Insana
GUERRA INSANA
A guerra foi declarada
De um lado a força desenfreada
Exterminando inocentes
Alegando emboscada.
Do outro lado a resistência
Suportando a guerra armada
Sonhando com a paz
Na guerra não desejada.
Muitos jovens se alistando
Pra defender a pátria amada
De armas não entendem
Mas se jogam de almas lavadas
Se espalhando pelos campos
Com armas empunhadas.
As crianças assistindo
Toda aquela confusão
Teus pais fugindo
Para dar-lhes proteção
Atravessando as fronteiras
Em busca de outro chão.
Enquanto isso acontece
O agressor reaparece
Comendo frutas no salão
Sorrindo ele anuncia
Diante da televisão
Que o ataque continua
Até que haja rendição.
O mundo todo assistindo
De ataduras nas mãos
Pois não pode interferir
Sem que haja retaliação
Nova guerra pode surgir
E exterminar a população.
O agressor enlouquecido
Pode apertar o botão
E lançar bombas de grande destruição
Para a guerra se espalhar
Jogando nação contra nação.
O agressor não é humano
Não tem alma
Nem coração
Deve ser interditado
Tirar de circulação
Resgatando assim a paz
Trazendo mais união.
Há dias em que a tristeza
Se funde à depressão
Numa batalha insana e descomunal
Ambas, com a única intensão
De roubar-me a alma e destruir o que restou de meu coração.
Esquecem-se que não há nada mais
Com que eu possa me preocupar
O que havia em mim vc já levou
Coração pra quê?
Se só sobrou dor.
Alma pra quê?
Se vc era o sopro de paz
Que enchia meu espírito.
Que levem logo coração e alma sem cerimônia.
O vazio, o nada, ainda é melhor
Do que este sentimento de impotência
De nada poder fazer
Esta ausência, esta ânsia que não pode ser suprimida
Desejo... De sentir o ar que exalas me preencher
E sentir-me "vivo" de novamente...
"Insana "
Eu sou a fúria que arranca a pele
A sede que queima
Rasgando a garganta
A dor fervente , abrindo a ferida
Eu sou inevitável
Aos corações quebrados
Eu me parto a pele sangrenta
Eu esfolo
A dor corroída insípida
Cuspida , escarnecida
Aos cacos de vidro
Mastigados engolidos
A fome negra , a fúria intermitente
A tempestade regida
A chuva de mim
Que sai pra fora
De que não ver a hora
De derramar espinhos
Em te , desapareça
Desapareça
De mim
menina
mulher
pessoa que sou
humana
insana
gente do amor
cuida do brilho
pulsante em seus olhos
siga os trilhos
do destino feito
– ele mesmo
por seus sonhos
lembre-se da promessa
entre sussurros e cantos
seja sempre inteira
mesmo que ninguém contemple
você sabe
– sempre sabe
quando sua dança é aquela
que abraça su’alma
porque ela nunca mente
A Morte Eterna
Nebulosa é a lembrança e temorosa sim,
Na insana utopia do pensamento fugaz.
Funesto é o esquecimento da memória assaz
Do antes e o depois – é o início e é o fim...
Faminta é a desilusão da natureza voraz
Na fantasia da alegria exuberante que externa
O excêntrico desejo conflitante da interna
Busca pela felicidade – é a guerra que jaz!
Jazida no âmago da deletéria matéria erudita
E suscitada no pranto da segura jornada infinita
– É a maior sorte esperançosa de um homem forte!
É a absoluta obscuridade fenomenal que acalma
Todo desespero da disputa infernal pela alma
Passada e futura– é a Eterna Morte!
Toda guerra é insana
É o fruto da ambição
É ato de crueldade
É a arma do vilão
É maldade, é desamor
É prazer em causar dor
Em ferir o próprio irmão
༻Insana༺
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Ela só queria
Uma fuga insana
Para poder acabar
Com a dor que queima
Sei peito cansado
Tentou à luz do dia
Tentou na sombra da noite
Loucura sabia ser
Tal fuga realizar
Não desistindo
Ela vai indo
Tentando sem sucesso
Sua tristeza esconder
Sem chance de o fazer
Sem shelter, nada a fazer
Uma voz lhe sussurra
Em sua iludida imaginação
A pergunta que acorda
A verdade dentro de nós
E se você correr?
Tem lugar para de si se esconder?
Insana é a vida
De quem acredita ter como
De seu próprio ser correr
De amor poder controlar para evitar
De alegria e tristeza nada ter
Impossível!!
Não existe chance alguma
De correr e saltar
Num espaço vazio
Onde de nós
Esqueceremos possamos
Impossível a fuga
Daquele sentimento
Que não é aqui nem chamado
No entanto é a causa
De nunca se ter espaço
Para uma fuga doida e louca
Mesmo que insana
Impossível e verdade
De nos esconder de nós!!
༺༻
Tc.10102024/125
A saudade, é mesmo essa busca insana, quase desesperada, de encontrar no presente o que ficou perdido na estrada.
Sildácio Matos
A sensação de quando estamos feliz e insana, me pego observando cada detalhe ao meu redor, como as folhas das arvores se movimentam, como a brisa gelada toca minha pele, em como só percebemos os detalhes quando estamos calmos, a maioria de nós fica muito tempo sem perceber que e feliz.
O homem é a espécie mais insana. Ele adora um Deus invisível e destrói uma natureza visível, sem perceber que essa natureza que ele está destruindo é o Deus que ele está adorando.
Minha Presunção
Na poesia e na escrita,
Se acaso eu tivesse uma meta,
Uma ambição insana,
Não seria superar Homero,
Nem Shakespeare, nem Cervantes.
São mitos e lendas,
E há sempre uma sombra de dúvida
Quanto a se existiram de fato.
Mas há um espírito,
Um poeta maior que Dante,
Que não se alcança facilmente.
Seu eco de loucura fascinante
Ecoa além dos sonhos ou delírios,
Um poeta que é a soma de todos eles.
Eu, se fosse poeta,
Ou quem sabe um louco,
Em meus devaneios,
Só almejaria uma coisa:
Escrever como um tal Fernando,
Um esquizofrênico consciente,
Que, em meio à solidão,
Se superou e deu vida a tanta gente.
Um homem que, fragmentado,
Se multiplicou em vozes e versos,
Fez de sua dor uma constelação,
E do vazio, um universo.
Se eu fosse poeta,
Ou então um sonhador perdido,
Minha presunção seria esta:
Ser digno de ser chamado
Uma sombra,
Um eco de Pessoa.
A dor da perda é uma coisa insana... você perde, você entende, você sente falta, você muda, e você se vê completamente perdido...
Seria eu insana ao dizer que estou lúcida dos meus atos egoísta de me afastar daquilo que me tira a paz.
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