capaz de acalmar, de saciar nossa fome de fazer tudo de novo, de recomeçar, de mudar as palavras, ou mesmo nunca dizê-las.
Mais o fim esta ai e nada pode mudar. Como o nome diz, “é o FIM”.
Solução?
Amigos, família, bebida, festa, cama, musica melancólica, etc...?!
Tudo que venha para ajudar é valido. Só que uma coisa é certa, nada como o tempo, nada como o vento, nada como um novo lugar junto de uma nova pessoa.
Nada como uma imensidão de uma boa nova.
Junte os cacos, reconstrua o castelo, levante a cabeça, abra um sorriso.
Mesmo que este tão sofrido fim tenha chegado, que tudo não imaginado tenha acontecido, que nosso mundo tenha desabado, ha sempre um novo começo.
Começo este que mesmo ao lado de quem você já teve um fim, será um começo.
O começo torna a alegria!
Mais não se iluda, este começo só tem um destino, que será mais uma vez o “FIM”.

Medos


Não tema a morte.
Tema sim a sua forma.
Não tema a vida.
Tema por vidas.
Não tema a escuridão.
Tema sim, nunca mais enxergar a luz.
Não tema o silêncio.
Tema a falta das palavras.
Jamais tema as batalhas.
Mas morra temendo a covardia.
Nunca tema seus inimigos, principalmente os fortes.
Mas tema sim, seus aliados, os que são fracos.
Não tema a enfermidade.
Tema a falta da cura.
Não tema a solidão.
Mas sim o esquecimento.
Temores são presentes e vivos em nossas vidas.
Temores motivaram guerras e criaram inimigos mortais.
Temores fizeram uniões e separações.
Na maioria das vezes por temermos tanto, tomamos providências para evitá-los e acabamos dando vida aos nossos medos e fazendo deles a mais terrível realidade.
Por mais que não seja possível acabar com nossos medos, mesmo que não possamos evitá-los, devemos sim, usar estes mesmos medos como fonte de força.
Não para tentar evitá-los ou mesmo destruir a fonte causadora. Mas sim, como força para olhar a vida de frente e descobrir no medo a forma que ele mesmo o tem.
Descubra seus medos e tente mudar o foco.
Crie uma blindagem e se transforme em um super-homem, sempre com a bandeira do bem.
Lembre-se que, os mesmos que lhe dão medo, também temem alguém ou alguma coisa.

Confusão.

Vontade de fazer não sei o que.
Encruzilhada enorme, com entradas que me trazem de volta a mim.
Maestro sem uma sinfonia.
Muitos instrumentos e nenhuma nota.
Descoberta da cura para uma doença ainda não criada.
Descontentamento contente, com satisfações pouco satisfatórias.
Indecisões nos pensamentos, confusão nas atitudes, duvidas nas respostas.
Dias assim todos nos passamos, mesmo tento duvidas da própria memória.
Mais ate que o dia acabe, vou procurar ainda não sei onde a resposta, mesmo que as perguntas não tenham fundamento.
Um dia com imperfeições perfeitas, com cores não vistas, de sabores ainda não degustados.
Inúmeras perguntas ainda sem respostas, probabilidades improváveis.
Como será a morte, como é o fim do universo, ou mesmo se ele tem fim, e se tem, como ele seria?
O homem realmente foi à lua, ou foi tudo uma conspiração?
Duvidas que me corroem e que me deixam com mais duvidas neste dia duvidoso.
Um porre me cura, um trago me acalma, um bom bar me explica?
Sei lá!
Uma resposta certeira, para quem certamente tem duvidas de sua resposta!

Redenção.

Conquista e mais conquistas me fizeram um prepotente.
Tudo o que fiz o que pretendia fazer, me deram um ar de orgulho.
Amigos influentes, mulheres lindas, festas badaladas.
Mentiras escritas e fotos montadas.
Roteiros não percorridos, mais sempre desejados.
Mais como tudo, ainda acreditava mais em minha imaginação, em meus veraneios e delírios. Deixo tantas verdades ficarem desacordadas!
Fantasias maravilhosas para dar aparência a uma vida apagada.
Não que não tenha vivido o suficiente, ou feito coisas duvidosas. Mais sim que as paginas absurdas de minha autobiografia não tenham tido tanto glamour e badalação.
Não que os amigos que tenho não tenham tanto valor.
Não que as lindas que passaram em minha vida não sejam assim tão lindas.
Mais sim que toda trajetória de minha vida tenha tido um pouco de delírio, de exagero e fantasia.
A percepção de minha imaturidade, de minha distante meia idade, me mostra o quanto estou maduro, o quando cresci em mim e por mim.
Desculpas pedidas, perdão implorado, nem sempre bem vindos, muitas vezes ignorados.
Consciência sábia, com a cabeça baixa e palavras revogadas esperando o momento certo de exclamá-las.
Com os pés mais uma vez no chão e com a mente não mais voada, vou descobrindo novos caminhos, mesmo seguindo esta mesma estrada.

