Literatura Brasileira
Sou um assíduo leitor dos clássicos da literatura e cheguei a conclusão de que não preciso procurar por um livro sagrado, mas sim, procurar pelo sagrado em todos os livros, isto é ascensão, isto é amplitude, isto é espiritualização; aprendizado sempre e para sempre.....
MEMÓRIAS
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“Foi por intermédio da Bíblia, que eu entrei nos rios da literatura”. Mergulhei no livro do gênesis (Sefer bereshit) e quando vi, já estava em romanos; não consegui mais sair. Era um viajante cheio de fantasias, diante de um vasto universo. Renunciei aos traumas (memórias), e passei a ter uma visão mais humanística. Sem interrupção prossegui, entre bênçãos e incompreensões, não se tratava de ideologizo estético, ou moral, mas de uma reforma que acontecia em mim, séculos antes de conhecer quem era Lutero. Uma reconstrução do que é belo, uma reposição do encontro com a vida, através da palavra.
Eu não me limito a um só estilo ou a uma só categoria. Eu acho que a literatura é rica e plural. Eu gosto de explorar diferentes possibilidades, de sair da minha zona de conforto, de experimentar novas formas de narrar. Eu sou um escritor que não tem medo de ousar, de experimentar e de se expressar. [...] (em entrevista)
E há quem pense que a literatura irá me afogar com o seu conhecimento... Há quem pense que a literatura seja apenas um livro com palavras coletivas!
Não! A literatura particulamente é um conjunto de conhecimento que ajudará a humanidade a curar a vida;
A literatura é um caminho de sabedoria teórico e prático... Mas a leitura depende muito da interpretação;
Pois discernir e interpretar é como querer se afogar e se slavar, nada garante o sucesso do entendimento...
Por isso imergir em conhecimento é a mehor forma para submergir na vida!
Um erudito em literatura, por mais inteligente que seja, ao tentar explicar as leis físicas, equivale a um perito em assuntos terrenos tentando elucidar a ciência espiritual, sem possuir autoridade para fazê-lo.
É algo sintomático da literatura engajada de nossos tempos, buscar restringir o sentido da obra, uma vez que lhe é impossível coibí-lo.
Pela primeira – mas jamais última – vez, tive a consciência do poder da literatura de, com poucas frases, causar emoções tão impactantes no leitor.
Sei que não sou, nenhum gênio da literatura e que pouco ou quase nada contribuo para sua inovação, mas isso não me preocupa, considero-me, antes de mais nada uma tradutora de sentimentos, não só dos meus, mas também dos sentimentos das pessoas que se identificam com o que escrevo.
Minha escrita não foi uma tentativa de produzir algo chamado “literatura”, mas uma tentativa de descobrir significado.
Mas existe um lugar no mundo onde o impossível é possível, é na ficção, ou seja, na literatura.
Literatura não é um meio adequado para se dizer algo minimamente real sobre si mesmo.
Não há povo e não há homem que possa viver sem ela [a literatura], isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado.
A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade.
Dado que a literatura, como a vida, ensina na medida em que atua com toda a sua gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta.
Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável.
Poeta escreve Ficção
A literatura é invenção
Um mundo de criação
Poetas usam como estimação
Criam tipos de conteúdos
Como se fosse Realzão
Na verdade é a ficção
Da literatura artística são tudo invenção
Palavras agradáveis lindas que chama atenção
Sou um dos autores da literatura e uso a ficção
Apresentar a Literatura às crianças é instalá-las em um reino muito rico e glorioso, trazer uma alegria contínua às suas vidas, oferecer-lhes um banquete primorosamente servido.
Por que razão as humanidades, por que razão a ciência, a arte, a literatura não nos deram nenhuma proteção diante do desumano?
Por que razão podemos tocar Schubert à noite e cumprir o dever, no dia seguinte, matando nos campos de concentração? Nem as grandes obras, nem a música nem a arte impediram a barbárie total.
Como era possível tocar Debussy, escutando os gritos daqueles que passavam pelas cercas de Munique, a caminho dos campos de extermínio.
Por que a música não disse não? Por que as humanidades não nos humanizaram, por que as culturas não nos libertaram?
Francis George Steiner, professor, crítico e teórico da literatura e da
cultura.
Por que razão as universidades não nos educaram e não nos pacificaram? Onde estavam as universidades diante das duas guerras mundiais e frente às mais de duas centenas de guerras do século XIX e XX?
Não é quem desconhece a Literatura que lhe causa danos e sim aquele que a instrumentaliza. No primeiro ela ainda não geminou, no segundo, já está morta.
