Insônia
Em meio a teus braços,
Me fiz mais humana.
Tornei-me veloz
Um agora feito de nós,
Epidemia profana
Coberto de luz,
Num suplico de dor
Teu brilho reluz
Por tal infiel amor
Me arrasto a teus laços
Na paz de perigos escassos
Desprenda-se do pudor
Desvanecida mergulho sem o menor rancor
Um lapso de memória,
Fadados ao fracasso
Tormenta notória
Total embaraço.
De vidas passadas,
Carrego tal história
Paixões transmutadas
Imensidão irrisória.
Pecado vendado
Te fiz de morfina
Dormindo a teu lado
Completo minha sina.
Percorrendo a estrada entre a vodka e a cafeína.
Discussão de relação,
é como letra de música,
muitas vezes só se
entende quando
deixou de ser sucesso.
Derrepente tudo se vira, e você ainda sabe aonde quer ir mais não pode.
Derrepente tudo que você quer não tem mais força para acontecer.
Derrepente os teus sonhos te traem, e nem dormir mais é algo bom.
Quando você descobre que o pesadelo da sua vida é seu próprio passado, você sabe que é a hora de mudar!
A noite, ahh a noite...
Tempo que decorre entre o por e nascer do sol...
para uns brilho,
para outros solidão,
para uns outros só escuridão,
e outros mais, apenas alucinação provocada.
Para uns descanso, sono, sonho,
para outros produtividade, criatividade, insônia.
Fim do dia que é noite.
E começo de mais um dia que terá fim...
Indefinido, até não estarmos mais aqui.
Gostaria muito de saber por que o sono brigou comigo?
O pior dessa história é que tenho que brigar com a cama pela manhã.
Ela nunca quer me deixar ir trabalhar...
Ideias e fantasias que saltam do travesseiro,
Imagens que se retém do vaivém de um dia inteiro,
Num sono revigorante de um transeunte em devaneio,
São sonhos de um insone que de uma noite é prisioneiro.
dia moderno
o sol aparece no horizonte
pessoas acordam com seu brilho,
correm para olhar essa pintura
e ficam paradas, olhando mais um céu bonito
e tudo era assim
coisas simples, nada ruim
mas as coisas mudam
e as vezes tudo precisa de um fim
noites de insônia
você acorda cansado,
manhã de escuridão
e o único brilho é a luz do celular carregado
rotina sem mudança
começa mais um dia de labor,
padrão da ignorância
você liga o monitor
jornais repetitivos
notícias que você já viu,
mortes sem motivos
e nenhuma emoção você sentiu
saída do refúgio
sua casa começa a ficar longe,
convivência forçada
você passa de mais uma ponte
mente bagunçada
sua música não está ajudando,
olhares julgadores
você continua andando
intervalo sem cor
você come o que sempre comeu,
demonstração do amor
mas isso não existe, você esqueceu
monitores brilhantes
você trabalha a cada instante,
recompensa inexistente
e o futuro não é mais coerente
volta aliviada
finalmente em casa,
cama aconchegante
mas não consegue dormir
noites de insônia
você acorda cansado,
manhã de escuridão
e o único brilho é a luz do celular carregado.
CIDADES ONÍRICAS
"Gosto de tudo o que sou, enquanto caminho para o sono, naquele instante de repouso em que sou apenas mais um tom de vulto. Sou bom em ouvir vento varrendo ruas, em pensar na turbulência dos acasos e em fugir de insônias autorais. Refaço as costuras dos panos que me embrulham, em pensamentos desajuizados, desenfreados. Quando, por fim, durmo, acordo em cidades oníricas e tomo café da manhã com a minha bendita inconsciência."
Só você pode escolher entre um amor mais ou menos ou se arriscar por aí até que apareça alguém que seja tão louco pela reciprocidade quanto você. Sempre tem alguém. Alguém que vai ser o motivo da sua insônia no início e a calmaria turbulenta depois. Alguém que será o precipício e céu no fim da queda. Alguém que sentirá certeza e não a dúvida. Alguém que baterá na sua porta de surpresa com um sorriso dizendo: “estou com saudade e vim te ver”.
►Queria Dormir
Eu me viro para o lado e o sono não vem
Eu fecho meus olhos e o sonho não vem
Por que o João Pestana não vem?
Eu quero dormir, eu preciso
Quero sonhar e libertar meu espírito
Isso não é possível se não estou de olhos fechados
Já perdi a conta de quantos passos já foram dados
Estou como um zumbi, apenas querendo dormir
Ir para um lugar que serei feliz por alguns segundos
Meus pensamentos se tornaram mudos, não é justo
Estava planejando viajar e sonhar com um futuro
Simples, mas com o conforto de muitos
Mas agora a insônia possui meu mundo
E por causa disso não consigo dormir por um minuto
Insônia, entenda, tive um dia corrido, por favor não me prenda.
