Grito de Protesto
Eu sou
Eu sou um nada que ama um tudo,
Um grito silencioso de um mudo.
Eu sou um vazio em uma grande plenitude,
Um simples velho que ama a juventude.
Eu sou o sentimento que permeia uma flor,
Uma força suave na sintese desse amor.
Eu sou um insignificante motivo e na tristeza flutuante do mesmo, agonizo.
Sigo debatendo-me e esvaindo-me nessa chuva de granizo,até alegrar-me nas curvas do teus sorrisos.
Sem você sou vazio,um universo de fragmentos sem sentido, nesse quebra cabeça da vida.
Eu sou um pequeno barco a navegar,
nesse vasto mundo no qual chamamos de mar.
Sem você, sou apenas uma noite triste sem luar.
Eu sou uma pequena fogueira diante do esplendor de teu vulcão,
um riacho de lava fumegante em teu lindo coração.
Sem você sou um campo sem as flores,uma caverna vazia onde reina a solidão.
Eu sou um pequeno intervalo, às vezes me calo, outras eu falo,sigo e entalho o teu nome nos meus pensamentos.
Vivo em você e tudo em mim reflete a tua existência, sou uma criança feliz, cheia de amor nesse meu mundo fascinante da inocência.
Lourival Alves
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
Caos climático
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar...
só ganância, mais nada.
Soltem os ventos por um dia...
Como grito de aleluia...
Venham todos...muitos ...todos...
Não só quem os guia...
Saltem a vóz ,duma nação...
Arrependidos,certos ou não...
Sigam passos de firmeza...
Pobres, nobres ou d´outra alteza...
Sorriam,alegres,com humanidade...
Caminhem juntos sem vaidade...
Pintem o mundo com outras côres...
Esqueçam o mau,o bom e os odores...
Construam caminhos do poder...
Na simplicidade e forma de ser...
Não julguem só por se ser...
Rico, pobre, ou coisa assim...
Remediado ou Joaquim...
Tudo o que começou...
Mal ou bem terá... seu fim..
Eu posso ver a tristeza em seus olhos
Ouço seu grito de ajuda através do seu
sorriso.
Posso sentir o seu vazio,
a fria e persistente tristeza de sua alma,
como o silêncio de uma sala
numa noite fria de inverno
Você sempre esteve fugindo
dos pensamentos sobre a morte,
com medo de levar a sanidade de
seu coração
ao encontro da loucura de sua alma.
Vejo suas lágrimas escondidas
atrás de uma bela fachada verde
Posso ver suas cicatrizes,
elas não estão apenas em seu coração,
eles são muito cegos para ver,
mas eu posso ver seu pedido de ajuda
escondidos atrás de mangas longas,
eles não conhecem a verdadeira
dor e tormento
que habitam seus pensamentos
e seu coração.
uma batalha épica entre a vida e a morte
Vejo em seus olhos ansiosos
A busca solitária do tempo
para curar seu coração ferido,
mas suas tentativas
frustradas se transformaram
em graves desejos.
Presa em sua escuridão
vejo sua luta para escapar
Mas acho que foi tarde
demais para me preocupar.
Ainda posso ouvir suas
últimas palavras antes de dizer
suavemente "Adeus"
Não pude salvá-la de si mesma.
Esta é a história da menina dos
Olhos tristes
O grito
Desejo-lhe paz e muitos sorrisos,
Saúde e alegrias do infinito,
Um ego determinado e não indeciso,
Um amor que sufoque o seu grito.
Grito infinito e delirante,
De uma tristeza crua e forte,
Grito audacioso e provocante,
Suspiros e gemidos que fazem um corte.
Corte profundo lá na alma,
Ao lembrar de sua dolorosa partida,
Foi necessário ter muita calma,
E caminhar até a saída.
Saída desse abismo de feridas,
Onde o mel se fez fel,
Lembranças cruéis e doloridas,
Como aquelas na torre de Babel.
Sentimentos tão distantes,
Linguagens tão diferentes,
Enigmas muitas das vezes intrigantes,
Ficam a decifrar à minha mente.
Porque você foi embora,
Tão repentino e sem motivos,
Importou-se somente com o agora,
Não se preocupando com os sentimentos afetivos.
Não quero chance e nem revanche,
Vou seguindo o meu precioso caminho,
Vencendo tempestades e avalanches,
Estrada longa e com espinhos.
Lourival Alves
O grito
A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/08/2012, 18’58”
Cerrado goiano
Eu soltei meu grito
Eu soltei o meu grito na tempestade,
Clamei pelo calor do sol,
Cansei de sofrer tantas maldades,
De ser servido de isca em um anzol.
A vida nos ensina,
Às vezes marca-nos com cicatriz,
Uma surpresa a cada esquina,
Um teste para cada aprendiz.
Um caminho com obstáculos,
Pode ser fácil e complicado,
Um inesquecível espetáculo,
Causa em sua vida um grande aprendizado.
Eu caminho com a certeza,
De ter um amanhã muito melhor,
Vencer o grande rio e sua correnteza,
Superar às fraquezas que te faz pior.
Um pecado! Desistir,
Uma certeza! A vitória,
Um recado! Irei prosseguir,
Escrever a nossa linda história.
