Galhos

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Sobre uma raíz enfraquecida, um tronco torto e frágil, cheio de galhos finos sem qualquer simetria. Em suas extremidades, as mais belas flores. Por que com você seria diferente?

⁠Talvez você seja umas das poucas flores neste mundo de galhos secos.

Hoje senti a força dos ventos pela manhã, fortes e certeiros, os galhos das árvores e as folhas farfalhavam de um lado para outro, assim despertei.
Na pausa para meu almoço chegou a chuva intensa e rápida, num abençoar doce da energia da terra.
A Terra, as plantas logo absorveu aquele néctar puro e cristalino, nutrindo a sede que possivelmente sentia.
No meio da tarde para fechar o dia o sol intenso apareceu sorrindo, me saudando em alegria!!! Sorri... Saudei com gratidão a presença tão presente dos quatro elementos!
Estar na presença presente é sentir tudo acontecer de forma plena e segura! Assim é!!
É muita gratidão!

⁠Não se cura uma árvore tratando
os galhos que estão doentes.
Cura-se os galhos tratando a raiz.

⁠Vento na janela estou a olhar ,refletindo a sombra das árvores com ventinho , vejo os galhos a balançar. Me sinto feliz em poder respirar. Agradeço a Deus meu deitar e o meu levantar.

⁠Os galhos do Amor
Quebram com o tempo
Trazendo da raiz
A morte, do tão sonhado
Destino
~Madrevin

⁠As famílias são como os galhos de uma árvore - crescemos em direções diferentes, mas nossas raízes permanecem como uma.

⁠Vento de Outono

Os dias parecem iguais só que não,
As ventanias balança os galhos
As folhas caem sem direção
E o chão fica estampado de afeição.

Estou sentindo seu cheiro no vento,
Entra pelo nariz ,veias, pulmão e pensamento.
Você entra e sair como água de chafariz
Você cai como folha e alimenta minha raiz.

O sangue ferve nas veias como um vulcão.
E os hormônios entra por ti em erupção.
Quando o outono as folhas dança no chão,
você se tornar meu maior desejo e tentação.

É um presente tão bonito que as vezes corro o risco.
De não saber fazer o melhor por ti.
Te elogiar e sorrir ou sorrir e te elogiar
Duas faces iguais da mesma magia...

Eu desejo a sorte de ter você
Para antes de eu morrer
Escreve sobre nós dois no singular
Para falar a vida que valeu apena.

Permita a vida uma vez em cada estação
Num quarto de hotel a gente se encontrar por uma razão.
Perto de você tudo é mais que bom
Tu e eu um de alma e coração.

Ainda que a noite venha calma e sem ventania.
Imagine seu perfume se misturando com meu na maior harmonia.
Feito fogo e pólvora se explodindo por dentro de orquestra e sinfonia.
Nós abraçados ouvindo o barulho dos gemidos com pura alegria.

Sentir seu mel ser seu céu um livro de papel.
Conta nossas histórias proibidas.
e falar ao mundo que a única saída.
É continuar amando o essencial da vida. Um brotinho de ternura trazendo luz as minhas noites escuras.

⁠⁠Nem tudo na vida são flores, as vezes tem galhos secos com muitos espinhos. Dica: Ande sempre com uma tesoura.

⁠Braços alados

Ainda “dispindurada” nos galhos
arrisco a “doçura” que se oferece
na pontinha ... prontinha para a mordida

ainda “estico” os braços
ao infinito abismo lacuna
para alcançar o “inalcançável”

Vez ou outra ainda “espatifo”
no chão... nesse voo rota
e lá se vão perna... pé ... coração
as pernas e pés se curam,
de novo alçam voos...

ah! O coração? levanta, sacode
a “poeira da palavra amar”...
e ama ainda mais... “novinho em folha”
fênix coração...
resolução poética
uma tal cura “estésica”...

⁠Ah! quem dera tudo fosse rosas!
lindas e cheirosas...
sem espinhos nos galhos
Mas com o leve orvalho...
Que enfeita com gotas
Que brilham quando o sol nasce
Seria alegre a vida...
Sem tristezas nem desastres.....

⁠Por vezes, amar é subir
Nos galhos secos
De uma árvore alta.

Virá o medo do galho se quebrar,
De cair e se machucar no chão seco.

Amar é um risco que assumimos
Todas as vezes que subimos
Em galhos secos.
É preciso ter coragem,
Tanto para subir,
Quanto para descer.

Você cortou a árvore
Para não precisar subir
Nos nossos galhos secos.

Foi nesse dia que eu entendi
O real significado de
Covardia.

ALVORADA NO CERRADO (outono)

O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado

Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha

Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono

A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono

Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano

CREPÚSCULO NO CERRADO

Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte

Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos

A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...

Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Bolero de inverno no cerrado

No cerrado, seco, o sol da manhã
Nos tortos galhos, o ipê, a cortesã
De um inverno, em uma festa pagã
Desperta o capricho do deus tupã
Degustando a aurora tal um leviatã

E numa angústia, o orvalho, num afã
Do céu azul, num infinito, de malsã
Craquela o dia no seu tão árido divã
Do duro fado, tão pouco gentleman
E tão árido, tal uma agridoce romã

E vem o alvor, com o frígido de hortelã
Bafejando poeira cheia de balangandã
Tintando a flora em um rubro poncã
Zunindo o vento tal um som de tantã
Num bolero ávido por um outro amanhã...
São gemidos, uivos, sofreguidão
Correndo pelo sulco do cascalhado chão
Emergindo desse pântano, ressequida solidão.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 27 julho 2018
Brasília, DF

sonolência

cerrado parado
tortos galhos sem vento
lento e ensolarado
sem movimento
o dia
preguicento
vai inventando nuvens em romaria

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Paráfrase Mário Quintana

Tenho Fé

Por entre as árvores e seus galhos secos, a sombra da sua presença é sentida;
No caminhar, a sensação de que algo está para acontecer a qualquer momento é percebido;
Mais alguns passos mata á dentro sozinho e trêmulo, o desespero toma conta do meu ser;
O medo do inevitável ganha força quando o que era dúvida se torna realidade, o que se apresentava como vulto sai das sombras das árvores e da dois passos lentos com olhar firme e poderoso;
Não adianta correr, gritar, chorar ou reagir, o pesadelo á frente é mais forte, ágil e veloz, o medo é percebido com o bater descontrolado dos dentes e as travas repentinas das pernas;
O dia de sol quente propício para um gostoso piquenique a beira do rio com alguns amigos e familiares parecia chegar ao fim;
O mundo parou naquele momento, as batidas do meu coração faziam barulhos semelhantes a uma bateria de escola de samba, o meu sangue acho que evaporou de tão suado e pálido que fiquei;
Comecei á rezar e implorar a Deus por misericórdia, por um milagre, porque á minha frente estava nada mais, nada menos, que uma onça vigorosa e cheia de maldade no olhar;
Ela ficou parada me olhando por um longo e duradouro minuto, então; respirou forte e sumiu no meio da mata densa;
Acredito que a fé em Deus move montanhas, assim como nos protege e nos da fôlego de vida para continuarmos seguindo em frente...

Em cima de galhos secos, uma pequena borboleta abre devagarinho as asas, florindo delicadeza.

“Crie raiz, quando a inveja matar seus galhos fortes, os ventos já espalharam suas sementes.”

Floresça, galhos secos sentem frio.

Inserida por jefferson_douglas