O barulho do lado de fora do meu quarto parece ter aumentado
Até o bater de asas de um passarinho parece um tornado
O latido do cão mais parece um trovão descontrolado
A goteira da chuva passageira se assemelha a uma tempestade cheia
E a noite só está no começo, mas minha mente quer sossego
Temo escutar o galo cacarejar e anunciar o nascer do Sol
Invadir meu quarto pela janela que agora ocupa a Lua bela
Venha então, João, e jogue em mim seu encanto,
Para que eu me junte à ela em instantes.
O tic-tac do relógio me relembra que já está tarde
Meus olhos não conseguem se fechar, estão pela metade
Quero descansar meus pensamentos, não quero me apegar à detalhes
Para descansar parece até que tenho que completar algum atividade
Por que mesmo estando cansado, não consigo dormir de imediato
A única imagem que vejo agora é o teto do meu quarto
Meus olhos já estão pesados, desgastados
Mas mesmo assim eu continuo acordado,
Contra vontade, meu corpo está sendo controlado
O meu sono foi negado, a fadiga define meu atual estado
Vários bocejos já foram apresentados, mas não adianta
Dormir? Eu já perdi a esperança, vejo o Sol nasce à distância.
Pois é, eu não dormi
A noite sem fim eu vi
Mas eu queria tanto sonhar
Pois é, eu não dormi.
Sigo aquí, deitada na cama numa luta constante entre meus pensamentos e a necessidade de dormir para começar bem, uma nova semana.
Já sei que ninguém consegue explicar o que é o amor, eu sempre me pergunto muito sobre isso. Principalmente as duas da manhã de um domingo de verão.
Acho que o amor é a sensação de sentir-se livre e plena.
Antes eu só acreditava em primeiro amor. E com o passar dos anos, eu pude descobrir que a vida está rodeada de amores e que isso não é algo ruim.
Já guardei e calei o amor de pequena, de criança ingênua e de um coração puro.
Pude notarlo também, em longas noites de conversas por telefone ou videochamadas na tentativa de tornar-me presente onde não podia estar.
Já senti amor em uma sexta à noite depois de quatro doses de tequila quando o assunto mais sério era encontrar o Mickey na Disney.
Confesso que não sei bem o que é o amor, mas quando o sinto me sinto viva!
E em um mau estado de espírito, foi ao chão
Sua alma berrava em grande voz
Era como se a caminhada até ali não tivesse valia
Os joelhos firmes, a face no pó, boca trêmula, as mãos fechadas com os punhos firmes esmurrava o solo
Sua angústia derivou-se de uma escolha, e as renúncias são os efeitos colaterais que eliminaram as certezas que nunca tivera.
Se ao menos tivesse uma chance de voltar ao tempo, não comeria do fruto que abrira seus olhos que outrora enxergava apenas o óbvio
Naquele momento introspectivo chegou a citar Einstein quando dizia “A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”
O desespero e a angústia que ali se manifestava, todas as noites lhe presenteava com a insônia, onde a tortura de pensamentos bagunçavam suas ideias e desfocava o que era nítido.
Em um outro contexto, a paz de espírito o fazia dormir,
hoje drogado encontra paz em sua insanidade
Ainda com os joelhos firmes, se apoiou e inclinou o corpo para trás, ergueu a cabeça para o céu, abriu seus braços e desejou a “sabedoria da ignorância"
Travesseiro Amigo
E deitou em seu leito, ansiando repousar o corpo fatigado
Uma música para relaxar
Um clique no interruptor apaga-se a luz do pequeno abajur
Os olhos ainda abertos tenta enxergar o teto de seu quarto
A pouca iluminação o faz enxergar apenas manchas e dá uma projeção de algo
Um conglomerado de pensamentos invadem sua mente
A angústia rasga seu peito e entra sem pedir licença
No acalanto da noite seu único amigo é o travesseiro
ele absorve suas lágrimas e conforta a nuca que nunca sossega.
As infinitas músicas da playlist que tocavam no telefone celular se perfez, dando vazão ao barulho do silêncio, que vem como um grito que invade uma casa vazia e ecoa sem cessar
A noite é intensa
Pensamentos se vão
o peito não dói mais
O corpo desfalece
por um momento a paz se faz presente
E o sono vem
Repentinamente e invasivo, o despertador informa que são cinco horas e trinta minutos em seu relógio
hora de levantar.
Bom dia!
Dentro de mim
Minha certeza é que não sei
Entendo que não compreendo
Perceba em meus olhos o que não estou dizendo
Será ignorância minha
Não ler as entrelinhas
Inescrutavel
Amor inescrupuloso
Dor prazerosa
Malícia viciosa
Arrependimento não tem volta
Quero não querer
Que desejo desrespeitoso
Despida tudo de novo
Despedida fria
Insônia frita de um lado ao outro
Enquanto sonhas como anjo
Eu endemoniada
Se adormecer enfim
Ao despertar
Mostrarei apenas o jardim
Exalando o perfume
Ocultando meu gume
Serei novamente
A coroa de flores
O silêncio adentrou o quarto e ecoou sobre as 4 paredes...
Nem as luzes acessas, conseguiam clarear as ideias da minha cabeça.
Em meus olhos já se formavam um manancial abundante.