História de lutas e sofrimentos,
Onde somente os bravos podem permanecer,
Hora de juntar todos os fragmentos,
Não ter o medo de perder.
Só se perde aquilo que nunca foi seu,
Então lute e acredite,
Pois existe um grande Deus
Fique em silêncio e medite.
Lourival Alves
Grito, bem alto, pelos valores humanos do ser humano; pelas necessidades básicas de todo o ser, porque o mundo tem provimentos para todos. Aprendamos a respeitar a distribuição equitativa, inerente a só o que pertence a cada um de nós.
Vento
Lento, leve, deslizante
Pela fresta da janela
Trinco agudo
Risco do grito no vidro
Click Clack Bum
Olhos semiabertos
Cascas, lascas, raspas
Arabescos
Baixo tom
O som do mantra
Tocando sutilmente pela ponta
Antes seco
E agora encharcado
Belo contraste
Vermelho e branco
Tempo reverso
Desconstruído
A menor partícula de si
Suspira, inspira
E se desfaz
Lentamente
Levemente
Deslizante como o vento.
Grito e assobio forte
chama-me arruaceiro
porque vejo diante de mim as mais perfeitas curvas
minha pérola negra
presente dos mares para mim.
Eu não sou do tipo que faz uma cena grande, não grito, não choro na frente de ninguém. Não tiro satisfações, não bato boca, muito menos rolo no chão puxando cabelo de outra. Quando eu brigo, eu nunca sou a primeira a excluir. Raramente eu bloqueio, apago conversa e número. Eu resisto. Eu vivo me dando a pessoa como opção, até entender que ela não é mais. E para a maioria das pessoas, isso é frieza, é fazer pouco caso, é desapego. Pra mim, é só meu jeito de ser inteiramente racional mesmo quando meu coração desabou em desespero.
Minha terra
Sou daqui
Esta é minha terra
Terra de alegria
Terra do grito no riso
Trombetas no choro
Terra cheia de encantos
E repleto de desencantos
Sou da terra do canto do galo
O canto que nos desperta para trabalho
Do canto dos pássaros
Que me serve de terapia matinal
Os morcegos a noite
Falam-nos dos perigos da madrugada
Sou daqui
Aqui há vida
Também há morte
As crianças riem enquanto choram
E choram enquanto riem
A miséria não nos tira o riso
A desgraça não nos tira a vontade de viver
O luto é passageiro
As festas são constantes
Eu sou daqui
Aqui aceitamos a ciência
E não rejeitamos a crença
O cientista é feiticeiro
O feiticeiro é cientista
Aqui há norma há regra
O ancião é o nosso guia
A nossa piscina é o mar
O nosso jacuzzi é o lago
O nosso chuveiro é a chuva
Quando o céu decide nos regar
Esta é minha terra
Ainda vivemos da enxada
E confiamos no braço
E cremos nos deuses
Eu sou daqui
Terra de encantos
Vieram tentar usurpar
Mas esta terra nos pertence
Ela nos conhece e reconhece
Não tinham como prevalecer
Fizeram-se engolir e foram vomitados
Nesta terra andamos descamisados
Pelados e sem calçados
Temos comunhão com o solo
Fazemos amizade com a terra
Com o suor jura-se lealdade
Na morte um buraco abre-se nela
O paraíso na terra
O litoral de todos povos
Terra de sangue e suor
Rimos quando choramos
Choramos quando rimos
Sou daqui!!!
Um grito de liberdade
Brasil sete de outubro de 2018
Ano de eleição
O dia onde há mais contradição
Muitos pensando na sua própria opinião
O país está dividido em dois
Famílias separadas, amizades acabadas
Tudo por causa de ignorância de muitos e hipocrisia de outros
Uns brigam pela ideologia de gênero, outros são contra
Mas para que brigar por algo que deveria ser, direito de todos e não só de alguns
Por isso neste ano vamos fazer diferente
Acabar com as brigas entre nós e nos unirmos pelo nosso país, pelo bem da nossa gente
Sim todos têm o direito de votar, direito de ser livre
Mas como sempre se diz por ai
Onde a briga, confusão não há paz e nem união
12_10_2018
Bom dia da Padroeira do Brasil
O dia abre o grito
preso na garganta, sufocado pelas angústias
de dificuldades e tropeços do caminho.
Povo sofrido que segue em silêncio, construindo em cada passo
sua esperança de vida melhor.
Onde falta eco à voz
prolifera a dominação de surdos e mudos das próprias sensações e emoções.
É nas mãos de nossa amada santinha que colocamos nossos desejos e esperanças.
Onde existir clamor e dor,
que nunca falte o manto protetor de nossa querida mãe santa,
que no seio do Criador, à todos vela e cuida com todo carinho e amor.
Nossos corações vibram pelo seu dia,
agradecem e humildemente e pedem que nunca lhes faltem a esperança
que encha os corações do grato sentimento de amar.
Também a data é grata pelas nossas crianças
que brotam e florescem nesta infância de pureza e amor.
E que jamais deixe de existir em nós
as crianças que cultivamos em nossos interior e sentimentos
Muitas linhas escritas, escrevendo eu abro meu peito e deixo sair todo o grito guardado, o amor contido e a paixão inacabável.
