Gemidos
tantos segredos se desvenda na madrugadas quando todos dormem,
seus gemidos contrastam com a escuridão, meus lábios tocam tantas partes,
numa devastadora pratica desvenda uma musica bem baixinha...
retruca as mordidas que desdem as sobras das sombras,
machas de batom reatam teu murmurio... num ato interrupto...
derrama uma entre tantas mais uma a volúpia ri
sobre a mesa se lambuza... tudo bem delicia
o dia amanhece em intervalos...
Quero sentir as batidas aceleradas do teu coração..
O sussurrar dos teus gemidos!!
O teu amor.
Pra dizer que
Sem teu sorriso,
não vejo nada!
..
MATARAM O LORÃO
Eu acordei escutando gemidos, tosses, algo ou alguém estava definhando.
Dormia eu na rede, era noite. Aproximei-me da cama, estava com minha raquete elétrica, pois não conseguia dormir devido a orquestra de muriçocas zunindo incansavelmente no meu ouvido.
Naquela noite me faltara o sono, muito também devido eu ter dormido a tarde... Mas, eu me aproximei da cama, e vi o lorão agonizando, o coitado se cagava de tanta dor.
Se batia em tudo que era móvel, desnorteado parou na sala, e lá deve ter pensado "aqui morrerei, assim como escolho o chão para defecar e marcar território, selecionarei esse pedacinho de chão para o meu óbito iminente".
Ali o bichano caiu depois de tanto sofrer e gemer de dor. Amanheceu só a carcaça dura, oca e sem vida, vitimada pelo desejo incansável e morticida do ser humano.
Mataram o lorão! Envenenado porque cometeu o bárbaro crime de miar no teto alheio, e assim recebeu a pena capital dos seres do topo da cadeia alimentar. Que Deus te receba no céu dos gatos lorão!
Alberto Ativista, escritor e poeta.
"SOLETRA-ME"
Soletra o meu nome
Entre o colar das nossas bocas
Entre os gemidos dos nossos beijos
Procuro a força das palavras
E o carinho nos teus braços
Bebe-me e apressadamente
E colhe o néctar do meu corpo
Entre as rosas que me ferem
O coração, a alma de alegria
Rasga-me como se de amor
De paixão se tratasse, meu querido.
As vezes é preciso amar baixinho, aquele amor sussurrado nos ouvidos, espremido em gemidos que denunciam os meus olhos, aquilo que não diz minha boca, e não age minha atitude, fica em evidência nas janelas da alma, ou quando você passa, que minha gastrite ataca e eu queria um saco pra enfiar a cara, ou até um óculos escuro que cobririam a luz dos meus olhos feito uma cortina tapando os raios de sol. Não sei se você reparou, mas hoje te olhei meio de ladinho e te achei tão bonitinho vestido de homenzinho, quase que agarro e prendo num potinho, mas logo em seguida a este pensamento um tanto egoísta, lembrei que o amor não é prisioneiro, e se o amo, devo deixá-lo voar, ainda que com toda essa beleza de anjinho muitas te queira, se tu olhares meus olinhos e teu todo seu ser palpitar forte, sei que voltará, para a liberdade que é poder voar e ter um porto seguro onde repousar... Enquanto você voa por ai meio perdido, eu estou aterrissada aqui, esperando um dia te fazer um carinhozinho, te chamar de liãozinho, e dizer que é teu meu coraçãozinho...
Enquanto...
"Enquanto sorrisos disfarçam mágoas
Enquanto risadas sufocam gemidos
Enquanto prazeres escondem o medo de amar
Enquanto palavras oprimem gritos
Enquanto estilos disfarçam medos
Enquanto perdemos tempo nos maquiando para vida
A vida passa, ligeirinho, sem frescura...
Nos deixando apenas um rastro do que poderíamos ter vivido."
MORTALHA NAS ONDAS DO MAR
I
O mar de mortalha, embalada por gemidos
Que rasgas a carne de uma dor, dilacerante
Embalsas, todas as dores, entre murmúrios
Desfalece, misteriosamente num total afligir
II
Martírio transfigurado já pela sua angústia
Sombra das noites pesadas de tanta agonia
De tanto pavor da morte, desaparecia longe
Madrugada desses pensamentos impacientes
III
Os corvos voavam ao seu redor já famintos
Enroscados a sua negra fria mortalha de dor
Desespero, na agonia da carne que se dilacera
Entre gemidos de chagas abertas sangue podre
IV
No chão que a carne se rasga, que se despedaça
Soberbo sol, assombro das lágrimas recalcadas
Dolorosa alma torcida num espasmo de angústia
Amargamente numa aflitiva treva de dilaceramento
V
O mar observara tudo, descida subterrâneos fatais
Era uma mortalha para tantos homens um túmulo
Criptas infernais onde trêmula derrama a sonolenta
Claridade de augúrios medonhos, indefiníveis sem
VI
Nomes nos túmulos tapados pelas ondas do mar - - Contemplativo.