E uma pequena cachoeira já desaguava sobre minhas bochechas
Há um hiato entre certo e o errado, e não sei qual o seu tamanho
Qualquer ideia que tenta se formar é tão abistrata quanto um quadro de Jackson Pollock
Eu já devaneio em meio a pensamentos inacabados, semi construídos ou não formados
Cada resposta se torna uma nova pergunta, cada pergunta tem uma infinidade de respostas
São esses momentos que me sugerem a não pensar em nada, mas pensar em nada, é meio que pensar em alguma coisa
O tempo já não é aliado, e os sessenta segundos, já somam algumas horas
Essa constante insônia que me toma, é resultado de um confronto entre meu sono e meus pensamentos
Quando finalmente sou vencido por todos os lados, me vejo dormindo, cercado de harmonia
Que pode ser regada por bons sonhos ou refem de qualquer tipo de pesadelo
Boa noite.
MALDITA SEJA!
Depois de um dia cansativo, eu já estava deitada.
Senti a presença dela, meus olhos estatelados.
Ela, não sei como, conseguiu as chaves das minhas portas.
Eu já não aguentava mais trocar os cadeados e os segredos.
Andou visguenta e ardilosa até a beira da minha cama…
Eu não podia acreditar naquela visita, já madrugada.
Sentou-se na beirada, esticou sua mão e tocou meu corpo.
Estremeci, sentindo o seu toque aveludado e perturbador.
Ela fazia a minha cabeça girar, abarrotada de pensamentos.
Virei para o outro lado tentando ignorá-la.
Ela, não se dando por vencida, aproximou-se ainda mais.
Deitou-se ao meu lado e abraçou-me com toda força.
Quase sufocou-me com os seus longos braços e pernas.
Imobilizada, mal conseguia raciocinar; sentia o hálito quente.
Rememorei os remédios que tomei para livrar-me dela.
Com todo o esforço, consegui me mexer: tudo doía.
De um lado, para outro, e ela ali, feito parasita.
Alcancei o controle e liguei o televisor.
Ela queria atenção e começou a pular na frente da tela.
Levantei-me atordoada e circulei pelos espaços.
Ela ao meu lado, matreira, imitava os meus passos…
Abri a geladeira, peguei algo branco para beber.
E ela ali, sorrisinho sarcástico, não queria ir embora.
Decidi fazer funcionar o chuveiro na água morna.
Despi a minha roupa e senti aquela líquida carícia..
Ela avizinhou-se na porta de vidro e espreitou-me.
Então, trajei uma roupa bem mais confortável…
Toquei os lençóis do leito para ver se ela postulava.
Acendi um incenso forte para ver se ela enjoava.
Peguei o celular e ela, egoísta, o derrubou no chão.
O meu corpo pequeno e moído, eu não consegui mais lutar.
Asfixiada, abri todas as janelas para entrar o ar…
Mas ela sacudia as cortinas, sem parar, sem parar…
Abri um livro grosso, história fastienta, letras bem miúdas.
E ela se acomodou pegajosa no meu colo para ler junto.
Já era tão tarde, e eu tão cansada, madrugada adentro…
Eu não poderia ceder aos seus desencantos.
Tentei concentrar-me nos sons das ruas… Ela sibilava.
Liguei uma música baixinho, e ela tamborilou forte os dedos.
Eu quis morrer só um pouquinho naquele momento…
Juntei as forças que eu tinha e a joguei contra a parede!
Mas ela se levantou imperiosa como se nada tivesse acontecido.
Olhei para a janela e o sol, mansinho, já dizia “bom dia”.
E ela foi-se arrastando, de volta às profundezas das trevas…
Chorei, debatendo-me, abraçada aos travesseiros.
Gritei com todos os meus pulmões: MALDITA SEJA!
– Vá embora da minha vida, maldita INSÔNIA!
Correndo por dentro, dando voltas entre cabeça e coração, tropeçando nas emoções e levantado nas razões.
Olhando por dentro não vejo argumentos para explicar meus sentimentos, nesse momento parece que estou jogado ao relento.
Sem proteção, visão, sem uma escolha, sei que para andar preciso de um caminho, como não tenho um, contínuo correndo por dentro tentando encontrar saída.
Vida perdida, marcada por feridas.
O sonho de ser feliz com atitudes estacionadas, tudo isso não me leva a nada, a não ser permanecer acordado durante madrugada pensando...
Não sei o que fazer, a noite se aproxima e com ela o desespero, o medo em saber que mais uma vez não conseguirei dormi. São 4 horas da manhã e parece que o sono não vem me visitar hoje. O problema da insônia é que com ela vem junto os pensamentos, os pensamentos que durante o dia ninguém tem coragem de pensar, aqueles pensamentos que te fazem ficar triste pelo passado e ter medo do futuro, futuro esse que para falar a verdade eu não tenho coragem de imaginar. Mas logo amanhece e junto com o sol vem mais um dia, um dia que poderia ser diferente, poderia ser melhor. O problema que não importa o quanto melhor ele seja, a noite sempre vai chegar e junto com ela a insônia...
Boas conversas são os melhores soníferos.
Além de proporcionarem um bom sono, é também, a garantia de sonhos maravilhosos.