Vitórias

Como é bom deitar-se e não ter mais nada para atrapalhar meu sono.
Como é bom sonhar, sem ter seu rosto como pesadelo para incomodar.
É maravilhoso acordar com sorriso contente, você já não mais me atormenta.
Encontrei onde menos esperava um ponto seguro, um alguém para me defender, uma fortaleza para me guardar.
Vejo suas fotos e me sinto feliz.
Desejo-te todo o bem do mundo do fundo meu coração.
Obrigado por me ensinar a ter medo, a não confiar e nunca mais me entregar por completo.
Obrigado por me mostrar o caminho, por me jogar ao destino.
Obrigado ao destino por me mostrar um novo tempo, uma bela era.
Como é bom estar assim, me sentir assim, escrever aqui.
Vida cheia novamente, coração aberto e lotado de amor.
Doto o brilho que tenho hoje, foi encontrado na escuridão.
Escuridão esta que você me deixou.
Como um oásis no deserto, como uma rosa em meio aos espinhos.
Hoje sei que as maiores conquistas da vida, se dão guandu achamos que apenas a derrota nos aguarda.

Como um cordeiro.

Teimei tantas vezes em não abrir a porta para a felicidade.
Ações impensadas na tentativa de nunca mais ter um corpo junto de uma alma ao meu lado.
Busquei em corpos encontrar apenas uma noite de abrigo.
Sempre procurando a saída ao amanhecer.
Tantas vezes desfrutei do néctar, e quantas vezes feri ou fui ferido pela dona da colméia.
Passei-me por cego para não te enxerga em sua forma real, rasguei o mapa para me perder não te encontrar.
Desviei-me do caminho, me escondi em becos, fiquei dormindo mesmo precisando acordar.
Mais como na vida não podemos fugir para sempre de tudo, baixei minha guarda por um instante.
Sucumbi ao seu carinho, me curvei a sua beleza, obedeci ao seu chamado.
Aprendi a soletrar cada sinônimo de felicidade.
Tentei fugas de mim, e somente consegui encontrar você.
Tornei-me presa fácil, um mero cordeiro perante o lobo.
Mais como isso é bom!
Como estou feliz, apreensivo mais muito feliz.
Obrigado por existir, por estar aqui, por ainda acreditar em mim.
Obrigado por estar tentando me reaproximar do que jurei nunca mais nem no nome tocar.
Nome este simples, mais influente na vida de todos nos mortais.
Um sentimento tolo e lindo chamado “amor”.

Projetos paralelos

Queria ser super-herói, mais não sou invulnerável e nem tenho azas.
Queria ser famoso, mais não tive a sorte nem a competência.
Sonhava em ser importante, mais me falta vocação para os inundáveis da importância.
Queria ter, sonhei em ter, tentei ter, lutei por você.
Mais com tudo me faltou o fôlego e a força de um herói. Faltou-me o brilho de um artista e a importância dos imortais.
Procurei de outras formas te agradar, te conquistar, te cativar, te ter.
Tudo em vão, nada tocou seu coração.
Comecei a escrever, mais já me falta papel.
E hoje, bem hoje mais uma vês me deu vontade de escrever, escrever não sei o que, mais para você.
Procurei palavras, descobri rimas, gastei borracha, fiquei sem caneta.
E você ainda esta ai, não se toca ou faz de conta.
Mais em poucas palavras vou tentar descrever o que você é em mim ou para mim.
Projeto paralelo em todos os meus projetos.
Sonho inacabado de todas as manhas.
O desejo de natal sempre tentado, nunca realizado.
A luz da cidade bela vista de cima.
O azul do céu que não pode ser tocado.
E toda a ficção do cinema em um filme só.
Mais com todas as tentativas tenho algo de diferente, de melhor, algo que ainda não foi percebido.
Sou persististe, obstinado, um lutador valente que não se abala com a queda e levanta-se cada vês mais forte.
Um dia, há um dia, quem sabe um dia...
Você será minha.
E o projeto paralelo vai se unir ao principal.
Projeto principal este que também é você.

Hoje olhei as fotos antigas.
Resolvi relembrar você.
Senti aquele frio na barriga novamente.
Percebi mais uma vez que fiz a coisa certa.
Mas mesmo assim senti sua falta, vi o quanto te amei e o quando você ainda machuca.
Mas respirei fundo, me segurei e comecei a escrever.
Fui colocar no papel minha agonia.
Agonia em silêncio, sem escândalos, sem revolta, sem palavras.
Resolvi colocar em um texto todos os males que você me fez.
Relembrar em letras as noites em que não dormi, as lágrimas que chorei e o quanto supliquei.
Lendo tudo que escrevi, vi o quanto você foi cruel.
Vi que de tudo que prometeu nada cumpriu.
Que todos os juramentos eram em falso.
Que todas as verdades eram mentiras.
O castelo desmoronado que estou reconstruindo não será em vão.
A fortaleza inabalável que se ruiu está sendo preparada novamente.
Vou continuar descobrindo novos horizontes.
Olhar para trás novamente jamais.
Sei que no fim de tudo vou escutar a canção da vitória.
As fotos antigas vou queimar, as lembranças não mais lembrar.
Desta armadilha vou me libertar, e mesmo no fim de tudo, este aperto que sinto por dentro mais uma vez vai deixar de me apertar.
Segurar em mãos firmes, descobrir um novo começo.
Deixar acontecer, e em outros braços me abraçar.