Tua boca na minha..
teu corpo no meu..
suspiros,gemidos,prazer..
a melhor noite da minha vida..
minha alma descobrindo vc...
Mea culpa
Na madrugada silenciosa
Teus gemidos sobressaem
Tuas dores se agigantam
Teu corpo reclama
Ah velha senhora
Dona de tanta força
Doi mais em mim as Tuas dores
Pode acreditar
Minha impotência neste instante
Faz de mim covarde
Finjo não acreditar
Nas dores que te consome
Choras silenciosa
Contendo as lágrimas teimosas
Sedo-te com analgésicos
Correndo todos os riscos
A sapiência do tempo
O torna frio e cruel
Sufoca-me a culpa por me flagrar
Desejando o teu descanso
Teu Deus tão soberano
Sabe o que tá fazendo
Eu, na minha ignorância
Perco a paciência
Vamos velha senhora
Encarar mais uma noite
Onde todos os gatos são pardos
E nós duas...companheiras
"Na boca dele me tocando,
no corpo dele me falando,
na pele dele me beijando,
nos gemidos aumentando,
e em nós quase...
É. é nisso que estou pensando."
ESCURIDÃO
Ouçam a sinfonia da noite escura
Seus gemidos tem sons de rachadura
De rocha bruta perdendo a armadura.
Não se assustem com o que parece tanta tristeza
São as dores que durante o dia sofreu a natureza
Que o bicho homem machucou com sua avareza
Chora tanto por não enxergar sua própria beleza...
mel - ((*_*))
Gemidos da criação
A terra treme
Os mares rugem
Nossos tesouros viraram ferrugem
De nossa cidade restaram escombros
Nossa coragem tornou-se assombro
Os ventos são Seus mensageiros
anunciando “tudo é passageiro”
Desta mudança, o que virá?
Nossa lembrança, como apagar?
Não é o fim dos tempos
Como alguém sugere
Seus pensamentos não há quem altere
A natureza está gestante
A hora do parto virá num instante
Tragédias são as contrações
a despertarem os corações
Em sua defesa quem clamará?
e com gentileza a conduzirá?
Os seus gemidos se intensificam
nossos anseios se multiplicam
Afinal… o que será?
Nosso futuro não será abortado
Todo este mundo será restaurado
Estou seguro, Deus não volta atrás
Em um segundo, Ele pode, Ele faz
Mas Ele conta com aquele que crê
que em meio a tragédia é capaz de ver
Disposto a trabalhar
sem duvidar
que o Renovo virá
e não tardará
o Renovo virá
Não tardará
O Supremo Obstetra
o parto fará
Novo céu, nova terra
à luz trará
O Amor entre os povos
triunfará
A Justiça do Reino
se implantará
Ainda que eu esteja no caminho da verdade, posso escutar os gemidos sombrios do vazio me chamando...
A nossa canção se faz
Em melodias de amor.
Sussurros,gemidos,prazer...
A tua voz a me dizer
Palavras que me fazem entender
Que as notas do nosso amor
São compostas entre eu e você.
Hannah Lessa
Toquei a sua alma?
Em qual das melodias?
Em qual tom?
Talvez no ressoar dos
Meus gemidos,quando
Timidamente em silencio
Minha alma com amor
Fazia amor com você
Meus olhos em ti, como o vento vasculhando teu corpo ! Ouço palavras no teu silêncio, sinto gemidos !
24/08/2017
Vozes:
Ouço vozes...
gemidos de altos a moderados.
Sou louco?
Quem sabe !
Alguns dizem... mas...
Não as vejo...
Quando criança saia a sua
procura...
A noite tinha medo dos altos gemidos.
Gritos inefáveis...
O medo se transformou em nostalgia.
Frescor para minha alma.
Falo com elas ?
Sim !
E não...
Tenho tempo para elas?
As vezes falo com elas quando passam...
Gosto de ouvir o criador na voz dos ventos...