Agonizando em silêncio.
Solidão profunda em meio à multidão.
Descontentamento à mostra.
Mãos frias e trêmulas, lágrimas me brotam.
Foto do perfil não tem companhia.
Cara amarrada com nó cego.
Estruturas abaladas, construção condenada.
Pensei em me mudar.
Mais como mudar de mim?
Tentei não mais escutar.
Mas a palavra que me atormenta vem de mim.
Desprazeres que um dia já foram prazerosos.
Sinto um enorme vazio por estar tão cheio.
Palavras inúteis, pensamentos sem valor, carinhos que me trazem dor.
Insaciável, um vampiro de carinho e amor.
Doença sem cura?
Remédio raro?
A imortalidade desejada torna-se um calvário doloroso.
Pensamentos imaturos, soluções banais.
Sem o plural o singular não tem tanto valor.
Penso em colocar um ponto final.
Mais tem paginas a escrever ainda.
Quem sabe este não é um livro de final feliz.

Deixei que a vida me levasse por caminhos abstratos e perigosos.
Descobri os erros cometendo-os.
Aprendi que tudo na vida tem um custo.
Custo este nem sempre material.
Na maioria das vezes o valor é moral.
Descobri nos amores, que amor verdadeiro é um só.
Aprendi com inúmeros amigos, que amigos de verdade são poucos.
Descobri em inúmeras festas, grandes ilusões.
E mais uma vez aprendi e procurei a calmaria.
Olhando meu reflexo no espelho não vejo apenas um corpo.
Vejo marcas, e com elas historias.
Historias de pouco orgulho, no qual inúmeras odeio.
Arrependimento?
Apenas de não me arrepender de vários erros.
Mais o tempo passa, a gente aprende.
Desculpas que não pedi, favores que não fiz, abraços que não abracei.
Olho o tempo, sinto o vento, me perco em pensamentos.
Só o tempo faz o tempo passar.
Abro os olhos mais não vejo o que deveria ver.
Mais uma vês os mesmos erros, as mesmas farsas.
Será que eu sei quem sou?
Será que eu existo?
Por mais que eu descubra a vida, continuo a me sentir um leigo.
Por mais que eu tento me encontrar, continuo a me perder.
Vivo a espera do acaso.
Este sim irá chegar, vai encontrar a porta aberta e a cama arrumada.
Um dia as escolhas vão acabar.
Vai restar apenas uma porta e não terei mais como errar.
Mais enquanto não abro esta porta derradeira, vou me adiantar.
Perdão a todos que não pedi.
Abraços para todos que não abracei.
Recuperar o que perdi, e devolver o que me apossei.
Construir meu castelo de cartas dentro de uma câmara blindada.
Fazer com que apenas eu poça derruba-lo.
Colocar a culpa apenas em mim.
Pelo resto da vida apenas lamentar.

Coisas boas.

Acordar de bom humor, espreguiçar até doer.
Olhar do lado e escutar um eu te amo junto a um como foi bom ontem.
Um bom dia sorridente, um café da manha farto e gostoso.
Dia de sol, domingo e é manha.
Nada para fazer, apenas vontades que serão saciadas.
Uma volta em torno do lago, dedos entrelaçados.
Pequeninas pernas ainda frágeis acompanhando as pernas do papai.
Se reunir com amigos e família.
Família grande, intrigas e gargalhadas em torno da mesa.
Sobremesa da vovó, acompanhada do mesmo caso do vovô.
Despedidas sem lagrimas, apenas já com saudades e com um volte sempre no fim.
A casa logo ali, e o gramado verde esta deste lado da cerca.
Sol se despedindo, noite se apresentando, olhar no horizonte.
Afagos e carinhos mútuos, felicidade a mostra.
Nem parece que daqui a pouco os papeis do sol e lua se inverterão, e já será segunda-feira.
Cortinas fechadas, canção de ninar a cantarolar, berço a balançar.
Em fim sós!
Um bom vinho na taça, um petisco bem preparado, acompanhado de um filme com vários “eu te amo”.
Carpete aveludado com um pijama macio para combinar.
Encaixe perfeito entre os corpos, sincronismo até com palavras e sussurros.
Dormir com um leve cansaço e uma enorme paz.
Ombro como travesseiro, bons sonhos ao fim de tudo.
Tudo perfeito, somente o dia seguinte para atrapalhar.